Amor Impossível Capítulo 1

Parte da série Amor Impossível

Esse é o primeiro capítulo da minha série, eu já postei ela no Spirit mas nessa versão eu acrecentei mais detalhes tanto na história quanto nas personalidades dos personagens, além de algumas alterações de nomes e eventos.

Fiquem agora com o primeiro capítulo, espero que gostem.

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{Narrador por Tony}

O sol da manhã batia nas janelas e atravessava as persianas iluminando todo o quarto, o vento frio delicioso convidava qualquer para mais alguns minutinhos na cama, mas hoje não.

Hoje eu realizo um fetiche meu (Filhinho de milionário é cheio de frescura), fetiche de estudar numa escola pública.

-Tony, levanta meu.-Dizia Batista, nosso mordomo e meu melhor amigo

-Já vou.-Digo ainda sonolento

Antes que perguntem, eu me chamo Antônio Agustín Moreau mas todos me chamam de Tony. Eu sou o filho de Eric Agustín e de Verá Moreau, um dos casais mais ricos da cidade de São Paulo.

Eu cresci tendo tudo do bom e do melhor, sempre estudei nas melhores escolas mas tudo que eu sempre quis foi ter uma vida de verdade.

Eu não considero viver como um mauricinho mimado do Morumbi uma vida. Eu acredito que uma vida verdadeira seja acordar cedo, pegar ônibus, ter quinze mil a menos na poupança e etc.

A princípio meu pai foi contra meu fetiche de estudar numa escola pública mas minha mãe foi totalmente à favor. E hoje começa minha "aventura suburbana".

Vesti meu uniforme, pus meus óculos e desci as escadas em direção à cozinha onde encontrei com meus pais e minha prima Sophie, que mora conosco desde os dez anos. Hoje ela tem quartoze e eu dezessete.

Tomei meu café enquanto falávamos sobre a nova das seis, em seguida acompanhei Batista até o Camaro. O colégio ficava perto do parque do Ibirapuera e a atmosfera pacífica do parque camuflava o trânsito infernal da cidade.

-Chegamos Tony.-Batista disse parando o carro em frente ao parque- Quer que eu venha te buscar?

-Claro. Obrigado Batista.

Sai do carro e Andei em direção ao colégio Novas Direções. Eu imaginava uma escola pública como uma terra sem lei mas vi como eu estava enganado. Lógico que existem aqueles alunos baderneiros e tudo mais porém esse colégio era praticamente uma cópia precária das escolas que eu freqüentei. Só que sem as modernidades e os alunos almofadinhas.

Entrei na escola e duas coisas vinheram na minha mente. A primeira: Será que estão me encarando pensando que sou mais um rico esnobe? E a segunda: Olha o tamanho daquela ratazana saindo do banheiro.

Entrei na sala que talvez seria a minha e encontrei uma garota loira que prendia o cabelo em um rabo de cavalo, usava uma blusinha amarela e Jeans.

Sentei ao lado dela e tentei puxar assunto.

-Oi, eu me chamo Tony.

-Oi, eu sou a Jessica. Você deve ser novo aqui?

-Sim, é meu primeiro dia. Você também é novata?

-Não, estudo aqui faz uns três anos. Já escolheu qual clube vai participar?

-Clube?

-Atividades extra curriculares. Todos os alunos aqui participam de algum. Tem o clube de teatro, o coral...

-De qual você participa?

-Do School Friends. A gente arruma maneiras de arrecadar dinheiro para a escola. Hoje tem reunião depois da aula, se quiser te levo lá.

-Quero sim.-Eu disse e Jessica sorriu

Em seguida tocou um tipo de alarme e vários alunos entraram na sala, inclusive um que chamou minha atenção.

Era um garoto da minha idade mais ou menos, tinha cabelos brancos e usava um moletom branco com listras pretas. Algo me chamou atenção nele, eu acho que Gostei dele.

Desde dos meus quartoze anos eu tenho certeza que eu gosto de garotos, de que eu sou gay. Mas ninguém sabe disso, se eu contar meu pai (mega-homofobico) me mata.

-Que é ele?-Perguntei para Jessica

-Daniel Duarte, filho de Lino Duarte.

-Lino? Aquele bandido procurado?-Fiquei assustado, como alguém tão bonito pode ter laços familiares tão assustadores

-É. Mas ele é gente boa. Quase nunca ver o pai.

O professor chegou e começou a falar de vestibular, ENEM e etc. Fiquei grande parte da aula contemplando a beleza de Daniel. Ele parecia ter me notado e ficado desconfortável.

Eu imaginava o tipo de menino que ele seria. Sua cara amarrada, a cabeça apoiada no encosto da cadeira. Ele parecia ser do tipo Bad Boy. Eu não queria me apaixonar mas já era tarde demais, já havia acontecido.

No final da aula Jessica me levou para o "quartel general" dos School Friends e eu tive uma grande supresa, Daniel estava lá.

Continua no próximo capítulo...