CORRIGIDO: Capítulo 1 (Temporada 2): SALA DE ESPERA

Parte da série Quando O Amor Acontece

GENTE EU SOU MUITO PATETA E PUBLIQUEI O PRIMEIRO CAPÍTULO DA SEGUNDA TEMPORADA SEM O TÍTULO, ME PERDOOEM. AGORA SIM ESTÁ COM O TÍTULO. LEMBRANDO QUE ESTE É O CAPÍTULO 1 DA NOVA TEMPORADA.

(...)

Eu desligo o telefone e Rodrigo pisa no acelerador, fazendo o pneu do carro cantar. As pessoas por perto olham assustadas, e o carro vai rapidamente em direção ao local do acidente. Eu estou com muito medo. O tal de Vitor não me disse nada sobre as meninas, só falou onde o acidente aconteceu, um pouco distante da boate. Algum tempo depois, chegamos ao local. O carro das meninas tinha se chocado com outro carro, um pouco maior que o delas. Foi uma batida de frente, mas não parecia ser grave, eu estava mais preocupado em como as meninas estavam. Já havia duas ambulâncias e viaturas da polícia no local, e as meninas estavam sendo atendidas pelos paramédicos. Eu corri até elas, querendo gritar de preocupação.

- Ai meu Deus! Amigas, como isso aconteceu? - eu falava, indo até Luana, que estava em uma maca. Ao lado dela, estava de pé a Géssica, com alguns machucados no rosto. Ela resolve falar:

- Foi aquele maluco que bateu na gente. Ele vinha na contramão e pegou a gente do nada, mas estamos bem. - Géssica falava, apontando para um homem que estava perto dos policiais. Devia ser o motorista do outro carro.

- Como você está Luana? - eu pegava na mão dela, enquanto ela era atendida por um paramédico.

- Ai, acho que tô bem, amigo. Fica calmo. Aquele cara estava bêbado. Foi ele que provocou o acidente.

- Vocês quase me matam de susto. Cadê a Roberta? - eu perguntava.

- Ela foi levada pro hospital. Ela estava no volante e se machucou, mas vai ficar bem. - Géssica dizia

- Ainda bem. Eu tive medo de que tivesse acontecido alguma coisa mais séria. E quem é o cara que ligou pra mim? O tal de Vitor?

- É o cara que a Roberta conheceu na boate. Ele foi com ela para o hospital. Vamos pra lá também. - Géssica explicou.

Géssica e Luana entraram na ambulância e Rodrigo me guiou de volta ao nosso carro. Fomos seguindo a ambulância até o hospital onde Roberta estava. Chegando lá, fomos direto falar com o médico, saber sobre o estado de Roberta.

- Doutor, nossa amiga Roberta... como ela está? - Eu perguntava.

- Ela teve apenas um machucado na cabeça que causou hemorragia, mas já foi controlada. Ela ficará em observação e será liberada em algumas horas, não se preocupem. - o médico dizia, nos deixando mais tranquilos.

- Graças a Deus! - Géssica dizia, unindo as mãos em agradecimento

- Caramba. Que bom que foi só um susto. Nós podemos vê-la, doutor? - eu perguntava.

- Claro que podem. Me acompanhem, por favor. - e nós seguimos o médico até a sala de curativos, onde Roberta estava. Sua cabeça estava enfaixada, e ao lado dela estava um rapaz alto, forte e bonito, muito bonito. Concluí que deveria ser Vitor.

- Oi Roberta. Como você está se sentindo? - Eu perguntei à ela.

- Oi pessoal. Eu tô bem. Foi só um pancada de leve, eu vou sobreviver. - ela dizia, sorridente. Roberta tinha um talento para deixar qualquer pessoa tranquila com a sua doçura. Vitor nos olha e se apresenta.

- Oi pessoal. Eu sou Vitor. Fui eu que liguei para vocês. Miguel, né? - ele estendeu a mão para me cumprimentar, e eu retribuí seu gesto.

