Capítulo 13 - Término Iminente

Conto de Sonhador Viajante como (Seguir)

Parte da série As Férias Dos Meus Sonhos (Baseada Numa História Real)

Wallace segurou minha cintura e enlaçou seu braço direito, firmemente no meu quadril, numa autoridade maleável e confiante. Até parecia que eu era dele há muito tempo. Olhei para a cara do canalha e o fuzilei com raiva e desgosto. Então, é assim? Depois do torpor insuportável que ele tinha me feito sentir na noite passada, me deixando no vácuo e num silêncio incompreensível, só agora, ele tinha resolvido se proclamar? Minha vontade era de mandá-lo ir para o inferno mais distante possível. Ódio puro cresceu dentro de mim, numa mistura de revolta e nojo ao mesmo tempo. Mais uma vez, ele me metia no seu joguinho de aparências, sempre querendo jogar do jeito que ele queria e como ele bem entendia. Pisei no pé dele e me soltei do seu braço, num gesto arrogante e furioso.

– É mentira! A gente não tá namorando! – exclamo com meus dentes cerrados, olhando para ele e logo depois para Plínio.

– ESTAMOS SIM! Você até disse que me amava... Vai dizer que não? – vociferou Wallace, pegando-me á força, enquanto eu me desviava dele, empurrando-o para longe.

– ME SOLTA! Por que você tá fazendo isso? – falo desesperado, encarando-o enojado.

Plínio balança á cabeça confuso e pega seu capacete. Sobe na moto e liga o motor.

– Quer saber? Eu não vou ficar aqui atrapalhando o lance de vocês não... Vocês devem ter muito que resolver aí... Desculpa Wallace. Eu não sabia de nada! – disse Plínio, entristecido, olhando-me com reprovação.

– Mas é mentira dele! A gente não tem nada... Ele não quer nada comigo! – rebato com raiva.

– Não tem nada? E sua declaração ontem á noite? Vai mentir para ele, agora? Ou você quer ficar com nós dois ao mesmo tempo? – pergunta Wallace, num tom irônico e sério.

– Cala á boca! Fica na sua! – grito em resposta.

– Esse assunto é de vocês! Eu não tenho nada á haver com isso... Desculpa qualquer coisa aê, mas eu tô indo nessa... Tchau, Alef! – disse ele, acelerando á moto e dando á volta pronto para sair.

– Espera... Me escuta! Você precisa acreditar em mim, Plínio! – desespero-me correndo atrás dele. – Eu tô falando sério... Eu não sei por que ele tá fazendo isso, mas você precisa acreditar em mim! – imploro.

– Pra quê? Você não me deve satisfação de nada! Olha, é melhor eu cair fora antes que eu acabe sobrando, beleza? E, Alef... Fica bem tá! – dispara Plínio, disfarçando sua decepção, com um sorriso forçado e penetrante.

Num relance de olhares, vejo seus olhos encherem-se d’agua.

– Não vai embora... Por favor! – peço, mas sou jogado para o lado, quando ele acelera ao passar por mim.

Não deu tempo de dizer mais nada, pois minha voz foi imediatamente sufocada pelo barulho ensurdecedor da moto dele... Plínio saiu cantando pneus, velozmente em disparada, pelas ruas desertas do condomínio praiano. Um vento forte bateu no meu rosto e uma lágrima desceu pela minha bochecha... Fazendo eu me sentir á pior pessoa da face da terra.

Olhei para o nada e vi que o nada mesmo era basicamente eu, ali parado e sozinho, olhando desconsolado, para a moto que desaparecia ao longe.

Plínio tinha se preocupado comigo, logo ele, que nem me conhecia direito... Tinha me mandado mensagens... Mesmo eu ignorando-o... E não hesitou em vim atrás de mim, logo cedo, pra saber como eu estava... E o que eu tinha dado em troca? Um belo bolo no coitado! Cara! Eu merecia todo castigo possível! Agora tinha sido eu, que tinha estragado tudo.

Uma fúria descontrolada me possuiu... Virei-me para olhar para á cara do Wallace e avancei em cima dele com tudo.

– Canalha! Idiota! – digo, batendo no peito dele com meus punhos fechados. Ele nem sequer se retraí... Também, com um tórax daqueles, nem dor ele sentiria. – Olha só o que você fez... Eu te odeio! – exclamo, socando-o ainda mais forte.

– Para com isso, garoto! PARA AGORA! - enfurece-se ele, me sacudindo.

