Dia Do Nascimento [Capítulo 25]

Parte da série Doces Sonhos

Havia se passado pouco mais de um mês que eu tinha feito a cirurgia. Eu com certeza me sentia bem melhor. Minha alucinações tinham desaparecido juntamente com meus outros sintomas como enjoo, insônia e convulsões.

Jay fazia aniversário dia 26 de julho e eu estava preparando uma festa surpresa pra ele com todos os nossos familiares de amigos.

- Sky me ligou e disse que alguns convidados já chegaram – perguntou Marisol enquanto estávamos na fila para pegar o bolo.

- ótimo – respondi andando mais uns passos pra frente à medida que a fila diminuía. – você acha mesmo que a festa será boa? Afinal não vou estar aquí ano que vem.

- está tudo perfeito. – falou Marisol

Chegou a nossa vez e eu peguei o bolo de Maracujá que era o sabor preferido de Jay. Nós entramos no carro e Marisol pegou o volante e fomos em direção ao apartamento de Jay que agora era nosso.

- Jay está me ligando! – falei pegando o celular.

- onde você está? – perguntou Jay.

- estou chegando em casa eu saí com a Marisol.

- eu estava pensando em irmos a um restaurante hoje, você sabe para comemorar meu aniversário.

- pode ser – respondi olhando para Marisol.

- ok – eu devo chegar em casa por volta dás 20:00 vou terminar com alguns pacientes e atualizar alguns papéis e eu passo pra te pegar.

- tudo bem amor, fico te esperando.

- beijo, eu te amo.

- também te amo. – respondi desligando o celular.

- ele nem desconfia – falou Marisol.

- não. Se eu tivesse dito que não íamos talvez ele desconfiasse foi por isso que eu confirmei. – eu falei isso olhando para o relógio. – agora são 18:30 temos 1 hora e meia para ficar tudo pronto.

Assim que chegamos em casa eu coloquei o bolo na geladeira e cumprimentei a mãe de Jay que tinha chegado. Meu pai, Lara e Jake também tinham chegado. Eu tinha pegado a agenda de Jay e ligado para os contatos que ele tinha. Pelo menos os mais recentes e chamei os amigos dele.

- como você está Lara! – falei dando um abraço nela e colocando a mão na barriga dela.

- estou bem – respondeu ela – não se preocupa não vou comer muito bolo, vou cuidar bem do seu bebê.

- obrigado – falei abraçando ela outra vez – acho que se não fosse você eu nunca realizaria esse sonho.

- não tem de quê – respondeu ela.

- buffet já trouxe o jantar – falou Sky.

- tudo bem. – falei indo até a cozinha para arrumar ás últimas coisas.

Depois de tudo organizado alguns amigos e amigas de Jay chegaram. Sky e Marisol receberam ás visitas e depois que fiquei pronto desci para conversar um pouco com todos.

alguns minutos depois o interfone tocou, ele estava me avisando que Jay tinha acabado de chegar. Nós apagamos ás luzes e ficamos bem quietos. A porta se abriu e Jay procurou pelo interruptor de luz.

- Jack você está aí? Você está bem? – ele disse isso ligando a luz.

- Surpresa! Todos nós gritamos quando ele acendeu a luz. Ele levou um susto grande.

- Que susto! – falou ele colocando a mão no rosto.

Eu fui até ele e o abracei.

- feliz aniversário. – dei um beijo na bochecha dele e entreguei o presente. Uma corrente de ouro.

- obrigado – disse ele me dando um beijo na boca.

Eu me afastei e as pessoas se aproximavam para cumprimenta-lo. eu via de longe toda aquela alegria e estava feliz por ter participado daquele momento.

Depois que todos deram os parabéns começaram a servir os drinks e as comidas. Eu me sentei no sofá e Jay veio me apresentar a um amigo.

- Jack esse é Stephen meu amigo que também psicólogo.

Eu me levantei e apertei e mão dele. Ele era um homem com altura média e usava barba loira e tinha cabelos loiros.

- espera – falei olhando pra ele – eu te conheço, você é quem me ajudou quando eu trabalhava no restaurante e passei muito mal. lembra?

- é verdade – disse ele.

- então vocês já se conhecem?

- pelo menos naquele dia – falei sorrindo.

Depois que todos jantaram e comeram o bolo todos foram embora. Depois que arrumamos tudo com ajuda de meu pai e Jake nós fomos nos deitar.

- estou muito cansado – falou Jay olhando pra mim deitado ao lado dele – obrigado pela festa.

