Capítulo 1 - O Irmão Da Minha Melhor Amiga

Conto de Sonhador Viajante como (Seguir)

Parte da série As Férias Dos Meus Sonhos (Baseada Numa História Real)

Atenção: Esse texto foi construído e adaptado, baseado numa conversa com um casal que eu conheci nas férias desse final de janeiro. A história é narrada em primeira pessoa, pois eu obtive os detalhes mais pessoais, apenas do protagonista que aqui nesse conto vai se chamar (Alef). Espero que curtam, tanto quanto eu curti ouvir e escrever essa história. Por se tratar de uma história baseada em acontecimentos reais, algumas coisas foram completamente mudadas, para assim guardar a identidade dos envolvidos. Uma coisa eu posso concluir: É MESMO POSSÍVEL GENTE... ACREDITEM... ACONTECE!

...

Eu me chamo Alef e tenho 20 anos. Tudo que você precisa saber sobre mim é que eu sou você nessa história... Isso mesmo... Imaginem que todas as características físicas do narrador (Eu), sejam as suas características físicas. Portanto, agora, eu sou você. Tudo que acontecer comigo nessa história você estará vivendo ao ler todos esses diálogos e parágrafos. Não esqueça, eu sou você... Mas só eu (O Narrador) ok?

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Uma coisa era fato... Minhas “relações amorosas” (se é que eu tinha de verdade, tido relacionamento com alguém), não passavam de múltiplos desastres e mal entendidos. E pode acreditar! A gente só se fode. Aqui vai, um resumo esclarecedor de toda minha vida no campo amoroso:

Paquerei e fiquei no vácuo...

Gostei e acabei-me fodendo...

Amei e de novo me fodi...

Me apaixonei e mais uma vez tomei bem fundo...

Decidi fazer o tipo frio e distante... E nem assim consegui me safar de mais uma porrada de fodidas...

Amar e se foder parece ser a combinação perfeita para mim. E de fato foi...

Eu devia ter noção, de que eu ia mesmo passar por isso quando resolvi aceitar o convite singelo e animado da minha melhor amiga (Jennifer). Foi no final de 2015 que tudo começou... Era sábado á noite, logo após o Natal. Eu tinha acabado de desligar a TV da sala, após mais um filme de romance em que no final um dos protagonistas morre, quando o meu whatsapp recebeu uma mensagem da Jennifer, com a seguinte pergunta...

Jennifer: Alef... Tenho uma proposta pra te fazer...

Eu: Que proposta?

Jennifer: Mas antes... Preciso te perguntar... Você por acaso, já tem planos para o réveillon?

Eu: Na boa mesmo?... Não tenho planos não... Vou ficar em casa mesmo... Minha mãe chamou alguns familiares para cá e acho que meu padrasto vai trazer alguns amigos dele também. Então você já deve ter uma noção de como eu fico no meio disso tudo né? Sozinho como sempre. (Carinha triste).

Jennifer: Ah mais não vai mesmo!!! Pode ir fazendo as malas que o senhor vai me fazer companhia na casa de praia do papai. (Carinha ansiosa). Bora pra praia comigo? Pode falar que topa! VOCÊ VAI!

Era um desses convites que não se recusava facilmente. E ainda mais vindo da Jennifer, já que a gente não se via há mais de cinco meses. Estava com muitas saudades. Ela fazia faculdade em outro estado e sempre vinha passar as férias no nordeste. Era de praxe.

Até que uma escapada pra longe de casa, não era má ideia... Era tudo que eu mais queria naquele final de ano. Hesitei um pouco, antes de responder... Jennifer e eu éramos amigos desde o ensino médio. Nossa amizade já durava quase três anos. Ainda me lembro, quando ela pediu pra ficar comigo assim que nos conhecemos e descobriu que eu era gay. A atração se transformou numa amizade sincera que nos une até hoje.

E sobre eu ser gay... Quase ninguém sabe e eu também não falo isso publicamente. Minha família sabe e alguns amigos também. Eu sou discreto e tá bom demais assim.

Eu: Não sei não, miga... Acho melhor ficar pra próxima... Você vai com a sua família né? Vou me sentir meio intruso. Você sabe como eu sou!

