Will & Will um nome, um destino! Capitulo um.

Conto de will taiso como (Seguir)

Parte da série Will & Will um nome um destino.

*Will & Will um nome um destino.

(Narrado por will 1)

Quando eu era pequeno, meu pai costumava me dizer: "Will, você pode escolher a dedo seus amigos e pode meter o dedo no próprio nariz, mas não pode meter o dedo no nariz do seu amigo." Essa observação me pareceu perspicaz aos 8 anos, mas acabou se mostrando incorreta em alguns aspectos. Pra começar, não é possível escolher a dedo os amigos, ou eu nunca teria acabado com Tiny Cooper.

Tiny Cooper não é a pessoa mais gay do mundo, tão pouco é a maior pessoa do mundo, mas acredito que ele possa ser a maior pessoa do mundo que é muito, muito gay, e também a pessoa mais gay do mundo que é muito, muito grande. Tiny é meu melhor amigo desde o quinto ano do ensino fundamental, exceto pelo último semestre, quando ele ficou ocupado descobrindo todo o alcance de sua gayzice, e eu fiquei ocupado com um grupo de amigos de verdade pela primeira vez na vida, grupo esse que acabou se tornando um grupo de nunca mais fale comigo por causa de duas leves transgressões:

1. Depois que um membro do conselho escolar ficou todo irritado com a presença de gays no vestiário, defendi o direito de Tiny Cooper de tanto ser gigante( e, portanto, o melhor da linha ofensiva da bosta do nosso time de futebol americano) quando gay em uma carta pro jornal da escola, a qual eu, estupidamente, assinei.

2. Esse cara do grupo de amigos, chamado Clint, estava falando sobre a carta na hora do almoço e, ao falar dela, me chamou de baitola, e eu não sabia o que era um baitola então perguntei, "como assim?" E ele então me chamou de baitola de novo e, eu mandei ele se foder, peguei minha bandeja e sai da mesa.

O que acho que significa que tecnicamente fui eu quem deixou o grupo de amigos, embora parecesse o contrário. Sinceramente, nenhum deles jamais pareceu gosta de mim, mas eles estavam por perto, o que já é alguma coisa. E agora não estão mais, deixando-me totalmente desprovido de companha social.

E/porém/ portanto, algumas semanas depois de voltarmos das férias de Natal no terceiro ano, estou sentado em meu lugar marcado na aula de pré-cálculo quando Tiny entra em seu passo de valsa, vestido com a camisa do time enfiada para dentro da calça cáqui, embora a temporada de futebol já tenha acabado há muito tempo. Todos os dias, Tiny consegue, milagrosamente, se fazer caber na carteira ao lado da minha na sala de pré-cálculo e, todos os dias, fico espantado que ele consiga fazer isso.

Então, Tiny se espreme na cadeira, fico devidamente espantado, e ele se vira para mim e sussurra bem alto porque secretamente quer que as outras pessoas escutem:"Estou apaixonado" Reviro os olhos, porque ele se apaixona de hora em hora por algum pobre garoto. Todos eles parecem iguais: Magricelas, suarentos e bronzeados, sendo esse último aspecto uma abominação, porque todos os bronzeados de Chicago em fevereiro são falsos, e garoto que se bronzeiam artificialmente- não estou nem ai se são gays ou não-são ridículos.

-Você é tão cínico-diz Tiny, agitando a mão na minha direção.

-Você é um robô-continuar ele. Tiny acha que sou incapaz do que os humanos chamam de emoção porque não choro desde meu aniversário de 7 anos, quando vi o filme Todos os cães merecem o céu. Suponho que eu devesse saber pelo titulo que o final não seria feliz, mas, em minha defesa, eu tinha 7 anos. De qualquer forma, desde então, não chorei nunca mais. Eu não entendo muito bem qual é o sentido de chorar. Além disso, acho que chorar é quase-assim, exceto em caso de morte de parentes ou coisa parecida-totalmente evitável, se você seguir duas regras muito simples: 1. Não se importar muito com nada. 2. Calar a boca. Todas as coisas ruins que já me aconteceram derivaram do não cumprimento de uma dessas regras.

-Sei que é amor de verdade porque sinto- diz Tiny.

Aparentemente a aula começou sem que percebêssemos, porque o sr. Applebaum, que ostensivamente nos ensina pré-cálculo, mas que principalmente me ensina que a dor e o sofrimento devem ser suportados estoicamente, pergunta:

-Sente o qué, Tiny?

-Amor!-respondeu Tiny.- Eu sinto o amor.

