Cap. 34:

Conto de Salém como (Seguir)

Parte da série Uma História de Amor

- Daniel?

- Por que você veio embora sem se despedir de mim, Bader?

- Você precisava descansar...

- Não me enrole, fale a verdade.

- À uma hora dessas, você deveria estar descansando, na casa da sua mãe.

- Junto com você... Eu briguei com a minha mãe hoje.

- Por quê?

- Porque eu a vi te oferecendo dinheiro para se afastar de mim, fiquei com tanto

medo de você aceitar... Mas tive orgulho de você quando você recusou... Por que você não me contou a verdade?

- Porque eu não quero ver você brigando com a sua mãe, jamais faria algo para

colocar você contra a dona Marisa.

- E prefere assumir a culpa?

- Humpft... A verdade sempre aparece.

- Por isso que eu te amo.

- E o que você vai fazer agora?

- Eu já fiz, voltei pra junto de você para nunca mais sair.

- Te amo, petit.

- Eu também, mon petit. Me de um beijo?

- Claro.

Eu e o Daniel parecíamos nos conhecer de outras vidas, era um relacionamento

diferente, tínhamos uma cumplicidade, telepatia, algo inexplicável que fortalecia nosso

amor. Demos um longo beijo ali na porta mesmo, ao mesmo tempo em que ele me beijava sua mão entrou pelo meu roupão e ia explorando todo meu peitoral, meus ombros e costas, naquele momento eu me senti completo.

- Como eu senti falta dessa pele perfumada...

- Eu também senti sua falta... Muita falta...

- Eu pensava em você o tempo todo...

- Eu também, petit. (Tossindo).

- Você está tossindo...

- Logo vai passar, eu fiz um chá pra aquecer o corpo...

- Como você veio embora?

- Vim caminhando.

- Não acredito. Por que você não veio com seu carro?

- Porque havia deixado a chave no seu quarto e não queria voltar lá pra pegar...

- Eu vim dirigindo ele, deixei no estacionamento...

- Obrigado.

- Agora toma seu chá pra não pegar uma gripe. Enquanto isso eu vou tomar um

banho...

- Tá bom.

Enquanto ele foi tomar banho, me deu vontade de escrever alguma coisa, eu não

sabia o que era, apenas tinha vontade de escrever. Peguei a xícara de chá e sentei-se à mesa do meu computador no quarto, peguei um papel, caneta e deixei que fluísse algum rabisco, meu coração estava apertado, minha tosse só aumentava, depois de escrever um monte de bobagens guardei o papel dentro da gaveta e fui escovar os dentes antes de dormi abraçadinho com o meu amor.

Não tem nada melhor do que passar a noite inteira abraçado com quem você gosta,

se sentindo protegido, na posição que nós mais gostávamos, que era conchinha. No outro dia acordei recebendo vários beijinhos de bom dia, do quarto eu sentia o cheirinho de pão de queijo assando, o Daniel já havia preparado o nosso café da manhã com tudo que eu mais gostava, como sempre ele fazia tudo para me agradar, nem precisava fazer muito, pois o pouco que ele fazia já era o suficiente.

Levantei e fui escovar os dentes, enquanto isso o Daniel me esperava sentado na

mesa da sala, onde tomamos café e depois fomos tomar banho juntos:

- Gostou?

- Do quê?

- Do que preparei para você.

- E tem como não gostar do que você faz?

- E tem como não se apaixonar por você?

- Te amo.

- Vamos tomar banho?

- Hum... Convite irresistível.

- Então vamos...

Ele cuidava de mim com tanto carinho, zelo, era como uma mãe cuidando de um

filho, o tempo todo ele ficava preocupado com minha saúde, se não fosse por ele eu não sei o que seria, mas com ele pegando no meu pé eu seguia as recomendações e dietas, mesmo assim minha tosse não passava e minha preocupação aumentava, era uma tosse seca que estava me incomodando, como se não bastasse comecei também a sentir dor nas costas:

- O quê você tem, petit?

- Estou com um pouco de dor nas costas...

- Deite aqui pra eu te fazer uma massagem...

- Hum... Assim ela vai passar rapidinho...

As massagens que ele me fazia eram ótimas, ele tinha uma mão ótima pra isso

também, tudo bem que as massagens começavam sérias e iam se tornando cada vez mais safadas até terminarmos nus na cama. Nossa relação já estava em outro nível, em todos os sentidos, o certo “preconceito” que o Daniel tinha no começo em relação ao sexo, já havia se dissipado, seus beijos eram sempre ardentes, seus toques por todo o meu corpo, sua mão boba passeava livremente, os apertões, a penetração, sempre com camisinha claro, não me dava mais o “luxo”, ele já via tudo com outros olhos, quando eu estava dentro dele ou ele dentro de mim, isso não importava mais, o que valia era o prazer mutuo, e isso sim, sentíamos, cada vez que ele entrava em mim era como uma explosão de sensações, dor, prazer, amor, luxuria, mas todas elas reunidas, formavam nosso sentimento de amor, era incrível senti-lo dentro de mim, sua boca em minha nuca me mordendo ou até mesmo falando palavras de sacanagem, ele era profissional nisso, as vezes até me deixava acanhado, mas dai eu olhava pra sua carinha sacana e não resistia, afinal, fui eu que fiz forção para ele entender que entra 4 paredes vale tudo, sem medos ou preceitos, e a gente se completava ele em mim e eu nele.

Alguns dias se passaram e nossa vida estava indo muito bem, pura felicidade,

chamego, amor, essa era uma das vantagens de amar e ser correspondido, não tem preço

que pague a satisfação que você sente quando está nos braços que quem ama, ouvindo no pé do ouvido sussurros de amor.

Foi nos braços do Daniel que eu acordei em pânico em uma madrugada muito fria,

sem mais nem menos acordei assustado, pois não conseguia respirar porque minha

respiração havia travado, o Daniel acordou com minha agonia, pensei que naquela hora eu iria morrer, parecia que eu estava submerso dentro de uma piscina, na hora se passam tantas coisas pela cabeça que você perde todos os sentidos, graças a ele eu consegui respirar novamente, mais um pouco eu teria morrido. Naquela mesma hora o Daniel se levantou, vestiu uma roupa e me levou até o médico:

Comentários

Há 1 comentários.

Por em 2016-08-19 19:18:58
gente to preocupada 😢😢😢