CAPÍTULO 11: Tudo Preparado

Parte da série Paixão Secreta

Todos chegaram de viagem na segunda. Adam me agradeceu pelo bom trabalho e tentou me dar uma folga em um dia da semana, mas eu não aceitei, era apenas meu trabalho. Eu esperava por uma oportunidade naquela semana mesmo para filmar meu pai e Charley transando para finalmente soltar a bombar e contar que eu sabia de tudo. Na terça-feira Adam me deu a oportunidade. Ele ligou no meu telefone me pediu para ir até a sala dele.

- Mike eu preciso de você – falou Adam enquanto eu sentava.

- o que você quiser – falei

- eu estou te avisando antes para que você não tenha que cancelar algum plano.

- sim.

- na quinta-feira um investidor vai vir conhecer a empresa e eu vou precisar de sua ajuda.

- com o que?

- bom, esse investidor está a procura de uma empresa para poder investir faz uns seis meses e nós achamos que ele não tinha escolhido a gente, mas ele me ligou ontem e disse que quer jantar conosco e conversar sobre a assinatura do contrato.

- que ótimo e aonde eu entro?

- bom, ele disse que de todas as empresas tinha gostado mais da nossa pela responsabilidade e a credibilidade, mas ele disse que quer sabe r sobre a empresa conhecendo os funcionários e eu decidi que você é o funcionário que via nos acompanhar nesse jantar.

- você quer que eu vá para esse jantar e convença-o a assinar o contrato? Eu vou ser um prostituto! – falei em tom de brincadeira.

- não. Você só precisa responder o que ele te perguntar. Eu tenho total confiança em você eu sei que você gosta de trabalhar aqui e não vai dizer o que não deve apenas por vingança ou sei lá o que. Ele disse que não confia na palavra de homens e grandes investidores como eu ou qualquer um dos outros sócios e ele disse que quer a opinião de um funcionário comum, pois ele disse que a coisa que mais preza é o bem estar de seus funcionários. E ele vai querer sua opinião.

- tudo bem.

- não se preocupe. Não quero que você traia seu namorado.

- não tenho mais namorado... Quer dizer... Pelo menos até semana que vem não vou ter mais.

- por quê?

- eu vou terminar.

- o que aconteceu? – perguntou Adam.

- a pior coisa que pode acontecer em um relacionamento.

- traição – falou Adam.

- sim.

- sinto muito.

- não sinta. – falei.

- então, fica combinado? – perguntou Adam.

- fica sim. – respondi.

Eu sai da sala e sentei em minha cadeira.

- perfeito – falei. – agora é só eu marcar um encontro na quinta e mais uma vez faltar e então eu terei as filmagens.

No horário de almoço eu liguei para Charley e pedi para ele pegar alguns filmes e levar na quinta-feira a noite. Eu liguei para meu pai e pedi permissão para ele. Meu pai como sempre deixou sem pensar duas vezes.

Agora, estava marcado e tudo acontecia de acordo com meu plano. Agora o idiota do Charley e o babaca traidor do meu pai teriam o que mereciam. Eu então fui à procura de um apartamento para alugar, um que coubesse no meu orçamento. Até o fim do horário de almoço eu fiquei em dúvida entre dois apartamentos. Ambos ficavam á 20 minutos do trabalho, eu economizaria tempo e dinheiro das passagens que não mais pagaria e finalmente teria um lugar só meu.

A quinta-feira chegou e eu tinha levado minha roupa para que eu me trocasse no trabalho e não precisasse voltar em casa e atrapalhar a transa de Charley e meu pai.

Ás 17h40min Adam me ligou e pediu que eu fosse a sala dele.

- Mike, você faz um favor pra mim? Vai até a sala do Steve e entrega esses papéis pra mim?

- sim senhor – falei pegando os papeis.

- e então? Está preparado para o jantar de hoje?

- sim.

- ótimo. Não quero botar pressão, mas está tudo em suas mãos.

- agora sim eu fiquei mais tranquilo.

- depois que você voltar, você vem direto para minha sala para eu te informar alguns dados sobre o investidor e possível novo sócio.

- tudo bem.

Eu peguei os papéis e entrei no elevador. As salas de Steve e Gray ficavam no 18º andar. Eu desci e os estagiários ficaram me olhando e alguns deles me cumprimentaram, incluindo Sabrina a garota que tinha me substituído.

Eu fui até a sala de Steve e bati na porta.

- pode entrar – falou Steve.

- com licença eu vim trazer esses papéis.

Ele estendeu a mão e pegou os papéis e folheou rapidamente e colocou em cima da mesa.

- obrigado – falou ele voltando a futricar no computador.

Eu me virei para sair.

- está preparado pra hoje à noite? Sabe que o crescimento da empresa está em suas mãos.

- sim senhor - respondi

- sabe que se o contrato não for assinado essa noite a culpa vai ser sua não é mesmo?

- obrigado por me tranquilizar – falei um pouco arrogante.

- o que? – perguntou Steve.

- perdão. – falei.

- pode ir – falou Steve.

Eu caminhei e entrei no elevador e chegando no 20º andar eu fui direto para a sala de Adam que estava ao telefone, eu e me sentei e esperei ele acabar a conversa.

