Diário Secreto - Perverso - Capitulo 17

Conto de C.E Demetrio como (Seguir)

Parte da série Diário Secreto

# AVISO IMPORTANTE #

Esta é uma obra de ficção baseada na livre criação literária e sem compromisso com a realidade, qualquer semelhança com nomes, pessoas, fatos ou situações da vida real terá sido mera coincidência.

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Série: Diário Secreto

Capítulo Dezessete - Perverso

Criado por: C.E Demétrio

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Nunca imaginei minha vida sem minha mãe, ela é tudo para mim...Sei que um dia todos vão morrer mas não desta maneira tão agonizante, quando recebi a mensagem que o suco de uva estava envenenado minha primeira reação foi jogá-lo fora, mas minha mãe tinha bebido meio copo, assim que ela teve os primeiros espasmos liguei para emergência, peguei um recipiente para que ela vomitasse o suco envenenado mas ela ainda continuava tendo espasmos por causa do efeito do veneno... Parecia uma eternidade para chegar essa maldita ambulância.

- Mamãe, por favor...Fale comigo...Não me deixe sozinho, por favor! - Falava entre soluços e lágrimas, finalmente ouço a sirene da ambulância de longe.

No Hospital...

- Calma, Douglas...Ela vai ficar bem. Diz Nádia, tentando me confortar.

Como alguém pode ficar calmo numa situação dessas? Respiro fundo o médico está vindo em nossa direção, está com o rosto neutro, mas com as feições cansadas.

- Ela está bem agora, conseguiu vomitar todo o veneno, mas precisa ficar mais um dia para limpar todo organismo o veneno pode ter prejudicado o fígado e o estômago.

- Mas o que tipo de veneno ele enjeriu? - Pergunta Nádia.

- Pelos exames realizados, havia uma dose significativa de Estricnina, é um veneno utilizado como pesticida...Ele provoca fortes espasmos musculares...Se a dose fosse mais alta a paciente não sobreviveria. Responde.

- Quanto tempo para recuperação? - Pergunto.

- Dois dias, precisamos deixa-lá em observação para verificar se o veneno não deixou sequelas. Responde o Médico bonitão.

- Você pode ficar lá em casa hoje...Eu já avisei seu pai, ele está vindo.

- Posso vê-la?

- Sim, mas ela está dormindo...Efeito dos antibióticos.

Fomos eu e Nádia para o quarto onde minha mãe estava...Ela está em um sono profundo, chego perto da cama,ouço sua respiração fico mais aliviado, deito minha cabeça sobre seu peito e sinto seu coração bater, aquilo me conforta...Minha mãe está viva.

- Como isso foi acontecer?

- Recebemos uma sexta de Halloween com um cartão endereço pelo meu pai, abrimos o suco de uva ela beber meio copo e começou a ter convulsões, chamei a ambulância e depois liguei para você, mamãe disse um dia,'' Qualquer coisa, ligue para Nádia''.

- Venha cá! - Ele abre os braços, é disso que eu preciso agora.

Nos abraçamos, me desmorono em seu abraço caloroso...Não temos o nosso pai conosco mas minha mãe tem uma amiga...Quase irmã, assim que liguei para Nádia, em questão de minutos ela estava no hospital.

Minha avó entra no quarto, conversamos sobre o que aconteceu, minha avó achou muito estranho, eu não comentei nada sobre quem realmente mandou essa sexta pois não conheço essa pessoa, nunca a vi na vida...Esqueci de perguntar para Anthony se tinha foto, vou ver com ele hoje a noite, minha avó vai passar a noite no hospital, nos abraçamos e nos despedimos.

- Preciso voltar para casa, tenho que trancar as portas e janelas, colocar ração e água para o Greg.

- Tudo bem, vou fazer o retorno e voltar para sua casa, é bom você pegar um pijama de dormir e uma muda de roupa para usar amanhã.

- Sim. - Ela acha que está falando com quem? Sou muito organizado nesse aspecto.

Chegamos em casa, o portão pequeno estava aberto, deveria estar tão assustado que nem percebi isso.Essa casa não é a mesma sem mamãe.

- Greg...Cadê você. -Chamo pelo meu cãozinho, ele deve estar assustado.

- Será que ele fugiu? - Pergunta Nádia.

- Ou roubaram, o portão estava aberto...Ah droga!

Procuro na área de serviço, na garagem, até na dispensa pois ele adora se enfiar nos cantos, onde essa criatura se meteu?

