Cap. 2 - Sem respostas (PART II)

Conto de Tyler Langdon como (Seguir)

Parte da série Entre Labirintos

Saimos da sala e fomos os três para a cantina. Ao chegar lá e comprar o lanche, Flávio vai até onde estamos e pede pra conversar comigo. Fico meio desconcertado, mas vou um pouco mais afastado com ele.

- então, em que posso ajudá-lo? - falo envergonhado.

- nossa, tão sério e formal você. - fala entre sorrisos. - então, primeiro gostaria de pedir desculpas pela forma que falei mais cedo, tinha discutido com minha mãe mais cedo, aí já viu. E segundo gostaria de saber se você não poderia me ajudar com umas coisas do meu projeto de biologia.

Fiquei meio confuso, a gente mal trocava palavras, apenas "oi" ou até sorrisos. Ele não era uma má pessoa, só era muito na dele mesmo, até o achava legal. Lembro que logo quando ele chegou ficamos um tempo conversando, tava tentando não deixá-lo sozinho na primeira semana de aula aqui, é horrível, depois ele foi se afastando.

- e... eu? - falo gaguejando um pouco. - porque eu? Eu nem sou muito bom em biologia. - termino de falar soltando um leve sorriso.

- então, Adam, sabemos que não tenho muitos amigos aqui né. E você é bom em Biologia sim, para de modestia, e eu sei que é bom com arte e fotografia. Precisarei muito disso. Mas se não puder eu entendo. - fala ele com uma expressão meio triste.

- não. Quer dizer, sim. Eu posso ajudar, no que eu puder claro. - falo sorrindo.

- meu deus, obrigado mesmo. Estou precisando muito. Eu não viria pedir caso não precisasse. - ele faz uma expressão facial meio como se tivesse arrependido de ter falado. Parecia muito nervoso. - na verdade eu não quis falar isso...

- ei, relaxa. Eu entendo você.

- então tudo certo, falo contigo depois. - ele sai após terminar de falar.

- isso foi estranho, bem estranho. - digo ainda parado sozinho.

Olho para trás e Enzo e Amy ainda estão lá. Vou até eles e sento. Ficam ambos olhando pra mim como se esperassem que eu falasse algo.

- o quê? Parem disso, sabe que fico vermelho se me encaram muito. - falo empurrando a Amy.

- e você não vai falar o que aquele sapão queria com você? - pergunta Amy com uma cara de interesse no assunto.

- falando assim até parece que sou uma AMIGA que taca indo encontrar o crush. - levanto uma sombrancelha ao falar. - e só pediu pra ajudar em um trabalho que está com dificudades.

- e você vai ajudar? - pergunta Enzo.

- vou sim.

Ficamos sentado mais um pouco lá, Enzo permaneceu calado. E Amy falava pelos cotovelos, nossa, eu amava ela demais. Me fazia sentir muito bem, ela sempre tava muito feliz quando estava com a gente. Era notório que ela amava estar conosco.

As aulas foram passando, nada de muito relevante aconteceu. Eu fiquei entediado na aula de história, de fato. Sou péssimo em história. Quando o sinal toca ao término da aula, vejo o Flávio levantando pra sair, e dando um sorriso pra mim, retribuo. E depois de guardar minhas coisas pergunto ao Enzo se ele vai estudar hoje. E ele diz que hoje não pode e pergunta se pode ser depois. Balanço a cabeça que sim. E então ele sai quando me viro pra falar com Amy, nem percebi.

- o que houve que o Enzo não te esperou hoje? - pergunta Amy.

- como? - me viro e não vejo ele. Pego no braço dela e arrasto saindo da sala atrás dele. - vamos, ele ta meio esquisito mesmo.

- nossa, que houve?

- nada. Pelo menos acho que não.

Ao chegar no portão vejo ele entrando no carro da mãe. Fiquei muito confuso. A mãe dele estava em horário de trabalho, nunca ia buscar ele. E não era distante nossas casas, por isso iamos sempre andando. Não seria tão estranho se não tivesse ocorrido aquela ligação ontem. Aí tem coisa.

- meio estranho isso. Ou é só coisa da sua e da minha cabeça. - diz amy. - precisamos descobrir, vamos pegar nossos aderessos e investigar, as três espinhãs entrarão em ação. - fala ela brincando e para. - na verdade somos só dois, então seriamos Kim Possible e aquele menino leso que parece você.

- ai meu deus, melhor pessoa você. - digo rindo muito do que ela fala.

- eu sei amore.

Me despedi da Amy e fui pra casa. Peguei meus fones e coloquei Don't Let Me Down, daquela dupla que nunca sei pronunciar o nome. Amo essa música, me faz querer dançar na rua mesmo. Chego em casa e me deito, acho que minha irmã estava dormindo. E eu não estava com tanta fome. Quando estava quase dormindo o meu celular vibra. Não ligo muito e continuo deitado. Depois vibra de novo e depois de novo.

- que saaaco. - pego o celular.

Desbloqueio e vejo umas mensagens no whatsapp. Uma da minha mãe dizendo que vai chegar um pouco tarde. Outra do flávio:

~ hey Adam, tava pensando em começar esse fim de semana. Você pode tirar um tempinho?

~ claro, só falar o dia. 😊

~ ta, mais uma vez obrigado. ☺

E o celular vibra novamente, mensagem do Enzo:

~ Dam?

~ eu mesmo, espero que sua casa tenha pegado fogo pra sair daquele jeito, senão... Kkkkk

~ kkkkkkk que besta mano

Minha mãe está com uns problemas, e precisava de mim. Sabe como é? hahaha

~ algo grave? 👀

~ não, relaxa hehe

~ sei, espero que seja só isso mesmo. 🌚

~ sim... Posso passar aí mais tarde?

~ pode sim, a Amy vem aqui ver filme, vem também.

~ tudo certo

Vlw

~ 👽

Depois bloquiei o celular e adormeci.

Estava em um lugar escuro, mal podia enxergar. Haviam paredes, muitas paredes, altas. O lugar era frio e úmido. Eu me levantava e começava a caminhar, sentia dificuldade em andar, parecia que algo pesava nas minhas costas. Estava apavorado. Tremendo muito, não de frio, mas de medo. Não entendia como havia ido parar ali, nem o que aquilo era. Eu gritava e só escutava o eco do meu grito. Minha camisa estava melada de sangue e minha barriga doía muito. Escuto trovões. Meu olhos começam a escorrer lágrimas. Até que escuto uma voz muito família gritando "Adam" paro de andar e pergunto "quem é? Onde você está?" e novamente a voz "me ajuda Dam, não quero ficar aqui." Começo a correr, mas os corredores não davam a lugar nenhum. Era esquisito. A chuva cai forte, e eu começo a fraquejar. Mas continuo a correr, segurando nas paredes. Ate qhe chego no final do corredor e a voz se aproxima. "DAAAAM". Esfrego os olhos lara conseguir enxergar, só vejo outra parede. E um raio descendo do céu.

Desperto.

- Adam? Que houve? - pergunta minha irmã da porta do quarto. Eu estava todo só a só

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Desculpem a demora,estava em fim de periodo. Mas agora vou voltar a postar pelo menos 2 vezes na semana. Espero que gostem.

E obrigado aos que comentaram ❤❤

Comentários

Há 1 comentários.

Por Wolf Play em 2016-11-06 19:32:47
Amei poste lo pfv