CAPÍTULO 13: A Proposta
Parte da série Paixão Secreta
Eu me lembrei da proposta, mas não disse nada porque Adam provavelmente estava brincando quanto a isso. As ruas estavam quase desertas e não ser por alguns carros. Adam parou no sinaleiro e ficou esperando o verde aparecer.
- você não sabe o quanto eu estou feliz e orgulhoso por você.
- obrigado, pra falar a verdade eu estou surpreso por ter conseguido, eu pensei que iria ficar muito nervoso e iria me dar um branco, mas eu até fui bem, mas o Fritz me deixou relaxado e foi menos formal do que vocês falaram.
- que bom que conseguiu, eu vou ter que fazer o que eu prometi. – o carro começou a andar
- o que? – perguntei fingindo não me lembrar.
- o beijo. Eu disse que se você conseguisse eu te daria um beijo.
- para de graça, nós estávamos só brincando e jogando conversa fora.
- fala olhando nos meus olhos que você não quer um beijo meu?
- quero – falei.
- então? Promessa é divida. – falou Adam.
Eu estava nervoso, eu me sentia traído por Adam fazia um bom tempo e eu já tinha me masturbado pensando nele, inclusive dito o nome dele enquanto transava com Denny.
- eu gosto de você – falei.
- eu sei que você gosta de mim, eu vejo no sue olhar quando conversa comigo, mas você sabe que nunca seremos nada além de amigos. Eu não sou gay, eu não menti quando disse isso.
- sei sim – falei – mas não posso deixar de sentir o que sinto, eu meio que estou apaixonado por você. Não paro de pensar em você quando estou longe de você.
- sabe o que você precisa fazer? Já que você vai terminar com o seu namorado você deve sair e conhecer outras pessoas, quem sabe você não se apaixona por outra pessoa e assim o que você sente por mim vai desaparecer.
- vou fazer isso. – falei – mas por enquanto tudo o que eu posso fazer é me conformar com isso.
- você acha que a história do beijo é ruim? Será que não vai só aumentar o que você sente por mim?
- acho que sim – respondi ficando triste eu já estava me imaginando alisando seu rosto barbudo e beijando seus lábios. – é melhor esquecermos isso.
- acho melhor.
Nós já estávamos quase perto da minha casa quando me lembrei do que eu esperava em casa. As filmagens do meu pai e Charley transando. Eu fiquei triste e comecei a pensar na oportunidade que eu estava perdendo. Não é todo gay que se apaixona por um hetero que tem a chance de realizar a fantasia. Eu pensei em dizer algo, meu coração batia freneticamente, eu pensava em abrir a boca para falar, mas eu tinha medo da reação dele se eu insistisse na história do beijo. Eu abria a boca e fechava. Quanto mais perto de casa eu chegava mais nervoso eu ficava a partir do momento que saísse daquele carro eu jogaria aquela oportunidade no lixo.
Passou-se 10 minutos e eu não tinha dito nada, esse era o tipo de pessoa que eu era. Tinha vontades, mas não tinha coragem. Ele parou na porta da minha casa.
- está entregue.
- ok – falei forçando um sorriso. Eu não conseguia me mexer, não queria sair daquele carro.
- você está bem? – perguntou Adam.
- estou sim – falei com a respiração ofegante eu mal conseguia engolir de nervosismo.
Eu coloquei a mão e abri a porta, mas em seguida eu fechei.
- Adam, eu posso te perguntar uma coisa?
- pode sim. – falou ele.
- nós somos amigos certo? Você não vai deixar de ser meu amigo por causa de uma pergunta... ou vai?
- claro que não. Somos amigos, pode perguntar sem medo.
- você deve imaginar como é difícil pra mim sendo gay e se apaixonando por um hetero.
- sim – falou.
- eu sei que pode só aumentar o que eu sinto, mas eu quero... aproveitar que você não se importa em fazê-lo.
- você quer o beijo? – perguntou Adam.
- eu queria... quer dizer... quero.
- você tem certeza?
- pra falar a verdade…
- o que foi?
- você passaria essa noite comigo? – eu engasguei na última palavra.
- poxa cara... Eu não sou gay.
- esquece que eu perguntei. – falei abrindo a porta.
- espera, você não pode simplesmente sair do carro. Você está realmente apaixonado por mim? Eu não devia ter feito à proposta. Foi realmente antiético.
- esquece isso.
