Capítulo 1

Conto de BJJ como (Seguir)

Parte da série O Show

Olá, galera. Sou novo como escritor do site, mas já o frequento há um bom tempo.

Há meses que eu estava pensando em escrever um conto que eu fantasio na minha cabeça. Grande parte dos fatos contados nessa série são verídicas.

O capítulo 1 segue abaixo. Espero que gostem.

Comentem por favor, mesmo que seja de forma negativa, pois quero sempre melhorar.

Até mais!

BJJ.

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Eis que tudo começou numa sexta-feira à tarde… ele chegou na minha frente, me cumprimentou e me abraçou. E foi naquele momento que eu soube que estava apaixonado.

Meu nome é Juliano, tenho 22 anos e me considero uma pessoa bonita. Tenho 1,80 de altura, cabelos e olhos castanhos claro, pele clara e um corpo legal.

Moro com a família; meu pai, mãe e irmã. Minha irmã é 7 anos mais velha que eu e sempre tivemos uma boa convivência. Na verdade me dou bem com toda a minha família, apesar de discutir as vezes com o meu pai, o que considero normal hahaha.

Faço faculdade de TI (Análise e Desenvolvimento de Sistemas) no interior de São Paulo, onde moro e estou cursando o 2.o ano.

Gosto muito de música eletrônica. Na verdade sou viciado em música eletrônica e para ser mais específico no Trance. Sou muito fã do Armin Van Buuren. Um gosto que tenho muito a agradecer, pois foi no show dele ano passado em SP Capital que a minha história começou.

Tenho um amigo da faculdade, o Felipe, que também tem o mesmo gosto musical que eu. Ele também é fã do Armin e assim que soubemos do show que ele faria em outubro de 2014, ficamos acordados esperando virar o dia para comprar o ingresso.

Um amigo dele organizou um grupo no whatsapp com uma galera do Brasil todo para ver o show e eu fui incluído nessa.

Durante meses eu ficava conversando com a galera do grupo, que era muito gente boa e fiz uma ‘amizade virtual’ com o Gustavo que também era da minha cidade.

Vivíamos conversando em privado falando principalmente sobre música, eventos e shows do nosso estilo e as vezes também assuntos diversos. Tinha visto a foto dele no perfil do whatsapp, e ele era um cara boa pinta, 18 anos, pele clara, mas nunca tinha tido curiosidade de ficar vendo fotos no perfil do facebook dele e coisa do tipo. Até então eu era 100% hétero e nunca tinha tido nenhum interesse por homens.

E então chegou o dia do show; 3 de outubro, e todo mundo do grupo do whatsapp estava eufórico, inclusive eu.

Gustavo e eu havíamos combinado de ir de ônibus, já que nenhum dos dois queria dirigir e de ônibus ficaria mais barato.

Eu nunca o tinha visto pessoalmente. Marcamos de nos encontrar na rodoviária às 15:00h em ponto, pois o ônibus sairia às 15:30h. Cheguei no horário e não o encontrei. Fiquei esperando no local onde havíamos combinado, perto da escada central.

Após 5 minutos esperando ele chega… meu Deus, o que era aquilo? Ele era muito bonito e estiloso. Tinha o cabelo raspado do lado e jogado para trás em cima, olhos castanhos iguais os meus e aparentava ter um corpaço. Naquele momento me senti estranho por ter pensado isso e tentei afastar esse pensamento. Ele chegou do meu lado já sorrindo pois também tinha me conhecido. Ele tinha o sorriso mais lindo que eu já tinha visto… me senti incomodado novamente. Ele aperta minha mão sorrindo sem dizer nada e depois me diz:

- E aí, cara! Depois de todo esse tempo finalmente te conheço! - diz apertando forte a minha mão e então me abraça numa forma de cumprimento.

- É verdade, cara! E aí, preparado para o show das nossas vidas? - pergunto.