E todos se viram e riem ou resmungam diante da resposta de Tiny, e como estou sentado ao lado dele, que é meu melhor e único amigo, estão rindo e resmungando para mim também, e essa é precisamente a razão por que eu não escolheria Tiny Cooper como meu amigo. Ele chama atenção demais. Além disso, tem uma incapacitada patológica de seguir minhas duas regras. E assim ele anda por ai com passo de valsa, dando importância demais às coisas e falando sem parar, e então ficando desorientado quando o mundo caga na cabeça dele. E, naturalmente, por causa da mera proximidade, isso significa que o mundo caga na minha cabeça também.

Depois da aula estou olhando meu armário e me perguntando como consegui deixar A letra escarlate em casa, quando Tiny se aproxima com seus amigos da aliança Gay-hétero, Gary(que é gay) e jane(que pode ou não ser-nunca perguntei), e me diz:

-Parece que todo mundo está pensando que me declarei para você em pre-cálculo. Eu, apaixonado por Will Grayson. Não é a maior idiotice que você já ouviu?

-Maravilha-digo.

-As pessoas são tão idiotas-afirma Tiny.-Como se houvesse alguma coisa errada em estar apaixonado.

Então Gary solta um resmungo. Se a gente pudesse escolher os amigos, eu consideraria Gary. Tiny se tornou próximo de Gary, Jane e do namorando de Gary, Nick, quando se afiliou á AGH durante meu período como membro do grupo de amigos. Eu mal conheço Gary, já que só voltei a andar com Tiny há duas semanas mais ou menos, mas ele parece a pessoa mais normal com quem Tiny já fez amizade.

-Tem uma diferença-observa Gary-, entre estar apaixonado e anunciar isso no meio da aula de pré-cálculo.

Tiny começa a falar, mas Gary o corta.

-Quero dizer, não me entenda mal. Você tem todo o direito de estar apaixonado por Zach.

-Billy-corrige Tiny.

-Espere ai, o que aconteceu com Zach?- pergunto, porque podia jurar que Tiny estava apaixonado por Zach na aula de pré-cálculo. Mas 47 minutos haviam se passado desde sua declaração pública, então talvez ele já tenha andando com a fila. Tiny já teve uns 3.900 namorados-metade deles eram virtuais.

Gary, que parece tão desorientado pelo surgimento de Billy quanto eu, se encosta no armário e bate a cabeça devagar no aço.

-Tiny, o fato de você agir como um galinha não ajuda em nada a causa.

Levanto a cabeça, olhando para Tiny, e digo:

-Podemos sufocar os rumores do nosso amor? Isso pre-judica minha chances com as damas.

-Chamá-las de damas também não ajuda-diz Jane para mim.

Tiny ri.

-Mas, sério-digo a ele-eu sempre me dou mal com isso.

Tiny me olhar, sério e faz que sim com a cabeça rapidamente.

-Embora, só para registrar-diz Gary- você poderia ter escolhido alguém pior que Will Grayson.

-E ele escolheu-observo.

Tiny gira em uma pirueta de balé até o meio do corredor e, rindo, grita:

-Querido mundo, eu não tenho tesão em Will Grayson. Mas, mundo, tem mais uma coisa que você deveria saber sobre Will Grayson.- E então ele começa a cantar, um barítono digno da Broadway tão grande quanto a cintura dele:-Eu não posso viver sem ele!

As pessoas riem, gritam e batem palmas á medida que Tiny continua a serenata e eu me afasto, indo pra aula de inglês. É uma longa caminhada, que fica ainda mais longa quando alguém te para e pergunta qual a sensação de ser sodomizado por Tiny Cooper, e como você consegue achar o piruzinho gay dele? Atrás daquela barriga. Respondo do mesmo modo de sempre: Baixando os olhos e andando reto e rápido. Sei que estão só brincando. Sei que parte de conhecer alguém é ser mau com esse alguém ou coisa assim. Tiny tem sempre algo brilhante pra dizer, como:"para alguém que teoricamente não me quer, você certamente passa muito tempo pensando e falando sobre o meu pênis." Talvez isso funcione pra Tiny, mas nunca pra mim. Ficar calado funciona. seguir as regras funciona. Assim, eu calo a boca, não dou a mínima, continuo andando, e logo já acabou.

A última vez que eu disse alguma coisa de nota foi quando escrevi a droga da carta ao editor sobre a droga de Tiny Cooper e a droga do seu direito de ser uma droga de estrela em nosso time de futebol horrível. Não me arrependo nem um pouco de ter escrevido a carta, mas sim de ter assinado. Assina-lá foi uma clara violação da regra de ficar calado, e veja onde isso me levou: Sozinho numa tarde de terça-feira, fitando meus tênis pretos se cano longo.

Comentários

Há 1 comentários.

Por Pop-Afro em 2016-05-27 14:05:52
Legal