O Início de Tudo
Parte da série Frio como o fogo, quente como o gelo
Olá, meu nome é Osiris, hoje tenho 17 anos e vou contar pra vcs a reviravolta que tive na minha vida de 2013 pra 2014.
Bom, eu sou de estatura mediana(1,75cm) cor de chocolate e nem gordo nem magro (mas nessa época eu tinha uma barriguinha ^^). Meu cabelo é curto, um pouco cacheado e preto, costumo alisar ele com chapinha porque não sou obrigado ¬¬. Até hoje ninguém da minha família, nem mesmo meus antigos amigos sabem que sou bi porque sou extremamente discreto e graças a Deus minha voz é grossa porque se não... Enfim, espero que apreciem a leitura e se acostumem porque eu adoro abrir parênteses entre as minhas narrações ^^.
Em meados de 2012 eu perdi minha mãe e desde então vivemos eu e meu pai. Tudo ocorria bem até o início do ano letivo de 2013, meu pesadelo se iniciava aí. Me inscrevi em uma escola sem nem conhecer o lugar kk mas só porque teria que pegar 2 ônibus para ir e teria que acordar extremamente cedo, 2 coisas que eu amava. Acho que sou anormal... Enfim, tudo ia bem até eu finalmente ver onde fui me meter, uma escola caindo aos pedaços que mais parecia um manicômio abandonado, isso porque só tinha 5 anos de inaugurada... Fiquei só 2 dias lá porque né, meu pai me matriculou em uma outra perto do nosso bairro, fiquei meio emburrado porque eu já conhecia metade do pessoal que estudava la e queria conhecer pessoas novas de lugares novos mas sabe como é pai né. Até maio de 2013 tudo continuava na mesma em minha vida até o dia em que meu pai inventou de casar de novo, pqp ¬¬, e como se já não bastasse veio com história de se mudar pro outro lado do Rio de Janeiro praticamente (sou exagerado mesmo). Eu já tinha feito amizade com a escola inteira, até os funcionários me conheciam e olha que sou extremamente tímido, but ok. No dia da mudança eu dei uma desculpa e fiquei o dia todo na rua porque não nasci para carregar móveis pra dentro do caminhão com todo mundo vendo ¬¬. Passei as férias inteira praticamente preso dentro de casa, meu pai fez o favor de arrumar uma casa numa vila onde ficam aquelas “pessoas” o dia inteiro no portão tomando conta da sua vida, quando eu passava todo mundo parava o que estava fazendo e, na cara de pau, me acompanhava com o olhar (não porque sou gostoso, por má educação mesmo :P). Bom, pelo menos uma coisa boa nessa história, eu teria que pegar o trem pra ir pra escola, não poderia estar mais feliz :D. Chegou o dia do retorno as aulas(eu estudava de noite), como sempre fui extremamente pontual nem precisei me preocupar com horário, me arrumei, coloquei bastante perfume ^^ estiquei tanto o cabelo que parecia que iam soltar da minha cabeça kkk, ainda bem que já se acostumaram, e fui. Cheguei lá e PUTA QUE PARIU, eu morri e fui pro céu, não é possível, só tinha filé mignon, do nerd ao diretor, não tinha um com o nível de beleza inferior a 9 numa escala até 10. Me senti até ofendido kkk, mas enfim... Ok, sala 14 e meu número é, PUTA QUE PARIU DE NOVO, meu número é 59 :o. Quase tive um infarto, imaginem uma sala com 60 alunos, Deus me livre, depois que fui saber que metade da turma tinha desistido e só tinha uns 25 alunos. Entrei na minha turma e WOW, parecia aquelas escolas americanas kkkkk. Tinha o grupinho das putas loiras, o grupinho dos tesudos&gostosos porém babacas, tinha o grupinho dos nerds que tinha um loirinho que nossa senhora, e tinha o grupinho dos “normais”. Me sentei destacados de todos, de frente pro professor, não sou de me misturar muito, mas tinha um garoto que não me deixava em paz, Gabriel, gente que homem era aquele?? Estilo hip hop, moreno com cabelo cortado a máquina, um cavanhaque bem ralo, uma boca que nossa senhora, baixinho (mais baixo que eu) voz grossa, me apaixonei :o. A aula passava e eu disfarçadamente não tirava os olhos dele. A aula foi normal, professores disputando pra ver que tinha preparado o melhor texto de stand-up kkkk exceto pelo recreio, 2 tempos de aula depois o sinal bate, arrumo meu material e vou pra um canto qualquer do pátio ouvir Britney Spears (amo essa mulher) quando percebo que o Gabriel não tira os olhos de mim, ai meu Deus, nessa hora eu não sei se tremo as pernas ou se estalo os dedos kkk Acho que ele percebeu, parou de me olhar e foi conversar com uma amiga. O recreio terminou e na hora de voltar pra sala tive que passar por onde estava o grupinho dos babacas, ai não, vão implicar comigo ¬¬, ok, vamos lá. Passei e claro, todos me seguiram com o olhar e, peraí, eles olharam pra minha bunda??? Aff. Cheguei na sala, o tempo passou e tocou o sinal da saída. Arrumei meu material de pressa até porque não poderia perder a novela né kkkk quando de repente o Gabriel surge e meu celular se parte em mil e um pedaços no chão, esbarrei com tudo nele:
Gabriel – Ai caraca, nossa cara desculpa, foi mal nem te vi.
Eu – Merda, meu celular, não acredito vei.
Gabriel – Cara foi mal mesmo
Eu – Não tudo bem, deixa pra lá
Gabriel – Vc mora por aqui?
