Capitulo 07 [Especial] - O Estacionamento
Parte da série De Repente Amor
Mais uma vez dedico esse capitulo ao Leito Português, por tamanho incentivo em me fazer continuar escrevendo este romance... ^^
ANTES
Sentei-me do seu lado e segurei sua mão, ele olhou e apertou a minha.
- O que houve?
- Não foi nada.
- É claro que foi, você esta todo roxo e estava no meio da rua e em estado de choque.
- Não foi nada.
- Não confia em mim? – olhei.
-Confio.
- Então por que não me diz o que houve?
- Por que se importa com isso?
- Porque talvez nos dois saibamos o porquê... – olhei para baixo. – Então não vai me dizer o que houve?
- Meu pai me espancou e me expulsou de casa.
- Mas por quê?
- Nos dois sabemos o por que.
- Não se preocupe eu estou aqui.
O abracei e fique ali por alguns minutos.
DEPOIS
Narração: Adam
Alguns dias antes...
As aulas não eram mais tão entediantes como eram a algum tempo atrás. Eu me sentia livre e leve quando conversava com Rafael eu não precisava fingir estar bem por que estar com ele me fazia bem.
Passávamos muito tempo um junto do outro, e por mais que eu não quisesse acreditar eu estava gostando de tudo o que fazíamos ao que parecia ele era a única exceção do meio esnobe em que fora criado.
Eu não precisava passar horas estudando como fazia ele para aprender o conteúdo, eu era um dos melhores alunos do Sigma e era motivo de orgulho escolar e familiar, mas nem tudo em minha vida poderia ser flores...
Talvez fosse de mais pedir pra ser “normal” e por mais que eu aceite eu tenho raiva de não poder ser como os outros... Isso não é bom eu sei, mas o que posso fazer com esses sentimentos?
O ultimo sinal soara.
Como todos os dias desde que ficamos amigos eu esperava por Rafael no estacionamento do colégio. Eu me pegava preso a pensamentos e a sentimentos que eu não poderia ter... Ainda mais com um amigo, eu não queria perde-lo.
Eu descia as escadas como de costume e esperei por Rafael no estacionamento ao lado do carro dele me encostando nele, foi quando Lucas se aproximou de mim que nem cheguei a perceber sua presença ali, como se ele já me esperasse.
- Adam, o que você faz aqui?
- Esperando um amigo.
- Como você pode mentir na minha cara? Você esta esperando o Rafael não é?
- Lucas não to afim de discutir com você. – me virei para o outro lado.
Ele segurou meu braço com força e ficou na minha frente.
- Não faça isso pra mim de novo.
- Como é!?
- Pensa que eu não sei que vocês tão se pegando! – ele gritou.
- Que!? Isso nunca aconteceu... Não pense bobagens.
Foi então que percebi que Rafael havia acabado de chegar e estava parado com os olhos semi-serrados nos olhando. Ele tirou os fones de ouvido e se aproximei rapidamente.
- O que você quer que eu pense? Eu não gosto que ande com ele.
- Não me enche Lucas estou cansado disso.
- Eu ouvi direito?
- Ouviu sim.
Rafael com um único movimento me lançou ao chão com um soco. Rafael deixou a mochila cair no chão, ele correu ate nós e começou a socar Lucas que revidou e o derrubou no chão também, mas quando ele se levantou começou a esmurrá-lo. Levantei-me o mais rápido que pude e me coloquei entre os dois e gritei:
- Parem os dois!
Rafael me olhou e recuou, mas Lucas parecia mais furioso do que já estava e me jogou no chão.
Rafael fez um movimento de cabeça em reprovação ao que ele havia feito comigo e quando ele se virou Rafael começou a socá-lo, ele estava com muita raiva.
- Rafael... Pare por favor... – eu disse.
Os socos diminuíram e aos poucos ele o soltou.
O rosto de Lucas estava ensangüentado e ele havia quebrado o nariz dele. Rafael se sentou ali mesmo e suspirou enquanto olhava para Lucas, ele se levantou devagar olhou para ele e disse:
- Nunca mais toque um dedo nele, por que na próxima eu vou deixar pior do que isso.
Ele veio ate mim e perguntou:
- Esta tudo bem?
- Esta. Não foi nada.
- Então vamos, vou te levar para casa.
Ele colocou seu braço sobre meu ombro e caminhamos ate o carro.
- Acabou Lucas. – sussurrei.