Amor Platônico - 02

Conto de Biel como (Seguir)

Parte da série Amor Platônico

Amor Platônico - 02

Henrique se tranca no banheiro, e Kevin tenta conversar com ele:

- Henrique, por favor, abre essa porta! - dizia ele batendo na porta.

- Me deixa, eu quero fica sozinho - respondeu com uma voz baixa e fina.

Henrique senta no chão do banheiro, e a única coisa que era possível ouvir era a voz do Kevin, chamando por ele, atrás da porta.

Logo as batidas e as chamadas Kevin somem. Só ouvia a gota da torneira caindo, a cada cinco segundos.

A porta abre e Kevin se abaixa para tentar conversar com ele:

- Você é forte, vai se recuperar disso tudo. O Heitor pode...

- Ele não pode! - interrompe Henrique.

- Por quê? - perguntou Kevin.

- Aquele filho da puta me traiu.

Henrique se levanta, sem olhar para Kevin. Ele vai até o seu quarto e abre a primeira gaveta.

- Henrique, eu ainda tenho mais uma coisa pra te falar.

- fala! - disse Henrique se interromper.

- o seu pai, estava endividado. Ele perdeu tudo.

- o quer dizer? Eu to pobre, é isso?

- Hurrum.

- ce só pode ta brincando.

- é serio Henrique!

Ele colocou a mão na testa, e se jogou na cama.

- sua vida vai mudar, daqui pra frente.

- some daqui Kevin! - disse Henrique de olhos fechados.

- se tivesse dinheiro, eu te ajudava. Mais eu não tenho.

Eu vivo de um dinheirinho que a minha mãe e o pai me mandam todo mês - falou Kevin.

Henrique chorava baixinho, sem fazer barulho. Ele tampava a boca com a mão e olhava para parede.

- Henrique, eu vou embora, tchau! Se cuida.

Não demorou muito e a porta da sala abria e logo depois fechava. Era o Kevin indo embora.

- pai! - dizia Henrique.

- Eu te amo, descanse em paz!

Na manhã seguinte, as 09h. Henrique saía do apartamento, e entrava num taxi.

- pra onde? - perguntou o motorista.

Henrique ajeitava as malas e depois disse:

- Você conhece algum apartamento bem barato?

- sim, mais vai custar caro a ida até lá. Fica longe.

- tudo bem.

Chegando lá, o local era bem pobrezinho e ficava em um bairro bem pobre, e perigoso.

Henrique paga o motorista e anda até a porta do prédio. Ele era de 3 andares.

Henrique ja tinha pago o quarto, e entrou na seu novo lar.

-então é aqui que eu vou morar, o resto da minha miserável vida. Agora eu preciso de emprego, não posso me sustentar do pouco que eu tenho no banco.

Henrique limpou aquele lugar todinho. Ele era imundo, e fedia muito. Aquele apartamento era composto por garotas de programas e dependentes químicos.

No dia seguinte...

- eu preciso desse emprego, se não eu não sei o que vai ser de mim - disse Henrique olhando para Marina, a sua chefe.

- você esta contratado, começa amanhã.

Henrique tinha conseguido um emprego na área da limpeza. Ele iriam limpar os banheiros e o chão daquela lanchonete.

Ele saiu da lanchonete e começou a chuver. Ele não tinha guarda-chuva, e teve que se molhar.

Um senhor de 40 anos viu Henrique andando na chuva e resolveu dividir seu guarda-chuva com ele.

- oi? - disse o homem tentando puxar conversa.

- oi!

- você mora longe daqui?

- não, eu moro bem ali - disse Henrique apontando com o dedo para o apartamento.

Chegando lá na frente, Henrique agradece a ele:

- obrigado pela gentileza.

O homem sorri:

- meu nome é Flávio, qual é o seu?

- Henrique!

No banho, Henrique pensava em Flávio. Ele era gentil, mais tinha cara de um psicopata.

Terminando de se enxugar, Henrique deita em sua cama, e se embrulha com um lençol fino.

Ele demoraria uma hora para dormi. A noite deveria ser silenciosa.

No primeiro dia de trabalho, Henrique deveria chegar as 05:30 na lanchonete.

O céu ainda estava escuro, e quando ele olhou pela janela, viu um carro da polícia.

Dava para olhar dois policiais conversando com uma senhora

Henrique ignora, e entra no banheiro. Liga o chuveiro e a água estava gelada.

05:40 Henrique chega na lanchonete. As luzes de dentro estavam desligadas; parecia que não havia ninguém:

- olá.

- chegou atrasado - responde Marina.

- você me assustou.

Marina estava em baixo do balcão, organizando umas garrafas.

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