A Última Cartada - Cap.2

Parte da série A Última Cartada

Pessoal, ocorreu um problema quando fui tentar publicar a primeira parte do conto aqui. Então, abaixo vocês irão encontrar o link do mesmo no Romance Gay. Boa leitura e até logo anjos:)

www.romancegay.com.br/andimd/a-ultima-cartada/a-ultima-cartada-prologo-e-cap1

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Capítulo 2

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Como já disse, a historia com o Mateus não deu muito certa. Mas eu não iria morrer por isso... Na verdade, sempre fui muito livre. Não me prendia as pessoas. Talvez por medo de me machucar depois. Até mesmo hoje posso afirmar com 100% de verdade que ninguém me faz falta. Não morro por conta de ninguém. Nem mesmo dos meus pais... A vida seguia e ainda me trouxe várias surpresas.

Eu sempre frequentei escolas públicas, meus pais achavam que nós é que temos que correr atrás do conhecimento e não ele atrás de nós... Nisso o Brasil, saiu perfeito para eles... O bom, é que nessas escolas sempre se achava gente de todo tipo. Enfim, nessas escolas eu conheci várias “peças” que me ensinaram bastante. Uma dessas “peças”, o Rodrigo, conheci no meu primário e me acompanhou por uma boa parte do ensino fundamental.

Rodrigo não era um sonho de consumo como Mateus, mas tinha lá seus atributos. Com seus 13 anos, Rodrigo era um menino... Assim como eu... Possuíamos apenas a diferença de um ano de idade. Ele era um pouco mais alto, moreno, carinha de anjo oriental, com jeito de moleque. Já era de se esperar que após tanto tempo estudando juntos nos tornássemos melhores amigos. Na escola, e fora dela, andávamos sempre juntos. Adorava a mãe dele, e ela me adorava por fazer o filhinho dela passar de ano. Rsrs. Mas eis que o inevitável aconteceu e ele quis “brincar” comigo assim como o Mateus, e eu cedi.

Levarei arrependimento daquele dia para sempre. Estávamos sozinhos em sua casa fazendo um trabalho de ciências. Em determinado momento ele falou que já tinha cansado de fazer trabalho e me chamou para o seu quarto para “relaxar”. Deitamos na cama e com um pouco de tempo ele veio por detrás de mim ficando de conchinha. Depois, Rodrigo começou a falar besteiras no meu ouvido, perguntando se eu não reparava nas bundas das meninas de nossa sala e por aí vai. Decretou que estava com calor e tirou a roupa ficando só de cueca. Aí que o safado começou a se enroscar mais em mim. Ele me pediu pra dar a bundinha pra ele e que não ia contar pra ninguém, que seria o nosso segredinho... É pessoal, eu adoro guardar segredos... Mais uma vez teria um idiota esfregando o pênis na minha bunda?... Tá, eu até que gostava. O cheiro do sexo, a testosterona no ar, o suor entre os corpos e o calor... Nossa, o calor... Eu ficava louquinho, quando Mateus me agarrava e apertava, cheirava o meu pescoço. Fazia-me bem o fazer “relaxar”... Então aconteceu.

Não foi como com o Mateus. Rodrigo era só um garoto, estava eufórico demais, fazia tudo muito rápido e ficava ofegando sem parar no meu ouvido. Foi legal, mas se pudesse não repetiria. No outro dia na escola, Rodrigo estava diferente. Um sorriso estranho no rosto, ar de superioridade, começou a vir com piadinhas sem graça, e até a ameaçar contar para os outros o que tínhamos feito. Me amaldiçoei profundamente por ter cedido e acabado com nossa amizade. Mas continuei resistindo as provocações dele. Não deu outra e o que eu mais temia aconteceu. Rodrigo contou para um amigo o que tinha feito comigo e o garoto, Felipe, quis experimentar também... Agora os dois me tinham na mão e me subornavam sempre para que brincasse com eles...

Felipe até que era bonitinho, era mais velho que nós dois e não duvido nada que tenha sido com ele que Rodrigo aprendeu. Estudava em nossa mesma escola e tinha olhos verdes lindos... Algo que eu sempre admirei... Era alto, o corpo todo no lugar, e tudo isso tinha dona, que ao que parece não estava dando conta do recado. E ele era sim lindo, qualquer bichinha o desejaria, mas eu o achava arrogante e prepotente demais, então nada de olhinhos com estrelinhas.

Alguns de vocês podem até acharem a situação excitante, e tá até que era um pouco, mas não me saia da cabeça que os dois poderiam sair contando para os amigos e esses amigos para outros amigos e assim por diante até que a situação fugisse ao meu controle. Então arranjei logo uma saída. Aguentei os dois até o final do ano, rezando para que não trouxessem mais amiguinhos para a brincadeira e no final do ano letivo, infernizei aos meus pais para me trocarem de escola. No momento era a única saída que eu via. E assim foi. Perdi todo o contato com Rodrigo, que até hoje morde os lábios quando me vê passando e o Felipe... Ah, esse ainda tentou mexer comigo, mas o ameacei de contar para a mamãezinha que ele me forçava a “brincar” com ele. E aí, eu fiquei em paz.

Inicio do novo ano letivo. Nova escola. Novas pessoas. Ninguém me conhecia e, portanto, estava a salvo. Até que na nova escola tinha umas meninas bem legais. Comecei a gostar de uma que se chamava Dalvina. Uma garota meiga, superinteligente e linda, mas de pulso forte. Dalvina era baixinha e acho que isso contou bastante porque eu adoro pessoas de baixa estatura... Também com meus quase 1.90m, eu deveria odiar pessoas altas... Tornei-me carne e unha com ela, assim como era com o Rodrigo, mas nunca rolou nada entre a gente.

A vida seguia de vento e popa e até então nunca tinha tido contato com gays, pra falar a verdade, nem sabia o que era um. Nem esperava o que viria a seguir...

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