CAPÍTULO 116: Não Consigo Controlar Essas Crianças

Parte da série Paixão Secreta

Eu estava sentado no sofá da casa do meu pai olhando para fora. Várias pessoas corriam para todos os lados. Um bombeiro veio e colocou um cobertor sobre meus ombros. A imprensa noticiava do lado de fora o acidente. Leo, Katty, Gwen, Peter e Joe eram socorridos do lado de fora. Eu via tudo como em câmera lenta. Eu nem sabia o que tinha acontecido, tinha sido tão rápido.

Todos começaram a me aplaudir e eu olhava para elas sem expressão no rosto. Eu já tinha dado várias entrevistas naquela noite. Eu tinha passado de pervertido promiscuo a herói americano em uma noite. Eu de fato tinha salvo a vida de cinco pessoas e se não fosse por mim eles teriam morrido porque os freios do carro falharam.

Eu vi Thom entrar pela porta da frente e vir em minha direção. Eu me levantei e ele me deu um abraço chorando. Ele pediu perdão milhões de vezes para mim. Ele agradecia por eu ter salvo a vida de Peter. A mãe de Peter entrou em seguida com Peter que estava com a perna enfaixada. Ele mancava e a mãe dele o trouxe até mim. A mãe dele me deu um abraço e disse que eu era um presente vindo dos céus para a vida deles.

Em seguida Alex entrou e veio até mim e perguntou como eu estava. Eu disse que estava me sentindo bem em seguida ele me deu um abraço e um beijo no rosto e me agradeceu por ter salvo a vida de Gwen, tinha me agradecido por não ter deixado ela para trás. Derek entrou com Gwen ao seu lado. Ela tinha alguns cortes do rosto e ela me deu um abraço chorando e pediu desculpas por ter ficado com raiva de mim. Eu disse que estava tudo bem.

Katty entrou com o pai e a mãe ao seu lado. O pai dela me deu um aperto de mão e em seguida um abraço e disse que se um dia eu precisasse de qualquer coisa eu poderia falar com ele. Ele disse que seria agradecido até o último dia de sua vida.

Joe e sua mãe entraram juntos e eles me agradeceram por ter salvo a vida deles. A mãe de Joe disse que eu era um herói. Joe me agradeceu e eu disse que não era um herói. Só estava no lugar certo na hora certa.

Eu fiquei olhando para fora esperando por mais alguém, mas isso não aconteceu. Havia uma multidão em volta de algo, os curiosos só foram aumentando e alguns deles davam depoimentos aos repórteres do que eles tinham vistos. Alguns disseram ter ouvido o barulho ode uma explosão, outros disseram ter visto o fogo de longe.

- uma coisa é certa – falou uma mulher ao repórter – se aquele garoto não estivesse aqui eles não estariam vivos agora e mais uma vez todos começaram a me aplaudir. Eu vi algumas crianças correndo dentro da casa do meu tio. Elas riam e brincavam. Em meio a tanta barbaridade as crianças eram as mais inocentes porque não se importavam com o que tinha acontecido elas só queriam aproveitar o tempo que tinham juntas.

- vai ficar tudo bem – falou Gwen se sentando ao meu lado no sofá.

- tem certeza? – falei olhando para ela.

- não – falou ela me abraçando e começando a chorar.

Eu a abracei ela e algumas lágrimas caíram dos meus olhos.

- obrigado por ter entrado em minha vida – falou Gwen – eu não queria morrer. Obrigada por não ter me deixado para trás.

- ninguém merece ser deixado para trás – falei ainda abraçando ela e em seguida eu a soltei e limpei meus olhos – quantas horas?

- 01h37min – falou ela olhando o relógio na parede atrás de mim.

Eu estava distraído olhando para fora louco para saber coo Leo estaria. Eles estavam dando os primeiros socorros a ele dentro da ambulância do corpo de bombeiros. Foi quando um homem alto parou na porta da entrada. Ele estava vestido com uma roupa de militar. Ele veio andando até mim.

- Mickey Fabray? – perguntou ele.

- sim. – falei olhando para ele.

Ele então pegou um telefone celular e colocou no ouvido.

- Ele está aqui senhor – falou o homem para alguém que estava do outro lado da linha.

Ele esperou algumas ordens que foram dadas rapidamente.

- tudo bem – falou ele para a pessoa do telefone e em seguida ele olhou para mim – Sr. Fabray o presidente dos Estados Unidos gostaria de conversar com você. Será que poderíamos ir para um lugar mais reservado?

- sim – falei me levantando. Eu estava surpreso.

