Capítulo 4 - Prazer

Parte da série Pré Astecas

A noite já havia caído. Aproveitando o sono de todos, o líder caminha até a porta da cela. Até o dia anterior, a sua presença ali teria feito o prisioneiro correr e esmurrar a porta, cuspindo seus insultos. Mas agora, podia ver por um buraco na porta, que ele estava deitado de bruços em seu monte de palha.

Iluminado pela lua, era uma visão sensual, o contorno de ombros largos, costas bem trabalhadas e uma bunda carnuda e arredondada. Ele parecia adormecido, mas o líder sabia que ele não estava. A droga dificultava o sono. Ele abriu a porta e entrou na cela.

- Q...quem está aí? - o guerreiro virou-se, olhando indeciso. - Sou o deus de seus captores. - o líder respondeu, com a voz firme, se deliciando com o prazer de ter extinguido o vigor dos olhos de sua vítima, certo de que neste estado, ele não seria capaz de resistir às suas mentiras.

- O que faz aqui? - perguntou novamente, tentando sentar-se, enquanto via aquele homem nu se aproximar. Seria mesmo um deus? Não parecia ter lógica o perverso líder que o aprisionava aparecer pelado ali. Confuso, mas desconfiado, ele tentou recuar um pouco.

- Vim prepará-lo para viver comigo. Você está morrendo e sua alma me pertence. - o líder apontou ameaçadoramente para o pobre prisioneiro, que se levantou, e recuou até o canto da cela:

- NÃO!!! Eu ainda estou vivo!!! - procurou se apoiar na parede de pedra, arfando. Seu medo crescia conforme o líder se aproximava com o olhar fixo e um perverso sorriso, apenas dizendo: - Você me pertence...

De repente, a alma de guerreiro parece ter retornado ao prisioneiro! Gritando, ele se lançou sobre o líder. Este teve que reconhecer que mesmo drogado, ele era muito forte. Eles se chocaram contra a parede ao lado da porta, o líder se defendendo e tentando imobilizar o corpo de seu atacante abraçando-o, até que o guerreiro atingiu seu rosto com a testa, de modo que ele o empurrou.

O líder sorriu. O contato físico com aquele corpo volumoso e firme era extremamente prazeiroso. E a excitação crescia, pois ele sabia que se a droga não era muito eficiente ao diminuir a força da vítima, acabava com a resistência, de modo que o final da luta era facilmente previsível! - Não resista... você já foi derrotado. Você me pertence!!! - e gargalhou, certo do final que o favorecia.

- NÃÃOOO!!! Afaste-se!!! - o guerreiro respondeu, atracando-se desesperadamente ao forte líder, sem perceber que em seu enfraquecido estado mental estava acreditando na mentira que lhe era contada, e deixando o medo resultante o enfraquecer ainda mais, levando-o a um ciclo que só poderia terminar com sua derrota.

E aproveitando ao máximo, o líder procurava explorar aquele belo corpo à sua disposição, mordiscando-lhe a carne do pescoço, agarrando o másculo torso, e deixando sua mão apertar-lhe a firme bunda... O guerreiro o esmurrava, rechaçando-o. Mas era em vão, pois sem sua mente para guiá-lo, só restava ao prisioneiro seu físico, que também se encontrava enfraquecido.

O líder atacou-o, e em poucos instantes, terminava dando uma chave de braço no pescoço dele. Sentia as mãos e unhas do rapaz tentando fazê-lo soltar, e percebeu que a luta estava terminando. Cochichou no ouvido dele: - Sim, você é meu!... E vou lhe mostrar o que vamos fazer por toda eterninade!

Ele deixou a mão percorrer pelo abdômen segmentado e arfante, até alcançar o sexo dele, e começou a manipular o macio pedaço de carne, enquanto ele protestava: - NÃO!!! Pervertido!!! E num forte impulso se soltou e correu, até a parede. Quando se virou para o falso deus, tinha uma expressão de espanto. O líder sorriu, pois via que sua vítima olhava diretamente para sua plena ereção.

Aproveitando o choque de sua vítima, ele lançou-se sobre ele, prensando-o contra a parede. Esfregando-se em todo seu corpo, tentava beijar aqueles lábios que ainda buscavam alguma fuga, até que conseguiu extrair algum sabor daquele delicioso homem.

- NÃO!!! - o prisioneiro deu lhe uma cabeçada, mas a dor apenas serviu para aumentar a selvageria do líder, já enlouquecido de luxúria, que começou a espancá-lo. Indefeso e exausto, o guerreiro só conseguiu se encolher na tentativa débil de se proteger.

Arfando, o líder puxou-o pelas pernas, o olhar fixo no centro das nádegas de sua vítima. Sem uma palavra, dirigiu agilmente seu pênis ereto e latejante para lá, seus olhos fixos percorrendo-lhe as másculas costas em direção à nuca dele, e cada vez mais próximo do morno e desejado alvo...

- AAii!!! Ahhhh!!! - o guerreiro gemeu, pressionado contra o frio chão da cela, e procurou suportar calado a invasão em seu corpo, enquanto mais uma vez tentava rolar e fugir. Para imobilizá-lo, o líder perdeu seu apoio, penetrando por completo em sua vítima. Ainda preocupado com a reação do derrotado guerreiro, levou alguns instantes antes que pudesse se entregar à sensação maravilhosa de possuir um homem.

Começou a mover lentamente seus quadris num curto movimento, pois ainda sentia tensão em sua vítima, e a fricção em seu membro viril produziu um intenso e viciante prazer. Logo, ele repetiu aquele vai e vem, ainda devagar, saboreando aquela conquista.

Ele não percebeu, mas também devagar sua vítima perdia seus últimos resquícios de resistência, assim como seu ritmo e intensidade na cópula foram aumentando. Ele estava surdo ao som insistente dos seus quadris contra a retaguarda aberta do pobre guerreiro, e indiferente aos seus próprios gemidos de prazer, que começaram a ressoar cada vez mais firmes e definidos.

- Ahh... Ahh... Ahhh...

Apenas o deleite de desfrutar aquele proibido prazer importava. O calor morno, o cheiro de suor de outro homem, a carne ex-virgem envolvendo a sua naquele abraço enebriante e roubado, que agora deixava de ser parte de seus delírios para se tornar realidade.

- Ahh!!! Ahh!!! Ahh!!!

E de repente, independente de sua vontade, seu corpo se contraiu em expasmos, o prazer inundando-o por completo, e rapidamente se extinguindo, como uma pequena centelha.

- AHHHHH!!! AHHHH!!! Ahhh!!! Ahhh...

Ele repousou sobre sua inconsciente vítima, e rapidamente sentiu a cortina daquele prazer desaparecer. Tornou-se consciente de sua pesada respiração, seu corpo suado, o frio das pedras do chão, e o profundo silêncio da noite.

Como se sentisse gratidão, ergueu o coitado guerreiro e o colocou no leito de palha. Ele estava adormecido e com lágrimas no rosto. Notou que a semente recém-lançada escorria de suas entranhas, um último ato de rejeição pela violência daquela noite. Mal sabia ele o que o aguardava no próximo dia.

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Há 1 comentários.

Por em 2013-05-21 05:01:08
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