CAPÍTULO 135: Cada Suspiro Que Você Der

Parte da série Paixão Secreta

Eu estava tendo um sonho bom, deitado na minha cama macia e aconchegante dormindo gostoso e todo esse prazer acabou quando meu celular despertou ás 04h30min da manhã. Eu acordei assustado e peguei o celular apertando o botão de soneca. Eu dormi por 5 minutos e pareceu um piscar de olhos até que finalmente despertou novamente.

Dessa vez eu me sentei na cama e esfreguei meus olhos. Eu liguei o abajur e desliguei o despertador do celular. Eu me levantei da cama e fui para o banheiro tomar meu banho. Eu estava parado em baixo do chuveiro sentindo a água quente caindo em minha pele e tudo o que conseguia fazer era fechar os olhos e bocejar. Eu tinha me acostumado á vida de não fazer nada e agora eu tinha que me acostumar outra vez.

Eu nem tinha ligado para Adam para dizer qual foi a minha decisão porque ele provavelmente adivinharia qual tinha sido. Eu tomei meu banho e escovei meus dentes e em seguida vesti a roupa que eu tinha arrumado no dia anterior. Eu decidi que todos os dias eu iria para o trabalho já com a roupa para não precisar ir para a área dos funcionários porque era lá que se conheciam pessoas. E quando não se conhecia começava a fofoca então eu evitaria amizades no trabalho.

Em seguida eu desci as escadas. A casa estava silenciosa porque meu pai estaria dormindo e ele só acordava ás 06h00min. Eu arrumei o meu café da manhã e já deixei o dele pronto dessa maneira ele poderia dormir um pouco mais. Estava tão silencioso que eu até estranhei. Lá fora só se ouvia o barulho dos pássaros e de um grilo. Às vezes passava um carro ou uma moto, mas fora isso parecia que eu era a única pessoa acordada no mundo.

Depois que eu tomei o café da manhã eu subi outra vez para meu quarto e escovei os dentes, arrumei a minha cama, peguei minha mochila e fui até o quarto do meu pai e abri a porta. Ele estava dormindo, eu fui até ele ainda no escuro e o acordei com um beijo no rosto.

- pai?

Ele gemeu na cama.

- eu já estou indo para o trabalho.

- mas já?

- eu te disse ontem, eu entro uma hora mais cedo do que no outro emprego.

- ok, eu esqueci. – falou ele me dando um beijo no rosto.

- o seu café está pronto, é só pegar o leite e esquentar no micro-ondas.

- obrigado – falou ele.

- shalom pai.

- shalom – falou meu pai virando para o lado de voltando a dormir.

Eu desci as escadas e depois que sai de casa eu decidi ir a pé para a estação de metrô. Nada de ônibus. Havia uma estação bem próxima ao meu trabalho. Ainda bem que eu estava com uma enorme blusa de frio porque estava gelado e a brisa parecia cortar meu rosto quando passava por meu rosto.

Estava escuro, o céu começava a ficar um azulado escuro, sinal de que o sol estava quase nascendo. O relógio marcava 05h30min.

Logo eu cheguei à estação de metro e não demorou muito para que eu estivesse na estação. O primeiro que chegou eu entrei e eu me sentei próximo a janela e eu repousei a cabeça com intuito de tirar um cochilo.

Quando eu ouvi o nome da minha estação eu me levantei e fui para a porta e assim que ela se abriu eu sai e em seguida fui para as escadas que levavam para cima e logo eu die de cara com o sol nascente que fez doer meu olhos.

Eu olhei para o lado de vi o restaurante/lanchonete “Casablanca” que ficava em frente à empresa. Meu relógio marcava 06h30min. Eu estava indo em direção ao prédio quando alguém me assustou.

- bom dia – falou uma voz feminina e eu olhei para ela.

- bom dia Janet – falei olhando para ela.

- meu nome não é Janet – falou ele rindo – eu posso te dizer porque ainda não estou no horário de trabalho.

- qual o seu nome?

- muito prazer – falou ela estendendo a mão enquanto andávamos até a lanchonete – eu sou Jude.