Procuro no quintal...E lá está ele, deitado atrás do pé de amora, por que ele não veio me recepcionar como sempre?

Passo a mãe nele, não...Isso não está acontecendo, ele está morto seu corpo está duro, petrificado.

MENSAGEM RECEBIDA: ''Sua mãe não se foi desta vez...Mas eu levei seu cãozinho. A sua hora vai chegar, aguarde!

Grito....Desgraçado filho da mãe!

- Douglas, Eu sinto muito! - Diz Nádia, se aproximando.

- Eu vou matar o desgraçado que fez isso. Digo, chorando.

- Você sabe quem fez isso ?

- A mesma pessoa que assassinou a Jéssica, tentou matar minha mãe e envenenou meu cachorro. - Respondo

Estou muito triste, foi um e tanto hoje...minha mãe quase morre e meu cãozinho se foi.

Não sei onde estou buscando forças para encaras esses últimos acontecimentos, e Murilo que sumiu...Eu precisava do meu namorado comigo, para me dar forças...preciso de um colo agora, estou tão vulnerável, mas preciso ser forte...Não posso me entregar.

Chegamos na casa de Nádia, me instalei no quarto de hospedes, deitei na cama e apaguei, minha mente processou um filme durante a noite, um dia de merda...Fui exatamente isso: descobri os podres de Jéssica e sua família, os desfalques do pai de Murilo e suas amantes, minha mãe foi vítima de envenenamento e meu cãozinho foi morto.

Não vou há escola, após o banho, Nádia me convida para tomar café, estão ela e Anthony sentamos á mesa, ele está muito gostoso com aquele uniforme de policial.

- Bom dia...Está com fome? - Pergunta Nádia, Anthony também me dá bom dia e volta a leitura do jornal, enquanto toma seu café.

- Bom dia,Sim...muita, tem notícias da mamãe? - Pergunto

- Sim, e muito boas...Ele está acordada e está muito ansiosa para lhe ver, mas primeiro vamos colocar alguma coisa na barriga, pois você está muito abatido.

- Eu quero agradecer á vocês dois, que me deram força para enfrentar essa ''barra'' comigo, me trouxeram para a casa de vocês e estão cuidando de mim, muito obrigado mesmo.

- Imagina...Sempre que precisar estaremos aqui.

- Quando precisarem também estarei aqui.

- Você é um garoto muito responsável para sua idade, quantos anos tem? - Pergunta Nádia

- Treze.

- Tenho que ir , amor. Diz Anthony - e Douglas, fica calmo vai dar tudo certo. - Ele me dá um tapinha no ombro e aperta minha mão, se Nádia soubesse que ele já fez comigo ia ficar de cabelo em pé.

Eles se despedem com beijo casto, ele pega a sua arma e suas chaves que estão no balcão e sai porta afora.

- Sinto muito pelo seu cachorrinho...Você tinha ele há muito tempo?

- Fazia quatro meses, ele era bem novinho...Ganhei de minha madrinha. Respondi

- Como uma pessoa tem coragem de matar um animalzinho tão indefeso...Mas ontem você disse que foi a mesma pessoa que cometeu outros crimes.

- Sim, essa pessoa me enviou os partes do corpo de Jéssica.

Nádia, faz uma cara de espanto, perplexa.

- Meu Deus! Que horror!

- Recebi três dedos dela em minha casa e o útero na escola. - Nem quero me lembrar desta imagem, não no café da manhã.

- Mas como você sabe que é essa pessoa, você sabe o nome?

- Luiz Ricardo Fernandes.

Assim que ouve Nádia solta a xícara de café ,fazendo-a partir ao meio, ela fez uma cara não muito, aí tem.

- Ai Merda...Eu limpo. - Reclama Nádia, com as mãos tremulas.

Ela pega o pires e a xícara e joga no lixo, pega uma toalha de copa úmida e começa a limpar o café derramado.

- Porque você ficou nervosa de repente? - Pergunto

- Eu adora essa xícara, Anthony pagou uma fortuna , e agora o jogo está incompleto. - Mentirosa!

- Não, você deixou a xícara cair assim que eu falei o nome dele, o que está acontecendo, você conhece ele?

Nádia olha para mim, com a cara assustada e volta a limpar a mesa.

- Não. - Menti descaradamente.

- Nádia ! - Pego no braço dela, que está tremendo - Ele quase matou minha mãe, por favor !

- Eu não posso. - Solto o braço dela, Nádia começa a gaguejar, ela sabe de alguma coisa. - Não posso...Eu prometi a ela.