- Claro! Nem dormi direito… estou eufórico só de pensar que faltam poucas horas!

Deu o horário e subimos no ônibus. Eu havia comprado as nossas passagens no dia anterior, pois tínhamos combinado assim e ele me daria o dinheiro depois. Mesmo tendo comprado meio em cima da hora, eu consegui achar duas poltronas lado a lado. Ficamos na 26 e 27. Eu sentei na janela e ele no corredor.

Durante toda a viagem fomos conversando sobre a nossa empolgação do show e sempre no celular mostrando músicas um para o outro. Nestes momentos, para compartilhar o fone de ouvido a gente acabava ficando bem próximo. Quando ele virava para falar algo e me olhava de perto eu me sentia incomodado pelo meu sentimento.. era uma coisa estranha, ele ali do meu lado, lindo de morrer, com aquele sorriso de ator de cinema. Eu já não sabia o que pensar de mim.

“Que é isso, meu! Não sou gay! Onde já se viu ficar achando o cara bonito, com sorriso bonito? Acorda pra vida, manow!”

Tirando essa briga que eu estava comigo mesmo, a viagem de ônibus foi muito divertida. Ele era um cara realmente legal e eu tinha gostado muito dele.

Chegamos na rodoviária de São Paulo, Tietê e pegamos o metrô para a estação Santana, onde encontraríamos o resto da galera pra preparação pro Show.

A galera foi chegando e a bagunça foi sendo montada. O grupo do whatsapp naquela época tinha quase 50 pessoas e quase todas se encontraram na mesma estação, então você consegue imaginar a muvuca e o barulho que a gente estava tocando lá hahaha.

Começamos o nosso legado de ir para o show. Ele seria no Anhembi e iríamos todos à pé. No caminho passaríamos para comer e comprar bebidas para o esquenta que faríamos no caminho.

A galera começou a se dividir em grupos conforme ia se enturmando com o outro e eu e Gustavo acabamos ficando num ‘grupo’ com outros dois caras. Na indecisão da galera de onde comer, acabamos indo um pouco para o Subway e o resto para o McDonalds. O meu grupo foi para o Subway.

Comemos e enchemos o restaurante com a nossa galera. Depois passamos no supermercado para comprar bebidas.

Eu não gosto de cerveja e sempre tomo vodka. Naquele dia o Gustavo disse que pagaria a minha bebida como pagamento da passagem de ida do ônibus. Ele insistiu para comprar BigApple com Schweppes, o que eu relutei no começo, pois queria vodka com energético, mas no fim cedi à insistência dele.

Começamos a beber. Os outros dois caras que estavam conosco também dividiram bebidas entre os dois, então a garrafa inteira de BigApple ficou só para o Gustavo e eu. Começamos a beber e bebemos bastante.

No meio do caminho, passamos na casa de um cara que era de SP e era o organizador do grupo do whats para deixar nossas coisas; mochilas e etc, antes de ir para o show. Nesse ponto notei que comecei a ficar alegre e Gustavo também já estava bem bobão… Depois do álcool começar a agir nele ele começou a ficar mais próximo de mim, tipo passando o braço no meu pescoço, andando abraçado, como se fôssemos amigos há muito tempo. Não me incomodei com isso pois eu também já estava bem alegrão por causa da bebida e é isso que bêbados fazem haha.

Após andar um pouco, a bebida começou a dar efeito… estava morrendo de vontade de mijar! O Gustavo e os outros caras que também estavam bebendo bem também queriam ir ao banheiro. Após andar um pouco e conseguir convencer o Gustavo a não mijar numa árvore haha, encontramos um McDonalds. Entramos e fomos ao banheiro. O banheiro era muito pequeno e tinha apenas um mictório e uma privada. Os outros dois caras foram na frente e usaram e então fomos o Gustavo e eu.

