Cap. 05:

Conto de Salém como (Seguir)

Parte da série Uma História de Amor

CAPITULO 5

Chegou o dia de irmos viajar, decidimos ir para a França, apesar de que eu queria também conhecer o Egito, mas resolvemos ir em uma outra oportunidade. O vôo estava

marcado para as 22:00, eu preferi marcar para vôo noturno porque a gente vai dormindo e quando acorda já chegou, eu sei que dormir em avião é muito desconfortável, mas pelo menos esperamos o tempo passar sem vê-lo passar. Na parte da manhã fui até Campinas deixar a Dani na casa da minha mãe, ela cuidaria do meu “bebê” até eu voltar, pensei em deixa-la em um hotel pra cachorros, mas fiquei com receio dela ficar doente, pois ela era muito apegada a mim, já estando com minha mãe ela se distraia com a família, e também seria uma viagem curta, apenas dez dias. Voltando da casa da minha mãe, eu fui até a loja de roupas de inverno comprar algumas peças, pois na época em que fomos viajar na Europa era inverno e as roupas que eu tinha nem sei se me serviam mais, também fazia tanto tempo que eu não saia do país...

Depois das compras fui pra casa preparar minhas malas, aproveitei e deixei uma mala vazia, para trazer um monte de lembrancinhas da França para os amigos e família, claro que pra mim também, sempre fui fã de perfumes e lá eu estaria na “nascente”. Quando eram aproximadamente 19h o Daniel tocou a campainha, cheio de malas também, ele deve ter colocado até roupa de esquiar dentro da mala, tamanho era o volume que aquelas três malas faziam.

- Nossa...

- O quê foi?

- Não acha que tem malas demais?

- Você disse que lá vai estar frio...

- Sim, mas também não vamos esquiar pela “Rue de la République”, não terá montanhas de neve pelas calçadas... Deixe esse esqui aqui em casa...

- Tudo bem, da próxima vez avisa...

- Desculpe! Agora vamos...

- Calma... E o meu beijo?

- Hum...

Chamamos um táxi para nos levar até o aeroporto, deu um trabalho enorme pra colocar aquele monte de malas dentro do carro, tivemos que deixar uma mala do Daniel em casa, ele não gostou muito da idéia no começo, mas depois concordou, mas também pra que levar uma mala só com sapatos? Ficamos na sala vip até a hora do embarque, tiramos algumas fotos, olhamos o mapa do local onde estariam os guias para nós não nos perdemos, e também um mapa de Paris.

No avião, pedi para sentar na janela. O Daniel se levantou e trocou de lugar comigo.

Atrás de nós havia uma mulher com as outras duas poltronas vagas, pelo que deu a entender ela comprou os três lugares só pra ela. Na poltrona da frente havia um casal com uma criança, que deveria ser uma pestinha, pois queria furar a poltrona do avião com um palito de sorvete, o pior de tudo era que os pais não falavam nada, a comissária teve que intervir e os pais da criança não gostaram muito, mas deram um puxão de orelha no moleque e ele ficou quieto. Ainda bem que ao nosso lado ficou uma poltrona vazia, eu e Daniel pudemos viajar mais à vontade. Quando o avião decolou, ele segurou na minha mão e disse olhando nos meus olhos:

- Está com medo?

- Não, e você?

- Um pouco, se eu disser que te amo agora, você acredita?

- Você está quase me convencendo.

- Vamos ver se com esse beijo eu te convenço...

Ele pegou na minha cabeça com sua mão esquerda e trouxe minha boca para junto da dele, acariciando meus lábios com os seus, suavemente, depois notei que as pessoas no

avião nos olhavam um pouco assustadas, mas até então nem estávamos preocupados.

O quê era para ser apenas 10 dias, acabou virando 20 dias. Quando chegamos ao

aeroporto de Paris, o Daniel não entendia o que os avisos diziam, mas como eu sabia falar francês fluente, pra mim não foi difícil achar o hotel e os guias.

Chegamos ao hotel, pegamos a chave do quarto e fomos conhece-lo, havia duas camas de solteiro, a decoração era estilo clássico, de bom gosto e muito charmosa. Colocamos as malas sobre as camas, começamos a tirar as roupas de dentro e arruma-las nos armários.

- Ai que frio...

- Frio bom pra namorar...

- Ficar agarradinho...

