Capitulo 04 - Prometo
Parte da série Por Você
ANTES
E eu fiquei sozinho no quarto, eu estava tão confuso e tão certo. Eu só queria que ele ficasse mais um pouco, eu queria que o garoto que eu conhecia de longe, ficasse ali. Enquanto eu estava perdida aos meus pensamentos, alguém abriu a porta do quarto, foquei meus olhos no desconhecido.
Era Math.
Com um doce sorriso no rosto e sem nenhum rastro de noite mal dormida ou qualquer preocupação o que me desapontava um pouco.
– Tudo bem com você Damon?
– Sim. Se não fosse o Lucas... – dei um breve sorriso.
– Lucas? – Math me olhou desconfiado.
– É ele estuda lá no colégio na sala 04.
– E o que vocês faziam tão longe da cidade, no lago?
– Conversando.
– Só isso? – disse ele com um olhar desconfiado.
Ele estava com ciúmes?
– Sim. Só isso Math.
Em outra época eu teria ficado feliz em ver Math com ciúmes de mim, mas pra mim isso não fazia diferença alguma agora, o resto da nossa conversa foi vaga e eu não prestava atenção nele, meus pensamentos estavam em meu amigo que havia até o momento tirado Math do seu pedestal.
Meus pensamentos estavam incondicionalmente, irrevogavelmente em Lucas.
No final da tarde pude voltar para casa, Jhon me dava muita atenção e Math ia me ver a cada meia hora, mas só havia uma pessoa que eu ansiava em ver, somente uma...
AGORA
Eu estava no meu quarto revendo algumas fotos do fundamental e lá estava ele, em todas as fotos.
– Damon – Lucas bateu na porta de madeira duas vezes.
Ao reconhecer sua voz, me levantei e corri até ele o abraçando como se ele fosse à única coisa importante.
– Seu pai ligou pra minha mãe. – Ele falava em meio a um sorriso – vejo que você está muito bem.
– Graças a você – o olhei comum sorriso. – Eu preciso te perguntar uma coisa.
– Pergunte.
– Como você foi para o lago?
– Bem – ele deu um breve sorriso – Bem eu não sei como explicar ao certo, parece ate doideira, mas eu só estava em casa pensando em... E me veio à mente o lago e logo em seguida senti meu coração se apertar... Fiquei desesperado quando vi você boiando na água – seus olhos ficaram tristes.
– Me perdoa? – abaixei a cabeça.
– Não tenho o que perdoar – ele riu – O que importa é que você está bem, infelizmente eu tenho que ir.
– Mas já? – falei em protesto – Te vejo amanhã no colégio?
– Não. Eu vou viajar e não sei ao certo quando vou voltar.
Fiquei perdida e desolada quando ele disse que viajaria, ele me olhou e deu um breve sorriso.
– Eu vou voltar logo.
– Promete.
– Prometo. – ele beijou minha testa e me abraçou forte.
Eu desejava que fosse eterno e que ele não deixasse os meus braços e sem dizer mais nada ele saiu dos meus braços e se foi. Por mais que eu achasse tudo um grande absurdo eu não poderia negar duas coisas: Lucas gostava de mim e eu o retribuía, por enquanto não precisávamos de palavras somente existir um para o outro.