Tempestades se aproximam

Conto de Anjo perdido como (Seguir)

Parte da série Uma noite a mais

Acordei todo dolorido após fazer amor a madrugada inteira, consegui cochilar uns quinze minutos apesar de tudo acordei bem e feliz. Tento sair da cama e sou brutalmente agarrado.

Allan: Fica aqui comigo?

Eu: Não joga baixo Allan!

Allan: Espera o dia amanhecer.

Eu: Amor já são nove horas da manhã e eu não pisei em casa.

Allan: Nossa mais passou tão rápido! Está olhando no relógio direito?

Eu: Sim Allan.

Ele me olhava com aquela cara de criança que quer muito algo que você se recusa a dar.

Allan: Pelo menos vai tomar café comigo. Isso você não vai negar.

Eu: Depois dessa intimação, tenho escolha?

Allan: Sim, passar o dia comigo nessa cama.

Eu: Faz o seguinte, arruma suas coisas mais necessárias e vamos lá pra casa.

Allan: Eu entendi direito?

Dou beijo nele, que logo se assanha querendo realmente me prender na cama.

Eu: Depende, se você acha que eu tô te chamando pra morar comigo acertou, mas se acha que eu tô te pedindo em casamento nós vamos direto pro cartório assinar os papeis. (Ri nessa última frase)

Agora ele me puxa e me beija, quase me entrego completamente mas me levanto.

Eu: Vamos Sr Allan Rodrigues?

Allan: Ficou bem em mim seu sobrenome.

Eu: Admito que também não quero te deixar aqui, e a ideia de acordar sem você do meu lado me apavora.

Allan: Eu te amo cara, e vou com você até o fim do mundo.

Eu: Podemos ir só até minha casa? É mais perto.

Ambos rimos.

Allan: Seu bobo.

O ajudo a arrumar suas coisas, enquanto algumas coisas pairam em minha cabeça, mas estava feliz por Allan finalmente estar comigo. Chegamos em casa corri até Rhian que não estava em seu quarto nem no meu, então fui ao quarto de meus pais e quase entro em choque com a cena que vejo. Meu pai embalava Rhian em seus braços enquanto minha mãe olhava eles pareciam bobos, olhando meu filho o que achei normal pois também fico assim com ele.

Eu: Um, um! (Pigarreio esperando ser notado, mas quase fui fuzilado com o olhar de meu pai)

Clark: Se ele se assustasse você teria a ilustre sensação de rolar escada abaixo, filho querido.

Eu senti que com aquele sorriso ele falava sério, mas eu só pude rir e ir de encontro a eles afinal eu também sofria essa preocupação extrema que meu pai demonstrava.

Eu: Bom dia a todos. (Falo quase num sussurro)

Meu pai coloca Rhian em um berço no seu quarto e chama a babá. Todos descemos pra sala, eu vejo Allan com uma bandeja certamente ia me levar café na cama, chego a ficar vermelho imaginando como ele podia ser tão fofo.

Allan: Bom dia a todos!

Todos respondem em coro, até eu. Mas ele vem e me beija ali mesmo, sem a menor preocupação.

Allan: O seu é especial.

Stella: Tão lindo o amor juvenil.

Eu: Aproveitando que estamos todos aqui, quero dizer que Allan vai passar uns tempos aqui em casa.

Clark: Será preciso reformar o quarto de vocês, para ficar mais amplo?

Realmente por essa eu não esperava, e creio que Allan também não já que ficou tão vermelho quanto eu.

Clark: Sim, acho que já que vão morar juntos precisam de um quarto maior. Eu não nasci ontem garotos e até parece que irão se separar depois de ficarem juntos debaixo do mesmo teto. Só tenho uma dúvida, quando trocam as alianças?

Allan: Por mim seria hoje, mas como o senhor disse temos que resolver nosso futuro primeiro.

Clark: Vejo que vocês amadureceram juntos.

Eu: Estranho o senhor estar em casa essa hora pai.

Clark: Estou de férias.

Eu: Clark Rodrigues de férias? Meu coração não resiste tamanha emoção. (Olhei pra minha mãe) A que devemos esse momento?

Clark: Meu neto, não suportei a ideia de ficar longe dele esses dias, então tirei férias eu agradeço a ironia em suas palavras.

