1.3 - Mistérios se Somam

Conto de Romântico como (Seguir)

Parte da série Por que não?

Depois de voltar do quarto com uma mochila com minhas coisas, Leandro nos orienta a não fazer muito barulho e não chamar atenção de forma alguma. Entramos na caminhonete dele (eu acho), e após ele ligar o motor, começamos a nos deslocar daquele local.

Um clima de silêncio prevalece no interior daquele carro, e percebi que minha mãe ficou bem apreensiva quando começamos a entrar numa estrada de terra, e paramos em um lugar no meio do nada, que tinha apenas uma casa bem pequena e bem rústica. Aquele silêncio incomodante foi quebrado, quando Leandro falou:

-Aqui sua mãe desce Pedro.

-Vamos mãe, acho que chegamos...

-Acho que você não entendeu Pedro- disse Leandro me interrompendo- Só a sua mãe desce, aqui é um dos lugares mais seguros que conheço, e é aqui que sua mãe ficará a salvo de todos os perigos, ao contrário do que vocês pensam, há um refúgio subterrâneo bem grande, e cheio de protetores de outros bandos.

-Eu não estou entendendo nada- fala minha mãe com uma expressão bem confusa.

-Mãe, faz o seguinte, fica! - falo tentando passar segurança para minha mãe- Eu tenho que ir mais o Leandro, pois ele... Ele... Vai nos levar para um lugar, bem mais seguro, onde Juno estará protegida até os traficantes de bebês desistirem dela.

-Juno vai também? – pergunta minha mãe.

-Não se preocupe, é por pouco tempo, e Juno ficará em boas mãos, não é Pedro? – disse Leandro confortando minha mãe.

-É... É sim- falo demonstrando nervosismo em relação a afirmação de Leandro.

-Se é o melhor para meus filhos, eu sou obrigada a aceitar, não é? – diz minha mãe bem angustiada.

-Pode bater na porta, que eles lhes guiarão corretamente. – disse Leandro.

-Tchau Mamãe! – digo deixando algumas lágrimas caírem.

-Tchau filhote e minha princesinha! – diz minha mãe bastante abatida se despedindo de mim e da minha irmã, que por sinal estava cochilando.

-Temos que seguir viagem! Até breve! – disse Leandro

Após continuarmos a seguir viagem, permaneço acenando para minha mãe, até não conseguir vê-la mais.

-Agora já pode me explicar tudo, tim-tim por tim-tim! – disse tentando parecer firme em minhas palavras.

-Tudo bem, deixei sua mãe lá, pois ela será, com todo o respeito, mais um atraso para a viagem, trouxe você, por que... Por que... porque preciso de alguém para cuidar da bebê, eu sou um desastre...

-E a conexão? – indago, e após isso ficamos por alguns instantes em silêncio- Continua.

-Levarei Juno para meu bando, e lá existe uma espécie de base militar, de garotos daminha idade, onde temos um chefe, é simplesmente o lugar mais protegido e escondido que conheço...

-Por que você fala constantemente em bando, chefe do bando...

-Não quero falar sobre isso. – diz Leandro parecendo um pouco constrangido.

-Está bom...

E o silêncio volta a invadir o interior daquela caminhonete, até que Juno começa chorar.

-O que é que ela tem? – fala Leandro nervoso e apreensivo.

-Calma, não é assim também, bebês choram frequentemente, sabia? – digo com um sorriso acolhedor estampado em meu rosto. – Acho que devemos parar um pouco para ela tomar um ar, faz bastante tempo que estamos no carro, andando por esta estrada de terra sem fim, e tem uma floresta linda ao redor da gente.

-Não acho uma boa ideia...

-Ah... pega leve, é só uma paradinha, e é melhor antes que escureça. Não acha? – pergunto na tentativa de transmitir confiança em minhas palavras.

-Dez minutos, no máximo!

-Melhor que nada.

