CAPÍTULO 129: Toda Rosa Tem Espinhos
Parte da série Paixão Secreta
Eu senti alguém ao meu lado na cama. Por alguns segundos eu esqueci que tinha dormido com Peter. Eu espreguicei e olhei para o lado e o vi dormindo feito um bebê. Eu cheguei perto dele e deitei a cabeça perto da dele e coloquei minha mão no peito dele e fiquei acariciando o peito dele brincando com os cabelos dele.
Logo ele se moveu e abriu os olhos bocejando.
- desculpa se eu te acordei – falei sorrindo.
- sem problemas – falou ele bocejando outra vez – quantas horas?
- 10h11min.
- mentira – falou ele olhando pra mim parecendo preocupado.
- é sim, por quê?
- nossa eu nunca dormi tanto. Eu sou acostumado a acordar ás 08h00min no máximo e quando eu acordo ás 08h00min eu já acordo com o corpo doendo de tanto dormir – falou ele bocejando outra vez.
- não se preocupa o sexo faz isso com o corpo.
Quando disse isso ele olhou pra mim com um sorriso e me deu um selinho.
- a noite passada foi maravilhosa – falou ele deitando de lado e me dando outro selinho. Eu coloquei a mão no rosto dele e nós nos beijamos por um bom tempo.
- você foi perfeito – falei entre um beijo e outro – você eu me sentir especial.
- fico feliz que tenha gostado.
- você foi muito bem para sua primeira vez.
- eu 29 de vida apenas imaginando com seria.
- sabe… ninguém acreditaria se eu contasse que eu tirei a virgindade do meu namorado de 29 anos.
- eu sei. Ninguém acreditava em mim. Quando eu contei para a Gwen quando começamos a namorar ela não acreditou.
- mas é claro que ninguém acredita – falei fazendo com que ele deitasse a cabeça no meu peito e depois eu joguei o cobertor cobrindo nós dois – quem vai acreditar que um rapaz bonitão e fofo como você é virgem? Ninguém.
- você me acha fofo? – perguntou ele
- claro que sim. Você é fofo e é o meu fofo.
- obrigado – falou ele rindo.
- porque está todo risonho?
- você é o meu primeiro namorado então você me desculpe se eu se esquecer de ser romântico às vezes. Eu sou meio travado.
- sem problemas, isso vai fluir com o tempo.
- ok – falou ele – posso te perguntar uma coisa?
- pode.
- ontem a noite quando eu me deitei eu disse que te amava e você respondeu com eu também te amo.
- sério?
- sim. Você nem lembra?
- não, sério que eu falei isso?
- foi sim, mas eu imaginei que você não quisesse dizer aquilo.
- talvez eu quisesse. talvez meu subconsciente saiba de algo que eu consciente ainda não sei. Talvez eu já te ame.
- você me acha idiota porque eu disse “eu te amo”? nós começamos a namorar ontem e eu já disse.
- se você me ama não tem nada de idiota. Não precisa namorar uma pessoa para se apaixonar por ela.
- eu te amo – falou ele ficando em cima de mim e me de dando um beijo.
Nós nos beijamos por um bom tempo acariciando um ao outro.
- sabe Peter, depois de ontem a noite eu tive muito o que pensar sabe.
- como assim?
- sei lá, minha vida agora estão chata e entediante. Se minha vida fosse uma história escrita era a parte em que os leitores perderiam o interesse.
- o que você pensou?
- eu decidi que quando vocês forem embora eu vou com vocês. Eu vou me mudar para o Tennessee, eu posso alugar um apartamento, arranjar um emprego criar uma vida por lá. Quero estar perto de você.
- sério? – perguntou ele com um sorriso no rosto.
- sério.
- que bom – falou ele sorrindo. Em seguida ele me deu um selinho.
- você vai fazer alguma coisa hoje?
- não – falou ele.
- eu quero te levar para conhecer a cidade. Nós vamos andar de metrô, ir a museus… quero que você conheça tudo.
- tudo bem – falou ele sorrindo e saindo de cima de mim. Ele se sentou na cama e se despreguiçou e eu fiz o mesmo. Eu fui até o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. Quando saia do banheiro Peter entrava.
- já vou descer, te vejo lá em baixo. – falei dando um beijo na boca dele.
- até daqui a pouco – falou ele entrando.
Eu desci as e no meio eu encontrei meu pai subindo.