- Oi, Vitor. Obrigado por ter ligado. - eu falava pra ele. Ele solta minha mão e estende para Rodrigo, que estava ao meu lado.

- E você é quem? - ele perguntava para Rodrigo.

- Sou Rodrigo. Namorado do Miguel e amigo da Roberta. Prazer em conhecê-lo. - Rodrigo disse enquanto apertava a mão de Vitor. Sentia algo estranho em Vitor, no jeito que ele olhava para Rodrigo. Um olhar de desejo, será que eu estava vendo coisas? Resolvo deixar isso pra lá.

- Pois é... e cadê a Luana? Como ela está? - Roberta pergunta para nós.

- Ela foi levada para outra sala, pra fazer um curativo no braço machucado. Ela está bem. - Géssica disse, e Roberta suspirou aliviada.

O médico entra e pede que apenas uma pessoa fique na sala com Roberta, e Géssica se prontifica de imediato. Vitor, Rodrigo e eu, seguimos para a sala de espera, e nos sentamos para aguardar a liberação das garotas.

Vitor se senta de frente a mim e Rodrigo. Percebo que ele olha de maneira esquisita para Rodrigo, como se estivesse tentando flertar com ele. Mas afasto essa hipótese, afinal, Vitor não parece ser gay. Resolvo quebrar o clima e digo:

- Então.. Vitor... Você conheceu as meninas na boate?

- Sim, conheci. Elas são bem legais, quer dizer, principalmente a Roberta. - ele mantinha o olhar em Rodrigo, me deixando incomodado.

- Então você gostou dela? - eu pergunto, me aproximando mais de Rodrigo, numa tentativa de marcar meu território.

- É... mais ou menos... ela é legal.

- Ela é mesmo. Um amor de pessoa. - Rodrigo diz, entrando na conversa. E Vitor sorri para ele, eu já começo a ferver de raiva, mas não quero parecer o louco ciumento aqui e agora. Vitor e Rodrigo engatam uma longa conversa, e eu fico completamente avulso no meio dos dois. Resolvo levantar para beber uma água e ir ao banheiro.

Acabo demorando para encontrar o banheiro e me enrolo todo com o bebedouro, fazendo uma pequena bagunça com os copos. Eu e meu talento para causar bagunça. Mas me surpreendo quando volto para a sala e vejo que Vitor estava no meu lugar, ao lado de Rodrigo. Meu sangue ferve, eu fico estático em frente a eles. Vitor se assusta com a minha presença e se levanta.

- O que houve, amor. Você demorou. - Rodrigo fala, me abraçando.

- Pois é. Desculpe a demora. Eu estou atrapalhando alguma coisa aqui? - eu olho para os dois enquanto pergunto.

- Claro que não, Miguel. Imagina. - Vitor tenta se explicar, mas ele tropeça nas palavras enquanto fala.

- Eu vou ao banheiro. Amor, fica aqui conversando com o Vitor. - Rodrigo fala, e sai caminhando em direção ao banheiro. Vitor se vira para mim e diz.

- Você e o Rodrigo namoram há muito tempo?

- Somos. Já faz uns meses que estamos juntos. - eu respondo, um pouco desconfiado de sua pergunta.

- Parabéns. Ele parece ser uma cara muito legal... e também é bem gato. - Vitor fala com uma expressão misteriosa.

- Ele é uma pessoa incrível... - estou desconfiado das intenções de Vitor - Posso perguntar uma coisa pra você?

- Pode, claro!

- Você é gay, Vitor? - tento ser direto com ele.

- Sou bissexual. - ele responde.

- Entendo. - só consigo dizer isso. A resposta dele me deixa surpreso. Agora eu consigo entender os olhares dele para Rodrigo. Ele estava interessado no meu namorado, mas não posso permitir que isso aconteça, afinal, eu prometi a mim mesmo que não deixaria nada me separar de Rodrigo. Nada e nem ninguém.