O resto foi correndo normalmente, os avós maternos de Rhian sempre o visitavam, e meu aniversário se aproximava. Allan já havia se instalado de vez aqui em casa como meu pai previu Rhian fazia 5 meses e no dia seguinte era meu aniversário.

A festa estava linda mas muito reservada só a família e amigos muito próximos. Só a mãe de Jacque veio seu marido viajava a negócios. Após todas as felicitações, meu pai me lembrava que isso significava que ia trabalhar com ele na empresa. Por algum motivo achei que ele ainda me escondia algo, mas esperava o momento certo pra me contar bem a cara dele. Ouço alguém me chamar na sacada e vou ver quem é.

Lucas: Vejo que você sumiu. (Um sorriso bobo estava em seu rosto)

Eu: A minha vida mudou demais, desde aquele dia.

Lucas: É eu sei. Você o herói e eu o vilão. Mas...

Ele se aproximava de mim de maneira suave e antes que eu possa tomar qualquer atitude, vejo Lucas sendo arremessado ao chão, eu não sei de onde Allan veio mas o ódio em seu olhar chegava a me assustar. Ele foi em direção ao Lucas ainda caído tentando se erguer eu entro no meio dos dois.

Eu: Já deu. Chega Allan.

Allan: Não acredito que está defendendo ele. Ele ia... Você sabe que ele ia... (As lágrimas o impediam de falar)

Lucas: Seu namorado queria acabar comigo só pode. (Brincava)

Eu: Devo admitir que isso me surpreendeu, não conhecia esse seu lado ciumento Allan.

Allan: Eu sei que ele gosta de você e quando vi o que ele queria fazer fiquei louco.

Lucas: Podia ter deixado eu provar só um pouquinho valentão.

Embora eu quisesse rir como Lucas fazia, sabia que Allan teria outro surto se o fizesse.

Eu: Sabe que isso não tá ajudando, né Lucas?

Lucas: Por mais que eu quisesse e quero não vai adiantar Allan o Eduardo te ama e eu não posso lutar contra isso, pois seria uma batalha perdida. Eu admiro que você não tenha visto isso?

Allan: Eu sei disso todos os dias, mas vê-lo perto de você me deixou irado me desculpe?

Lucas: Desculpas aceitas, faça o que tem que fazer. (Disse ele apontando pro bolso de Allan)

Eu nessa hora fiquei perdido, mas Allan se ajoelhou em minha frente pegando uma caixinha em seu bolso, até então eu não tinha notado que todos na festa estavam de olho em nós.

Allan: Quer se casar comigo?

O segurei pelo queixo fazendo com que ele ficasse de pé na minha frente e o beijei calmamente para me dar tempo de assimilar tudo, quando o soltei.

Eu: Allan? Eu não preciso de um altar ou de vários papeis assinados pra saber o quanto te amo e o quanto nosso amor mudou minha vida. Não preciso de nada disso só ter você aqui comigo já basta, mas se te faz feliz eu uso a aliança.

Ele sorria como se fosse o que esperava ouvir, os seus olhos tão úmidos quanto os meus.

Allan: Eu sei disso, mas queria seguir o figurino.

Eu: Nós não somos iguais aos outros, e nem precisamos ser.

Agora nos abraçamos, e vejo alguém sumindo a porta, logo em seguida meu pai me puxou pelo braço e Allan subiu as escadas atrás de nós.

Clark: Aconteceu o que eu temia.

Eu: Pai do que está falando?

Allan: Sim Clark do que se trata?

Clark: Eu conheço seus ex-sogros Eduardo. E sei que eles são preconceituosos e não vão deixar barato a cena lá embaixo.

Eu: Agora tudo se encaixa, não é papai?

Allan estava meio perdido entre nós.

Eu: Por isso achei que você estava agindo estranho desde a comemoração na casa dos pais de Allan, sabia o que ia acontecer desde o primeiro momento agora tudo se encaixa a sua velocidade para que eu vá pra empresa é para ter força pra encarar meu ex-sogro.

Clark: Sim meu filho de fato. Mas eu os advirto, vocês precisaram um do outro mais do que nunca...

Continua....

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