Estava muito frio, a paisagem vista da janela nos enchia os olhos, aqueles jardins de

folhas secas no chão formando um tapete natural, parecia um bolo “floresta negra”, havia poucos carros na rua, bem tranqüilo o lugar. Depois de arrumar tudo em nosso quarto, fomos passar pela cidade, andando pelas calçadas de Paris paramos em um café, comemos um delicioso croissant acompanhado de um chocolate bem quentinho. Quando batia aquele vento gelado o Daniel me abraçava, era muito bom.

- “Bonjour”! (Bom dia!).

- “Bonjour! S’il vous plaît, un chocolat et un croissant”. (Bom dia! Por favor, um

chocolate e um croissant).

- “Oui. Et vous monsieur”? (E o senhor?).

- “Diz pra ele que vou querer o mesmo que você”.

- “Aussi”. (Também).

- “Voilà”. (Ok)

O garçom foi buscar nosso pedido, reparei que na mesa ao nosso lado tinha um casal de gays que se beijavam com a maior naturalidade, era um casal jovem, deveriam ter a faixa de idade que eu e o Daniel tínhamos, eram muito bonitos os rapazes, às vezes

algumas pessoas olhavam disfarçadamente para os dois com uns olhares meio tortos, mas nenhuma reação homofóbica foi presenciada por nós.

- O quê você tanto olha para aqueles dois?

- Nada...

- Como nada? Você não tira o olho...

- Eu estou surpreso com a atitude deles de beijar em publico e das pessoas em volta

que tratam com naturalidade...

- E o que tem haver beijar em publico? Se for o caso fazemos também.

Ele me puxou pra junto dele e começou a me beijar, o Daniel tinha suas loucuras

que me assustavam, mas tinha umas que me deixava sem fôlego, claro que tudo que vinha dele eu adorava, quando a gente gosta de alguém temos que aprender a gostar das

qualidades e defeitos, e eu gostava dele por completo.

- Você sabe que eu não me sinto bem...

- Mas o que tem de errado?

- Eu sei que não tem nada de errado, mas tem pessoas que se assustam, pois não

estão acostumadas...

- Tudo bem, nós paramos então.

- Mesmo assim eu continuo gostando de você...

- Por que você não me deixa te fazer feliz?

- Não entendi.

- Você parece ter medo de se entregar...

- Mas é claro, você vem de um mundo diferente do meu, talvez amanhã você acorde

e vê que não é isso que quer pra sua vida...

- Eu sei o que eu quero pra minha vida, se eu decidi ficar com você é porque tenho

certeza do que eu quero...

- Tudo bem, discutimos isso depois.

- Tá bom.

Depois do nosso lanche, fomos dar uma volta no parque, começamos a correr entre

as árvores, até que o Daniel conseguiu me pegar, mas acabamos tropeçando no banco e

caímos sobre as folhas secas no chão, meu corpo ficou sobre o dele, cara a cara, demos

muita risada, quase sem fôlego, até rolar um beijo, ele foi me abraçando com seus braços fortes e ficamos ali trocando carinhos, ao som dos pássaros, foi muito bom. À noite fomos passear pelas ruas da “Cidade luz”, Paris à noite é linda, charmosa, pegamos o metrô na estação central e ficamos passeando até ficarmos perdidos, olhei naquele mapa cheio de linhas que nos confundia, ouvimos o anuncio de que a operação estaria se encerrando em 15 minutos, corremos para pegar o ultimo metrô para a estação central, por pouco não o perdemos, pois já estava fechando as portas.

Saímos da estação central morrendo de rir, tirei uma foto pelo celular do Daniel tropeçando na calçada, acho que as pessoas nos achavam loucos, mas éramos dois loucos felizes e que se amavam. Voltamos para o hotel de madrugada, fomos tomar um banho bem quente juntinhos, achei a água um pouco estranha, sem contar que é muito cara, tivemos que tomar banho bem rápido.

Depois do banho juntamos as duas camas de solteiro e dormimos como um casal, bem agarradinhos.

Para o Daniel tudo era novidade, eu era o primeiro homem que ele havia ficado, até

então ele sabia lidar com mulheres e não com homens. Naquela noite ele olhou para mim, tocou em meu rosto e olhando nos meus olhos ele disse:

- É estranho...

- O que é estranho?

- Eu amar um homem.

- Ainda dá tempo de se arrepender e voltar atrás.

