Capitulo 03 - Estranho

Parte da série De Repente Amor

ANTES

O sinal soou.

O segundo horário iria começar em alguns minutos. Adam se levanta, coloca sua mão no meu ombro, eu o olhei e ele me deu um sorriso para mim.

- Não vou mais julgar um livro pela capa.

Ele se virou e saio da biblioteca. Havia algo de diferente como se o vazio que eu sentia tivesse sumido enquanto eu conversava com Adam.

Era estranho. Do tipo muito estranho mesmo.

Eu havia pensado em muitas coisas menos em arranjar um novo amigo, ate li tudo parecia estar em seu lugar e eu estava ate feliz e nesse momento me toquei que estava atrasado novamente para a aula. Apesar do meu pequeno atraso a Sra. McFly permitiu a minha entrada e tanto a aula dela como a dos outros professores passaram rapidamente.

O relógio marcava meio dia e a cantina estava lotada, eu sempre me sentava na mesa dos atletas mas eu não queria me sentar lá, queria achar a mesa e que Adam estava ele é uma boa companhia, mas por mais que eu vasculhasse o refeitório eu não o via e nem mesmo o João Paulo cujo olhar me perturbava, como se eu fosse uma ameaça ou algo do tipo. O almoço passou e as aulas da tarde também se foram e o vazio voltara, não havia, mas nada a fazer se não voltar para casa.

AGORA

O sol iluminava o estacionamento do Sigma Hight, o Sr. Gordon havia planejado uma aula de campo para as suas turmas, dois ônibus iriam sair em três minutos. Eu havia chegado um pouco mais cedo e estava sentado em minha moto com os fones de ouvidos quando avistei Lisa – que para o meu azar havia chegado cedo – com um sorriso vindo em minha direção.

- Oi Lucas. – ela disse enquanto eu tirava os fones dos ouvidos.

- Ola Lisa – dei um breve sorriso e desviei minha atenção para os alunos que aos poucos chegavam.

- Que sorte termos o mesmo professor de biologia.

- É... – dei de ombros.

- Você poderia ao menos falar comigo direito. – ela retrucou.

- É? – olhei para ela.

- Eu sou Lisa Simpson e não admito que me trate dessa forma, sou sua namorada.

Dou uma risada.

- Era.

- Ainda sou sua namorada não posso sair desde que você pirou, já imaginou o que os outros vão falar se me virem ser você? – ela falou ultrajada.

Olhei para ela incrédula.

- É isso o que eu sou para você? Um acessório? Algo que você pode usar ate bem entender e quando não quiser mais jogar fora?

- Eu não quis dizer isso.

- Disse sim. Quer saber de uma coisa Lisa Simpson eu não sou seu namorado e não vou voltar a ser. Nem sei por que namorei você. Alias quer que eu te diga a verdade? Eu NUNCA gostei de você e vê se mantêm distancia de mim, não sou brinquedo seu e nem de ninguém.

Levantei-me da moto e me direcionei para o ônibus deixando ela para trás, o estacionamento já estava cheio de alunos e o Sr. Gordon havia chegado, ele estava com a prancheta com o nome dos alunos enquanto gritava:

- Vamos gente! Verde é bom...

Quando entrei no ônibus avistei Adam com um livro nas mãos entretido com a leitura nos últimos bancos, me sentei ao seu lado.

- Oi. – disse em meio a um sorriso.

- Ei – disse ele surpreso – Como vai capitão do time de basquete?

- Levando e você?

- Também...

- Mesmo pensei que você tivesse tudo... – disse em meio a um sorriso repetindo quase as mesmas palavras que ele havia me dito no dia anterior.

Ele riu.

- Pois é, veja você nem tudo é o que parece.

- Posso saber do que se trata?

- Questão amorosa.

- Esta namorando?

- Oficialmente... Sim, mas não sei que quero manter isso por mais tempo, estou sobre pressão constantemente.

- Hum... E o João Paulo não veio?

Ele voltou-se para o livro, ficou em silencio por alguns instantes e me respondeu depois de um longo suspiro.

- Não faço idéia.

O ambiente meio que ficou tenso então mudei de assunto.

- Vai assistir aos jogos de basquete dessa temporada?

Ele riu novamente.

- Não sou fã de esportes.

Era incrível como eu ria com ele, era estranho, mas eu gostava de falar com ele era como se os meus problemas não fossem nada e eu podia ate rir deles, quando dei por mim o ônibus havia parado e ele estava rindo da ultima coisa que eu havia falado. Era esquisito ver como estar com ele me fazia ser eu novamente como se meu pai não houvesse morrido e como se minha vida fosse completa.

Era difícil entender esses sentimentos estranhos que eu nunca havia sentido por ninguém, eu estava feliz e não queria perder tal felicidade. Ele sim é um amigo de verdade e eu podia ver que ele também gostava de passar um tempo comigo, este era o começo de uma bela amizade.

Comentários

Há 1 comentários.

Por em 2013-05-24 04:56:11
Muito bom..amei...linda historia.