Nós subimos as escadas e antes que eu entrasse no quarto ele me entregou o telefone celular. Eu então fechei a porta e sentei na minha cama e coloquei o telefone celular no ouvido.

- alô.

- boa noite – falou ele.

- boa noite.

- eu estou falando com o Mickey?

- sim senhor.

- é uma honra falar com você Mickey, aqui quem fala é Christofer Marshall Dixon, presidente dos Estados Unidos.

- é um prazer falar com o senhor, presidente.

- eu gostaria de parabeniza-lo pelo o que fez essa noite. Você salvou a vida de cinco jovens dessa nação e gostaria que soubesse que você é um herói aos meus olhos. Um herói tão grande como os que estão lutando na guerra a única diferença é que você salvou vidas no seu próprio quintal.

- obrigado senhor, é realmente uma honra ouvir esses palavras.

- gostaria de saber se você aceitaria jantar comigo e minha esposa. É o mínimo que eu posso oferecer depois do que fez.

- seria uma honra.

- ok, ficamos combinados. Depois mandarei um convite mais formal.

- obrigado.

- obrigado e tenha uma boa noite.

- boa noite – falei desligando o telefone.

Eu sai do quarto em seguida e entreguei o telefone para o militar parado em frente a minha porta.

- muito obrigado – falei para ele e ele me de um aperto de mão e desceu pela escada. Eu desci atrás dele, mas parei ao lado do sofá.

Eu olhei para a porta e assim que o homem saiu eu vi meu tio e a namorada entrarem. Meu tio estava chorando e veio em minha direção.

Eu então comecei a chorar e a andar na direção dele quando nos encontramos nós dois nos abraçamos.

- o que aconteceu com Leo? – perguntei olhando para o rosto dele.

- meu tiol só chorava e não tinha folego para falar.

- ele…

- ele está bem – falou meu tio me abraçando – você salvou a vida dele garoto – falou meu tio beijando meu rosto.

- ainda bem – falei abraçando ele forte. – ele está acordado?

- eles o levaram para o hospital e disseram que ele vai precisar de uma cirurgia, mas vai ficar bem.

- eles já o levaram?

- sim. Eu vim avisar que vou com eles. Você quer vir também?

- quero sim.

- então vamos.

- não precisa se preocupar Sr. Fabray – falou Gwen para meu tio – nós vamos cuidar da sua casa enquanto está no hospital, depois que essa agitação acabar eu posso cuidar dos animais.

- obrigado Gwen – falou ele.

- tchau – falei indo junto com meu tio.

Os repórteres se juntaram e todos falavam coisas ao mesmo tempo e tudo o que eu conseguia fazer era sorrir. Estava feliz que meu primo não tinha se machucado seriamente ou morrido… essa foi minha verdadeira vitória.

- como está seu primo Leo? – perguntou uma repórter e eu parei e olhei para ela.

- ele está ótimo, ele só teve alguns ferimentos, vai passar por uma cirurgia e vai ficar tudo bem.

- já falou com algum dos seus pais?

- ainda não, mas tenho certeza que eles já estão sabendo de tudo.

- muito obrigada – falou ela. Em seguida eu me virei e acompanhei meu tio e a namorada dele até o carro.

Antes de ligar o carro meu tio pegou o celular e viu várias chamadas perdidas.

- deve ser o seu pai, liga para ele – falou meu tio me entregando o celular.

Eu então liguei para meu pai e ele atendeu no primeiro toque.

- Roger? – falou ele quando atendi.

- sou eu pai.

- Filho você está bem?

- estou sim pai.

- como está o Leo?

- está bem pai, ele vai precisar de uma cirurgia, mas vai ficar tudo bem.

- ainda bem – falou meu pai – eu queria tanto ir para ai.

- não precisa, nós vamos te manter informado.

- ok – falou meu pai – quando chegarem ao hospital pede pro seu tio Roger me ligar.

- peço sim – falei para meu pai.

- seu pai Stephen ligou e disse que você não atende o celular eu passei o número do seu tio ele deve te ligar em breve.

- ok.

- liga para o Adam filho, ele está preocupado com você ele já ligou aqui umas 600 vezes. Você sabe o número dele de cor não sabe?

- sei sim.

- liga para ele então.

- ok.

- o Roman também ligou.

- o Roman?

- sim. Ele disse te estava assistindo TV e viu a noticia sobre o que tinha acontecido, mas se preferir eu ligo para ele e digo que está tudo bem.

- prefiro que o senhor ligue.

- ok. Boa noite filho.

- boa noite pai.

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