Capítulo Três

Conto de Art666 como (Seguir)

Parte da série C

Eram 14:02 minha campainha tocava, eu sabia quem era, meu coração apesar do calmante batia forte, eu abri a porta e vi ele, Eduardo.

— Eh, posso entrar? – Ele perguntou depois de um tempo esperando eu sair da frente da porta.

— Ah, Claro – Falei saindo.

— Está melhor? Estava pálido mais cedo – Perguntou ele

— Ah, não, estou bem – Falei.

— Onde vamos fazer o trabalho?

— Lá no meu quarto vem – Lá em cima coloquei ele no computador e eu fiquei na cama, tava com um edredom azul cyano da cor da blusa dele, tinha esquecido meu caderno e fui buscar lá em baixo.

— QUAL A SENHA? – Perguntou ele do meu quarto.

— XADREZ – respondi inconsciente.

Depois que percebi o erro com minha mochila corri até o quarto, meu papel de parede é um yaoi, pra quem não sabe é tipo romance entre dois homens, algo assim.

— E então? – Perguntou

— O quê? – Falei vermelho parecido um tomate de vergonha.

— O tema, qual o tema?

— Anh? Ah o tema espera – Tirei do caderno e falei.

Num momento ele me chamou pra ver de perto cada assunto eu ficaria com o do norte e ele com o do sul, eu tava mexendo no mouse e ele colocou sua mão em cima da minha, tão quente, logo meu coração acelerou, eu tava sem reação, dava pra escutar e sentir sua respiração.

— Pronto Arthur é isso! – Falou ele.

— Ah certo, obrigado por vim até aqui – Falei quebrando o transe.

— Eu que o diga, lá em casa tá de reforma, posso te perguntar uma coisa – Ele falou pra mim.

— Claro.

— Você gosta de – Nessa hora meu coração parou – Xadrez?

— Sim, como sabe?

— Vi uma peça na escada, tem algum pra gente jogar – Ele perguntou.

— Tenho sim – E em alguns minutos lá estávamos eu e Eduardo jogando xadrez na mesa de vidro da sala de estar, o meu tabuleiro é grande e uma peça tem quase 10 centímetros de altura.

— Ah a quanto tempo não jogo – Falei, recordando do velhíssimo tempo em que eu jogava mais meu pai.

— Também, aliás estou aprendendo agora

— Desculpa pela pergunta mas como você conseguiu ficar assim? – Perguntei apontando pro cabelo e pro olho.

— Ah – Ele demorou um pouco e respondeu – Na verdade eu tenho esse rosto faz mais de 10 anos.

— Que? – Perguntei sem entender.

— Nasci em 90.

— Você tem 26 anos? – Falei enquanto movia meu cavalo.

— Na realidade sim, mas fingo ter menos por causa da aparência, geralmente quando fico muito novo na sala perco um ano, fico sem estudar pra ver se iguala, sou da época do celular tijolão – Respondeu ele rindo e eu tava ficando assustado.

— É sério como conseguiu isso?

— São umas doenças, fizeram com que meu corpo aumente a vida de célula, as minhas são mais resistentes e por isso o ciclo demora mais, fazendo com que eu tenha a aparência de agora ser dez anos mais novo que minha real idade.

— Que maneiro, queria ser assim além de ficar com olhos cinzas ia viver muito mais.

— Nunca fale isso, é verdade eu provavelmente irei viver muito mais tempo que pessoas normais mas é muito ruim.

— Como isso pode ser ruim? Edu você é demais. – Falei pensando só em mim e como seria legal.

— Bom além de eu ver muita gente morrer, da minha geração, eu sou vulnerável a doenças, e quando pego uma, principalmente viral, quase não me curo, as minhas células replicam os vírus sempre é na saída ela não se destrói.

— Anh? Ah, doenças em você prejudicam por mais tempo por que suas células duram mais, entendi, que triste – Falei perdendo a animação.

— Ainda com remédios eles "prolongam a vida" e ficam mais forte, geralmente toda doença estou internado e tomando coquetéis de remédios, além de que posso morrer por acidentes.

— Entendo... – Falei quase desistindo do jogo, afinal ele já ganhava, realmente eu não sabia como jogar.

— Ah já são quatro horas preciso ir – Falou ele – A gente continua noutro dia tá?

— Certo e Edu, sempre que precisar de ajuda, eu vou tá aqui.

— Pode deixar Arthur, obrigado pela tarde de hoje.

Ele saiu eu fechei a porta, imaginando a dificuldade guardei o tabuleiro, subi pro meu quarto, pesquisei tais doenças, assisti e dormi.

Respondo os comentários no proximo capítulo, comente!

Comentários

Há 2 comentários.

Por edward em 2016-05-05 07:15:15
Muito bom
Por Pop-Afro em 2016-05-05 01:22:56
Estou amando cada capitulo