Te Dou O Inferno [Capítulo 27]

Parte da série Doces Sonhos

Havia se passado quatro dias que descobrimos que teríamos gêmeos, meu aniversário era daqui a dois dias, e também nesse dia fazia 23 anos que minha mãe tinha falecido ao me dar a luz. 14 de novembro 1990 foi um dia que marcou minha vida de tantas maneiras. A morte da minha mãe e o dia em que Kenny abusou de mim. Na verdade eu não tinha motivos para comemorar essa data tão sombria.

Era uma segunda feira de manhã depois que acordamos e tomamos café da manhã eu e Jay nos levantamos para fazer uma caminhada juntos até a casa do meu pai que era longe. Levamos 30 minutos para chegar a pé.

- bom dia – falei entrando e dando um abraço no meu pai.

- caminhada tão cedo? – perguntou meu pai.

- sim – calei me impedindo de dizer que tinha que aproveitar o tempo.

- bom dia – falou Lara com sua barriga enorme.

- bom dia – como você está Lara?

- ótima – falou ela sorrindo se sentando na poltrona – vocês vieram conversar mais um pouco com os gêmeos?

- sim - falou Jay vindo da cozinha.

Eu me ajoelhei e coloquei a orelha na barriga dela e fiquei ouvindo os bebês.

- bom dia bebê 1, bom dia bebê 2 – falei para eles.

- vocês ainda não escolheram os nomes? – perguntou Lara

- sim, mas nós combinamos de dizer apenas no dia do nascimento e pra variar cada um escolheu o nome de um bebê e não contou pro outro.

- Jack deixe eu te contar a história de como eu e sua mãe escolhemos seu nome...

- você queria me chamar de Benson e minha mãe Zack e você juntou os dois nomes e criou Jackson. – falei interrompendo ele tentando sentir o bebê chutar.

- isso mesmo – falou meu pai – mas Jack... como você sabe? Eu nunca te contei essa história.

Eu olhei pra ele e fiquei pensando.

- não sei pai... eu apenas sei.

Jay se ajoelhou ao meu lado.

- olá bebês aquí quem fala é o papai legal.

- muito engraçado – falei olhando pra Jay e dando um leve empurrão – e aquí quem fala é o pai que vai impedir vocês de se chamarem João e Maria.

- eu nunca disse que chamaria eles disso. – falou Jay.

- tem certeza? – falei olhando pra ele.

-ok, eu disse isso uma vez.

Eu olhei pra barriga e dei um beijo

- de nada.

Eu me levantei e fui até a cozinha pegar um copo de água.

- nós compramos as coisas do bebê, vocês tem que irem lá em casa ver.

- nós vamos, eu prometo – falou meu pai.

- onde está Jake? – perguntei

- ele ainda está dormindo.

- faz tempo que eu não o vejo. – comentei. – hoje mais tarde talvez eu venha o ver.

Depois de algum tempo conversando nós resolvemos ir embora. Nós estávamos quase chegando em casa quando ví dois homens conversando em frente a casa ao lado da nossa.

- quem é aquele homem? – falei parando um pouco pra descansar.

- qual deles?

- aquele alto que está fumando.

- ele é nosso vizinho – falou Jay – o nome dele é Ted,

- Ted? Igual o urso Ted?

- sim. – falou Jay

- bem que ele poderia ser meu ursinho Ted. – pensei na minha cabeça.

- você nunca o tinha visto? – perguntou Jay.

- não – respondi – ele mora sozinho?

- não, ele mora com a esposa e um filho pequeno, ele nós deu ás boas vindas no dia da mudança, você não estava aquí.

Eu fiquei olhando pra ele e ví que ele era um rapaz muito simpático, alto, cabelos pretos, usava cavanhaque e tinha tatuagens pelos braços.

- bonito ele não? – falou Jay enquanto demos o primeiro passo para chegar em casa.

- sabia que nem tinha reparado.

- sério? – perguntou Jay – Se ele quisesse eu pegava – falou Jay.

- muito bonito senhor Rodriguez.

- brincadeira – falou Jay quando passamos em frente a eles. – se um dia você quiser experimentar o sexo com outra pessoa que não seja eu, fica tranquilo eu não me importo.

- só porque estou morrendo eu ganho um passe livre? – falei sorrindo.

