CAPÍTULO 137: Olá Adeus
Parte da série Paixão Secreta
Eu dei um pulo da cama e sai correndo até o quarto de Robbie e Gloria, mas a porta estava trancada isso significava que eles estavam dormindo. Eu então desci as escadas correndo peguei minha carteira e meu celular em cima do armário da cozinha e eu liguei para um moto-taxi e ele não demorou a chegar.
- por favor, me leve para a Rua JFK nº 909?
- senta ai – falou ele me entregando o capacete e ele logo saiu em direção a minha casa.
Ele não demorou muito até que chegou na porta da minha casa.
- você pode me esperar? Eu estou compressa e vou me arrumar rapidamente.
- não posso.
- eu pago o que você quiser.
- o dobro da próxima corrida.
- feito.
- ok – falou ele saindo da moto e colocando ela na sombra.
eu paguei a corrida e eu fui em direção ao portão e me lembrei que não tinha pego a chave, na verdade eu não me lembrava onde estava a chave.
- droga, onde está essa chave? – falou comigo mesmo.
Eu comecei a apalpar os meus bolsos e senti algo que pareciam com a chave.
- por favor, por favor, por favor… - repeti mil vezes enquanto enfiava a mão no bolso. Para minha sorte era a chave. – obrigado.
Eu então destranquei o portão e destranquei a porta da casa e logo o alarme começou a disparar.
- qual é a senha? – parece que qu8ando estamos com pressa as coisas parecem conspirar contra nós.
Eu pensei pro um bom tempo até que finalmente me lembrei:
- meu ano de nascimento (99), o número da sorte do meu pai (89), o ano que estamos (2022) e o número de pontas na estrela de David (6).
O alarme parou de disparar, mas como eu demorei mais de 10 segundos para desliga-lo meu telefone logo tocou.
- bom dia – falei atendendo.
- está tudo bem na sua casa? Existe alguma emergência?
- não, está tudo bem eu me esqueci da senha.
- porque questões de segurança eu ter que pedir para que confirme algumas informações.
- ok.
- os 4 últimos números da senha.
- 0226
- nome completo do proprietário da casa.
- Larry Fabray Perl Amzalag.
- idade do proprietário.
- 47 anos.
- palavra de segurança.
- Simpson.
- obrigado pela confirmação, desculpe o incomodo.
- por nada.
Eu rapidamente fui ao meu quarto e tomei um banho rapidamente e já tomei também um remédio para a dor de cabeça e coloquei colírio nos meus olhos. Eu vesti minha roupa rapidamente peguei minha mochila e depois de ligar o alarme e trancar a casa eu sai lá fora.
- vamos indo? – perguntou ele apagando o cigarro.
- vamos sim, o mais rápido que conseguir.
- ok.
Eu então subi na moto e depois que passei o endereço nós saímos em direção à empresa.
Certo momento ele parou no sinaleiro e eu aproveitei para olhar a hora no celular. Com muito custo eu tirei ele do meu bolso e eu pude ver que já era quase 10h00min da manhã.
- que droga – falei guardando no bolso. Ele deu um arranco de uma vez enquanto eu guardava o celular e para não cair eu passei a mão na barriga dele para me segurar.
- cuidado.
- desculpe – falei tirando a mão.
- sem problema criança – falou ele.
- ok.
Nós seguimos viagem e assim que ele parou em frente a empresa eu desci da moto, tirei o capacete e ele também desceu e colocou ele na traseira colocando uma corda elástica para segurá-lo.
- e então? Quanto eu te devo? – falei pegando a carteira bem rápido.
- a corrida deu U$ 30,00.
- então toma U$ 60,00 – falei pregando o dinheiro.
- olha eu não me sinto bem em fazer isso. vou cobrar só os U$ 30,00.
- nem pensar, eu pago o combinado.
- não precisa, eu só esperei você e na verdade não tive nenhuma ligação enquanto te esperava.
- ok, você é um homem muito gentil. Eu estou com um pouquinho de pressa – falei tentando parecer o menos arrogante o possível.
- quer saber? – falou ele pegando o capacete – você não me deve nada.
- o que?
- considere isso um presente ou favor – falou ele com um sorriso.
- por favor, eu não posso aceitar, pegue o dinheiro você merece.
- me pague de outra forma – falou ele.
- sério? – falei abaixando a mão com o dinheiro que já doía de ficar no ar – eu estou com pressa e você me cantando?
Ele deu uma risada.