Wallace segura meus pulsos fortemente, enquanto me debato e tento me soltar... Só que sua força arrasadora, logo me faz parar. O olhar penetrante e impassível dos seus grandes olhos verde, fixam-se em mim com ferocidade e ternura por vários segundos. O toque de suas mãos segurando á minha, afrouxam-se bem devagar, conforme eu vou me acalmando. Respiro ofegante e baixo o olhar, desistindo de lutar contra ele... Minhas lágrimas saem num jorro displicente e eu soluço.

– Mais calmo, agora? Conseguiu descarregar toda sua raiva, afinal? – pergunta-me ele, bem irritado.

– Você me machuca, sabia? Todos os dias... Desde que a gente se conheceu... Á única coisa que você faz comigo é me machucar! – falo chorando.

As mãos dele se afastam de mim e sua expressão se entristece.

– Como eu faço isso, se eu nunca te bati? – pergunta ele, confuso e assustado.

– Não é preciso bater pra machucar os outros, e você sabe muito bem do que eu me refiro... – falo, tentando secar as lágrimas com as costas das mãos.

– Desculpa, então! Eu nunca quis te machucar... – disse ele, suavizando o olhar para uma súplica inesperada.

– Cara, o que você quer fazer comigo? – pergunto, anestesiado e seco. – Olha só o que você tá me fazendo passar... Eu não aguento mais isso! Eu tô cansando, Wallace... Exausto... Esgotado de uma forma que você nunca vai entender... Você não tem ideia de como eu fiquei ontem á noite... – admito, com lágrimas jorrando.

– Eu sei que eu te magoei, mas eu não sabia que você sentia tudo aquilo por mim... Foi duro te ouvir falar todas aquelas coisas e não saber o que responder, simplesmente por não saber como agir... O que você queria que eu fizesse? É complicado pra mim! – começou ele, mas eu logo o interrompi.

– Exatamente... É sempre difícil pra você, não é mesmo? Mas e pra mim? Você acha que é fácil? Não! Não é! Pra mim é muito pior... Esperar por algo que pode nem mesmo acontecer é horrível... – falo, entre soluços descontrolados.

– Não é só com você que é pior... Eu também sofro com tudo isso! Pensa que é fácil estudar fora e trabalhar longe de casa, só pra não ter que aguentar julgamentos e opiniões alheias de pessoas do próprio sangue? Eu passei anos da minha vida tentando viver do jeito que eu queria... Mas só que longe dos meus pais e dos meus irmãos! Sabe o que significa viver e crescer sozinho, só pra não ter que magoar as pessoas que você ama? Não! Você não sabe de nada, garoto! – despeja Wallace, agora revoltado e cortante.

– Sei o suficiente pra saber que você não é feliz assim? O que você ganha com todas essas suas diversões? Olha só pra você, Wallace! Um cara bacana e incrível que qualquer pessoa no mundo daria tudo pra ter do lado... Mas o que é que você quer mesmo? Ah é! Transar e manter uma relação aberta, sem compromisso ou até mesmo sem sentimentos... Bela forma de viver á vida! – digo indignado.

– Meus problemas e minha vida só eu sei de verdade o que são... Então, não venha me julgar sem antes conhecer os fatos! Tudo que a gente tá tendo, por mais incrível que possa parecer pra você, tá durando mais do que qualquer casinho que eu já tive... Só pra você saber! – rebate ele. – Eu nunca deixo uma ficada passar mais do que uma noite... E com você, eu tô estendendo até agora! Por que será né? Entende uma coisa, Alef... Se eu quisesse mesmo, somente ficar contigo, eu não teria mais olhado na tua cara, depois do que a gente teve naquele motel... Teria te dispensado, como eu fiz e ainda faço com a louca da Paty... – declara ele.

– Se eu não sou um caso de uma noite... O que eu sou pra você? – pergunto.

– Nesse momento, você é minha única esperança! – diz ele, olhando-me ternamente. – Alef, a atração que eu sinto por você já ultrapassou minhas expectativas e tá me devorando dia e noite... Eu tentei ignorar essa sensação, mas não dá! Penso em você durante toda á maldita hora em que a gente não se topa! Só que eu não posso dá um passo que pode prejudicar á minha família! – finaliza ele, desmanchando o clima.