- prazer, sou Mickey, mas pode me chamar de Mike.

- então conseguiu o emprego? – falou ela com um sorriso.

- sim, então nós vamos nos encontrar muitas vezes.

- que bom – falou ela me abraçando.

- você é tão linda – falei olhando para os olhos verdes e os cabelos castanhos. – você está diferente sem toda a maquiagem do outro dia.

- obrigada, você também é lindo – falou ela – mas cuidado que eu tenho namorado.

- eu também – falei rindo.

- sério? Me desculpa eu nem percebi.

- sim, eu gosto de outros homens, mas eu estou mentindo eu não tenho namorado.

- humm, solteiro? Ótimo. Já temos o programa do fim de semana, festa – falou ela.

Nós chegamos em frente ao prédio.

- você vai almoçar no restaurante?

- sim, te vejo na hora do almoço.

- até – falei entrando no prédio.

- bom dia – falou o recepcionista. Havia dois recepcionistas porque eles trabalhavam 12x36. Então um dia seria um homem e no outro uma mulher.

- bom dia, eu vou ficar aguardando o Sr. Gordon, eu sou novo funcionário.

- qual o seu nome?

- Mickey.

- Mickey Amzalag?

- sim.

- ele me entregou o crachá que trazia meu nome e sobrenome.

- obrigado – falei me sentando na recepção em uma das poltronas de lá.

Eu fiquei assistindo a TV esperando por meu chefe. Eu fiquei distraído por um bom tempo e assim que o relógio marcou 07h59min Gordon entrou pela porta do prédio. Eu me levantei e fiquei em pé esperando enquanto ele vinha em minha direção.

Ele tinha uma cara tão má parecia que ele vinha em minha direção para me dar uma surra.

- bom dia – falou ele parando na minha frente.

- bom dia – respondi.

- você toma café? – perguntou ele.

- sim.

- trouxe para você – falou ele me entregando um copo verde da 7-Eleven. Ele ficou com o outro e deu um gole.

- obrigado – falei dando um gole.

- vamos subindo – falou ele apertando o botão do elevador.

Nós ficamos em silêncio enquanto esperávamos o elevador. Ele chegou, nós entramos e Gordon apertou o 9º andar.

- você vai trabalhar no 9º andar, o escritório do 1º andar é usado apenas para receber novos clientes, entrevistas ou associados.

- ok – falei dando outro gole do café.

- no 9º andar tem três escritórios dos meus irmãos e o meu. Você vai ser o recepcionista de nós três, mas vai é meu assistente. Você ganha um pouco a mais do que os assistentes deles porque trabalha na recepção. Você não precisa e não vai fazer serviços para eles. Eles têm os próprios assistentes, mas eles ficam no 10º andar. Cuidado para não cair na deles, porque eles vão pedir para você fazer serviço dos outros e você não pode aceitar.

- ok.

Nós chegamos ao nono andar e a porta se abriu e eu vi a recepção com um balcão de madeira, tinha dois aquários um com peixes e outro com tartarugas.

- todo dia quando você chegar você alimenta os peixes e as tartarugas, você destranca minha sala, liga o computador e liga o ar-condicionado.

- sim senhor.

Nós entramos na sala dele.

- todos os dias você olha na segunda gaveta da minha mesa porque às vezes eu deixo algo para você digitar.

- sim.

Eu vou te enviar pelo e-mail da empresa os meus três números de telefones celulares, meu número residencial e meu endereço.

- sim senhor.

- é isso – falou ele, se eu precisar de algo eu te ligo – falou ele me entregando papéis para digitar.

- posso perguntar uma coisa?

- não precisa pedir permissão, é só perguntar.

- o que aconteceu com o funcionário que trabalhava antes de mim?

- ele se suicidou – falou ele.

Eu dei uma risada, mas ele não riu.

- é sério?

- sim.

- ok – falei saindo da sala – com licença – falei fechando á porta.

Eu fui para a recepção, liguei o computador e em seguida liguei as luzes do aquário, liguei o ar condicionado da recepção e alimentei as criaturas.