- não tem de que – falei me aproximando dele e dando um beijo em sua boca. – você está muito cansado para uma comemoração apenas nossa? – perguntei dando um beijo no rosto dele.

- jamais – falou ele me dando um selinho e logo após nós começamos a nos beijar de língua.

A medida que nos beijávamos nós tiramos nossas cuecas.

Ele veio por cima de mim e beijava meu pescoço e arranhava sua barba em mim. Eu fechei os olhos enquanto ele dava mordidinhas no meu pescoço e eu alisava sua nuca com uma das minhas mãos.

- eu te amo demais – falou ele em meu ouvido e logo depois começou a lambê-lo.

- também te amo – falei me arrepiando quando sua língua quente molhou minha orelha.

Nós nos beijávamos apaixonadamente como se aquele fosse o nosso último dia na terra. Eu sentia seu pau duro roçando no meu.

Ele então se deitou na cama e foi minha vez ficar por cima dele. Eu beijei sua boca e desci mamando em seus peitos. Eu dava mordidinhas e a medida que eu lambia a aréola de seu peito eles ficavam duros. Eu dei um beijo na boca dele e depois beijei seu peito e seu peitoral descendo para a barriga beijei seu umbigo e fui beijando até que cheguei na sua rola que estava dura.

Eu comecei a masturba-la e chupei apenas a cabecinha passando a língua ao redor. Depois eu sentei com a bunda em cima dela e Jay começou a forçar para entrar. Eu fechei os olhos e tentava relaxar e antes que percebesse ela entrou até a metade e Jay começou um vai e vem gostoso.

- está apertadinho – falou ele fechando os olhos e começando a bombar um pouco forte. – que rabo quentinho.

Eu alisava seu peito enquanto ele me comia.

- vou gozar – falou ele enfiando de uma vez o resto do pau e contraindo os músculos do seu corpo. Eu então me masturbei e gozei na barriga dele e me abaixei dando um beijo na boca dele.

Eu me levantei e peguei uma toalha no guarda-roupas e limpei a barriga dele e sentei na cama me escorando na cabeceira. Jay se sentou ao meu lado e pegou uma carteira e acendeu um cigarro.

- você tem que parar de fumar Jay. – falei olhando pra ele e tossindo.

- me perdoa – falou Jay querendo se levantar.

- deixa que eu me levanto – falei me levantando e indo até a janela.

- me perdoa por ter começado a fumar. – falou assoprando fumaça pra cima.

- não vai ser difícil você parar Jay, você disse que começou a fumar quando eu descobri que tinha câncer. É melhor você parar agora antes que você mesmo tenha além disso vai ser ruim para nosso feto.

- para de chamar ele de feto. – falou Jay.

- mas não sei se é menino ou menina. – falei tossindo outra vez. Eu olhei pra ele fumando e aquela fumaça me trouxe lembranças ruins.

- quer saber? Esse foi meu último cigarro – falou ele terminando o que tinha em sua mão, apagando ele se levantou e me entregou a carteira.

- sabe o que é engraçado? Eu nunca fumei um cigarro ou charuto na vida, sempre tive uma alimentação super saudável e sou provavelmente a pessoa mais limpa da América, mas mesmo assim eu tenho câncer.

- você está dizendo que por eu ter começado a fumar tipo há 6 meses porque estava muito estressado eu mereço morrer?

- claro que não. – falei olhando pra ele com o rosto sério.

- brincadeira – falou ele dando um beijo no meu rosto.

- eu só estou dizendo que se existe um Deus ele está curtindo com a minha cara. – falei olhando pra fora. – a fumaça já acabou? Se não vou me sentir mal.

- me perdoa por fumar perto de você. É uma falta de respeito por parte minha. – falou ele me abraçando por trás e beijando minha orelha.

- te perdoo – falei me virando pra frente e lhe dando um beijo de língua – mas os perdoo porque você me prometeu que foi seu último. Agora que eu fiz a cirurgia e teremos tempo de ter um filho você não tem nada mais para se estressar.

Eu fui até a lixeira que tinha no quarto e joguei a carteira dentro.

- você tem que me prometer outra coisa – falei me sentando na cama.

- o que você quiser.

- me promete que quando eu me for você não vai fumar Jay. Vai fazer mal pra você e para nosso... filho ou filha.

- prometo.

- eu sei que vai ser difícil no começo e você vai pensar em acender um cigarro sempre que se sentir sozinho ou pressionado, mas você não deve fazer isso.

- eu prometo – falou ele se sentando ao meu lado e me dando um beijo. – eu não quero te perder.

