Diário Secreto - Férias infernais - Capitulo 4

Parte da série Diário Secreto

Série: Diário Secreto

Capítulo 04 - Férias Infernais

Criado por: C.E Demétrio

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Já fez duas semanas que estou de férias e sem falar com o meu melhor amigo, estou dando o tempo que ele me pediu.

- Douglas, o almoço está servido. Grita minha mãe

Estamos na casa de praia de novo, levanto-me da espreguiçadeira, deixo meu livro ao lado da mesa e me junto aos meus pais.

- Douglas, você não deve pegar muito sol, sua pele é muito sensível.

- Não se preocupe eu passei bastante filtro solar.

- Mas cuidado esse sol é violento.

- Está bem, mamãe

Faço o meu prato com salada, maionese, carne assada e arroz e sento a mesa.

Ainda faltam duas semanas de férias, o que vou fazer nessas duas semanas, Lívia ainda está na casa de sua tia e Jhonatan viajou com seus pais que também estão de férias, estou preocupado com ele e com medo de não sermos mais amigos, essa ideia me atormenta todos os dias que eu acordo, quero que ele volte, quero conversar, quero o meu amigo de volta.

E assim os dias foram seguindo: leituras, passeios nos shoppings , vôlei e TV...

Não vou reclamar minhas férias estão sendo bem produtivas, organizei meus brinquedos, coloquei minha leitura em dia e arrumei meu guarda roupa, caramba tinha tanta roupa que não usava, vou doar para o orfanato, eles vão aproveitar bastante já que frio está chegando.

Tiro um camisa xadrez que agora está minúscula para o meu tamanho, ganhei no meu aniversário de sete anos, foi presente dele.

Vai fazer três semanas que não falo com ele, cada vez que penso no assunto fico mais apreensivo não sei o que faço, não sei o que falo, quer dizer se ele voltar a falar comigo.

Ainda bem que tenho meu diário secreto, posso falar sobre tudo com você.

Gosto de andar de bicicleta, o vento batendo no meu rosto, respirado o ar puro das arvores do parque, que fica próximo a minha casa, é muito lindo tem pista de ciclismo, caminhada, um lago, quadra de vôlei ,futebol e muitas arvores em volta.

Guardei minha bicicleta no bicicletário e segue á pé, depois da primeira curva ,entrei no mato que estava dominado por arvores enormes que me leva á um esconderijo que divido com os meus amigos, o lugar era uma antiga oficina mecânica, atravesso a passarela de concreto, e atrás da oficina, visualizo o local, chão de concreto, folhas jogadas ao chão, sinto o cheiro de vegetação, de terra, mofo, a oficina desativada tem dois andares, aparentemente morava alguém em cima, tem pedaços de carcaças de carros , estofados e pneus velhos, ouço um barulho, um gemido profundo e depois risadas, será que descobriram nosso esconderijo para fazerem sacanagem?

Minha curiosidade foi a mil, decido dar uma espiada, alguns passos entro no bosque de arvores, os gemidos ficam mais intensos.

Passo a passo, vou chegando perto, sempre fui muito curioso a respeito de sexo,e de repende ouça uma voz:

- Oh... oh... ai que delícia, você manda muito bem. Diz o rapaz inebriado de prazer

Essa voz é muito conhecida, estou mais curioso ainda, a cada passo que dou fico mais excitado, meu coração pulsa, fico atrás de uma arvore ,espiando o ato sexual , vejo um garoto sentado no que parece ser um tronco de arvore e uma garota que está de joelhos, sua calça jeans e sua cueca estão abaixadas até os seus pês, ele está em êxtase, não consigo ver seu rosto pois ele está com a cabeça para cima, deve estar com muito tesão.

- Nossa! sua boca é muito gostosa e bem safada. Elogia o rapaz

- E seu ''amiguinho'' é bem apetitoso.Fala a garota, devolvendo o elogio.

Ele abaixa a cabeça, consigo reconhecer quem são os safados.

- Jhonatan! Grito, os dois levam um susto, mas ainda não consigo ver a vadia, ele empurra a cabeça dela e levanta a calça,consigo ver rapidamente o pênis dele, ainda ereto.

- Porra ! o que você está fazendo aqui? Pergunta ele muito nervoso.

- Não, o que você está fazendo aqui com essa... Lívia?.Levo um susto quando ela se vira para me ver.

- Douglas, calma eu vou lhe explicar. Diz Lívia

- Explicar o que? Vocês voltam de férias, e nem para me avisarem e para piorar vejo você fazendo boquete no nosso amigo...eu vou embora, eu estou enjoado. Não consigo olhar para eles, me viro e decido ir embora.

- Não Douglas, espera ! Lívia pega no meu braço

- Me solta !

Saio daquele antro, pego minha bicicleta, estou com muita raiva, parece que meu coração vai sair pela boca, aqueles desgraçados, como poderam fazer isso comigo? eu os odeio por isso aqueles nojentos, e usaram nosso local secreto para fazer aquela perversidade, sempre soube que Lívia era uma putinha, mas agora fazer isso com o nosso amigo? foi demais, com certeza aquele pervertido do Jhonatan pediu , implorou para ela chupar o pau dele.

Mas porque eles fizeram isso? os dois me falaram uma vez que a nossa amizade é mais importante, Lembro como se fosse ontem, á dois anos atrás:

- Vocês já beijaram alguém? Perguntei

- Não. Respondeu Jhonatan

Eu e Lívia também não beijamos ninguém.

- Vamos experimentar? Perguntei

- Não sei, não sei como é.

- Ai Livi é só um beijinho você e o Jhonatan

- Primeiro; não é um beijão de novela e sim um selinho, segundo; vocês são meus amigos, não quero que a nossa amizade se abale, eu amo vocês... como irmãos... e Jhonatan nossa amizade é tudo para mim, quero ficar bem velhinha ao lado de vocês meus amigos/irmãos.Disse Lívia, segurando nossas mãos.

- Concordo! vocês são especiais para mim, nossa amizade é muito preciosa. Disse Jhonatan

Lívia e Jhonatan se aproximaram, quando seus lábios se tocaram, minha mãe abre a porta do meu quarto e rapidamente os dois se separam.

Agora estou com muita raiva daqueles dois nojentos, meus únicos amigos me cravarem esse punhal pelas costas, como dói, sinto uma dor no estomago como se estivesse dando socos, sinto ele na minha boca, chego em casa, largo a bicicleta e vou direto para o banheiro, boto para fora o meu almoço, ainda bem que comi pouco, aquilo foi demais para mim, tomo um gole de água com gás e deito um pouco para descansar não consigo conter as lágrimas saem do meu olhos deliberante sem minha autorização, me nego a chorar por causa daqueles infelizes.

- Pare de chorar, eles não merecem uma lagrima sua.

Brigando comigo mesmo, deitado na cama fitando o teto, dou vários socos no travesseiro imaginando o rosto de cada um, estou com muita raiva e tristeza.

- Chega de lágrimas!

Espero que essa folha seque rápido, não posso deixar meu diário aberto por muito tempo.

Continua...