- foi mal – falou Jay.

- bom dia – falou Ted apagando o cigarro e acenando.

- bom dia – respondemos.

Ele veio até a gente e nos cumprimentou.

- Ted esse aquí é o Jack meu parceiro.

- tudo bem? – falou ele apertando minha mão dando um sorriso.

- tudo. – respondi.

- seja bem vindo a vizinhança.

- obrigado – respondi.

Logo depois nós entramos em casa eu lavei a minha mão. Quase não se percebia que eu tinha TOC, o melhor tratamento do mundo era o amor. Depois do almoço Jay saiu para trabalhar.

- te vejo a noite – falou ele me dando um beijo na porta.

Assim que ele entrou no carro e saiu eu olhei para o lado antes de fechar a porta e Ted estava molhando algumas plantas no jardim e me viu dando um sorriso e acenando com a cabeça.

- boa tarde – falou ele.

- boa tarde – respondi dando um sorriso e fechando a porta.

Eu decidi não assistir TV e fiquei sentado em uma cadeira de balanço que tinha na frente de casa. De lá eu ví Ted se despedindo da esposa e do filho e entrando no carro. Depois de algum tempo a esposa também saiu com o carro e o bebê atrás.

Por volta dás 15h30min eu resolvi entrar em casa e parar de vigiar os vizinhos. Eu tomei um banho e resolvi arrumar algumas coisas no quarto do bebê que tinha ficado fora do lugar.

Depois que acabei me deitei para dormir um pouco eu andava muito cansado nos últimos dias e um pouco enjoado também.

Eu acordei assustado na cama. eu estava suado. Eu olhei para o relógio e já era 17:00. Eu tomei outro banho e desci ás escadas e fui até a cozinha comer algo. Depois de mais ou menos 30 minutos eu fui até a TV assistir a um filme e fui interrompido pela campainha.

Eu abri a porta e era Ted.

- olá – falou ele.

- olá – respondi.

- não queria incomodar, mas minha mulher saiu e eu esqueci minhas chaves então estou preso do lado de fora de casa, será que eu poderia esperar por ela?

- porque você não arromba a porta?

- você não conhece minha esposa, ela me mataria – falou ele.

Eu tinha ficado meio receoso de deixar as pessoas entrarem dentro de minha casa depois do ataque de Amy.

- não tem problema se você não se sentir confortável com isso.

Eu fiquei pensando em tudo e decidi que por fim deixaria ele entrar.

- tudo bem – falei forçando um sorriso.

Eu abri a porta e ele entrou.

- aceita algo? água? Ou algo de comer?

- não obrigado.

Ele entrou e se sentou. Ele usava uma camiseta preta que tampava boa parte de suas tatuagens.

- então – falou ele – está gostando daqui?

- sim – respondi me sentando em uma poltrona – meu pai mora nesse condomínio então já estou acostumado, mas confesso que nunca tinha vindo até essa parte.

- esse lugar é enorme tem partes que também não fui até hoje.

- verdade – respondi.

Nós assistimos o filme com Ted saindo algumas vezes para fumar. Quando o relógio marcou 18:30 ele se levantou e foi até de fora para ver se a esposa tinha chegado.

- ela chegou? – perguntei quando ele voltou.

- ainda não, eu liguei pra ela e ela disse que já está voltando e chega daqui uns 30 minutos.

- tudo bem, não se preocupa – respondi tentando ser gentil.

- será que eu posso tomar água? – perguntou ele.

- claro – falei me levantando – eu pego pra você.

Ele foi até a cozinha e se sentou em um banco alto que tinha na cozinha ficando apoiado apenas em uma perna.

Eu peguei o copo e enchi de água entregando pra ele.

Ele tomou a água e me entregou o copo e eu fui até a pia e lavei o copo secando e colocando ele no armário.

- nossa, você é bem organizado – comentou ele.

- sim, me desculpa se te ofendi lavando o copo na hora é que eu tenho certa mania por limpeza.

- não me senti ofendido não, queria que minha esposa tivesse mania por limpeza. Geralmente é o homem que bagunça a casa no meu caso é ela.

Eu me aproximei do balcão e escorei.

- acho que Jay aproveita que eu tenho mania por limpeza e suja essa casa, o banheiro o quarto, eu fico só limpando.

