Capitulo 06 - Eu estou aqui

Parte da série De Repente Amor

DEDICATORIA

Este capitulo é dedicado ao "O seu leitor português" xD

ANTES

Adam "foi jogado ao chão"¹, por impulso soquei ele e levei uma de direita e fui parar no chão quando me levantei e estava pronto pra esmurrá-lo Adam entrou no meio de nos dois e gritou:

- Parem os dois!

Eu olhei para ele e recuei, João Paulo parecia mais furioso do que já estava ele pegou Adam pela camisa e o jogou longe. Essa foi à gota d’água pra mim. No momento em que ele se virou comecei a socá-lo, eu estava com muita raiva por ele ter feito aquilo com ele.

- Lucas... Pare por favor... – ele disse.

Aos poucos a raiva foi se esvaindo e eu o soltei. Seu rosto estava ensangüentado e eu havia quebrado o nariz dele. Sentei-me ali mesmo e suspirei enquanto olhava para ele, me levantei devagar – eu havia gasto minha energia com a surra – olhei para ele e disse:

- Nunca mais toque um dedo nele, por que na próxima eu vou deixar pior do que isso.

Fui ate onde Adam estava.

- Esta tudo bem?

- Esta. Não foi nada.

- Então vamos, vou te levar para casa.

Coloquei meu braço sobre seu ombro e caminhamos ate meu carro.

- Acabou João Paulo.

Foi a ultima coisa que ele disse naquele dia.

AGORA

A neve cobria quase toda a cidade, as aulas haviam sido suspensas e eu passara os últimos dias preso em meu quarto tentando me concentrar em algo. Eu tive bons resultados na resolução do dever de química, havia adiantado alguns trabalhos e só me faltava resolver o dever de matemática do Sr. Tanner.

As aulas voltaram e eu ainda não o tinha visto em todos esses dias. Eu queria saber como ele estava e se precisava de alguma coisa. As primeiras aulas passaram com a habitual rapidez o horário do almoço havia chegado e eu ainda não havia visto ele, as aulas da tarde também se passaram e eu começara a ficar preocupado com ele. Quando finalmente o ultimo horário soou eu me levantei e desci as escadas junto com o amontoado de alunos que conversava ou brincava.

O estacionamento estava vazio, me dirigi ate o meu carro e joguei a minha mochila dentro do carro, entrei e o liguei. Sai do estacionamento e me dirigi à estrada que dava acesso a minha casa, mas antes que eu entrasse no acesso me lembrei que precisava de alguns CDs virgens para grava algumas musicas, dei meia volta com o carro e fui para o X-Mart uma das maiores lojas dessa cidade. Estacionei o carro peguei a carteira e desci do carro foi quando eu o vi.

Ele parecia estar perdido, seu rosto estava inchado e um dos olhos estava roxo. Ele vestia uma camisa regata e uma bermuda jeans e usava chinelo. Aproximei-me dele, ele me olhou e pareceu não me reconhecer por nenhum momento. Ele parecia estar em estado de choque.

- Adam? Você esta bem?

Não houve resposta. Segurei os ombros dele para que ele me olha-se. Ele estava congelando e seus olhos começavam a se fechar.

- Droga!

Peguei-o nos braços e o levei ate o carro, o acomodei no banco de trás, entrei no carro e acelerei ate chegar ao hospital de Marie Clarice. Desci do carro às pressas e o tirei do carro entrei e gritei por socorro. Uma enfermeira se aproximou e gritou por um medico, enquanto um enfermeiro trazia uma maca. Eu o coloquei em cima dela e eles o levaram.

Minha mãe havia ligado, ela estava preocupada por eu não ter ainda chegado em casa. Expliquei da forma mais simples possível para ela o que havia acontecido e enquanto eu dizia que não sairia daqui sem saber de noticias dele, eu ouvi o som do motor do carro. Ela já estava a caminho.

O tempo parecia não passar na sala de espera. O cheiro de detergente me incomodava enquanto eu via o ir e vir de médicos, enfermeiras e enfermeiros. Pareci que eu estava lá a uma eternidade e não havia nenhuma noticia dele. Minha mãe preencheu toda a papelada de internação. Quando o medico – um senhor de idade de mais ou menos 65 anos, ele usava óculos e carregava uma prancheta em suas mãos além do jaleco branco – finalmente se aproximou para me dar alguma noticia, ele olhou para mim e depois para minha mãe.

- Será que posso falar em particular com a Senhora?

- Claro – ela me olhou como se me disse-se pra mim não me preocupar.

- Ele esta bem? Posso vê-lo?

- Sim – respondeu ele – Pode ir lá velo.

Ele caminhou junto com a minha mãe ate uma distancia segura de mim enquanto eu me dirigia para o quarto dele. Quando entrei, ele estava sem camisa e seu corpo estava cheio de hematomas, sua pele parecia ter ganhado um pouco, mas de vida, mas ele ainda parecia mal, ele me olhou com dor.

- Esta tudo bem?

- Ainda estou vivo... – ele tentou ser sarcástico e rir, mas a dor impediu de esboçar qualquer sorriso. – Isso dói. – complementou.

Sentei-me do seu lado e segurei sua mão, ele olhou e apertou a minha.

- O que houve?

- Não foi nada.

- É claro que foi, você esta todo roxo e estava no meio da rua e em estado de choque.

- Não foi nada.

- Não confia em mim? – olhei.

-Confio.

- Então por que não me diz o que houve?

- Por que se importa com isso?

- Porque talvez nos dois saibamos o porquê... – olhei para baixo. – Então não vai me dizer o que houve?

- Meu pai me espancou e me expulsou de casa.

- Mas por quê?

- Nos dois sabemos o por que.

- Não se preocupe eu estou aqui.

O abracei e fique ali por alguns minutos.

Comentários

Há 1 comentários.

Por em 2013-05-27 16:35:15
Esqueci-me de agradecer por me ter dedicado este capitulo e era imperdoável se eu não lhe agradecesse. o capitulo foi muito bom, adorei-o. Muito obrigado por mo ter dedicado mas eu é que agradeço por escrever este conto que estou adorando. :D . ass: o seu leitor português