Quando eu voltei para a recepção o elevador chegou ao andar e de dentro saiu um rapaz e uma moça que estavam conversando. Eles aparentavam ter mais ou menos minha idade.

- bom dia – falei quando eles chegaram.

- bom dia – responderam os dois.

- você é o novo assistente do Gordon? – perguntou o rapaz.

- sim.

- seja bem vindo – falou ele apertando minha mão – meu nome é Gabriel eu sou assistente do Seth.

- obrigado – falei apertando a mão dele - você tem um sotaque, é estrangeiro?

- sim, sou brasileiro.

- você veio de que parte do Brasil?

- eu nasci em São José dos Pinhais no Paraná, mas com cinco anos de idade eu me mudei para Governador Valadares no estado de Minas Gerais e foi lá que vivi toda a minha vida até que fiz 18 anos e me mudei para os Estados Unidos.

-minha mãe, meu pai e eu passamos as férias em Brasília uma vez para a copa do mundo. Nenhum de nós gostava de futebol nós apenas aproveitamos a acessibilidade das passagens. Um ano depois infelizmente minha mãe faleceu. E eu gostei muito de lá, uma das melhores lembranças que eu tenho dela.

- que bom que gostou.

- meu nome é Stacy – falou ela – sou assistente do Matt.

- muito prazer, meu nome é Mickey, mas podem me chamar de Mike.

- é incrível como o tempo passa rápido não é mesmo?

- sim. o mundo não mudou quase nada comparado com o começo da década.

- verdade, mas muita coisa aconteceu. – falou Stacy.

- pois é, nem acredito que esse ano eles vão lançar “Vida de Inseto 3”. O primeiro filme foi lançado antes de eu ter nascido.

- pois é – falou Stacy.

- todos os dias nós dois aparecemos por aqui para organizar a sala deles, provavelmente o que você vai fazer com o Gordon. – falou Gabriel.

- sim.

- é um prazer te conhecer – falou Stacy e eles foram cada um para uma das salas, as destrancaram e entraram.

Eu comecei a digitar os papéis que Gordon me deu. Depois de um certo tempo os dois estagiários e assistentes foram para o 10º andar que era o andar dos estagiários que trabalhavam no administrativo e no call center.

Ás 07h50min Seth chegou:

- bom dia – falou ele.

- bom dia.

- e então? Gordon te explicou tudo?

- sim.

- se chegar clientes você pode nos ligar, é só tirar o telefone e apertar os ramais: 1 para mim, 2 para o Matt e 3 para o Gordon.

- ok.

- se tiver alguma dúvida pode perguntar para qualquer um de nós.

- muito obrigado.

Ele foi para a sala dele.

Ás 08h15min Matthew chegou, me cumprimentou e foi direto para a sala dele. eu continuei digitando os papéis concentrados. Ás 09h10min chegou uma cliente para conversar com Matthew.

- alô – falou Matthew atendendo ao telefone.

- Sr. Matthew, desculpa te incomodar, mas a Sr. Agnes está aqui na recepção querendo falar com você.

- pode mandar ela entrar, e Mike pode me chamar apenas de Matt.

- sim senhor. – falei desligando o telefone.

- pode entrar na segunda porta por gentileza – falei me levantando e apontando para ela.

- obrigada – falou ela indo.

Ás 10h06min Gordon saiu da sala dele e veio até a recepção.

- Mickey, você faz um favor para mim?

- sim senhor – falei pegando minha agenda eletrônica.

- você pode encomendar um terno para mim? A loja já tem minhas medidas, só passe para eles a minha descrição e também o número do meu calçado.

- sim senhor. – falei preparado para escrever.

- tenho 1,85 cm de altura, eu calço nº44. Diga que eu sou Branco/Caucasiano, cabelos marrons, uso cabelo social com topete arrepiado e meus olhos são marrons. Dessa maneira eles vão saber a cor certa do terno e da gravata.

- sim senhor.

- é só olhar no seu e-mail que tem o telefone. E por favor diga que eu preciso do terno até na sexta-feira.

- sim senhor.