- não quero que você fique bravo comigo.
- não estou.
Nós ficamos calados por uns 20 minutos, eu estavas envergonhado por ter perguntado aquilo.
- bom, eu vou entrar já está tarde e amanhã tenho que ir trabalhar. – falei abrindo a porta outra vez.
- Mike, espera. – falou Adam.
- sim. – falei olhando pra ele com a porta aberta.
- sabe, eu não sou gay, mas a gente pode tentar afinal você merece.
- sério? – perguntei. Eu confesso que a vergonha e a tristeza que eu sentia desapareceu.
- sério. Eu deixo bem claro que não sou gay então não sei se vou conseguir ficar excitado. Não posso garantir que algo vai acontecer.
- tudo bem – falei.
- fecha a porta então, vamos para um lugar.
Eu fechei a porta tremendo um pouco a mão, eu confesso que estava nervoso com tudo aquilo. Eu estava feliz por aquilo estar acontecendo.
- vamos pra um motel? – perguntei sem olhar pra cara dele. eu estava envergonhado.
- se você fosse uma mulher eu até iria, não é questão de vergonha é só que eu vou me sentir mais relaxado se nós formos pra um hotel. Lá podemos ficar tranquilos.
- ok – falei encerrando o assunto.
Ele dirigiu em silêncio todo o caminho. Depois de uns 20 minutos de estrada nós chegamos no centro aonde tinha alguns hotéis bons.
- vamos nesse aqui. – falou ele estacionando o carro do lado de fora. O prédio tinha mais ou menos uns 30 andares. Era um hotel renomado, pois até eu já tinha ouvido falar nele.
Nós saímos do carro e fomos em direção á recepção.
- boa noite – falou o recepcionista.
- boa noite – falou Adam, nós queremos um quarto.
- nós só temos dois quartos disponíveis ambos na cobertura.
Cada andar tinha apenas dois quartos. E na cobertura significava que eram os mais caros, eu já ia me mover para irmos embora quando Adam disse:
- vamos ficar com um. – falou ele.
Adam e eu não nos olhávamos desde que saímos da porta de minha casa. Adam pagou o quarto em dinheiro e logo pegou a chave.
O manobrista veio até a recepção.
- eu vou estacionar o carro do senhor.
Adam entregou a chave e fomos em direção ao elevador. Entramos e logo ele começou a subir.
Adam não me olhava nos olhos e eu também não o encarava, eu comecei a pensar que talvez ele não quisesse fazer isso.
- Adam, não precisa fazer se não quiser.
- não se preocupe – falou Adam – eu vou fazer porque eu quero, eu estou muito nervoso, vou te falar uma coisa há muito tempo não fico nervoso assim.
O elevador parou no 30º andar e as portas se abriram e andamos até o fim do corredor aonde tinha duas portas uma com o número 59 e 60. Nosso quarto era o 59. Adam destrancou a porta e abriu revelando um quarto enorme. A parede da sala era toda de vidro, tinha cortinas enormes na frente tapando-as. A sala tinha sofás, uma televisão enorme e do outro lado tinha um bar com várias bebidas. Tinha um frigobar cheio de bebidas.
O quarto era uma suíte enorme e tinha uma cama de casal gigante e também tinha uma televisão grande com guarda-roupas e um criado mudo. O banheiro era enorme quase do mesmo tamanho do quarto. Tinha chuveiro, sauna e uma banheira redonda enorme de hidro massagem.
- muito bonito – falei. Eu olhei no relógio e já marcava 02h10min. Eu não estava cansado eu estava ansioso e excitado pelo o que ia acontecer, várias coisas passavam, por minha cabeça.
Adam ligou a televisão da sala e a do quarto e colocou nos mesmos canais. Passava algum filme de comédia.
Ele foi até a sala e se sentou no sofá. Eu me sentei ao lado dele.
- vamos conversar sobre o sexo – falou Adam – eu nunca fiz sexo com outro homem, nunca assisti nem filme pornográfico eu não tenho nem ideia.
- tudo bem – falei. – vou pegar uma bebida para você assim você relaxa.
Eu me levantei e fui até o bar e fiz um drink com o whisky e levei pra ele.eu me sentei ao seu lado outra vez, Adam deu um gole e acendeu um cigarro.
- então. Me fala o que você gosta e depois eu digo o que eu gosto assim não corre o risco de fazermos algo que o outro não goste e essa experiência acaba sendo ruim – falou Adam.