- Nunca, é de você que eu gosto, é com você que quero ficar, é pelo seu amor que

quero lutar.

- Nossa... Nunca recebi uma declaração dessas...

- Se você me permitir te amar, te farei uma pessoa muito feliz...

- É...?

- Sim...

- E a mina que você estava ficando?

- Nunca mais a vi.

Começamos a nos beijar, ele era um cara muito carinhoso, meigo, mexia comigo dia

após dia, fizemos amor à madrugada toda, em Paris, foi algo mágico, inesquecível, nossos corpos suando de frio e calor ao mesmo tempo, nosso suor misturado nos fazia deslizar um sobre o corpo do outro, meu cabelo estava já molhado, o dele também, tamanha era a intensidade do nosso desejo. Tremendo de frio ele deu um beijo na minha testa, encostou sua cabeça sobre meu peito e me abraçou.

- Está com frio?

- Um pouco, mas vai passar.

- Deita aqui que te esquento.

Eu deitei em seu peito me lembrando da nossa primeira noite de “amor”, havia sido a alguns dias antes da viagem, ele foi ao meu apartamento, todo arrumadinho como sempre, sem perder o estilo marrento de ser, levou uma garrafa de vinho, eu no inicio achei estranho, pois ele me pegou de surpresa, ele encheu nossas taças, me ofereceu uma, sorvendo o liquido da sua, sem nem dar tempo de eu beber a minha, ele me pegou em seus braços, tive que largar a taça rapidamente na mesa central da sala, antes que virasse o vinho e nos manchasse, ele tinha essa mania de ser intenso sempre, ele me pegou em seus braços enquanto sua boca cobria a minha, suas mãos percorriam meu corpo, isso já havia acontecido antes, mas dessa vez eu senti algo de diferente nele. Ele parou um instante de me beijar, me empurrando contra o sofá atrás de min, eu cai sentando rindo, ele não riu, na verdade pulou sobre mim, e me disse no ouvido me fazendo arrepiar:

- Eu te quero por inteiro!