Gustavo entrou na frente e foi direto para a privada e eu fui no mictório. Apesar de estar muito apertado eu não estava conseguindo. Sabe quando simplesmente não sai? Então, eu estava assim. Gustavo acabou, lavou a mão e estava por sair. Ele passou do meu lado e disse que esperaria lá fora. Nesse momento eu notei que ele deu uma boa olhada para o meu pau, porque não tinha aquelas proteções laterais. Fiquei meio sem graça e eu notei que ele percebeu que eu tinha notado ele olhando. Ele então ficou meio deslocado e saiu. Eu continuei por quase um minuto até conseguir começar a mijar… que alívio.

Então a porta abre:

- Porra, cara. Que demora! Você não disse que estava apertado pra mijar? Mija aí logo, os caras estão indo já e deixaram a gente pra trás. - disse Gustavo.

- Calmaeee! Já to acabando aqui. Não sei porque não estava saindo.

Ele então olha pra minha cara rindo e diz, agora visivelmente bêbado:

- Tá foda aí? Quer uma ajuda pra aliviar? - diz ele e então ri alto.

- Vai te foder, porra! Fica tranquilo que aqui tá tranquilo. - disse rindo também.

- Zuera, cara… mas vamos aí, senão a gente vai se perder da turma.

Bóra. Acabei!

Quando saímos do banheiro não tinha mais ninguém lá fora, todos haviam partido. Olhamos um para a cara do outro com a expressão de “fudeu” e começamos a correr atrás da galera.

Nos agrupamos novamente alguns blocos pra frente. Chegamos na frente do Anhembi e estava lotado. Pegamos a fila e aquilo tudo era festa, a euforia tomava conta de mim. Era o show que eu havia esperado por meses. Durante todo o percurso até o evento eu não parava de conversar com o Gustavo. Quem olhasse pensaria que nós éramos amigos de infância pelo nível de conversa e parceria que estávamos.

O show começa. Foram 6 horas do melhor show da minha vida. Eu ainda tinha resquícios de álcool no corpo, o que ajudou a curtir ainda mais a festa até o fim. Na festa ainda bebemos um pouco mais para manter o “nível” hahaha. Gustavo e eu não nos desgrudávamos. Ele até ficava me chamando pra ir no banheiro com ele para na volta comprar mais bebida. Eu estava muito feliz com o momento e aqueles pensamentos estranhos para com o Gustavo haviam sumido da minha cabeça.

Quando o show acabou eu estava destruído. Eram quase 7:00h da manhã e a turma toda fez o mesmo percurso para voltar para a estação de metrô.

Na rodoviária, conseguimos comprar a passagem de volta para às 10:00h, pois o ônibus das 9:00h já estava cheio. Nesse momento a galera toda já tinha se dispersado e estávamos somente o Gustavo e eu. Ficamos esperando nosso ônibus ouvindo músicas e conversando sobre como o show tinha sido FODA!

Às 10:05h o ônibus deixou a rodoviária. Continuamos conversando no ônibus mas combinados de tentar dormir um pouco na viagem de volta, pois estávamos realmente cansados.

Acordo com aquele sol maldito queimando meus olhos e viro para o outro lado. Gustavo estava sentado do meu lado do mesmo jeito que tínhamos vindo. Viro para o lado dele e ele está de olhos semi abertos olhando para mim. Até aí tudo normal, porém ele estava quase debruçado no meu ombro. Quando finalmente abro meus olhos, noto a distância que o rosto dele estava do meu. Entro em choque… os dois abrem os olhos sem se mover e ficam encarando um ao outro. Gustavo continua na mesma posição e abre aquele sorriso estonteante para mim. Os próximos segundos me foram inexplicáveis. Em um momento de impulso que não consegui explicar, avanço para cima dele e lhe dou um beijo.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Andrey em 2015-01-06 02:14:28
Ótimo, tá legal essa história do Gustavo e do Juliano vai render quero logo a continuação kkkkk (Quarta estarei começado a minha série Incondicional)