- ok – falei. – mas deixa eu tirar meu tênis. Eu tirei o tênis e depois as meias.
- quer que eu tire o seu sapato?
- quero – falou Adam assoprando a fumaça. Eu cheguei perto dele e me sentei na mesa de centro e coloquei a perna dele no meu colo. Eu tirei os sapatos e depois as meias.
Eu voltei a me sentar no sofá e ficamos de frente um para o outro cada um em uma ponta do sofá.
- bom. – falei voltando ao assunto – vou primeiro dizer às coisas que eu não gosto: não gosto que me morda e nem que fique me apertando como se eu fosse uma esponja. Não gosto de homens peludos, mas os pelos pubianos te quem estar bem curtinhos não gosto de pelos grandes. Não gosto que fiquem me xingando, por exemplo, puta, vagabunda, putinho... isso acaba com meu prazer na hora.
- ok – falou Adam, vou te morder e não vou te apertar e a questão dos cabelos do saco fica tranquilo que estão bem aparados. – ele disse isso tomando um gole – agora me diz o que você gosta?
- bom... eu gosto... – eu pensei no que dizer, mas eu estava envergonhado.
- não precisa ficar com vergonha, pode dizer em alto e bom som. – falou ele assoprando a fumaça outra vez.
- ok – falei dando um sorriso e me arrumando no sofá. – eu gosto que me beijem no pescoço, no seu caso eu gosto de sentir a barba sendo passada em mim é o que me dá mais prazer.
- ok – falou Adam.
- eu não gosto de homens que na hora do sexo se deitam na cama de barriga pra cima e eu tenha que fazer todo o serviço, isso acaba sendo chato e apenas uma pessoa recebe todo o prazer. Eu gosto de homens com atitude na cama.
- vou tentar. – falou Adam. Dando uma tragada no cigarro e assoprando a fumaça – você se importa com o cigarro? O gosto deve te incomodar.
- pra falar a verdade não.
- Mais alguma coisa? – perguntou Adam.
- não.
- o resto tudo o que eu quiser fazer eu posso? Tudo o que eu sentir vontade na gora eu posso fazer sem medo? – perguntou Adam.
- pode sim. – respondi. – agora fala você, o que você gosta ou não na cama?
- bom, eu não gosto de chupem meus dedos, tanto das mãos quanto dos pés. Isso me dá uma agonia danada. Não gosto que me abracem e me apertem como se eu fosse um creme dental.
- não se preocupe, eu não vou fazer isso – falei.
- não gosto que ajam como profissionais do sexo.
- com assim? – perguntei confuso.
- tipo, tem umas mulheres que eu fiquei que agem como se fossem atrizes pornôs, ficam gemendo a todo momento até no beijo elas ficam gemendo como se estivessem sendo fodidas, ficam dizendo coisas tipo “minha buceta é sua faz o que quiser”, “me come, me fode, me faz sua putinha”. Sou tipo você, isso acaba com o prazer porque o sexo é um ato para dois, dois tem que sentir prazer.
- entendi. – falei. – agora me fala o que você gosta.
Ele assoprou a fumaça do cigarro e apagou dentro do copo com o restinho que Whisky que tinha e colocou o copo na mesa de centro.
- bom, eu combino em você em uma coisa, eu gosto de ser dominador na cama eu gosto de tomar atitude.
- pelo menos nisso combinamos.
- bom, tem uma coisa que algumas já fizeram comigo que eu gosto muito, lamber meu peito, tem mulheres que não gostam, na verdade tem até um preconceito, minha esposa mesmo não encosta em meu peito, ela diz ser coisa de gay.
- tudo bem – falei.
- isso é o que mais gosto, o resto eu não posso dizer afinal vou transar com um homem pela primeira vez e só vou descobrir o que eu gosto quando estivermos naquele quarto.
- ok. – respondi.
- não precisa se apressar amanhã não temos hora pra chegar à empresa. – eu não estou com um pingo de cansaço
- eu também não. – respondi.
- vamos ficar aqui assistindo um pouco de televisão? – perguntou Adam.
- vamos – falei indo até o frigobar e pegando um refrigerante e colocando em um copo com gelo para nós dois.
Eu entreguei o copo e me sentei perto dele. Era agora ou nunca. Seria a experiência de uma vida e eu me sentia preparado para aquilo.