Eu – Pra que vc quer saber cara? Vai querer quebrar minha casa também? (eu sei, peguei pesado, mas ninguém derruba meu filho no chão e sai sem ouvir umas verdades xD)
Gabriel – Nossa, desculpa
Eu – Tanto faz ¬¬
Fui puto da vida porque meu pai nem tinha terminado de pagar o celular, ele ia falar muito no meu ouvido, mereço ¬¬. Saí o mais rápido que pude da escola e fui pra porra da estação pegar o trem, quando percebo que tem alguém me seguindo. Ah só faltava essa... Como não sou bobo nem nada, ao invés de pegar o trem peguei uma van que me deixaria na próxima estação de trem e de lá peguei meu trem, é ruim de me enganar hein :* . Em casa meu pai deu aquele sermão de padre que meu ouvido latejava, falei pra ele que derrubei o celular no vão do trem e a plataforma. Segundo de aula, eu com um mau humor nível cavalo, distribuindo coice. Fui pra escola, primeiro tempo era vago naquele dia, sentei e comecei a desenhar aleatoriamente no meu caderno quando se aproxima o “chefinho” do grupo dos babacas(eu chamava ele mentalmente de cafetão das putinhas xD) O nome dele era Márcio, tinha 18 anos, usava camisa sem manga, braços fortes, devia ter um tanquinho maravilhoso, olhos castanhos, cabelo meio bagunçado, alargador na orelha direita de cor branco, tesudinho ^^. Ele começou a falar putarias infantis relacionada a masturbação, nem vale a pena mencionar aqui, parecia um virgem de 12 anos ¬¬. Até que minha paciência começa a se esgotar:
Márcio – Tu é virgem cara?
Eu – Não (era sim ^^)
Márcio – Teu pau é grande?
Eu – Porra cara não me enche o saco não
Levantei e fui embora. Já estava puto da vida sem celular e ele ainda bem com perguntinha infantil... Mas peraí, ele perguntou o tamanho do meu pau?? Vou até no banheiro depois dessa... Entro no banheiro em silêncio e ouço o seguinte diálogo:
Garoto 1 – Porra tu viu aquele aluninho novo?
Garoto 2 – Caraaalho nem fala mano, que bundinha, se eu pego ele estraçalho aquele bunda
Garoto 1 – O Márcio falou que já tocou umas 5 pensando nele kkkkk
Garoto 2 – Kkkkk O Márcio falou que ia tentar pegar ele hoje
Garoto 1 – Sabe de nada, o Márcio falou que ia arrastar ele praquele matinho atrás da escola a força pra nóis traçar ele na saída
Garoto 2 – Mas ele tem a voz grossa, vai gritar pow
Garoto 1 – Relaxa cara to com um remédio aqui que se tu respirar forte ele tu desmaia, aqueles que aparece na televisão em novela, meu irmão que me deu
Garoto 2 – Fecho então, é hoje que eu encho aquele rabo de porra
WHAT??? É sério isso gente? Eu sai do banheiro desesperado, e não consegui segurar, entrei numa sala vazia e me acabei em choro. Eles eram babacas mas eram fortes, eu não teria a menor chance, o matinho no qual ele se referiram era um jardim que aquela escola tinha quando foi inaugurada. Tinha um portão de grade que impedia o acesso mas eu vi que tinha também uma espécie de sala fechada sem janela e com certeza eles iriam abusar de mim lá, e pra piorar tudo eu era virgem, e se desse uma hemorragia e eles me largassem la? O que minha família ia pensar? Sem contar que com certeza não iam usar camisinha. Eu estava completamente perdido, até que entra o Gabriel nessa sala, como eu não sei:
Gabriel – Vc ta chorando? Ta tudo bem contigo cara?
Eu – Tudo, me deixa em paz cara, sério.
Gabriel – Aconteceu alguma coisa? O grupinho do Márcio mexeu contigo? Pode falar cara, eu luto capoeira, quebro eles na porrada
Eu – Eu não preciso da sua ajuda cara, de boa, me deixa em paz sai daqui.
Gabriel – Não, vc não ta bem, vou ficar aqui e tu vai me contar o que aconteceu
Eu – (silêncio)
Gabriel – Fala cara
Eu – (silêncio)
Nisso entra o Márcio e o seu grupinho nessa sala:
Márcio – Eae novato, tava te procurando
Gabriel – Aí cara deixa ele em paz, eu sei que tu falou alguma coisa com ele que deixou ele assim
Márcio – Vaza daqui moleque, quero falar com ele
Gabriel – Me obriga otário
Márcio – Não vou sujar minha mão contigo não seu babaca
Nisso ele e as suas putinhas, digo, seu bando foram embora e o Gabriel continuou insistindo:
Gabriel: Agora fala, o que aconteceu?
Eu – (Contei pra ele tudo que ouvi no banheiro) É isso.
Gabriel: Filhos da puta, eu vou pegar um por um
Eu – Porque vc ta me defendendo assim? Vc nem me conhece!
Gabriel: Gostei de vc, gosto de gente como vc
Eu – Hm
Gabriel: Posso te fazer uma pergunta?
Eu – (ai meu Deus la vem) Aham
Gabriel: Vc é gay eu algo do tipo?
Eu - ...
Continua...
Então gente, foi meio longo kkkk mas eu gosto de ler contos assim e me inspirei. A minha história é bem clichê mesmo, acho que acontece com 70% dos adolescentes mas achei legal compartilhar com vcs. :D