Respondi da forma mais sincera possível, pois, repensando melhor, sabia que a família dela era enorme e só tinha gente da mais alta posição. O que me deixaria num patamar abaixo da escória. Só de irmãos, Jennifer tinha três: (Érika) com 25anos. (Alexandre) com 14 anos. E um desconhecido chamado (Wallace) com 26 anos que eu só tinha visto uma vez, numa foto lá no quarto da Jennifer, já que ele não morava no Brasil há mais de três anos. O pai e a mãe eram donos de uma livraria respeitada e conhecida pelo Brasil todo. Outros familiares, pelo que eu sabia, eram pessoas ainda mais bem sucedidas. Resumindo... SÓ RICOS MESMO.

Jennifer: Por isso mesmo... Vai ser o cúmulo sem você lá... Deixa de frescura que você já é de casa. Por favor, Alef! Eu preciso de verdade que você vá! É sério! Só vai ter gente chata lá! Vou ficar totalmente gótica sem tu lá! Vamo migo? Por favor?!!

Eu: Aí, não sei não! Vai muita gente?

Jennifer: Não migo! Só os de sempre. Vão meus pais, o chato do Alê, a Érika com seu marido gato, um casal enjoado (família do meu pai), uma tia de São Paulo e meu irmão mais velho Wallace, que chegou dos EUA ontem, só! Aliás, você nem conhece o Wallace não é? A casa é grande! Vamo? Aceita!

Foi aí que me perguntei mentalmente: Por que não? Seria legal ir pra praia! Relaxar! Tomar um sol! Sair da minha toca (Meu quarto). Respondi rapidamente, antes de desistir novamente.

Eu: Tá! Beleza, eu topo! E realmente ainda não conheci esse seu outro irmão? Ele mora fora há muito tempo né?

Jennifer: Sim, sim. Essa é a primeira vez em quatro anos que ele vem ao Brasil. Estuda gastronomia e já é chef num restaurante dele em Las Vegas.

Eu: Nossa! Bacana né!

Jennifer: Você vai gostar de conhecer ele... E antes que você pergunte... Ele tá solteiro, mas não é gay... Eu acho... Rsrsrs.

Eu: Eu nem pensei nessa possibilidade sua louca! Tô muito bem sozinho... Mudando de assunto... Quando você vem me buscar?

E só pra constar, aquela era a primeira vez, que eu aceitava um convite dessa magnitude, vindo da Jennifer. Perdi a conta de quantas festas e mais passeios recusei, por sempre ter vergonha de conhecer os familiares dela. Sei lá! Sabe quando as pessoas te intimidam só pelo olhar? Pois é! Eu me sentia um projeto danificado, toda vez que encontrava com eles, num dos aniversários que eu tinha ido lá! Melhor nem lembrar.

Jennifer: Sério??? Eu vou ter uma síncope! Espera aí! OMG! Você vai? É um milagre.

Eu ri muito disso... (Carinhas felizes e corações) encheram nossa conversa.

Pronto! Era isso... Eu ia! EU IA PRA CASA DE PRAIA COM A FAMÍLIA DA JENNIFER. Não podia ser verdade... Mas era e de fato foi!

...

A Jennifer viria me buscar na Quarta-feira (30/12) á noite, já que a virada seria na quinta-feira (31/12). Eu estava numa empolgação e até tinha me animado um pouco pra essa viagem. Passei o final de semana inteiro pensando e arrumando as coisas que eu levaria, enquanto minha mãe se convencia de que era apenas um passeio que eu faria, para me divertir com amigos. Não era fácil entrar num novo ano, longe dela, mas ela não iria ficar sozinha e eu precisava mesmo dessa viagem. Ela entendeu e me liberou conformada. E se não liberasse, eu já era maior de idade mesmo, podia muito bem me sair com jeito.

Arrumei finalmente minha mochila com tudo que eu precisaria e relaxei um pouco. Não! Mentira minha! Eu não relaxei! Sei lá... Me dava um frio na barriga só de pensar nesse final de semana e no que poderia acontecer. Comecei a me arrepender da ideia de ter aceitado. Meu Deus... O que eu estava fazendo? Eu ia mesmo? Se não fosse a ligação da Jennifer, na quarta-feira de manhã logo cedo, eu provavelmente desistiria de ir.

