Capítulo X - Cuidando da Minha Vida
Parte da série Unconditionally
Eu não sabia o que estava fazendo, mas sabe de uma coisa, eu estava cansado de ser um idiota sem graça, eu queria ser o dono da minha própria vida.
- Tudo bem? - perguntou Rodrigo com as mãos no volante.
- Tudo ótimo! - disse sentando no banco do carona.
A noite estava linda, o céu cheio de estrelas, eu havia passado toda tarde me arrumando, estava vestindo um hoodie da Dope, calça jeans azul clara bastante rasgada, confesso que um pouco justa demais, e um Vans vermelho. O Rodrigo estava lindo, ele vestia uma polo azul da Hollister, um jeans preto um pouco largado, e aqueles olhos verdes dispensavam comentários.
Enquanto passávamos por uma avenida movimentada, me perdi entre os meus pensamentos. César ocupava boa parte deles, nem nos despedimos hoje de manhã, acho que fui um pouco duro, mas ele precisava aprender a se controlar, e estava pensando seriamente se não seria o caso de darmos um tempo, até nos acostumarmos com a ideia de um relacionamento, onde ninguém exploda, em minutos.
- Então...me disseram que você teve uma briga feia com o César hoje de manhã. Espero que não seja por minha causa, sou apenas seu amigo. - ele parecia satisfeito com o que dizia.
- É, nós brigamos, não se preocupe, ele vai aprender a conviver com meus amigos. - sorri tímido.
- Cara, de boa, não tem porque você ficar aguentando ele!
- Não é aguentar Rodrigo, é algo muito forte que me atrai para ele.
- Você acha ele bonito? - ele virou o rosto para mim.
- Como assim, que pergunta esquisita. - sorri nervoso.
- Eu sei, mas você acha?
- Sim, desde a primeira vez que o vi! - olhei sério para ele.
- E eu? Me acha atraente? - ele fixou seu olhar no horizonte.
- Difícil dizer, sou seu amigo, e novo nesse negócio de gostar de meninos. - sorri olhando em direção a janela.
- Sei lá, é sim ou não! - ele olhou sorrindo para mim.
- Sim eu acho! - disse com a cabeça baixa.
Rodrigo não falou mais nada, pensei que eu havia estragado a noite, mas afinal de contas, foi ele quem insistiu na pergunta, droga devia ter mentido. Rodrigo estacionou o carro em uma rua onde não havia nada.
- Droga! - gritou ele batendo com as mãos no volante.
- Olha me desculpa Rodrigo, eu estraguei tudo pode me levar pra casa, eu juro que nunca mais olho pra você! - meus olhos estavam marejados.
Imediatamente, seu olhar de fúria se voltou para mim, senti muito medo, mas de repente seus braços se enroscaram em meu corpo, e sua boca procurou a minha com tamanha vontade, que não pude me conter e correspondi, era um ótimo beijo, meu segundo beijo. As coisas foram ficando mais quentes do que eu esperava.
- Não, espera Rodrigo, é melhor a gente se acalmar! - disse tentando me esquivar dele.
- Você já não deixou ele te comer? Agora vai ter que me deixar também! - ele parecia ter perdido a razão.
- Me solta Rodrigo, eu não quero, não assim! - tentei abrir a porta do carro.
- Seu bobo, estão trancadas! - ele disse parando de chupar meu pescoço por um segundo.
Ele já estava seminu, se esfregava em mim, e toda admiração que eu tinha por ele ia junto com os gritos que a sua mão abafava não deixando sair da minha boca. Eu já não sabia mais do que ele seria capaz, quando de repente começo a chorar. Ele para imediatamente e parece assustado.
CONTINUA...