– Nem toda vida se resume á viver, á partir das expectativas dos outros... Esse é o seu problema... Você vive de aparências, mesmo adulto e independente, construindo uma fachada só para os outros não te crucificarem! Nunca passou pela tua cabeça, que um dia você vai ter que se decidir? É por isso que as pessoas desistem de você, Wallace... Tuas indecisões sempre te fazem escolher o lado mais fácil! Como se tudo fosse mesmo funcionar sempre assim... Só que não vão! Um dia você vai precisar tomar uma decisão... E não é uma decisão somente sobre uma relação, mas sim sobre você mesmo... Você e só você! – despejo.

Ele me encara afetado e um silêncio se estende, fazendo-o recuar o olhar e os fixar no chão.

– Eu não sei se consigo...

– É claro que consegue... Você só precisa se decidir! – encorajo-o.

– Não posso fazer isso agora...

– Por quê? O que te impede? – pergunto.

– Para de insistir nesse assunto! Eu não vou fazer isso, só porque você tá mandando! – irrita-se ele.

– Claro... Nunca foi minha intenção! – digo, cansado de dar soco em ponta de faca. – Faça na hora que você quiser... Quando você tiver certeza do quer! A vida é sua e é você que tem que decidir, e não eu. Eu só queria ajudar... Aliás, tudo que eu quero é ajudar!

– Não precisa se envolver nesse assunto! Eu posso cuidar disso sozinho. – diz ele, deixando claro sua irritação.

– Tudo bem... Não vou falar mais nada! Você que sabe! Agora, eu só quero te dizer uma coisa... E espero que isso fique bem claro de agora em diante! Não se meta mais na minha vida, tá legal? Eu e você não temos nada oficialmente... E nem nunca vamos ter... – declaro convicto e sério.

– Como nunca vamos ter? E se eu...

– Resolve tua vida, Wallace! É só isso que eu te peço... Te decidi, antes que seja tarde demais pra qualquer coisa! – exclamo.

– Me dá um tempo, pelo menos pra eu preparar meus pais... – pede ele.

– Quanto tempo? – pergunto.

– Você me pressiona pra caralho, sabia? Não sei quanto tempo... O tempo que for preciso, tá legal? – diz ele.

– Tudo bem! Mas, faz um favor pra mim? Durante todo esse “tempo”, eu quero distância de você... Enquanto tu não decidir o que tu queres... Acho melhor a gente não ter nenhum tipo de relação... Nem de amizade... – falo.

– Mas cara, eu tô gostando mesmo de você! – admite Wallace.

– Acabou, Wallace! Chega! – grito.

– Tá terminando comigo? – pergunta ele, rindo ironicamente.

– De uma vez por todas, sim! Ah e só pra constar... Da próxima vez que você se intitular meu namorado, na frente dos meus amigos, eu vou te detonar pra todo mundo... E isso é uma ameaça! – alerto-o, sabendo que no fundo nunca faria isso com ele.

– Se é o que você quer... Nem precisa se preocupar! Não vou nem mais olhar pra tua cara! – rebate ele, enraivecido.

– Faça isso! – enfrento-o.

– E vou mesmo... – diz ele encarando-me com destreza. – Vou encontrar alguém que de fato consiga me esperar!

– Boa sorte! – digo, impactado com o último comentário dele.

Dou as costas pra ele e caminho para o portão, deixando-o estagnado e abatido, olhando-me furiosamente.

– Ah, Alef... Um dia eu vou te fazer pagar por tudo isso que você me disse agora... – ameaça ele, sorrindo lindamente.

– Ué! Não seja por isso... Pode fazer agora! – falo, voltando para junto dele e ficando bem em frente á ele. – Vai me bater? Vêm! Pode vim...

– Não... Eu não sou esse tipo de pessoa! – cospe ele. – Na verdade, tenho maneiras muito mais práticas de te punir severamente! – sussurra ele, soprando um hálito irresistível, na minha boca.

– Ah é? Estou morrendo de medo de você! Cite uma coisa pra me fazer tremer de medo. – desafio-o.

– O horário não permite! Espere e verás... – murmura ele ainda mais perto da minha boca.

Nossa grande proximidade me faz gelar e eu começo a ofegar, respirando com dificuldade. Ele percebe e começa á sorrir maliciosamente... Num movimento involuntário, ele pega minha mão esquerda e a leva á sua boca. Seus lábios tocam minha mão e ali se demoram, num longo beijo quente e molhado.

– Ainda não acabamos... – conclui ele, soltando minha mão e se afastando.

Um calafrio perpassa pela minha nuca e eu estremeço. Wallace entra no carro e se dirigi para a garagem... Deixando-me sozinho, na mais perfeita solidão.

...