Ele foi para a sala dele e assim que olhei o e-mail eu liguei no telefone e passei as medidas e ela me disse que o terno ficaria pronto na sexta, mas que só poderiam entregar no sábado.

- será que não tem como abrir uma exceção e entregarem na sexta?

- infelizmente não porque tem muitos clientes na frente.

- eu posso ir buscar?

- claro.

- me passa seu endereço.

Ela me passou o endereço e eu disse que buscaria o terno na hora do meu almoço. Ás 10h20min Matt saiu de sua sala e veio até mim.

- Mike, você pode fazer um favor para mim?

Eu olhei para a porta da sala do Gordon que estava fechada e olhei para o Matt.

- eu sei que não pode fazer favor para mim, mas abre uma exceção? Eu não posso ir até o 10º agora porque minha cliente está esperando e a Stacy não atende o celular.

- tudo bem, mas não conte para o Gordon.

- ok.

- vá até o 10º andar e tire cópia desses documentos? A máquina de fotocópia da minha sala está estragada. Depois você pega assinatura de três pessoas, qualquer uma é para a assinatura e testemunhas.

- ok.

- obrigado – falou ele com um sorriso e em seguida ele foi para a sala. Sua barba desenhou o rosto quando ele fez isso.

Eu então fui pelas escadas e ao chegar lá perguntei onde ficava a máquina de foto cópia e eu rapidamente tirei as cópias e em seguida pedi para três pessoas assinarem como testemunhas todas as páginas e depois eu fui pelas escadas de volta e assim que cheguei eu liguei no telefone de Matt.

- oi – falou ele atendendo.

- está pronto o que o senhor pediu.

- traga aqui por gentileza?

- sim.

Eu fui até a sala bati duas vezes e abri a porta. eu levei até ele e me virei para voltar rapidamente.

- obrigado – falou ele.

- por nada – falei voltando para a recepção.

Quando o relógio marcou meio-dia eu sai para o almoço. Eu fui almoçar no Casablanca. Jude saiu para o almoço ás 13h00min e nós comemos lá mesmo e conversamos bastante. Ás 13h50min eu me despedi. Eu fui até o 3º andar e escovei meus dentes e em seguida voltei ao trabalho.

Eu continuei digitando os arquivos, agora eu tinha chegado à metade. Ás 15h00min Gordon voltou do almoço.

- Mickey – falou ele saindo do elevador e vindo até mim – um casal de clientes está vindo me ver e quando eles chegarem não pedir que eles entrem.

- sim senhor.

Ele foi para a sala dele.

Ás 16h01min chegou duas clientes e elas queriam conversar com Seth e eu as mandei entrarem. Ás 16h20min um casal de clientes chegou.

- boa tarde – falou o homem – gostaria de ver o Dr. Gordon.

- sim senhor, a última sala á esquerda, pode entrar.

- muito obrigado – falou ele pegando na mão da esposa e eles foram para a sala dele.

Naquele instante que eu fiquei sozinho eu bocejei algumas vezes. Hoje eu me deitaria mais cedo para que isso não voltasse a acontecer. O telefone da recepção tocou e eu atendi.

- Cohen Brothers, Mickey, boa tarde.

- boa tarde, eu gostaria de falar com o Matthew.

- quem gostaria?

- é a esposa dele, meu nome é Zoey.

- vou transferir para ele.

- obrigada.

Eu apertei o ramal e enviei para ele a ligação.

Ás 16h55min os clientes de Gordon saíram da sala dele e em seguida ele me ligou.

- Mickey, ante de ir embora você vem aqui na minha sala, por favor?

- sim senhor.

Eu então desliguei o computador e arrumei toda a recepção e ás 17h00min em ponto eu bati o ponto usando minha digital e em seguida bati na porta dele e ele pediu que eu entrasse.

Eu fechei a porta e fui em direção a cadeira que ficava em frente a mesa dele, mas ele se levantou e deu a volta na mesa e veio na minha direção.

- não precisa sentar, vai ser rápido – falou ele.

- ok – falei parando.

- o que eu te disse hoje cedo quando te dava as instruções?