Jennifer: Oi migo! Te liguei só pra te avisar que eu já estou á caminho da praia!

Eu: Já? Como assim? A gente não ia á noite?

Jennifer: Houve uma pequena mudança... Quando tu chegar aqui eu explico direitinho! Você vai com meu irmão no carro dele! Eu mandei ele te pegar aí tá? Não se preocupa que ele já deve tá a caminho! Ele é chato, mas é aturável.

Eu: Ah tá! Beleza! Eu vou aguardar então! Mesmo sabendo que vai ser a viagem mais longa de toda minha vida...

Jennifer: Por que migo?

Eu: Já ruim estar num carro sem você pra me aturar... Imagine viajar com um estranho, que eu nem conheço direito...

Jennifer: Aí só você mesmo... Meu irmão vai te entediar pode acreditar... Não se preocupa bobo, ele é gente boa!

Eu: Ah tá...

Jennifer: Se eu te contasse como está sendo a minha nesse momento... Você se mataria no meu lugar! Eu te ligo depois... Meu pai já abasteceu e tá me chamando! A gente tá num posto de beira de estrada. Dá pra ter noção né? Beijos e até logo mais!

Eu: Imagino! Tá tchau! A gente se vê!

Desliguei e esqueci-me de completar... “Se eu sobreviver á tal viagem de ida.” Já era péssimo ir sem a Jennifer, e ter que ir com o irmão dela que eu nem conhecia, seria tipo um “purgatório”. Já até imaginava a cena, em que eu provavelmente me fecharia dentro de mim mesmo. Ficaria recluso, sem saber como conversar ou agir! Detestava conhecer estranhos, sabendo que ia conhecê-los. E não era por ser tímido e sim por não querer mesmo socializar. Fui ao banheiro umas duas vezes após saber dessa noticia repentina da Jê. Era nervosismo desnecessário... Mas não pra mim. Sentia que ia me ferrar. Era de praxe.

...

Eu estava deitado na cama, todo arrumado por sinal, esperando minha carona. Olhando para o teto e escutando (Slowly Freaking Out – Skylar Grey). Meus fones de ouvido no volume máximo me ocultaram da chegada dele. Eu nem o vi chegando, pois quando dei por mim, minha mãe estava me chamando, dizendo que tinha um rapaz me esperando na sala. Era ele. Despedi-me dela e peguei minha mochila.

– Eu te ligo assim que chegar lá tá? – falei dando um beijo e um abraço na minha mãe.

Saí pelo corredor até a sala á passos demorados. Olhei-me num espelho frontal e vi que o ridículo era mesmo eu ter inventado de aceitar aquele convite. Como eu me arrependia. Agora, era tarde! Fui chegando à sala e sentindo um cheiro diferente. Á medida que eu me aproximava, o aroma só aumentava. De quem era aquele cheiro maravilhoso? Não podia ser de quem eu estava esperando, podia? E não é que era mesmo dele. Ele estava sentado no sofá da minha casa de costas para mim. Vi seus cabelos molhados e senti ainda mais forte seu perfume. Ele se levantou e se virou para me encarar. E foi aí que eu me vi sendo explodido em questão de segundos. Sabe quando você agita a garrafa de coca cola e ela de repente espuma por dentro, derramando líquido por todo lado ao abrir? Pois é! Esse fui eu nesse momento. ENGOLI EM SECO... ENTÃO ERA ESSE O IRMÃO DA MINHA MELHOR AMIGA? FIQUEI ESTÁTICO NA MESMA HORA, POIS SE A VIAGEM JÁ IA SER DIFÍCIL, AGORA ERA QUE AS COISAS TINHAM PIORADO MESMO...

Continua...

Comentários

Há 4 comentários.

Por Jeffs em 2017-02-13 09:46:41
Nada melhor do qe conhecer um gato novo to ansioso pra continuar a ler .
Por dfc em 2016-03-15 00:43:24
Uauuuuuuu deve ser um príncipe kkk
Por Um alguém em 2016-02-28 19:02:33
Que lindo, sua escrita é maravilhosa, a história já estou fascinado, muitoo ansioso para o próximo capítulo!!
Por PedrãoC em 2016-02-28 18:29:42
Muito Bacana ! Continue :)