Capítulo 6
Parte da série O Show
=======================================
Respondendo comentários…
Andrey: Que ótimo que está gostando, cara! Eu estou curtindo muito escrever essa história e é bom saber que está acompanhando. Valeu! :)
=======================================
A música do episódio de hoje é:
Armin van Buuren - Hystereo
http://youtu.be/Gwae1X-vFS0
Vamos ao episódio de hoje!
Aquele final de semana incrível tinha acabado e lá estava eu a caminho do trabalho na segunda-feira pela manhã.
Trabalho numa empresa de desenvolvimento de software onde atuo na área de administração de banco de dados (DBA) há 4 anos (sim, eu iniciei como estagiário e estou lá até hoje).
Como toda segunda, eu conversava com a minha sala sobre o FDS e o show do Armin da sexta-feira. Mostrei todas as fotos e vídeos para a galera. Alguns deles também curtiam bastante música eletrônica, então o papo rolou.
Eles até estavam dizendo que eu estava estranhamente muito feliz e bem humorado para uma segunda-feira comum e associaram isto ao show. Mal sabiam eles que esse não era o único nem o principal motivo de eu estar daquele jeito.
Tive um dia relativamente tranquilo no trabalho e durante o dia todo não conversei com o Gustavo por celular. Quando cheguei em casa do trabalho recebo uma mensagem no whatsapp dele:
“E aí, cara! Tudo tranquilo? Acredita que eu dormi o dia inteiro??? Acordei agora com a minha mãe me chamando para eu me arrumar para ir para o colégio!”
Gustavo estava no 3.o ano do ensino médio de um colégio particular muito conceituado da cidade e se preparava para fazer vestibular no mesmo curso que o meu. Se tudo desse certo Gustavo seria meu bixo no próximo ano.
Juliano escreve: “Puxa vida, cara. O dia todo? Queria eu ficar em casa sem fazer nada e poder dormir o tempo que eu quisesse”.
Finalizamos nossa conversa e fomos ambos nos preparar para ir estudar.
Ao chegar na faculdade, sou surpreendido por Felipe que aparece do nada.
- Olha o cara aí! Tá vivo? Depois do show não te vi mais! - disse Felipe.
- Eu digo o mesmo. Lá na estação você começou a puxar papo com aquela mina do grupo lá, a Thais… depois disso te vi pouco no show, mas você estava sempre agarrado com ela, seu safado. E aí, comeu? - perguntei pra ele todo empolgado com o aparente sucesso que ele tinha tido no show.
- Comi nada, mas pelo menos a gente ficou bem junto durante o show todo. Você viu como ela era gostosa? - disse Felipe.
- Era sim! Puta sorte que você teve… puta cara feio e nada a ver que você é. Tirou a sorte grande - disse lhe tirando.
Felipe era um cara muito boa pinta. Algumas garotas da nossa sala sempre nos diziam que a gente quebrava o pescoço das meninas por onde passávamos.
- Se eu não desgrudei dela, você não desgrudou do Gustavo eim? Todo o tempo vocês estavam juntos lá no show e nem vi nenhum de vocês com nenhuma mina. Eu até vi algumas garotas lá olhando pra vocês e vocês nem davam atenção, só ficavam pulando e se abraçando igual duas crianças hahaha. Mas me diz aí, quem comeu quem? - disse Felipe rindo.
- Gustavo é um cara muito gente boa. Não sabia que ele era legal assim. A gente até deu uns rolês esse fds. E a gente revezou pra ninguém ficar na desvantagem - finalizei rindo com Felipe.
- Ele é gente boa sim. A gente precisa marcar uma balada juntos. Imagina? Nós três faríamos a rapa na mulherada eim!
- Larga de se achar cara! Mas quer dizer que tu acha a gente bonito, é isso? Sai pra lá, rapaz! - digo rindo dele.
- Vocês não estão no meu nível, mas dá pro gasto hahahaha - disse Felipe e rimos.
Durante a aula ainda conversamos mais sobre o show e as coisas que aconteceram lá. Com o fim da aula, me despeço de Felipe e vou em direção do estacionamento quando recebo uma ligação de Gustavo.
- Fala, cara! Tudo beleza?
- E aí, tudo bem?
- Você já saiu da sua aula? - pergunta Gustavo.
- Sim. Acabei de sair, por que?
- To com a maior fome. Tá a fim de sair pra comer um lanche comigo?
