CAPÍTULO 122: Nova San Diego

Parte da série Paixão Secreta

- não se estresse – falou Jay para Steve – deixe que eu falo com ele.

- tudo bem – falou Steve se sentando.

Jay saiu do quarto e fechou a porta vindo atrás de mim.

- Mike, me espera!

- por quê? – falei me virando – se não queriam que eu soubesse que ele tinha acordado era só ter me falado.

- o Steve não tem culpa – falou Jay.

- bom, pelo que sei ele não está nem ai pra mim. – falei apertando o botão do elevador esperando ele descer.

- espera – falou Jay parando ao meu lado – você precisa entender.

- vocês todos sabiam que eu me culpa por isso – falei olhando para ele com os olhos cheios de lágrimas – todos vocês brincaram comigo e me fizeram pensar que ele estava em coma durante dois meses… podiam ter acabado com essa angustia dentro de mim a 56 dias atrás, mas todos vocês preferiram esconder de mim.

- Mike, você está pensando só em você. – falou Jay.

- sério? Você é que estava beijando o Steve lá dentro.

- Mike, você com certeza precisa conversar com alguém.

- não preciso conversar com ninguém, não me venha com uma de psicólogo.

O elevador chegou e eu entrei dentro.

- por favor, Mike, converse comigo. – falou Jay segurando o elevador.

Eu respirei fundo e fiquei olhando para ele.

- não faça disso uma história sobre você Mike, não se esqueça da pessoa que passou os últimos sete meses em coma.

- eu estou sendo egoísta – falei olhando para Jay e em seguida eu sai do elevador – ok, eu concordo em conversar com você.

- então vamos lá para baixo e nós nos sentamos em algum daqueles bancos na praça.

- tudo bem – falei.

Nós entramos no elevador e a porta logo se fechou.

- você tem autorização para visita-lo? – perguntei para Jay.

- sim. Eu conversei com o diretor do hospital e como Steve tentou se suicidar ele decidiu que seria melhor eu estar aqui sempre que Steve quisesse ou precisa-se. Se quiser eu consigo um passe livre para você.

- não precisa, esse rostinho lindo conseguiu um com a enfermeira da recepção – falei rindo.

- bom trabalho, você daria um ótimo espião – falou ele.

Nós então saímos do hospital e nos sentamos em um dos bancos da praça a sombra de um enorme carvalho.

- primeiro de tudo, obrigado por aceitar conversar – falou Jay.

- tudo bem, eu estava sendo mesmo um pouco egoísta, afinal não fui eu que passei os últimos meses em coma perdendo o mundo a minha volta.

- ok – falou Jay – bom, o Steve acordou a 56 dias atrás e Gray estava com ele quando ele acordou. Gray então ligou para seu pai e seu pai me recomendou. Eu vim às pressas porque uma pessoa que se suicida tem apenas dois sentimentos quando não conseguem realizar o que tentaram: ou elas se arrependem ou ficam com raiva por não ter conseguido e tentam outra vez. Infelizmente Steve ficou com muita raiva quando descobriu e eu conversei com ele e no primeiro momento achei melhor que ele não te visse porque só iria piorar o estado dele então pedi que todos guardassem segredo. Nós decidimos manter Steve no hospital por dois meses por precaução. Daqui quatro dias ele finalmente vai para casa.

- eu entendo. Eu estava pensando só em mim quando fiz aquela cena lá em cima, me desculpe.

- felizmente depois de várias sessões ele mudou o sentimento de raiva para arrependimento. Ele se abriu bastante comigo e nós meio que começamos a gostar um do outro e a algumas semanas nós estamos se relacionando. Ninguém sabe disse, só você. eu sei que é antiético e nada profissional e eu peço desculpas.

- não, tudo bem. não podemos evitar de nos apaixonarmos e eu fiquei com raiva porque eu meio que pensei que talvez Steve e eu fossemos ficar juntos e foi por isso que eu meio que surtei.

- sinto muito – falou Jay – se eu soubesse que você tentaria…

- não, pelo amor de deus não pense isso. Era só coisa da minha cabeça.

- que bom que entende Mike. Sabe o Gray ficou de te trazer hoje e ele ia te explicar tudo antes de vocês virem para o hospital.

- ele ia mesmo fazer isso, ele nem sabe que eu vim eu não consegui esperar até de tarde para ver o Steve e até agora eu não o vi.

- vamos lá para cima falar com ele.