Suas palavras não eram explicitas, mas suas intenções sim, eu estava receoso, por depois ele se arrepender, mas mesmo assim deixei rolar. Ele voltou a me beijar, mas desta vez com mais calma, sem claro, perder sua intensidade, suas mãos voltaram a percorrer meu corpo, passando por dentro das peças de roupa, percorrendo minhas costas, logo arrancando minha camisa parando apenas um segundo de me beijar, sua língua era devastadora, suas mãos ágeis abriram minha calça a empurrando para baixo, eu segurei suas mãos, e o encarei serio, ele parou o movimento, aproveitando para tirar também sua blusa e sua calça, me deixando com a imagem de seu corpo apenas de cueca mas que deixava nítida a excitação, de certo modo eu não o entendia, ou não entendia como chegamos aquilo tão rápido, afinal, ele era hétero, ele então terminou de tirar minha calça e voltou a atacar meus lábios, agora eu também percorria seu corpo com minhas mãos, sentindo cada parte, cheguei a sua bunda, ainda vestida, esperando de certa forma uma reação de repudio ou hesitação, mas não, seus beijos e toques continuaram, eu senti o caminho livre para desta vez tomar a iniciativa e retirar a peça que separava nossos corpos, retirei sua cueca e depois a minha, nossa pele finalmente ficou livre e o contato dos dois corpos totalmente nus e entregues gerava atrito, eu já o havia visto nu, na noite da balada, quando lhe dei banho, mas havia sido sem malicia, eu estava ajudando um amigo bêbado, mas agora entregues um ao desejo do outro, pude reparar ele era perfeito, seu membro duro, pressionando o meu em seu mesmo estado de estase, os dois babavam um pré- gozo sem o mínimo toque manual, nossos corpos continuavam a se roçar, eu percebi que ele queria aquilo, mas não sabia como seguir, afinal ele sempre havia estado com mulheres, então tive de tomar as rédeas, trocando-nos de posição e subindo sobre ele, larguei então sua boca e segui para seu pescoço, mordiscando e beijando por onde passava, descendo ao seu peito me perdendo eu seu corpo perfeito, cheguei ao seu abdômen tão duro como o resto do seu corpo se encontrava, olhei para seus olhos que reviram de prazer e ansiedade, minha boca desceu mais, percorri os poucos e ralos pelos que desciam por um caminho de desejo, chegando ao seu membro estritamente duro e ereto, pude então prestar atenção antes de abocanhar, fazendo-o gemer e jogar o corpo para tras, eu liderava os movimentos de vai-e-vem, até sentir sua mão pesada sobre minha nuca me empurrando para baixo, eu o olhei e vi seus olhos a me admirar, vidrado de paixão e prazer, eu segui nos movimentos, ele logo me puxou para cima, de encontro novamente a sua boca, seus carinhos eram fortes ao mesmo tempo que doces. Eu então voltei a tomar as rédeas, levantei dali e fui ate meu quarto, voltei com uma embalagem de preservativo na mão, olhei para ele como se pedisse permissão, na verdade estava apenas confirmando se era mesmo isso que ele queria, ele sorriu e confirmou com a cabeça, eu voltei ao seu corpo, voltei a beija-lo e a toca-lo sentindo leves gemidos de prazer escapando de sua boca, então vesti a camisinha eu seu membro rígido, e me posicionei sobre ele, fui descendo com cautela, olhando para sua cara de prazer em meio a uma angustia quase palpável, ao chegar ao final, ele sorriu, mostrando seus dentes e um brilho nos olhos, pegou minha cintura e voltou a ter as rédeas, meu corpo estremeceu ao sentir toda sua extensão em meu interior, ele era grande, suas mãos começaram a mover meu corpo para cima e para baixo em movimentos repetidos, assim como a velocidade também foi aumentando, eu ajudava forçando meu corpo, ele gemia de prazer me acompanhando, logo ele me derrubou no chão caindo sobre mim invertendo nossas posições, sua insegurança foi para o ralo, eu o senti com mais força, ele agora se empurrava para dentro do meu corpo, no chão da minha sala, sobre meu tapete cinza, sentia toda a sua força, via o musculo do seus braços agindo, via seu peito arfando o suor escorrer por seu corpo e meu corpo também o acompanhava no ritmo e no desejo, cada vez mais forte, e mais para dentro de mim, eu sentia sua perna bater em mim, senti ele por inteiro dentro de mim, e depois senti também quando veio seu gozo, seu corpo ficou mais tenso, ele deu uma estocada forte e seu rosto delirou, eu senti seu prazer em mim, era como se estivéssemos ligados, ele então despencou sobre min, ainda dentro do meu corpo, seu peito arfava, nosso corpo unido pelo suor, pelo prazer e por desejo, ele se jogou para o lado tirando seu membro de dentro de mim, e como nun susto se voltou para mim:

- Você não gozou!

Aquilo me surpreendeu:

- não, deixa pra próxima!

- Próxima nada, você me deu muito prazer agora sua vez.

- Eu também senti prazer!

- Mas não gozou, vem ca.

Ele me puxou e foi em direção a meu membro que já estava meio bomba, ele chegou com receio, eu o entendi, e tentei o puxar para cima, ele recusou, ele então pegou em mim com suas mãos grandes e começou a masturba-lo, quão logo deu sinal de vida ficando duro novamente, ele então colocou na boca, seu movimentos era lentos e inexperientes, mas ele estava se esforçando, eu o ajudei mentalmente lembrando da nossa transa, seus movimentos de boca foram aumentando de intensidade, enquanto suas mãos percorriam por meu peito, não tardou para sentir espasmos e meu orgasmo se aproximando, então puxei sua cabeça direcionando sua boca para a minha e continua a me masturbar enquanto o beijava, logo meu gozo veio saltando em meu peito e um pouco nele, ele então sorriu para mim e se jogou ao meu lado, suas mãos procuraram a minha entrelaçando nossos dedos, e ali ficamos, pelo menos até o frio da noite nos afugentar para um banho e depois para minha cama.

As lembranças eram fantásticas, dormi no céu e acordei no paraíso, lá fora chovia um pouco, uma garoa chata, um ótimo pretexto para ficar dentro do quarto o dia todo abraçadinhos, deitados trocando carinhos, fazendo amor. Aquela garoa durou dois dias, ficamos os dois dias dentro do quarto namorando, abraçadinhos, dormindo com aquele friozinho.

Comentários

Há 2 comentários.

Por Fla Morenna em 2016-04-23 13:07:04
Gente estava em duvida se eles tinham transado ou nao mais foj show.
Por flavio em 2016-03-29 23:11:10
Mds amei série continua viu amei amei amei