Capítulo Cinco
Parte da série C
— Oi você é Deus? – Perguntava a um senhor que estava comigo numa cidade deserta.
— Ah não só sou funcionário.
— Funcionário? Quem é seu chefe?
— Ah eu não lembro...
— Como assim?
— Tghua? Com quem está falando – Ouvia uma voz do céu.
— Ah é você, desculpa você veio pro lugar errado – Uma pessoa com o rosto Alice.
— Como assim?
— Você já saberá – Disse ela.
Do nada tava em uma cidade quente tão quente que se via a distorção nas ruas da cidade, tinha montanhas ao lado e um vulcão em erupção, fui no rio e era cheio de lava, vi pessoas se matando na borda e jogando gente lava, isso me assustou e corri pro mais longe do rio cheguei numa espécie de bar.
— Socorro alguem me ajuda, eu, do outro lado.
— Calma garoto, aqui é – Ele puxou uma faca e me enfiou na barriga.
— AAHHHHHHH – Tava gritando, passando a mão na barriga procurando o corte, que realmente eu senti.
— Oi, Arthur está suando o que houve? – Demorei um pouco a perceber e disse.
— Enfermeira Tatiane, só foi um susto – Olhando pro seu crachá, Hospital São Camilo, que droga meu pai ou mãe estão aqui, eu pensava.
— Vou verificar sua temperatura – Depois de algum tempo, da medição e comida meu pai entrou.
— Pai?
— Como você faz isso? Tive que vim de Xangai pra cá, sabe quantas reuniões cancelei? A empresa poderia ter ganhado milhões.
— Ah claro negócios – Falei.
— Não é negócios são duas famílias, caras pra sustentar.
— Ah meu filho tudo bem? – Ela entrou chorando e me abraçando.
— Tudo sim mãe.
— A gente perdeu milhões e você está com o braço quase quebrado, várias fraturas, parte do nariz, como aconteceu?
— Ah eu não lembro
— Não lembra? Parece que afetou a sua cabeça também.
— Calma amor, agora que ele acordou...
— É verdade mãe, é isso que eu causo, só problemas diferente dos meus irmãos.
— Olha eu vou arranjar três segurança, contratei uma babá, cozinheira e empregadas, não quero mais problemas seus, agora preciso ir, pra ver se não perco as reuniões amanhã, Nishimura acho que os jornais não vão esperar muito mais, já vou, tchau filho – Falou ele saindo do quarto.
— Desculpa pai – Falei quase chorando.
— Filho precisa de mais algo? Eu acho que vou ficar aqui essa semana...
— Mãe desculpa, mais não precisa tenho amigos que cuidam de mim, o pai tá certo a TV vai acabar ficando sem matérias kkkkk, pode ir eu me cuido.
— Filho queria ficar mas você tem razão – Respondeu ela.
— Por favor mãe, só liga pra Alice e chama ela aqui...
— Certo e está matriculado em Karatê.
— Pra quê? Não gosto disso.
— "Defesa pessoal se seu pai souber que você apanhou de novo você vem morar mais eu no Japão junto com seu irmão"
— Mas mãe.
— Ordem dele desculpa.
— Vou passar na recepção e levar os documentos, Alice já vem tá filho? Já vou indo, até domingo.
— Ah finamente Arthur já estava na hora. – Me abraçando forte
— Aiii, Ohayō Alice – Falei – Não me aperta to todo quebrado, que hospital hein esse da família de vocês...
— Quê isso Alice quando precisar.
— Mesmo com o trabalho do meu pai, nunca ia conseguir pagar, deve ser uma fortuna.
— Realmente, a quantos dias estou nisso?
— Quatro dias, úteis pelo menos kkkkk. – Alice falou.
— Ah que dor, apesar de particular...
— Pode crê que tá bem reduzida se fosse público, teria morrido já, hein me conta como conseguiu isso.
— Vem mais pra perto – Falei ela já se aproximava.
— Tem câmera, kkkkkkkk – Falei baixo no ouvido dela.
— Engracadinho, tem suspeita?
— Matheus, Diego e alguém desconhecido
— Eita isso tudo?!
— Não, quem me levou até lá.
— Matheus? – Perguntou admirada
— Pois é, mas quem fez isso foram três.
— Que covardia.
— Podia ter sido pior...
— Com certeza nem seu como saí...
— Ah foi o Edu, seu príncipe, né?
— Eduardo como? – Perguntei espantado.
— Hora da medição – Uma enfermeira entrava na sala – Relaxe é só uma picada de formiga e você irá sentir sono.
— Sono eu? A quase 5 dias dormindo...
— Medicamentos são assim mesmo.
— Aii... – Já ia gritar era só a ponta nada do líquido a Alice me distraiu.
— Arthur só vi ele saindo de lá, com você nos braços.
— Nos braços?
— Segura e presciona – A médica falou arrumando as coisas pra sair.
— Parecia uma noiva kkkk, que droga não?
— Meu Deus Alice, vão zoar comigo e resto do ano – Falei mais assustado.
— Que nada, todos viram você se desmanchando no sangue.
— Meu Deus... Sujou muito?
— Não, só pintou do chão do banheiro até a ambulância de vermelho kkkkk.
— Serio? – Perguntei.
— O Luiz não deve ter limpado ainda kkkkk.
— Gentyy, Alice estou com um pouco de sono eu vou-