- ele não tem raiva de mim? Quer dizer talvez ele me culpe por ter…

- não. Ele não guarda nenhuma raiva de você.

- que bom – falei sorrindo – eu senti tanta falta dele. Eu não sabia o quanto ele significava pra mim até que ele não estava lá todos os dias me enchendo com suas bobagens e sendo arrogante e as vezes ele mudava de humor e era um amor de pessoa comigo.

- esse Steve está lá em cima – falou Jay rindo – do mesmo jeito que você o descreveu. Às vezes ele está de mau humor e de repente está de bom humor é difícil entende-lo.

- sabe, eu fico feliz por você Jay, eu sei que você passou por muita coisa quando seu parceiro morreu.

- sim, Steve é a primeira pessoa por que meu me conecto em muito tempo e eu espero realmente que nós dois possamos dar certo.

- a família dele apareceu?

- não. Os amigos são tudo o que ele tem – falou Jay.

- vamos então – falei me levantando.

Nós então entramos no hospital e em seguida fomos até o elevador e quando chegamos em frente ao quarto de Steve, Jay parou.

- acho que vocês merecem um tempo sozinhos – falou Jay – mas eu estou aqui fora se precisarem de mim.

Eu então bati na porta.

- posso entrar? – perguntei humilde. Estava envergonhado pela cena que fiz.

- pode sim – falou Steve.

Eu abri a porta e ele estava de pé.

- oi – falou Steve

- oi – respondi sem graça fechando a porta – senti sua falta Steve.

- também senti a sua – falou ele.

- posso te dar um abraço?

- pode – falou ele.

Eu fui até ele e dei um abraço apertado.

- nunca mais faça isso – falei fechando os olhos – você me matou se susto.

- eu sei, me perdoa por ter feito isso. Você deve ter se sentido culpado.

- e como – falei olhando para ele. Eu então dei um beijo na boca dele e em seguida me afastei.

- não podemos fazer isso – falou Steve.

- eu sei me perdoe, eu não sei o que deu em mim.

- tudo bem – falou Steve. – isso acontece, eu sei que sua vida amorosa tem sido meio conturbada.

- você sabe é?

- sim. Gray me contou tudo o que tem acontecido com você. filho de governador? Herói americano? Sei de tudo.

- então você sabe o quão ferrado estou no amor e olha que eu não tenho sorte no jogo.

- você vai encontrar alguém que te ame Mike. Olhe para mim, eu e Jay? Se me perguntasse isso há um ano atrás eu nem imaginaria isso.

- eu fico feliz por vocês dois.

- e eu adoro os filhos dele. Eu nunca tinha gostado de criança até que eu conheci os filhos dele. Santiago e Amélia são crianças maravilhosas e eu acho que posso ser um bom pai para elas.

- mas já? – falei surpreso.

- porque esperar? Eu já desperdicei muito da minha vida preocupado com o que os outros pensavam de mim. Eu quero é ser feliz.

- é assim que se fala – falei.

- então Mike, siga o que você prega. Seja feliz.

- vou ser – falei dando um abraço nele – prometo que não via ter beijo nesse abraço.

Jay então abriu a porta.

- desculpe atrapalhar. – falou Jay.

- sem problemas eu já estou indo de qualquer jeito – falei para Jay.

- mas já?

- sim. Não quero atrapalhar vocês dois, além do mais você vai sair do hospital daqui a alguns dias.

- tudo bem – falou ele dando um beijo no meu rosto – eu gosto muito de você Mike – falou Steve – espero que possamos ser amigos.

- vamos sim – falei olhando para Jay – me desculpa Jay eu dei um beijo no Steve, mas prometo que não vai acontecer outra vez.

- sem problemas – falou Jay.

- até mais – falei saindo do quarto.

Assim que eu deixei o hospital eu peguei um taxi para a empresa.

- onde quer ir? – perguntou o taxista.

- me leve ao centro comunitário.

- você é que manda – falou ele.

Depois do centro comunitário eu peguei um taxi para ir até a “Partners Asdvocacy”. Eu precisava conversar com Adam. Assim que cheguei eu pedi que o porteiro dissesse que eu estava subindo e Adam disse que eu podia subir que ele não estava com cliente no momento.

Eu entrei no elevador e apertei o botão do 20º andar. Logo que cheguei à recepção vi uma loira. “ele com certeza já transou com ela” – pensei em minha mente.