Assim que eu entrei na mansão, ainda com o coração num turbilhão de emoções pelos últimos acontecimentos, dei de cara com as meninas conversando na sala. Tentei desviar o caminho, mas foi tarde demais para fugir.

– Alef! Não foge de mim! – gritou Jennifer ao me vê. – O que o Plínio queria? – perguntou-me ela, pegando-me pelo braço e me arrastando para o sofá.

– Ah! Ele... Só queria me ver! – respondo, emitindo muitas verdades.

– E? O que mais? Ninguém chega tão cedo na casa de alguém, só para ver á outra pessoa... – insistiu ela.

– Olha, foi apenas isso tá! O Plínio é um cara legal... Ele só queria mesmo saber como eu estava... – digo.

– Sinto cheiro de romance! – dispara Yumi.

– Eu também... Tá rolando algo sério entre vocês? – indaga Jennifer.

– Claro que não! – falo, esquecendo-me de completar “E nem nunca vai rolar, depois de hoje”. – Nós somos só amigos! Apenas isso!

– Você não acha que ele daria um ótimo namorado para o Alef, Jennifer? – induz Yumi.

– Pode ser... Depende do Alef... Gato ele é! Boa pinta também... Mas, vai saber como tá o coração do nosso amiguinho aqui... – diz Jennifer, olhando-me com desconfiança, sabendo quem de fato tinha conquistado meu coração.

– Será que a gente pode falar de outra coisa? – induzo.

– Boa ideia! E aí? Você conta ou eu conto? – pergunta Yumi á Jennifer, num entusiasmo descontrolado.

– Eu falo! – grita Jennifer. – Alef, hoje nós vamos dar um passeio de lancha... E ainda melhor que isso... Nossos pais não vão! Vai ser um dia só pra gente!

– Nossa! Lancha? Sério? – entusiasmo-me.

– Seríssimo! – enfatiza Yumi.

– Parece que o dia promete, então! – digo, tentando encontrar animação dentro de mim.

– Por falar nisso, eu ainda tenho que provar uns dois biquínis... – diz Jennifer, se levantando do sofá apressadamente. – A gente se encontra daqui á dez minutos tá! Yumi, você vai me ajudar á escolher... Vamo! – Yumi é arrancada do sofá e é levada á força.

– A galera toda vai? – pergunto.

– Infelizmente, sim... E isso inclui a insuportável da Paty. – admite Jennifer.

– Estava bom demais pra ser verdade não é?

– Eu não a acho tão chata... Gente! Dá um crédito pra ela! Esses dias ela tem estado tão na dela, quase não fala... Vocês sabem se aconteceu alguma coisa? – diz Yumi.

– Aposto como foi o toco que o Wallace deu nela, depois do beijo que ela deu nele no ano novo... Bem feito! Quem sabe assim ela não aprende... – diz Jennifer, petulante e maldosa.

– Aí que horror, amiga... Ninguém merece ser rejeitado da forma como ela foi... Wallace pegou pesado. Eu vi a cena! – relata Yumi.

– É... Se tratando do Wallace, dá pra ter noção! – digo sorrateiramente.

– Ué... Ele já te tratou mal também? – pergunta Yumi, confusa.

– O quê? Eu? Imagina... – digo extasiado.

Era melhor eu calar a boca, pois se tratando do Wallace, era certo eu falar besteira.

– Será que dá pra gente subir, Yumi? Eu tenho mesmo que me vestir! – intromete-se Jennifer, puxando Yumi e subindo as escadas. Ela pisca pra mim e eu digo um “Obrigado” em silêncio.

As meninas sobem para seus quartos e eu fico ali, sentado no sofá por mais alguns minutos, pensativo e distante. Pego meu celular e resolvo mandar uma mensagem para o Plínio... Envio e alguns minutos depois, ele visualiza, mas não responde. Mando outra e mais uma vez ele visualiza e não responde. Desisto e aceito a realidade.

Já estava quase relaxando, quando alguém abre á porta da sala e entra. Olho rapidamente e meu coração salta. Parecia até, que a gente tinha um tipo de poder psíquico, pois era eu pensar nele para ele aparecer... Wallace entrou na sala e olhou para os lados, fingindo não me vê minha presença no sofá. Era bom mesmo ele me ignorar, pois eu faria o mesmo com ele.

Virei á cara e nem liguei para a presença degradante do outro lado. Para minha surpresa, ele não falou nada e passou direto para a cozinha. Não sei por que, mas um leve aperto assolou meu coração e eu fiquei meio triste. Eu já devia ter me acostumado com as indiferenças dele. E agora, que a gente tinha ficar cada um na sua, nossa relação mudaria mesmo drasticamente.