- quer saber? Deixa pra lá – falou ele montando na moto. – considere isso apenas como um favor.
- pega logo o dinheiro.
- eu não quero – falou ele colocando o capacete.
Ao mesmo tempo em que eu estava com muita pressa eu não queria deixa-lo ir embora sem receber.
- tudo bem – falei quando ele ligou a moto. Ele tirou o capacete.
- o que? – perguntou ele.
- um encontro. Mas só um encontro e você tem que aceitar pelo menos U$ 30,00.
- ok – falou ele estendendo a mão pegando o dinheiro e em seguida ele me deu um aperto de mão – meu nome é Maxwell Churchillde, mas todo mundo me chama de Max.
- meu nome é Mickey, mas todo mundo me chama de Mike.
- posso te pegar que horas? – perguntou ele.
- hoje ás 19h00min, não aqui na minha casa.
- combinado – falou ele colocando o capacete.
Ele partiu e eu não fiquei para ver eu entrei logo dentro da empresa e mostrei meu crachá para a recepcionista sem nem ao menos parar. Eu entrei no elevador e apertei o botão do 9º andar.
- anda, anda – falei olhando o celular que marcava 10h15min.
Quando o elevador se abriu eu levei um susto, Gordon ao telefone na recepção conversando com alguém. Quando me viu ele não fez expressão, mas continuou com sua cara ranzinza ao telefone celular.
Eu dei a volta na recepção e ele fez sinal para que eu parasse. Eu então esperei longos minutos até que ele finalmente acabou a ligação.
- até mais – falou ele desligando o telefone.
- bom dia – falei para ele.
- que horas são agora? – perguntou ele.
- 10h18min – falei olhando o celular.
- qual o seu horário na empresa?
- 07h00min ás 17h00min.
- porque você chegou essa hora?
- eu dormi demais e perdi a hora.
- sabe o que eu vejo no seu atraso? Falta de responsabilidade, seu segundo dia e você me mostra que não tem responsabilidade suficiente para ser meu assistente.
- eu sinto muito…
- está demitido – falou ele começando a andar em direção a sala dele.
- o que?
- deixe o seu crachá na portaria – falou ele olhando para mim.
- você não pode fazer isso, eu só me atrasei um dia.
- não adianta discutir – falou ele voltando falando em um tom de voz normal, sem gritos – o que eu te disse ontem? Não foda tudo. Eu disse que essa empresa presa pela verdade e responsabilidade. Eu não me importaria que se atrasasse se tivesse ligado avisando, pra mim você não serve.
- você vai simplesmente me mandar embora?
- o problema é o dinheiro? – falou ele tirando a carteira do bolso e tirando várias notas ele estendeu a mão – eu dou o quanto você quiser para não voltar aqui. Eu simplesmente não quero ver sua cara outra vez. Pegue o seu pagamento e vá embora. Não sei o tipo de vida que você teve trabalhando na Partners Advocacy, mas aqui é o mundo real, você não vai simplesmente ter uma vida fácil em troca de favores sexuais.
Eu olhei para as notas na mão dele, algumas notas de U$ 50,00 e U$ 100,00 e depois olhei para a cara dele.
- não preciso da sua esmola – falei dando dois passos para trás e um lágrima escorreu pelo meu rosto – sinto muito ter te irritado e não ter sido o funcionário que você queria, eu realmente sinto muito – falei apertando o botão do elevador. – não se preocupe, só vou voltar aqui para assinar minha demissão.
Ele ficou lá parado e quando o elevador chegou eu entrei e assim que a porta se fechou eu limpei meu rosto. Era difícil ter seu passado jogado na sua cara. Assim que chegou no térreo eu deixei o meu crachá.
- está tudo bem? – perguntou a recepcionista – quer um copo de água?
- muito obrigado, mas não precisa – falei me afastando.
Eu sai pela porta e em seguida virei para a esquerda para ir a estação de metrô. Minha vida seria assim agora? Tendo meu passado jogado no meu rosto? Eu estava preso ao Adam? Eu teria que ir correndo para ele e seria obrigado a fazer sexo com um homem que eu não amo para conseguir ficar no emprego?
Assim que entrei no metrô com os olhos vermelhos eu procurei um lugar para me sentar e deitei a cabeça no vidro. Meu segundo dia e eu já tinha sido tinha sido mandado embora. Eu estava com vergonha de contar uma coisa dessas para o meu pai. Minha cabeça estava doía tanto que eu achava que ela ia explodir. O sono pegou no meio do caminho e logo eu adormeci.