- puxa quer dizer então que você não faz nada sujo?

Eu me aproximei dele e fiquei entre as pernas dele e nós ficamos com o rosto na mesma altura.

- depende – falei chegando o rosto perto do dele e demos um beijo.

- é? – falou ele – e o Jay não vai se importar?

- não. – falei dando outro beijo na boca dele. Seu cavanhaque me arranhava me deixando com mais tesão do que eu já estava.

Eu alisava a nuca dele e ele apertava minha bunda me apertando com ele.

- delicia – falou ele apalpando minha bunda forte.

Ele se levantou da cadeira e foi até o sofá da sala se deitando. Ele levantei sua camisa deixando sua barriga e peitos a mostra.

Eu me ajoelhei no sofá e lambi o peito dele alisando sua barriga. Eu chupava o peito dele e fui descendo com minha língua desenhando em sua barriga. Eu colo que a mão no volume que se formou em seu shorts cinza e apalpei.

- gostoso – falei dando um beijo na boca dele e devi abrindo o zíper da bermuda e tirando o pau dele pra fora. Eu chupei a cabecinha e lambi o corpo do pau até a ponta e enfiei tudo na boca. ele apertava minha cabeça contra sua rola que enfiava até minha garganta.

Ele então se levantou e ficou com o pau pra fora da braguilha.

Nós nos beijamos enquanto eu tirei minha camisa ficando apenas de bermuda e cueca.

- tira sua camisa – falei pra ele.

- ele tirou a camisa e nos abraçamos nos beijando.

Eu alisei os braços dele e resolvi olhar suas tatuagens. Entre tantas tatuagens uma me chamou a atenção. Ele tinha uma suástica no braço.

Eu fique olhando a tatuagem e olhei pra ele.

- o que foi? – perguntou ele – o viado não quer mais minha rola?

Quando ele disse isso eu me virei e tentei correr, mas ele me derrubou no chão.

- estou cheio de vocês bichinhas corrompendo o mundo.

- me solta – gritei e ele deitou em cima de mim e tapou minha boca com suas mãos.

- Shhh – cala a boca sua aberração, você devia se ajoelhar para adorar ao senhor. Você acha mesmo que deus te ama? – falou ele me virando de barriga pra cima.

Eu tentei lutar e ele deu um soco na minha cara me desmaiando por alguns segundos.

Ele tirou minhas bermuda e cueca e tirou a roupa dele também. Quando acordei ele tinha levantando minhas pernas e enfiado o pênis na minha bunda. Ele me fodia e dava tapas na minha cara. eu sentia gosto de sangue na boca e senti sangue em minha mão. Sangue que tinha saído do meu ânus.

- por favor – falei sem conseguir gritar. Da cintura pra baixo eu sentia tudo doer, um ardor que só piorava a medida que ele me estuprava.

- ele tirou o pau da minha bunda e veio por cima de mim. Eu fiquei com o pescoço entre suas pernas. Ele começou a se masturbar. Seu pênis estava sujo de sangue e ele gozou na minha cara.

- você não gosta de rola? – falou ele batendo o pau na minha cara.

Eu não respirava direito e sua goza entrava na minha boca e nariz.

- calma que eu vou acabar com seu sofrimento – falou ele se levantando e indo até a cozinha.

Eu fiquei deitado sem conseguir me mexer.

- vou acabar com seu sofrimento, vocês sempre dizem que nasceram assim, então já que querem tanto ser mulheres vou fazer um favor a você.

Ele estava com uma faca na mão ele pegou meu pênis e saco e esticou com suas mãos.

- não, por favor – falei aterrorizado.

Ele colocou a faca e começou a cortar.

Eu gritei alto e não consegui distinguir a dor que estava sentindo, era incomparável. Ele então levantou o meu pênis cortado e me mostrou jogando no chão ao meu lado. Uma poça de sangue se formava abaixo de mim. Isso foi a última coisa que ví antes de desmaiar.

- Jack! – gritou uma voz.

Eu abri um pouco meus olhos vendo meio embaçado Jay na porta de casa correndo até mim e escorregando na poça de sangue que se formou perto de mim.

- não morra – falou Jay segurando minha cabeça em suas pernas.

Foi a última coisa que eu ví antes de desmaiar.

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