Levanto-me do sofá com a minha sanidade acabada emocionalmente, e caminho até ás escadas para o primeiro andar... Mas não sem antes, olhar de esguelha para o corredor que leva á cozinha e vê-lo, mastigando uma maçã e encarando-me de longe. Desvio o olhar envergonhado e subo para meu quarto. Era melhor eu contar os minutos para acabar minha estádia naquela casa, pois, se eu não resistisse á ele, nosso término iminente, poderia acabar durando apenas algumas horas.

...

A bela manhã de sábado, do dia 2 de janeiro de 2016, estava incrivelmente bela e ensolarada. Prometendo um dia com fortes raios solares e um pôr do sol, digno de filme romântico. Meu humor tinha ficado estável, pelo menos no começo.

Um vento forte de maresia, batia no meu rosto, enquanto a lancha da família Schneider, rodopiava no meio do mar, numa velocidade eletrizante. A lancha era grande e espaçosa, abrigando confortavelmente oito pessoas. A comodidade era tão grande, que eu nem precisei ficar no mesmo ambiente que certas pessoas indesejáveis.

Saulo, Paty e Alexandre ficaram numa cobertura, logo mais acima, tomando sol e bebendo uns coquetéis caprichados, enquanto embaixo, ficamos eu, Jennifer, Yumi e Otto, sentados num sofá no fundo da lancha, conversando e tirando sarro das piadas do Otto. A água espumava pelo mar, conforme a velocidade aumentava, lançando ventos contagiantes á nossa volta. Tudo poderia ter sido perfeito, se não fosse pelo fato da presença ilustre do Wallace, bem na minha frente, pilotando o barco majestosamente divino. O filho da mãe estava apenas de sunga preta, com o corpo deslumbrantemente lindo e descoberto, dirigindo o barco numa pose de chefão da porra toda. Os óculos escuros estampavam sua graciosidade e ele emanava sedução, até de longe.

Eu tentava não admirá-lo, mas era difícil não olhar para sua estrutura descomunal e tentadora. Droga! O passeio de lancha deveria ser a minha cura, mas acabou se transformando na minha tentativa inútil de resistir ao Wallace. Aumentei o som dos meus fones de ouvido e comecei a contar carneirinhos, ao som de (Adele – Lovesong). Olhei para o mar e tentei me distanciar dos meus pensamentos... Como eu poderia querer esquecê-lo, estando tão perto dele, praticamente o tempo todo?

Yumi e Otto passavam protetor solar um no outro, rindo e conversando... Imaginei quando aquilo aconteceria comigo também... Provavelmente nunca. Desmanchei-me em depressão e finalmente me vi, saboreando um picolé atrás do outro, enquanto ele me ignorava.

Continua...

Oi gente! Desculpa tá demorando tanto pra postar, mas não se preocupem, pois eu sempre volto!! Como diz Inês Brasil: "a gente tem que segurar a marimba né?" Pois é! Não tá fácil, mas é isso aí! Aos leitores Edu, Anjo perdido, Dfc, Luh Xli, Ali T. Jones, Agui, Yoham e tantos outros, um mega abraço e espero que continuem por aqui!!! Respondendo á pergunta do Edu: Eu publico essa história apenas nesse site mesmo, migo! Por conta do tempo e da responsabilidade, achei melhor só postar aqui!! Volto logo mais! Beijos pra todos!

Comentários

Há 5 comentários.

Por dfc em 2016-05-17 07:00:45
Nossa xocante esse episódio
Por Anjo perdido em 2016-04-04 10:50:49
O Wallace é o cara da história, mas o Alef tem que dar um gelinho severo nele. Ninguém merece e se ele acha que vai afetar o Alef tá muito enganado, pois ele ao ver o Alef com alguém vai ser capaz de qualquer loucura
Por Nando martinez em 2016-04-03 23:22:05
Pelo menos o Wallace n cai mais agir como idiota ,coitado do plinio também um cara muito legal :)
Por Ali T. Jones em 2016-04-03 23:20:37
Amei o capítulo, apesar do palhaço do Wallace ter estragado tudo! Por favor, não sei o Alef ser trouxa e ficar com ele. #TeamPlínio 💖. Ótima escrita, já esperando o próximo haha. Beijos, Ali.
Por Fla Morenna em 2016-04-03 20:27:35
Nosaa top espero q eles se acertem