- bom dia – falou ela sorrindo – eu vim ver o Adam.

- tem hora marcada?

- oi Mike – falou Adam abrindo a porta e assim que me viu veio até mim e me deu um selinho na boca.

- Kelly, se alguém aparecer diga que estou em reunião e não me passe nenhuma ligação.

- tudo bem – falou ela.

Nós entramos na sala dele e ele me abraçou e nós demos um beijo.

- senti sua falta – falou ele sorrindo. Ele me deu um beijo e sua barba fez cosquinhas.

- também senti a sua, mas nós precisamos conversar.

- sério? Não podemos apenas nos sentar e ficar nos beijando.

- sim. E é sério.

- ok – falou ele me soltando.

Nós então nos sentamos em um dos sofás que ele tinha na sala dele.

- o que é tão sério?

- primeiro de tudo é que eu já sei que o Steve acordou há quase dois meses atrás.

- olha Mike me perdoa por não ter…

- em segundo lugar… acho que nós não devemos ficar juntos Adam.

- o que? porque?

- porque sim Adam. Você não é gay.

- eu acabei de te beijar na frente da minha assistente.

- e aposto que antes disso você transou com ela.

- do que você está falando Mike?

- o fato não é você ter transado com sua assistente, mas o fato de que você não é gay.

- e dai? Eu posso me relacionar com quem eu quiser, independente de ser gay ou não.

- sim, mas você vai acabar me machucando. Você gosta é de mulher e quando você ver uma morenona toda corpulenta você vai pra cima dela igual cachorro no cio e depois que transar com ela você vai voltar pra mim como se nada tivesse acontecido e nós dois sabemos que uma hora ou outra eu vou descobrir suas traições e nós vamos acabar brigando, terminando e não sendo nem namorados e nem amigos.

Ele não respondeu nada e apenas olhou para baixo.

- diz que eu estou errado Adam.

- você não está errado.

- então Adam? Você não precisa se separar da sua esposa se não quiser.

- eu quero me separar dela, isso pode ter certeza.

- sim, mas não precisa ser por minha causa.

- eu sei – falou ele parecendo desanimado – eu já estava até me acostumando a ser seu namorado.

- vai ser melhor dessa maneira Adam. É melhor não começarmos algo que nós dois sabemos que vai acabar mal. Eu não estou te jugando pelo seu estilo de vida, algumas pessoas nascem para ser solteiras, mas eu nasci para casar. só não encontrei a pessoa certa e eu não acho que seja você. Sem querer ofender.

- não me ofende – falou ele. – sabe, estou um pouco aliviado, eu já estava até imaginando as desculpas que iria dar quando você resolvesse me comer.

- seu babaca – falei rindo.

- é a pura verdade – falou ele rindo.

Nós ficamos em silencio pro alguns segundos.

- nós ainda somos amigos? – perguntou ele.

- sim.

- será que podemos fazer sexo de amigos? Igual aos últimos de fizemos? Sexo de despedida – falou ele.

- não – falei rindo – boa tentativa.

- tem certeza? – falou ele beijando meu pescoço.

- não faz isso – falei tentando empurra-lo, mas sua mão apertava minha cocha e sua língua passava em meu pescoço.

- quer que eu pare?

- não – falei beijando a boca dele – mas é a última vez.

- ok – falou ele tirando o terno e em seguida descendo as calças e ficando apenas de cueca e meias.

- tem camisinha? – perguntei beijando o peito dele.

- tenho sim – falou ele de olhos fechados – no meu bolso.

- que empresário carrega camisinha nos bolsos?

- um empresário sem vergonha – falou ele rindo.

Eu peguei o preservativo no bolso dele e coloquei em cima do sofá.

Eu então tirei o pau dele pelo lado da cueca e cai de boca. Eu chupei com gosto aquele pedaço de carne.

- vou sentir falta disso – falou ele relaxando no sofá – uma das coisas que você faz melhor do que qualquer mulher que eu já tenha ficado.

- vindo do homem que dormiu com metade da cidade isso é uma honra.

- muito engraçado – falou ele rindo.

Ele se levantou e me colocou de quatro no sofá e abriu bem minha bunda e cuspiu nela e depois caiu de boca. Sua língua quente me levou ao delírio. Ele lambeu com gosto. Ele esfregava a barba nas minhas nádegas porque ele sabia que aquilo me deixava excitado.

- que delicia – falei gemendo – me fode.