- ok então... sim... obrigado Steve – falou ele desligando o telefone. – o que aconteceu lá em cima? O Steve me ligou bravo dizendo que você o respondeu.

- perdão Adam, prometo que não via mais acontecer.

- o que aconteceu? – perguntou Adam.

- ele ficou me dizendo que se o contrato não for assinado hoje será minha culpa e que o futuro da empresa depende de mim, perdão pela arrogância, mas eu já estou nervoso o suficiente.

- o Steve é um babaca – falou Adam com a cara séria. – mas depois eu cuido dele.

- o que o senhor iria me dizer sobre ele?

- a partir de agora eu sou você. Eu não quero que você chame nenhum de nós cinco de senhor ou senhorita ou sei lá o que.

- tudo bem.

- bom. Eu só vou te falar algumas coisas sobre ele. O investidor do qual eu te falei é um homem muito rico, ele construiu a fortuna em pouco tempo ele recebeu a herança do pai ainda novo e ao invés de gastar atoa ele investiu na bolsa de valores e ganhou muito. Pra você ter uma ideia ele tem 38 anos, é três anos mais novo do que eu e a fortuna dele é provavelmente o dobro da minha.

- nossa – falei exclamando – acho que o Steve tem razão em me botar tanta pressão.

- ele parou de investir na bolsa de valores e agora quer investir em empresas e durante muito tempo ele visitou empresas em que ele possa investir.

- ele também é advogado?

- não. Ele é formado em Medicina.

- medicina? Ele é médico? – eu fiz a pergunta mais idiota possível. Desse jeito eu mostrava o quão preparado estava para o jantar.

- sim, ele não exerce a função em hospitais ele é médico particular, ele distribui cartões de visita e ele atende o paciente em casa. Como eu te disse ele quer encontrar um lugar para investor e aumentar seu dinheiro.

- qual a especialidade dele?

- Pediatria.

- se ele assinar ele vai trabalhar aqui?

- de certa forma sim. Ele não é advogado. Ele não vai trabalhar como eu ou os outros. Ele vai participar de todas as reuniões e vai ter direito ao voto nas tomadas de qualquer decisão que formos tomar.

- entendi.

- olha o cartão de visitas dele – falou Adam me entregando – Dr. Fritz Schulz Kröhling.

- ele é alemão?

- sim. – ele veio morar nos Estados Unidos com 17 anos junto com a família e o pai dele faleceu quando tinha 18.

- entendi. E desculpa perguntar, mas qual será a porcentagem de cada 1 depois da venda?

- bom. Como ele vai investir muito dinheiro as partes de cada um passam a valer quase o triplo então decidimos assim. Xavier 10%, Steve, Gray e Vanessa com 13% eu com 26% e Dr. Kröhling com 25%, dessa forma eu continuo sendo o sócio majoritário.

- entendi.

- pelo amor de deus Mike, se refira a ele sempre como Dr. Kröhling.

- e como diabos vou dizer isso? Dr. Kru... Kri... Dr. Kron…

- Dr. Kröhling – falou Adam. – Repete comigo: Dr. KRÖH-LING.

- eu vou ter que treinar falar o nome dele.

- tudo bem.

- tem mais alguma coisa que eu deva saber ou posso ir lá pra fora e se matar?

- deixa de bobeira, você vai conseguir.

- obrigado pela fé em mim. Bem diferente do Steve. – eu me levantei e sai da sala.

Depois que acabou o expediente eu fui até o 5º andar e me arrumei. Por volta dás 19h50min eu liguei para meu pai.

- filho? Aonde você está? Charley chegou faz 1 hora.

- pai, eu não vou poder ir. Vocês vão ter que assistir sozinhos.

- que merda filho, é a 3ª vez que isso acontece.

- não posso fazer nada pai o trabalho vem em primeiro lugar.

- eu entendo. O Charley quer falar com você

- passa pra ele – falei.

- oi amor – falou Charley.

- oi – respondi.

- você não via vir outra vez?

- não.

- que droga, estou com saudades suas.

- você me promete uma coisa? – falei.

- o que você quiser – falou Charley.

- promete que quando eu chegar em casa eu vou ter você na minha cama.

- eu prometo – falou Charley – pode ficar tranquilo que eu não vou embora, vou estar na sua cama quando você chegar. Você sabe mais ou menos a hora que vai chegar?

- não tenho certeza, mas acho que lá pelas 02h00min da madrugada.

- ok então. Eu e seu pai vamos tomar umas cervejas enquanto você trabalha.

- não me mata de inveja – falei.

- quando chegar me acorda – falou Charley.

- tudo bem – falei me despedindo com um beijo.

Meu pai provavelmente chegaria atrasado no dia seguinte, eles bebiam todas, fodiam a noite inteira e depois meu pai dormia um sono pesado de tão cansado. O pior de tudo é pensar que Charley nunca quis transar comigo sem camisinha com a tal história do primo que pegou AIDS e pro meu pai ele dava o rabo sem camisinha.

Que ódio que eu tinha daqueles dois, mas agora estava tudo pronto, só faltava os dois transarem e eu teria a prova de que precisava.

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