- Ela Quem? Minha mãe? - Pergunto, o que minha mãe tem haver com isso?

O silencio de Nádia fala mais alto, o que minha mãe tem a haver com esse tal de Luiz?

- Preciso que você me leve ao hospital...Por favor.

O que minha mãe e sua melhor amiga, estão escondendo? Quanto mais eu descubro mais eu me afundo nessa sujeira, não que eu me importe com Jéssica, mas ele tentou por a culpa em mim, enviando aquele presentes perversos e depois do que aconteceu hoje eu quero vingança.

Chegamos ao quarto de minha mãe, minhas tias estão lá...Droga estou tão ansioso e nervoso, vou ter que disfarçar que está tudo bem para elas também, pelo menos até irem embora, meu pai também está lá...Nos cumprimentamos.

- Você está bem? - Pergunta Papai.

- Agora estou, mataram o Greg.

- O que?

- Cheguei em casa e ele estava estirado no chão, não havia hematomas...foi envenenamento.

- Quem enviou essa maldita cesta para vocês? - Pergunta meu pai, puto com a situação, tadinho ele não sabe de nada.

- Mamãe achou que fosse você, pois havia um bilhete assinado com seu nome e... - Ela me interrompe.

- E aí... Eu passei mal. - Mamãe me interrompe, eu iria contar a verdade, que recebi mensagens minutos antes dela desmaiar. - Obrigada meu filho, vocês me dão licença, queria conversar com o Douglas.

- Sim, temos que ir para casa, melhoras querida. Diz uma de minhas tias.

E assim todos vamos nos despedindo, Nádia só passou para dar um beijo em mamãe, papai também sai do quarto e ficamos apenas nós dois no quarto, nos olhamos por um longo período em silencio.

- Você está bem? - Pergunto num tom irônico.

- Sim, um pouco enjoada, mas é efeito do remédio...Mas você não tem nada para me contar?

- O que eu deveria lhe contar? você sabe...Sabe do Murilo, dos garotos, sabe dos presentinhos que o seu amante me enviou, o mesmo homem que matou o Ramon, a Jéssica e tentou lhe matar. - Digo, e o pior é que sua expressão não muda, ela está muito calma ao invés de mim.

- O mesmo homem que você teve relações sexuais. - Diz mamãe, com um tom malvado.

- Quem?

- Ricardo, o vizinho de Lívia. - Respondi.

Sinto o chão cair sob meus pés, sinto um calafrio, arrepios sobre meu corpo, sento na cadeira ao lado, ponho as mãos na cabeça, fecho os olhos...Lembro de nossa transa, do corpo esquartejado de Jéssica, de Ramon,lembro-me do seu rosto, suas feições enquanto ele me possuía, ouço os gemidos que vinham de seu corpo, lembro-me do sonho que tive semanas atrás, meu corpo encharcado de sangue.

- Eu não tenho estomago para isso. - Sinto que vou vomitar meu café da manhã, respiro fundo.

- Você precisa saber a verdade. - Diz mamãe

- Que verdade? Que eu e minha mãe fomos para a cama com assassino, um psicopata...Eu vou matá-lo com minhas próprias mãos...Aquele desgraçado, ele está acabando com a minha vida, e por que? o que eu fiz para ele? Ele merece morrer.

- Não fale assim dele. - Diz minha mãe, aos prantos. - Não fale assim...do seu irmão.

Continua...

Comentários

Há 5 comentários.

Por ®red® em 2016-12-09 23:43:03
Volta a asas a asas a!!!🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏🙏
Por Oyer em 2016-12-06 22:32:32
Publica logo a continuação😒😡😡😡
Por Diva em 2016-11-21 19:19:16
A mãe dele teve relações sexuais com o próprio filho? Nossa o Douglas transou com o próprio irmão😐 mas por que ele tá fazendo tudo isso? Não tem lógica sera que ele que se vingar por que a mãe não criou ele dentro de casa? Sera que ele tem inveja do irmão? Continue o mais rápido possível, por favo.
Por ®red® em 2016-11-17 01:53:15
Lascou foi tudo! Por essa eu não esperava. Se ele foi criado pelos avos, como não se aproximou da mãe que tava tão perto. E mais, como ele tem tanta raiva do Douglas se ele sabe que e filho da mãe dele. Ta tudo muito estranho. Continue o mais breve pfv.
Por Chria em 2016-11-17 00:39:14
Caramba!