- bom dia – falei para meu pai.
- bom-dia, vem aqui que eu quero conversar com você. – falou ele subindo e indo até o quarto dele.
Eu o segui e assim que nós entramos e fechamos a porta meu pai começou a falar.
- Mike eu não gostei nada de você e o Peter terem passado a noite juntos.
- por quê?
- você nunca foi de trazer homens para dormir aqui.
- eu não o trouxe ele aqui e além do mais ele não é um estranho. Eu conheço ele muito bem.
- mesmo assim eu gostaria que as próximas noites vocês dormissem separados. Eu achei falta de respeito, especialmente pela parte dele. vir até minha casa e dormir com meu filho na primeira noite?
- pai. primeiro que eu nunca fiz isso antes, nunca trouxe um homem para dormir na minha casa antes e segundo: Peter e eu estamos namorando. Não foi só sexo.
- namorando? – perguntou meu pai surpreso. – não sabia… você podia ter me dito antes que eu começasse a falar. Não precisava ter ouvido tudo isso.
- tudo bem pai – falei me sentando na cama dele – o Peter me pediu em namoro ontem e eu aceitei.
- fico feliz pro você, eu acho que ele é um bom rapaz.
- não foi o que o senhor disse dez segundos atrás.
- desculpa, mas eu fiquei irado, eu pensei que vocês simplesmente tinham dormido juntos.
- ok – falei rindo – eu tenho outra novidade além do meu namoro.
- qual?
- eu não vou mais para a África.
- sério? – falou meu pai sorrindo.
- sério – falei.
- levanta e me da um abraço.
Eu me levantei e o abracei.
- seja lá o que Peter tenha dito ou feito… eu agradeço. Só fico triste que você ouça mais seu namorado do que seu pai.
- isso não é verdade pai – falei olhando para ele e o soltando. – eu te ouço só que eu não tinha motivo para ficar. Eu percebi que todas as rosas do mundo têm espinhos, além do mais sabia que algumas rosas tem os espinhos da cor da das pétalas? É incrível é como se os problemas, no caso os espinhos, se adequassem e fizessem a rosa ser mais bonita. Se eu posso ser feliz na África eu posso ser feliz aqui.
- os problemas fazem parte do ser humano – falou meu pai – nenhum ser humano seria humano se não tivesse problemas. fico feliz pro você ter desistido dessa ideia – falou ele com um sorriso – mas não se preocupa filho, eu sei que parte de você queria ir ajudar as pessoas da África então eu faria uma doação para eles. Não é muito, mas vai ajudar.
- obrigado – falei abraçando ele – mas eu vou me mudar para o Tennessee, procurar um trabalho e vou criar uma vida lá. Eu sinto falta de trabalhar, de toda adrenalina de todos os problemas e felicidades.
- tudo bem – falou ele – é longe, mas não é a África e você vai estar perto do seu tio.
- hoje eu vou levar o Peter para conhecer a cidade, será que meu tio e o Leo não querem vir?
- acho que não, nós já marcamos algo.
- o que?
- vamos fazer um churrasco e beber todas para lembrar dos velhos.
- vocês adorar beber.
- é uma das poucas coisas que Roger e eu fazemos juntos.
- tudo bem, mas nem pense em convidar o Peter porque eu já o convidei e ele é capaz de não ir comigo para não fazer uma desfeita para você e além do mais ele gosta de beber e comer churrasco.
- como você sabe?
- todo fim de semana tio Roger fazia churrasco e Peter, o pessoal do Tennessee gosta muito de passar o tempo com os amigos bebendo.
- quem não gosta? – falou ele abrindo a porta do quarto e nós dois saímos.
Nós descemos as escadas e Peter estava lá fora fumando.
- oi – falei chegando à área.
- pensei que você tinha saído.
- bom dia – falou meu pai chegando.
- bom dia – falou Peter.
- vai fazer alguma coisa hoje Peter? O Roger e o Leo foram ao supermercado comprar carne para assar e cerveja. Tá afim?
Peter olhou para mim e depois para meu pai.
- desculpa Larry, mas eu já tenho planos para hoje.
- ok – falou meu pai com um sorriso de lado – fica pra próxima.
Quando meu pai saiu ele passou bem perto de mim.
- parece que alguém ganhou na loteria – falou meu pai cochichando.
Peter e eu tomamos café da manhã juntos e logo em seguida fomos nos arrumar para sairmos.