- Sem querer ofender mas... você não acha que o Rodrigo é bonito demais pra você? - ele fala com um olhar sarcástico. Eu fico em choque.

- Não sei dizer isso. Talvez ele seja mesmo, mas isso não muda nada. Só sei que eu amo muito ele, e ele me ama também. - eu começo a me irritar com esse cara.

- Bom... acho que você deve tomar cuidado. Quer dizer, e se ele se interessar por alguém melhor... tipo eu? - ele falava, e a irritação em mim ficava ainda maior.

- Eu duvido muito que isso aconteça. - eu tentava me impor.

- É só um conselho, Miguel. Pensa nisso tá? - ele fala, enquanto se levanta do sofá em frente a mim.

- Obrigado pela dica. - eu digo a ele, com um tom ríspido e um sorriso amarelo.

- Eu preciso ir. Ligo para a Roberta depois. Tchau pra você, Miguel. - ele apenas acena pra mim, e sorri. Eu faço o mesmo, mas não digo nada. Ele simplesmente sai andando como se nada tivesse acontecido, e vai embora. Que cara de pau, eu fico possesso com as coisas que ele me disse. Rodrigo volta e eu resolvo me acalmar um pouco.

- Ué, cadê o Vitor? - Rodrigo pergunta, confuso.

- Ele foi embora. Não disse o por quê. - eu respondo, tentando disfarçar a irritação.

- E as meninas? Será que já vão ser liberadas?

- Creio que sim. Vamos aguardar mais um pouco.

Nós ficamos esperando por mais ou menos meia hora, e as meninas saem da sala de curativos, devidamente enfaixadas. Eu abraço elas e me permito dar uma bronca nelas, que compreendem minha preocupação. Nós vamos em direção ao carro e seguimos até a casa das garotas. Elas saem do carro e nós nos despedimos. Rodrigo e eu vamos em direção a nossa casa. O sol já começa a aparecer, revelando um dia muito bonito pela frente, mas o cansaço me atinge em cheio, e eu pego no sono no carro.

Abro os olhos lentamente, e percebo que estou na cama. Procuro por Rodrigo, mas ele não está. Olho pela janela e vejo que o dia está apenas começando, o que significa que eu não dormi tanto. Ve viro na cama e Rodrigo aparece, usando uma cueca preta muito atraente.

- Uau. Que coisa boa acordar e ver meu namorado assim. - eu digo sorrindo. Ele se deita ao meu lado e me beija.

- Ué, mas só é bom me ver? - ele pergunta.

- Ver e sentir seu toque. - eu passo os dedos pela sua barba, e encosto meus lábios nos dele.

- Quem me dera não estar tão cansado. Eu não ia te deixar dormir. - Rodrigo fala, com um olhar malicioso.

- Vamos dormir um pouco então. Precisamos guardad energia pra depois. - eu sorrio, e ele be beina de novo. Ele se ajeita na cama e eu me deito sobre o peito dele, e nós caímos instataneamente em sono profundo.

Parece que já está bem tarde quando eu acordo. Sinto minha barriga roncar, já faz muito tempo que não como nada. Vejo que mais uma vez Rodrigo não está cama, mas ouço sua voz ao longe. Parece que ele está falando com alguém. Eu levanto da cama e saio caminhando lentamente, seguindo a voz dele, tentando ouvir melhor. Eu paro por um instante e só consigo ouvir o final da conversa.

- ... tá bom então. Tchau tchau. - Ouço Rodrigo dizer. Eu saio de onde estava e vejo que ele estava no telefone.

- Bom dia amor. - Ele me fala, vindo até mim e me dando um pequeno beijo.

- Bom dia amor. - eu resolvo tomar coragem e perguntar. - Quem era no telefone?

- Era o Vitor.

Eu fico sem ação. Como aquele mala sem alça conseguiu o número de Rodrigo. Não quero fazer uma cena de ciúmes agora, mas não consigo me segurar.