- Até estou, porque não tinha nada pra jantar hoje em casa.
- Então vamos lá naquela lanchonete perto da praça da sua facul?
- Fechou! Bora lá. Mas você saiu mais cedo do colégio?
- Não tive a última aula, então saí mais cedo.
- Beleza. Estou indo lá já. Te espero lá na frente.
- Combinado. Até daqui a pouco.
Desliguei o celular e fui para a lanchonete. Por estar bem próximo eu cheguei primeiro e fiquei esperando lá na frente. Cerca de 10 minutos depois Gustavo chega. Nos cumprimentamos e sentamos nas mesas do lado de fora.
- Você parou pra perceber que hoje é o quarto dia seguido que a gente se vê. E a gente se conheceu de verdade há quatro dias! - digo para Gustavo.
- É mesmo! A gente não desgrudou desde sexta-feira. Que melação eim! - digo rindo pra Gustavo.
Continuamos conversando sobre o nosso dia e estudos até que o lanche chegou. Comemos e continuamos conversando. Pessoas entravam e saiam da lanchonete, até que olho para o relógio que já marcava 00:00h.
- Caraca, já é meia noite, cara. Tá na hora da gente ir embora - digo cortando o assunto.
- Nossa… como o tempo passou rápido - responde Gustavo - Então vamos nessa.
Pagamos e fomos em direção a saída. Éramos os últimos na lanchonete e a rua estava vazia.
Vou para me despedir de Gustavo quando ele me puxa para um canto escuro na calçada e me beija. De início eu me afastei assustado com aquilo com medo de que alguém pudesse nos ver, mas quando me certifiquei que a rua estava vazia eu me rendi àquele momento. Alguns momentos depois nos soltamos do beijo e encostamos perto da parede. Gustavo me olhava com uma cara de bobo sem dizer nada e eu fazia o mesmo.
- Cara, eu não sei o que está acontecendo, mas eu me sinto muito bem ao seu lado, tipo dois brothers mesmo - diz Gustavo quebrando o silêncio.
- Também curti você, cara, mas não sei o que dizer sobre a nossa situação. Tu não acha que estamos indo rápido demais nessa nossa nova experiência? - respondo para Gustavo.
- Sei lá. Confesso que nunca esperei isso de mim mesmo, mas estou curtindo o que está acontecendo, apesar de você ter razão sobre a velocidade que a coisa está tomando.
- Tudo bem, não tem problema. Eu estou me deixando levar por esse momento, mas é interessante a gente cair na real um pouco. Somos homens, cara!
- Isso é verdade… não sei no que isso vai dar - completa Gustavo.
- Bom, vamos embora porque já está tarde e parar de martelar esse papo tenso aqui no meio da rua… hahaha - digo cortando aquele clima de insegurança entre os dois.
- Boa. Então eu vou nessa. Falou, cara.
- Falou! Até mais - digo me despedindo com um aperto de mão para Gustavo.
Durante o resto daquela semana não vi mais Gustavo, mas nos falávamos todo dia por mensagem. Eu estava com vontade de vê-lo novamente, mas aquela distância que estávamos um do outro por vários dias era bom para manter a realidade, até porque não tínhamos nada um com o outro além do que tinha ocorrido no fds.
Minha família tinha notado minha mudança de humor e comentava que aquele show tinha me feito bem, pois ainda surtia efeito dias depois. Diziam também no trabalho que o meu sorriso estava contagiante.
- Deve estar dando pra alguém aí - diz Cláudio, amigo do trabalho, quando adentro a sala com uma cara de feliz depois de conversar algo banal com Gustavo por mensagem.
- Vai se ferrar! Vou te falar quem está comendo quem aqui! - digo na esportiva.
Na sexta-feira depois da aula tinha combinado com Gustavo e Felipe de irmos beber no barzinho depois da faculdade. Felipe e eu saímos da aula e fomos direto pra lá. Quando chegamos Gustavo já estava nos esperando sentado numa mesa e acenou para nós quando nos viu. Cumprimentamos um ao outro, nos sentamos e começamos a beber e conversar. Após um tempo comecei a notar que nós três já estávamos começando a ficar alegres por causa do álcool, então resolvi dar uma segurada porque estava dirigindo. Felipe estava à pé pois morava perto do bar e Gustavo também estava dirigindo, mas parecia não ligar muito para isso.