Ele então colocou o preservativo no pau e colocou na portinha do meu rabo e começou a enfiar. Ele enfiou bem devagar e antes que me desse conta eu já sentia o saco dele batendo em mim enquanto eu rebolada no pau dele.

- que delicia – falou ele enfiando até o fundo e me fazendo ficar de joelhos no sofá ele mordiscou minha orelha – se eu fosse gay nós seriamos o casal perfeito – falou ele.

- pois é – falei usando a mão esquerda para alisar a nuca dele enquanto ele me fodia.

Ele então colocou sua mão esquerda no meu pau e começou a me masturbar.

- você me mata desse jeito – falei fechando os olhos.

- você vai gozar com meu pau do rabo – falou ele.

- é pra já– falei gozando jatos na mão dele.

Ele segurou toda a goza na mão para não sujar o sofá.

- vou gozar – falou ele metendo com força e em seguida ele tirou o pau, tirou a camisinha me deitou no sofá e começou a se masturbar usando minha porra como lubrificante. Ele em seguida gozou no meu peito. Se forçando a não gemer alto. Depois de gozar ele esfregou o pau na goza e levou até minha boca e eu chupei o pau dele por alguns minutos até que ficou flácido.

Ele então vestiu a roupa e foi até o banheiro executivo e me trouxe uma toalha que eu usei para limpar meu peito.

- preciso de um banho – falei para Adam.

- vá até o 5º andar e tome um banho lá. – falou ele vestindo a roupa.

- tudo bem – falei indo até ele e beijando a boca dele. – gosto de você Adam, mas essa é nossa última vez.

- tudo bem – falou ele me devolvendo o beijo – espero que nós tenhamos muitas últimas vezes.

- é sério Adam – falei segurando o rosto dele em minhas mãos e dando um selinho na boca dele – será a última.

- porque tem tanta certeza? – falou ele enquanto eu colocava a gravata para ele.

- essa é a Nova San Diego sabe? Jay e Steve juntos, meu pai e Vanessa morando juntos, você se separando…

- e dai? É a Nova San Diego, mas alguns hábitos nunca ficam velhos.

- eu vou me mudar Adam

- o que? – perguntou ele confuso.

- vou me juntar em um grupo de trabalho voluntário no exterior – falei terminando de colocar a gravata nele – eu vou me mudar o continente Africano ajudar pessoas na África do Sul. Eu vou canalizar minhas forças em algo que realmente valha a pena. Eu não vou encontrar um amor de verdade então vou para a lá.

- você é louco Mike? Quer dizer… é um ato muito bonito, mas você não pode desistir de sua vida por esse motivo.

- eu já me decidi – falei sorrindo – fique feliz por mim, eu não vou ficar infeliz. Eu estou feliz por tudo estar se resolvendo com o tempo e eu acho que minha vida vai se completar se eu for à luta para ajudar outras pessoas.

- eu estou – falou ele me dando um beijo – significa que teremos outro sexo de despedida.

- só que não – falei terminando de vestir a minha roupa – se sinta importante, você é a primeira pessoa a saber.

- você viaja quando?

- no fim do mês. Antes de vir aqui eu passei no centro comunitário e me inscrevi no programa.

- eu fico feliz pro você – falou ele me abraçando e me dando um beijo no rosto – vou sentir sua falta.

Nós então saímos da sala e ele apertou o botão do elevador para mim e assim que ele chegou Adam me deu um beijo na boca.

- viu só? Sou hetero e não tenho medo de te beijar na frente de outras pessoas.

- você está bem cavalheiro e carinhoso pra quem acabou de gozar no meu peito – falei baixo na orelha dele.

Ele deu uma risada.

- até mais – falou ele.

- até – falei quando a porta do elevador se fechou.

Eu então comecei a chorar quando a porta do elevador se fechou. Eu não aguentaria estar em San Diego. Eu não aguentaria estar em nenhum lugar desse pais porque o único homem que me amou de verdade estava morto. A África era a minha maneira de fugir dos problemas.

Roman me deixou, eu acabei com Charley e Fritz. Steve me amou e tudo o que queria era finalmente ama-lo de volta e Steve já não amava mais. O que me sobrou? Sexo com Adam? Era ótimo, mas não era o que esperava para o futuro.

- Um ano sem você, achei que eu fosse esquecer, seis anos sem você e eu ainda não consegui te superar. – falei limpando meus olhos. Eu estava decidido. Esse mês era meu último em San Diego.

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