- várias coisas, disse que tinha que abrir sua sala todos os dias, alimentar os peixes, as tartarugas.

- eu também disse que não era pra você fazer nenhum serviço que Seth ou Matt que pedissem.

Eu fiquei em silêncio.

- o que você fez hoje de manhã? Você não faz um serviço para o Matt?

- sim senhor.

- você tem algum problema com regras? Meus irmãos e eu combinamos que para evitar briga entre nós três cada um teria seu subordinado, eu sei que eles não obedecem porque meu assistente fica na recepção, mas se eles desobedecem essa regra eles não são demitidos ou punidos porque eles são donos, por outro lado você sim. não adianta puxar o saco deles para conseguir as coisas.

- não senhor, eu não estava tentando.

- eu sou a única pessoa que você deve explicações, atraso, folgas… seja lá o problema que você tiver eu tenho que resolver não eles.

Eu fiquei em silêncio.

- se você começa desse jeito eu já te digo a real, você não vai durar aqui. Nós não suportamos puxa sacos, somos uma empresa séria e que preza pela verdade.

Eu fiquei em silêncio.

- eu sou seu chefe, eu vou saber de tudo o que você fizer aqui dentro, eu tenho, olhos e ouvidos por essa empresa, eu vou saber de cada respiração que você der, cada passo em falso que der, vou saber se você está me enganando como fez hoje. Não foi o Matt que me contou, ele não é tão idiota.

Eu estava com a cara no chão. No primeiro dia e eu dou uma mancada dessas.

- lembra-se disso: cada respiração que você der, cada movimento que fizer: eu estarei de olho em você.

Não era só o olhar dele que dava medo o jeito dele conversar nos passava a mesma sensação.

- por favor, senhor Gordon eu não tinha intenção de…

- não quero explicações e desculpas – falou ele se virando e se sentando na mesa dele – seja homem e assuma o que você fez e ao voltar amanhã tente não foder com tudo como você fez hoje.

Eu fiquei em silêncio. Meus olhos começavam a encher de lágrimas.

- você entendeu?

- sim senhor.

- ótimo – falou ele se levantando da mesa e se sentando na cadeira dele. – pode ir embora.

- ok – falei engasgado, mas não deixando transparecer os meus sentimentos.

Eu fechei a porta e fui até o elevador. Tudo isso sem deixar cair nenhuma lágrima. Ao sair do prédio eu fui em direção à estação de metrô e a partir dai as lágrimas começaram a cair do meu rosto.

Eu não estava acostumado a ser tratado dessa maneira, especialmente porque eu tinha me acostumado a um certo tipo de tratamento no meu último trabalho e na minha vida, mas a verdade é que no mundo real era assim que funcionava: os tubarões comem os peixinhos.

Eu tinha que me acostumar a isso. Todos que passavam por mim olhavam para meus olhos vermelhos e lacrimejantes. Eu odiava a primeira impressão que eu tinha dado porque era essa primeira impressão que me definiria em todos os dias na empresa.

Eu tinha duas escolhas: nunca mais voltar na empresa ou engolir aquilo e voltar com a cabeça baixa e o rabo entre as pernas. Por alguns minutos eu me arrependi de ter aceitado esse emprego e não o de Adam.

Eu fiquei com esse dilema todo o caminho do metrô até a estação de metrô que ficava mais próxima a minha casa. Eu cheguei à estação ás 18h00min e logo estava sob o sol de pondo e foi a caminho de casa que eu decidi que faria o que fosse preciso até tocar o céu. Aquele tinha sido um dia ruim e era bom que eu não fizesse nada de errado no dia seguinte.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Carlinhos em 2014-04-30 17:50:34
Mr. G sou leitor assíduo dos seus contos, principalmente deste. Nunca comentei algum capítulo, por preguiça de fazer o cadastro. Mas me senti a obrigação de publicar, pois mimha querida Valadares foi citada e isso me deixou mais dentro ainda dessa história. Parabéns pelo seu trabalho, tenho certeza que muitos se identificam com Mike. Continue escrevendo muito, porque você é bom nisso. Abraços. Carlos.