Já era 1:00h quando Felipe decide ir embora nos deixando lá. Pensei em ir embora junto com ele, mas Gustavo insistiu para que eu ficasse mais até a bebedeira dele abaixar para poder dirigir e ir embora. Continuávamos lá conversando e bebendo refrigerante para ajudar a baixar o nível do álcool dos dois quando Gustavo solta:
- Se meus pais não estivessem em casa, você iria lá comigo?
- E por que eu iria? A princesa tem medo de dormir sozinha hahahaha?
- Quem falou algo sobre dormir? - disse Gustavo fazendo aquela sua clássica cara de safado.
- Lá vem o cachorro no cio de novo! Hahahahaa.
- E você não respondeu a minha pergunta - disse Gustavo
- Sim, eu iria, mas não dormiria lá com você - disse.
- Hum… bom saber.
- Por que essa pergunta? - pergunto.
- Por nada, só por curiosidade mesmo - responde ele rindo.
- Você é meio tonto mesmo né cara, só fala merda hahahaha.
- O que você vai fazer amanhã a tarde? - pergunta Gustavo.
- Nada. Vou dormir até não aguentar mais, depois levantar, comer, e então dormir de novo a tarde toda - respondo pra ele.
- Tá a fim de ir lá no condomínio nadar? Não está tão quente assim mas já dá pra entrar na água.
- Boa! Eu topo sim, mas você vai chamar mais alguém ou só eu? - pergunto.
- Estava pensando em chamar o Felipe e mais alguns amigos meus do colégio. O que acha?
- O que eu acho? Você é quem decide! hahahaha
- Então fechou. Amanhã eu chamo a galera e a gente curte uma piscina e umas bebidas na beira da piscina.
Depois dessa conversa decidimos ir embora. Não aconteceu nada a não ser um abraço de despedida de amigos entre nós dois naquele dia. Ele e eu ficamos o tempo suficiente para o álcool baixar no sangue e conseguir dirigir de volta pra casa de cada um.
No dia seguinte, no horário combinado, às 14:00h eu estava me preparando para ir no condomínio do Gustavo. O dia estava ótimo com um sol de rachar e sem nenhuma nuvem no céu. Minutos antes de sair de casa meu celular toca; era Felipe.
- Você já está indo lá na casa do Gu?
- Gu? Nossa, que gay hahahaha - digo zuando ele.
- Ah cara, todo mundo chama ele assim ué. Enfim, você está indo ou não?
- Estou sim, mas ainda preciso passar pra comprar bebidas. O Gustavo disse que ia reservar uma cabana do lado da piscina pra gente beber e comer alguns petiscos - disse.
- Não sabia dessa! Achei que a gente só ia usar a piscina, mas não que também íamos beber lá!
- Eu estou saindo de casa agora e vou passar no supermercado. Sua casa é no caminho, você quer uma carona e então compramos as coisas e seguimos para lá?
- Seria ótimo pra mim. Então estou te esperando aqui.
Felipe e eu compramos vodka, energético e algumas frutas para fazer batidas. Compramos também alguns petiscos para comer junto com as bebidas. Chegamos na portaria, entramos e liguei para Gustavo.
- Já estamos aqui embaixo. Onde você está? - pergunto.
- Olha para o lado da piscina - diz Gustavo.
Lá estava ele com aquele corpo magnífico, de óculos escuros e bermuda de surf arrumando as coisas na cabana do lado da piscina. Felipe e eu nos aproximamos e deixamos as compras em cima da mesa para cumprimentar Gustavo.
- Chegaram no horário! Acho que mais uns 4 amigos meus virão hoje. Vai dar até pra jogar um vôlei na piscina - diz Gustavo após nos cumprimentar.
- Legal. Onde eu posso deixar as minhas coisas? - pergunto.
- Deixa aqui embaixo dessa mesa. E tirem essas roupas aí pra gente já pular na água - diz Gustavo.
Ficamos também só de bermuda de surf e óculos escuros e pulamos na água. Depois de alguns minutos saímos para pegar algo para beber. Gustavo nos diz que não podemos beber na piscina por regra do condomínio, então fazemos nossos copos e ficamos sentados nas cadeiras em volta da piscina bebendo e conversando. Depois de um tempo o celular de Gustavo toca informando que os outros amigos dele haviam chegado. Alguns minutos depois eles chegam e nos cumprimentam e então começam a beber com a gente. Ficamos naquele revezamento de entrar na água e pegar bebidas por muito tempo até notar que todo mundo já estava ficando bêbado. Não tinha mais ninguém nos entornos da piscina então estávamos mais a vontade.
