Capítulo 2 (Temporada 2): Surpresa?

Parte da série Quando O Amor Acontece

GHEGUEEEEEEEEEI GALEEEEERAAAA com mais um episódio da série "Quando o Amor..." O capítulo é curtinho, mas espero que vocês gostem. Vamos à leitura.

Fico parado ali, me perguntando como Vitor conseguiu o contato de Rodrigo.

- Como ele conseguiu seu número, Rodrigo? - eu tento disfarçar o ciúme idiota, mas parece ser inevitável.

- No hospital. O Vitor estuda na mesma faculdade que eu. - Rodrigo responde, com um olhar desconfiado que me deixa envergonhado.

- Sei... - minha resposta monossilábica me faz virar os olhos. Eu viro as costas para Rodrigo e vou em direção ao banheiro. Ele não esboça reação e continua onde estava. Eu sei que isso é muito infantil da minha parte, mas como eu posso evitar? Eu sei também que Rodrigo me ama e eu o amo muito, e eu confio nele, mas naquele dia no hospital ele foi muito desagradável, por que descaradamente deu em cima do meu namorado, e ainda por cima pegou o número do celular dele... A água caindo no chuveiro esfria minha cabeça, mas não espanta a ideia de que Rodrigo e Vitor estão ficando amigos.

Eu saio do banho e me enrolo na toalha. Quando saio do banheiro, vou direto procurar alguma coisa pra vestir, ainda estou pensando em Vitor... Preciso me distrair com alguma coisa. Resolvo ir até a casa das meninas, que deveriam estar descansando, mas me receberiam bem. Visto uma roupa qualquer e vou até Rodrigo, que estava na sala. Quando chego lá, vejo que ele está mexendo no celular, provavelmente conversando com alguém... Vitor talvez? Eu não estou muito interessado agora.

- Vou sair. - digo a ele, que nem tira os olhos do celular.

- Tá bom.

Eu paro por um instante, e sigo meu caminho porta afora. Ele permanece no mesmo lugar, nem quis saber pra onde eu estava indo. Chego no ponto de ônibus, e logo a condução aparece ao longe. Eu faço sinal e entro, com cara de quem está viajando na maionese. Sento em uma cadeira qualquer e vou olhando a paisagem lá fora. Pessoas andando pra lá e pra cá, carros aos montes, vidas corridas do cotidiando... sinto algumas náuseas.

Quando finalmente chego até a casa das garotas, bato na porta e Géssica atende, com aquela animação de sempre:

- Oi nerd! Veio visitar as amigas? - ele fala enquanto me abraça apertado e me dá um beijinho no rosto. Me sinto mais aliviado.

- Oi, sua louca. Vim ver vocês um pouquinho. Queria conversar.

- Entra. A Luana e a Robert estão aqui. Vamos conversar.

Nós entramos, e Luana e Roberta estão na cozinha, preparando alguma coisa para comer. O cheiro é bem atraente, e faz meu estômago roncar.

- Oi meninas. Desculpa ter vindo aqui sem avisar, mas queria conversar com alguém.

- Oi amigo! - Roberta me abraça. - Que bom que você veio. Aconteceu alguma coisa?

- Chegou na hora certa, amigo. Já vamos almoçar. - Luana diz, sem largar as panelas no fogão. E o cheiro que se espalha pela casa faz meu estômago gritar por alimento.

- Ainda bem. Eu tô com muita fome mesmo. Roberta, queria conversar com você sobre o Vitor.

- O que tem ele?

- Bom... eu que queria saber mais a respeito dele.

- Ah, eu e o Vitor nos conhecemos lá na boate. Dançamos um pouco, rolou uns beijinhos... Mas nada demais. Ele me falou que era bissexual.

- Ele também me disse isso.

- Mas por que essa curiosidade a respeito do Vitor? - Roberta pergunta.

- Por que esse cara deu em cima do Rodrigo lá no hospital. E agora eles estão super amiguinhos.

As meninas se encaram, espantadas. Luana se vira para mim e diz:

- Mas que cara mais sem noção esse Vitor hein? Roberta tem o poder de atrair essas caras...

- Mas, gente... eu só beijei o cara na balada. Como eu ia saber que ele ia dar em cima do Rodrigo? - Roberta diz, e eu compreendo o seu lado da história.

- Pois é, amigas. O fato é que o Vitor foi muito legal em ajudar no acidente, acompanhando a Roberta até o hospital e ligando pra avisar. Mas agora ele vem com essa amizade com o Rodrigo... eu acho que não vou me segurar.

- Relaxa, nerd. Você e todos nós sabemos o quanto o Rodrigobte ama. E se por acaso ele simplesmente pensar em te magoar, eu mesma vou lá e quebro aquela carinha dele. - Géssica diz, enquanto me dá um soquinho no ombro. Eu rio.

- Eu sei disso, minas. Eu espero que tudo se acerte.

- Bom, então vamos forrar o estômago que o almoço já esta pronto! - Luana anuncia. Nós nos sentamos à mesa, e passamos um bom tempo conversando e nos deliciando com aquelas maravilhas feitas por Luana, tudo muito gostoso.

Cerca de três horas depois, eu resolvo me despedir das meninas, e ir embora.

- Meninas, eu vou indo. Obrigado pelo almoço e pelo papo. Adoro estar com vocês. - Eu abraço uma de cada vez.

- Tchau, amigo. E já sabe: se precisar de alguma coisa, pode contar com a gente. - Roberta diz, com um sorriso acolhedor no rosto.

- Tchau, nerd. E não esquece do que eu falei, hein? - Géssica diz, mas eu espero que não seja necessário quebrar a cara de ninguém... ainda.

Eu sigo para o ponto de ônibus, e fico lá esperando a condução. Por algum motivo inexplicado, o ônibus demora demais para chegar. Quando ele chega, eu já estou irritado com tanta demora. Entro no ônibus e me sento. Algum tempo depois, vou caminhando até em casa, esperando encontrar Rodrigo lá. Quando chego, noto que há um carro estranho no outro lado da rua. Será que temos visitas? Quem será? Eu me pergunto mentalmente.

Impulsionado pela curiosidade, apresso-me em entrar logo em casa para saber quem era a visita. Quando abro a porta, não há ninguém na sala, e a tv está ligada em um canal qualquer, o clipe de uma banda rock está passando. Eu começo a ficar intrigado com isso, o que será que está acontecendo aqui? Resolvo seguir até o quarto, esperando não encontrar nada por lá. Caminho lentamente até o quarto, e a porta está semi aberta. Abro a porta devagar, e vejo uma cena que faz querer sumir dali na mesma hora: Rodrigo e Vitor, sentados na cama, se beijando.

Continua...