- eu vou estar sempre vivo em você Jay. – falou aproximando o meu rosto junto ao dele deixando nossas testas juntinhas. Eu dei um selinho na boca dele e depois outro e logo em seguida um beijo mais demorado.

Nós ficamos sentados olhando para a janela.

- nós precisamos comprar uma casa – falou Jay. – esse lugar é muito pequeno para uma criança viver eu quero que ela cresça em uma casa com um quintal para ela poder brincar o dia todo assim como eu.

- também acho, vamos comprar uma casa então.

Havia se passado mais de dois meses e meio e até o momento a gestação estava ótima, mas Lara estava sentindo algumas dores. Como já dava pra saber o sexo do bebê decidimos ir até a nossa obstetra.

- vocês querem saber o sexo do bebê? – perguntou Lara no carro a caminho do médico.

Eu olhei para Jay e ele respondeu.

- sim – falou ele parando no sinal.

Meu pai estava sentado atrás com Lara. Nós finalmente chegamos à porta da clínica e nós entramos e conversamos com o recepcionista que tínhamos uma consulta marcada.

- boa tarde – falou o recepcionista.

- boa tarde – respondeu Jay – nós temos uma consulta marcada ás 15:00 com a doutora Maddison.

- ela já vai atender vocês – falou ele se levantando e pegando a ficha de Lara e indo até o consultório da médica.

Antes que terminamos de nos sentar a Dra. Maddison apareceu.

- boa tarde Lara – falou ela cumprimentando Jay e eu. – vieram ver o sexo do bebê?

- mais ou menos – respondi.

- venham atrás de mim – falou ela indo até a sala de exames, nós entramos e Lara se deitou na maca.

- eu também estou me sentido muito fraca – falou Lara – é como se esse bebê estivesse me consumindo por completo.

- será que ela está bem? – perguntou meu pai – pode estar acontecendo algum problema?

- não se preocupa – falou ela colocando o gel na barriga de Lara. – não vamos nos precipitar.

Ela colocou o aparelho e começou a passar pela barriga dela.

- vocês querem saber o sexo do bebê? – falou ela sorrindo.

- sim – respondeu Jay apertando minha mão.

- bom Lara, acho que já sei o motivo do seu cansaço.

Ela esfregou mais um pouco e virou o monitor para que víssemos.

- parabéns papais – falou ela apontando para o monitor – vocês terão gêmeos.

Minhas pernas até tremeram quando ela disse isso.

- gêmeos? – falei.

Jay apertou minha mão e me deu um beijo no meu rosto.

- não acredito – disse Jay – gêmeos.

- isso mesmo – falou ela sorrindo – e se não estiver enganada vocês terão um casal.

- nem acredito – falei limpando meu rosto que começava a escorrer lágrimas.

A médica me entregou um porta lenços de papel.

Jay me abraçou e me deu um beijo.

- eu nem acredito que não vou viver para ver nossos dois filhos.

A médica olhou para o monitor por mais algum tempo e de repente fez uma cara estranha.

- algum problema? – perguntou meu pai.

- nada para se preocupar, mas vou fazer alguns exames apenas para prevenir.

Nós saímos da sala e a Dra. Maddison fez alguns exames necessários em Lara e ela saiu do quarto e me deu um abraço.

- parabéns – falou ela me abraçando e logo depois abraçou Jay.

- obrigado a você – falou Jay abraçando ela.

Nós fomos embora e teríamos que voltar dois dias depois para ver o resultado dos exames, naquela mesma noite Jay e eu deitamos na cama com as luzes do abajur acesas e ficamos olhando pra cima pensando sobre a vida dos bebês e nomes.

- nem acredito que vamos ter gêmeos – falou Jay.

- acho que devíamos chamar o homem de Roger.

- não – falou Jay. – eu sei que sua intensão é boa, mas por experiência própria e como psicólogo acho que não é uma boa idéia. Isso só vai me trazer a todo o momento que meu primeiro filho morreu. Roger existe só um e é meu filho.

- me perdoa – falei olhando pro teto outra vez.

- que tal cada um de nós escolher o nome de um dos bebês. Por exemplo: eu escolho o da fêmea e você o do macho.

- Jay, você achava ruim que eu os chamava de feto e agora parece que está falando de dois cachorros.

Jay se aproximou de mim e deu um beijo no meu rosto.

- brincadeira – falou ele voltando a olhar para o teto.

- você vai querer escolher o nome do menino ou o da menina?

- o da menina – falou Jay – eu sempre tive vontade de ter uma filha.

- tudo bem – falei – mas eu só vou dizer o nome no dia que nascer e você também – falei estendendo a mão para que selássemos o acordo.