Gustavo então dá a idéia de jogar um vôlei improvisado na piscina, já que não tínhamos rede. Entramos todos na água, já bêbados e dividimos os times. Gustavo ficou no meu time junto com outros dois amigos dele e Felipe ficou no time oposto.
Começamos a jogar e aquilo era uma zuera só. Todos bêbados, sem saber o que fazer só jogando água para o alto. Gustavo sempre se aproveitava dos lances para ficar grudado em mim fingindo se apoiar. Depois de cansar desse vôlei faz-de-conta, começamos a fazer brincadeiras de quem carregava o outro no ombro. Gustavo fazia questão que eu carregasse ele toda hora, mas aquilo era só uma brincadeira de um monte de gente bêbada hahahaha.
Passamos a tarde toda daquele jeito, até que os 4 amigos de Gustavo decidem ir embora deixando somente Felipe, Gustavo e eu na piscina. Começava a anoitecer e esfriar, então saímos da piscina e deitamos nas cadeiras para tentar nos secar.
- Vocês querem subir lá em casa? Aqui está ficando frio. Vocês podem tomar um banho quente lá e a gente pode ficar lá de boa bebendo - pergunta Gustavo.
Subimos para o apartamento dele. Felipe era claramente o mais bêbado dos três e foi tomar banho primeiro. Assim que ele entrou no banheiro Gustavo partiu para cima de mim me beijando. Aquilo dava muita adrenalina pois nosso amigo estava ali pertinho de nós e nem desconfiava do que estava acontecendo ali. Quando escutamos o chuveiro desligar nos separamos e fomos fazer mais drinks na cozinha. Felipe saiu do banho e foi direto beber mais enquanto eu vou tomar banho.
Após o três tomarem banho, ficamos na sala ouvindo música, bebendo e conversando por um bom tempo até que Felipe começa a dar sinais de sono. Já eram quase 23:00h.
- Por que vocês não dormem aqui? Meus pais não voltam hoje, então a casa é nossa - diz Gustavo.
Felipe e eu concordamos em dormir lá. Felipe finaliza seu copo e apaga no sofá. Gustavo e eu que já estávamos bebendo com mais moderação, estávamos bêbados, mas nada fora do controle. Vou então para o banheiro do quarto dele e quando saio ele estava do lado de fora me esperando. Assim que me vê ele me agarra e me beija.
- E se o Felipe acordar? - pergunto.
- Ele não vai acordar, você viu o estado que ele está - responde Gustavo.
Aquilo tinha sido o suficiente para me convencer e beijar Gustavo. O clima estava começando a esquentar e eu já não estava nem aí para o Felipe desmaiado na sala. Eu começo a chupar o pau do Gustavo ajoelhado no chão e olhando para a cara dele. Então invertemos e ele começa a me chupar gostoso. Estávamos num canto oposto ao campo de visão da porta. Escuto passos e sem conseguir agir vejo Felipe entrando cambaleando no quarto indo em direção ao banheiro. Gustavo e eu ficamos imóveis ali sem reação, mas Felipe estava bêbado demais para ter notado nossa presença ali. Aproveitamos na nossa segunda incrível chance de sermos pegos no ato e paramos o sexo. Felipe sai do banheiro e então nos vê sentados na cama jogando videogame para disfarçar.
- Vocês estão aqui? Nem vi ninguém quando entrei - diz Felipe muito bêbado.
- Sim, nós vimos você passar por aqui e nem falar nada. Seu bêbado do caralho! - digo para Felipe que dá uma risada.
- Onde que eu vou dormir, Gu? - pergunta Felipe.
- Dorme aqui na minha cama, mas me promete que se for vomitar, vai vomitar no banheiro? - diz Gustavo.
- Fica tranquilo. Eu estou bem já, mas vou desabar nessa cama de tanto sono que estou - responde Felipe com aquela voz mole e devagar.
Gustavo arruma a cama para Felipe que dorme segundos depois de deitar nela. Gustavo fecha a porta de seu quarto e coloca uma lata de cerveja vazia equilibrada na maçaneta, assim se Felipe abrisse a porta, a latinha ia cair e fazer barulho.
- Pronto, Felipe está dormindo e a gente tem tempo de ação caso ele levante. Onde é mesmo que nós tínhamos parado? - diz Gustavo.
…continua