Capítulo 9 - Domingo de Carnaval II

Conto de thsereno como (Seguir)

Parte da série Aquela História Escondida

Fagner, obrigado pelos comentários e por acompanhar <3

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No capítulo anterior...

- Ah, agora vai jogar na minha cara? Então era isso que queria dizer?

- Não exatamente.

- Então o que queria dizer?

- O que você espera que eu diga?

- Nada mais. Acredito que já tá bem na cara, não é?

Silêncio.

- O que a gente faz agora?

- Me desculpe, mas eu sou muito idio...

Nesse momento, em que estava de frente para ele, meu pai entrou na cozinha.

***

- Então, vou pegar essa costela aqui...

- Tá, então eu lavo os pratos.

Meu pai entrou em silêncio pela cozinha e assim permaneceu, enquanto não pude esconder a cara de quem tinha visto um fantasma. Continuei tentando limpar minha camisa, num ato fracassado, e resolvi lavar os pratos para aliviar a tensão.

Até que funcionou.

Voltei para a sala e sentei perto dele novamente. Passou por minha cabeça chama-lo para dormir na minha casa, visto que ele iria voltar para o Paraná nesta madrugada, e eu morava perto do Aeroporto. Então, seria um ato gentil e bom para todos os lados.

- Então, tia, vocês irão para Camaçari agora?

- Não, passaremos em casa e de lá levaremos os meninos no Aeroporto (aaaah...).

- Olha, ainda vai ter despedida!

- Daniel!!! Antes de você ir, o terraço do prédio tem uma vista maravilhosa que dá para ver a Igreja do Bonfim – se apresentou a anfitriã do prédio.

- Sério? Como faz pra ver?

- Ah, minha tia, esse terraço do camarote você não me mostrou também não, hein – falei num tom enciumado.

Dirigi-me à janela da sala, para observar os trios com outra colega. Em questão de minutos, só podia sentir o Daniel me puxando.

- Ele vai comigo também! Vamos, Neto. Tia, você me espera uns 10 minutos?

- Espero sim.

E sem poder contestar, segui atrás dele para a porta. Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, mas dessa vez teria que obedecer.

Aquele silêncio de outro momento nos invadiu novamente. Estávamos sós, definitivamente e, dessa vez, sabíamos o que fazer. Andei em sua direção, olhando os seus olhos e enfim o beijei.

Um beijo firme, apaixonado e profundo. Só conseguia sentir uma coisa: felicidade. Puxei-o para subir as escadas. Nada de elevador dessa vez. As escadas se tornaram cada vez menores, enquanto subíamos. Só aquele belo rosto me encarando e beijando me interessava.

Subimos até o último andar e acendendo os degraus conforme a subida. Talvez até as lâmpadas pudessem sentir todo o calor presente em nós.

Chegamos ao 14º andar e eu não conseguia parar de beijar aquela boca e de olhar naqueles olhos castanhos.

- Por que você tá fazendo isso comigo?

- Você acha que eu não vou sofrer também?

Tanto tempo para achar alguém decente e aquele homem que estava ali me beijando, me encarando e começando a tirar a minha roupa, não iria ser meu por toda vida... Ou seria? Bem, aquilo não importava agora, ainda mais que já estava sem camisa.

Minhas mãos percorriam todo o seu corpo magro, como se fosse moldado para mim.

- Eu quero você.

- Também te quero, Neto...

E pegando minhas mãos, ele as colocou na sua bunda dizendo:

- ... Dentro de mim.

O que era inevitável, aconteceu. Àquela altura, eu já estava duro e com muito tesão de ter aquele cara só pra mim. Virei ele contra a parede, e comecei a beijar o seu pescoço; depois percorri minha boca por suas costas, até chegar na sua bunda. Lubrifiquei bem a entrada dele e penetrei-o, até sentir seus músculos relaxarem. Depois fui socando naquela bunda, puxando aqueles cabelos finos e soltos nas minhas mãos, ouvindo seus gemidos leves e prazerosos. Gozei naquela bunda mesmo, enquanto eu o fiz gozar enquanto punhetava seu pau durante o ato.

Os 10 minutos prometidos para ir ao terraço, foram na Avenida e não voltaram. Depois de várias chamadas feitas para ambos, resolvemos descer para encontrar o resto do pessoal. Não conseguimos descer pelo elevador, que estava quebrado, e isso implicou em mais alguns lances de escada, e mais beijos, por consequência.

- Vou sentir sua falta.

- Eu também. Mas eu não estarei muito longe, eu estarei sempre com você.

- Como?

- Aqui - disse ele, apontando à minha cabeça.

- Como você pode ter certeza disso?

- Porque eu sei. Basta olhar nos seus olhos, seu bobo.

Foi impossível negar um sorriso. E as lágrimas também. Dei um último abraço pois não saberia quando seria o próximo. Assim nos despedimos e voltamos para baixo.

- E aí, gostaram da vista?

- Maravilhosa, tia!

- Não é? Você tá todo suado, parece que tava numa maratona, e isso aqui vermel...

- Nada não, tia! Tive que descer correndo com o Neto, porque o elevador quebrou. Nada demais...

Assim pude perceber o quanto ele também poderia me fuzilar com os olhos por um instante. Realmente, tinha deixado uma marquinha naquele pescoço branco. "Nem você irá me esquecer tão rápido, Daniel...".

Meu pai já estava uma arara e só faltou sair de lá me batendo.

- Não sei o que ficaram fazendo lá em cima pra demorar tanto.

- O elevador quebrou, pai...

- Viesse antes, então! Vamos embora logo! - e saiu esbravejando.

E assim saímos e nos despedimos com um simples olhar apressado, longínquo e apaixonado.

Fui durante todo o caminho só pensando naquela boca, naquele corpo, naquele sotaque gostoso e em tudo o que fazia. Mas principalmente por aquele olhar que dissera ser meu.

De fato, ele não sairia de mim tão fácil.

(***)

Uma das músicas que representam essa história pra mim - https://www.youtube.com/watch?v=hHZQjZo-a0Q - e Miragem, no meio desse pout-porri - https://www.youtube.com/watch?v=4xfxo9B6kKU.

Espero que tenham gostado :)

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