- combinado – falou ele apertando minha mão. Nós nos aproximamos e demos um beijo demorado. – obrigado por ter entrado na minha vida.

- obrigado você por ter entrado na minha vida e me ter salvo tantas vezes.

Jay veio pra cima de mim e eu tirei minha cueca e ele desceu a dele levantando minhas pernas e começando a me penetrar.

- hoje você está faminto – falei pra ele dando um beijo na boca dele.

Ele penetrou tudo e começou a foder com força. Eu fechei os olhos e meu prazer era imenso, muito gostoso.

- delícia – falei abrindo os olhos e ele abaixou deixando sua respiração bem perto do meu rosto.

Ele então começou a foder mais rápido e logo contraiu seu corpo gozando. Nós nos beijávamos e acariciávamos o rosto um do outro.

Jay virou de lado na cama e ficou olhando para o teto.

- desculpa ter sido tão rápido – falou ele ofegante.

- não tem problema – falei dando um beijo nele.

- ainda bem que não finalizamos a compra da casa porque vamos ter que procurar uma maior. – falou ele.

- ainda bem – falei chegando perto dele e deitando minha cabeça no peito dele e alisando a barriga dele eu adormeci.

Finalmente tinha chegado o sábado que saberíamos os resultados do exames. Nós chegamos na clínica e esperamos Dra. Maddison finalizar com outra paciente.

- boa tarde – falou ela nos recebendo – venha até minha sala por gentileza.

Nós entramos na sala e tinha dois médicos dentro da sala.

- esse é o doutor Scott ele é nosso pediatra e essa é a doutora Jessye nossa psicóloga.

- boa tarde – falou ele nos cumprimentando.

- então doutora meus exames foram tudo bem? – perguntou Lara.

- por favor doutora não diga que meus filhos estão doentes.

- não pensem sobre isso – falou ela. – eu garanto a vocês que seus bebês são saudáveis.

Nós nos acalmamos e ela voltou a falar.

- bom, durante a ultrassonografia eu notei uma anormalidade com os bebês, eles pareciam ser de tamanhos diferentes.

Eu apertei a mão de Jay esperando uma péssima notícia.

- bom os bebês são realmente gêmeos, mas ao que tudo indica são de pais diferentes.

- pais diferentes? – perguntou Jay aflito

- sim. Ao que me parece o feto do sexo masculino foi concebido primeiro e o fato feminino foi fecundado com pelo menos três semanas de diferença.

- doutora é possível que um dos filhos sejam meus? – perguntou meu pai.

- provavelmente sim – disse a psicóloga Jessye. – é por isso que estou aquí para ajuda-los a entender a situação.

- eu sou psicólogo também – falou Jay. – acho que entendo muito bem a situação;

- sim – falou Jessye – eu sei, como profissional você pode saber aconselhar, mas a partir do momento que você se encontra dentro da situação se torna impossível tratar de sí mesmo.

- mil perdões pela minha arrogância – falou Jay – é que estou um pouco chocado.

- você está em choque e eu compreendo sua arrogância é uma forma de processar o ocorrido especialmente quando você pode perder um dos bebês.

- quer dizer que se meu pai e Lara quiserem eles podem ficar com um dos bebês?

- não vamos nos precipitar – falou o doutor Scott. – quantas vezes vocês tentaram a inseminação?

- bom, pelo que me lembro foram duas vezes.

- pode ser que tenha funcionado da primeira vez e da segunda vez que fizeram a inseminação tenha funcionado outra vez – falou dra. Maddison.

- como isso é possível? – perguntou Jay.

- bom – falou dra. Maddison - O caso de dois gêmeos de pais diferentes é bastante raro, mas pode ocorrer se a mulher liberar mais de um óvulo durante seu período fértil e tiver relações sexuais com dois homens em um curto período. O fenômeno é conhecido como superfecundação heteropaternal.

- mas, como vamos saber de quem é os dois filhos?

- apenas com exame de DNA se vocês quiserem podemos fazer os exames o quanto antes.

- não precisa – falou meu pai – os dois bebês são seus.

- não pai, se um deles for do senhor eu quero que o crie afinal ele será seu filho.

- eu concordo em fazer o exame – falou Lara.

- ok – falou dra. Maddison. – nós podemos fazer os exames daqui á dois meses, pois no momento os bebês ainda estão fracos.

- então quando os bebês inteirarem 5 meses e meio, quer dizer... quando eles tiverem 23 semanas nós podemos fazer o DNA? – perguntou Jay.

- sim respondeu Maddison.

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