Eu terminei primeiro e encontrei meu pai na sala.
- vocês vão almoçar por lá?
-sim, não se preocupe com a gente pode ficar ai e se divertir com Roger e Leo.
- com certeza, eu matei o serviço justamente por isso.
- e a coitada da Vanessa trabalhando, que vergonha – falei brincando.
- alguém tem que sustentar o bebê que está chegando.
- engraçadinho.
Assim que Peter ficou pronto nós nos despedimos e fomos a pé para a estação de metrô perto de casa. Não demoramos muito até chegar. Nós compramos os bilhetes e entramos na estação.
- emocionado? – perguntei olhando para ele.
- um pouco – falou Peter olhando em volta – é tão grande
- você não viu nada ainda precisa ver as estações que faz conexão com outras linhas.
Nós chegamos à plataforma e ficamos esperando. Eu mostrei para ele como ver as linhas e reconhecer as estações.
- uma voz vai sempre dizer o nome da próxima estação então e muito difícil se perder.
- incrível como a tecnologia evoluiu. Parece que lá em Shelbyville ela não chegou. Eu nunca acreditaria se você não estivesse me contando.
Logo um metrô parou na nossa frente e as portas de abriram e nós entramos e nos sentamos um do lado do outro. Logo ele começou a andar.
- nossa é rápido – falou Peter.
- e sim. – falei segurando a mão dele.
Eu percebi que ele deu uma olhada para as pessoas dentro do metrô quando eu segurei a mão dele.
- don’t sleep in the subway darling… - cantarolei.
- o que? – perguntou Peter.
- é só uma música que eu gosto – falei dando um beijo na mão dele. Eu vi que ele ficou desconfortável, mas eu não comentei nada.
Nós descemos na estação que ficava próxima ao museu de história natural. Ao chegar lá nós misturamos com um grupo de turistas que estavam seguindo as instruções de um guia.
Depois de quase duas horas de visitas saímos um pouco porque Peter queria fumar. Eu fui até um carrinho de pipoca e comprei um pacote pra mim afinal Peter não queria. Nós ficamos dividindo o pacote de pipoca e olhando a maravilhosa vista de fora do museu. Tinha um enorme lago ao lado onde às pessoas andavam de barca.
- vamos dar uma volta na barca antes de almoçarmos?
- vamos – respondeu Peter.
- vamos tirar uma foto primeiro – falei pegando o celular. Uma casal passava próximo a nós e eu chamei a atenção deles – desculpa incomodar, mas será que podem tirar uma foto nossa?
- claro – falou a mulher pegando meu celular.
Eu fiquei ao lado de Peter e nós dois sorrimos para a foto.
- mais uma – falei ficando de frente para o Peter. – um beijo nessa.
Peter olhou para o casal e depois me olhou.
- Peter não precisa ter vergonha de me beijar em público. Não é crime.
- mas tem pessoas que se incomodam. – falou ele.
- Peter o mundo evoluiu, talvez lá no Tennessee as pessoas ainda sejam um pouco de mente fechada, mas por aqui as coisas são diferentes.
- ele está certo sabe? – falou a mulher – não fique com vergonha de demonstrar seu amor. – falou ela com um sorriso – eu e meu noivo não temos medo de nos beijar em público.
- não precisa ficar com vergonha – falou o homem – nós damos um beijo pra você não ficar tão desconfortável – falou o homem dando um selinho na namorada.
- está vendo Peter? Não precisa ficar com vergonha de demonstrar afeto em público.
- ok – falou ele sorrindo.
Nós demos um beijo e a foto foi tirada.
- prontinho – falou ela sorrindo animada.
- muito obrigado – falei pegando o celular.
- vocês formam um casal bonito. – falou o homem.
- obrigado, meu nome é Mike e esse é o Peter – falei apertando a mão dele e em seguida a dela. Peter fez o mesmo.
- eu sou Glória – falou ela apertando a minha mão depois a do Peter.
- e eu sou Robbie – falou ele – nós podíamos sair para jantar qualquer dia – falou ele.
- verdade, um encontro duplo – falou ela.
- seria ótimo anota o número.
Eu falei meu número e ele anotou e vice-versa.
- foi bom conhecer vocês – falei me despedindo.
- o mesmo – falou ela. – até mais.
- até.
Eu e Peter fomos em direção ao lado para o passeio de balsa.