-Para de reclamar, eu ainda estou sendo bonzinho com você – diz ele fazendo-nos rir um do outro, mas essa alegria termina quando trocamos olhares fixos e profundos.

Leandro para o veículo, eu desço mais Juno e logo após ele faz o mesmo. Ao passar alguns minutos tentando acalmá-la ela começa a sorrir para mim e dou um pouco do leite que restava na mamadeira. Ao ver uma macieira atrás de algumas árvores, falo para Leandro:

-Vou pegar algumas maçãs para Juno!

-No carro tem mantimentos!

-Leandro...

-Está certo.

Ao chegar à macieira, admiro um vasto campo de tulipas, que me fizeram ficar distraído em plena admiração, quando me dei conta tinha andado alguns metros com Juno no colo, e quando me dou conta, sinto vultos passarem por trás de mim extremamente rápidos, que me fazem entrar em pleno estado de desespero interior.

-Você achou que iria fugir de nós simplesmente assim com esse cachorro imundo – dizia uma voz atrás de mim, porém quando fui olhar da onde vinha tão temerosa voz, reconheço um dos homens, vampiros quer dizer, que vieram para minha casa ontem.

-O que você quer?

-Só a garotinha, me entregue e não tocarei em você!

-Eu sei que é mentira, nos deixe em paz!

-Olhe bem, pois eu estou com muita fome hoje, um garotinho tão suculento que nem você não escapa!

-Leandro, SOCORRO! – grito desesperado esperando que Leandro me salvasse.

Antes de pedir socorro outra vez, o vampiro chega por trás de mim, e me prende com seus braços, me deixando sem escapatória, e quando ele se prepara para drenar meu sangue, acontece a coisa mais estranha, chega um enorme lobo da direção onde está a caminhonete, e com seus enormes dentes, tira aquela criatura de cima mim, jogando-a bem longe. O grande lobo vem para meu lado e no olhar dele vejo Leandro, como se estivesse aflito, isso foi muito estranho. Mas depois de poucos instantes, para o meu desespero, aparecem mais vampiros, em torno de uns dez, fazendo um círculo ao redor de nós, incluindo o primeiro vampiro que me atacou.

O lobo começa a rosnar e uivar, quando os primeiros vampiros atacam, o lobo ferozmente pega cada um pelos dentes e os jogam longe, na tentativa de proteger eu e minha irmã, só que em questão de instantes, um deles me agarra e me leva para alguns metros de distância do conflito maior, me pegando pelos braços e agarrando meu pescoço, isso tudo ocorria mas permanecia com Juno nos braços.

Após me ver naquela situação o lobo tenta vir me proteger, mas os outros o seguraram e atacavam, com o intuito de mantê-lo ocupado, vendo aquela situação desesperadora, sinto um enorme desconforto no meu corpo, meus olhos começam a brilhar intensamente, até que algo extraordinário acontece, ondas eletromagnéticas começam a sair do meu corpo, se expandindo rapidamente, expelindo o vampiro, para cerca de quilômetros de distância, com isso começo a sentir uma tontura, e os outros vampiros extremamente espantados com o que viram, fogem em questão de segundos.

O lobo começa a se transformar em um homem, e após alguns segundos, descobri que era o Leandro, ele começa a se aproximar, e imediatamente pergunto:

-O QUE FOI ISSO?

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É isso pessoal... Esse foi nosso terceiro capítulo, super eletrizante, não acharam? Que reação surpreendente foi essa de Pedro? O que exatamente Leandro é? Muitos mistérios ainda precisam ser descobertos, principalmente a partir de agora. Cada vez mais vemos o clima de romance e ternura que surge entre nosso protagonista e nosso herói.

Por favor, deixem seu comentário, principalmente vocês escritores que sabem a importância desse retorno, e uma crítica sempre será bem-vinda. Comentem bastante, e já sabem, mais comentários, mais depressa sai o próximo capítulo.

Tchau e até logo! :)

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