Capítulo 4

Conto de PedrãoC como (Seguir)

Parte da série Os Olimpianos

Obrigado ao edward, (inutil)mente e ao Hartz, abraço a todos vocês !

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- Narrado por Tess

O vento parecia um mar de pétalas que passava por cima de min, pelas minhas narinas pude sentir um forte cheiro de álcool e gaze, e junto a eles uma forte dor que parecia aos poucos deixar meu corpo, não sei como aquilo era possível mais sentia como se estivesse sendo recarregado aos poucos como uma bateria de celular. Forcei-me a abrir os olhos, a claridade era forte para as minhas vistas, mas aos poucos elas foram se acostumando com o ambiente. Olhei para min que estava deitado em uma espécie de maca, olhei para ao meu lado esquerdo e vi que tinham outros jovens deitados em macas ou naquelas camas típicas do exército e alguns pessoas de jaleco que deveriam ser médicos ou enfermeiros que estavam cuidando dos feridos. No meu antebraço havia uma agulha que injetava no meu corpo um espécie de liquido meio amarelado que estava logo acima de min em um suporte, na minha costela estava enfaixada e eu estava apenas de calca, o que me deixou relativamente sem jeito, apesar de não ter ninguém olhando para min, tentei me levantar, mas sentia ainda uma pequena dor na minha região abdominal, quando estava tentando me sentar, alguém apareceu e empurrou meu peito de volta a maca, levantei meus olhos e vi que se tratava daquele mesmo garoto que tinha trombado comigo na floresta.

- Você tem que ficar deitado ainda – disse ele serenamente se sentado numa cadeira ao meu lado – você ainda não esta cem por cento recuperado, novamente fiquei sem graça ao notar que sua mão ainda estava no meu peitoral, olhei para sua mão depois olhei para ele fazendo ambos ficarem sem graça e ruborizarem, ele sem jeito tirou a mão e ficou avistando algo distante para disfarçar sua vergonha, eu engoli em seco e ensaiei uma fala

- Onde eu estou? – perguntei curioso - Como cheguei até aqui ? O que aconteceu naquela floresta? – novamente senti uma fisgada na minha costela e fiz uma cara de dor, fazendo o garoto apresentar um olhar preocupado e apreensivo

- Calma calma – disse ele dando um leve sorriso – vamos devagar. Primeiro você esta no acampamento meio sangue, pelo visto você deve ser um semideus já que atravessou a barreira sem nenhum problema, e pelo visto também e novato já que quando eu te atravessei, a barreira ficou verde, e te marcou com o ordem do acampamento – disse ele apontando pro meu braço esquerdo, onde puder ver uma leve marca na minha pele do numero onze em algarismos romanos

- Continuando – disse ele se ajeitando na cadeira – eu te trouxe ate aqui depois do ataque do ciclope, felizmente depois que você desmaiou ele pareceu estranhar o fato de estar ali, e fugiu assustado, achei aquilo muito estranho mas depois de peguei no colo e te trouxe rápido já que você estava sangrando

O fato dele ter falado que tinha me carregado no colo me deixou extremante sem jeito, primeiro pela fato que eu estava desacordado, segundo por que a única pessoa que havia me pegado no colo havia sido minha mãe. Quando ele ia continuar a falar um som alto de um berrante soou pelo espaço, ele assumiu uma postura rígida, nada parecida com a do garoto que estava conversando comigo segundos antes, ele apenas levantou e sem olhar pra min disse:

- Eu tenho que ir – disse ele saindo correndo em direção a porta, do que parecia ser uma espécie de tenda, eu tentei levantar a voz para tentar falar alguma coisa mais nada saiu, eu nem ao menos havia perguntando seu nome.

Logo depois um jovem e belo rapaz com um jaleco branco veio conferir meu pulso e olhar a espécie de “soro” que estava sendo injetado em min, ele então sentou na cadeira onde o garoto estava sentado, sorriu pra min e disse:

- Olá, meu nome e Phill Lorc, prazer – disse ele levantando a mão para me cumprimentar

- Oi, meu nome e Tessandro, Tessandro Drivast – disse apertando a sua mão

Phill era um típico garoto americano, tinha olhos verdes claros, e uma pele branca levemente bronzeada, cabelos loiros e um sorriso encantador, tinha um peitoral largo e alto, e não pude constar muita coisa a mais já que ele estava de jaleco, mas parecia muito jovem para ser um medico ou ate mesmo um enfermeiro, achei estranho mas desde que sai de casa tanta coisa estranha aconteceu que quase nada me surpreendia

- Bom Tessandro – ele disse – quando você chegou aqui a dois dias você não estava em um estado muito bom mas.... – eu o interrompi com dando a ele um susto

- Estou aqui a dois dias ? – perguntei alto, chamando a atenção de todos para min, me fazendo ficar envergonhado pela minha atitude

- Calma Tessandro, hoje a noite fará Trés pra ser mais específico – disse ele sorrindo do meu susto – bom, creio que já esteja quase cem por cento e tenho que te liberar já que temos que receber novos pacientes a todo momento, além do mais Ruston que falar com você – lembrei me desse nome no mesmo instante em que ele foi pronunciado, minha mãe mandou eu procurar por ele logo que chegasse ao acampamento

- Entendi – disse eu já tirando minhas pernas para fora da maca e pronto para me levantar

- Calma rapaz – disse ele segurando meu ombro – você não vai sair pelo acampamento assim né? – ele apontou para min, e eu entendi tudo o que ele quis dizer – Suas roupas estão dentro desse criado mudo – ele disse apontando para ao me lado esquerdo – você pode vesti-las e ir ao encontro do Ruston na Sede do acampamento agora mesmo

- Obrigado – respondi dando um leve sorriso para ele

- Por nada – ele respondeu – se precisar de alguma coisa, so me procurar – assenti com a cabeça e terminei de me vestir, quando estava saindo me lembrei – Mas Phill, como que vou encontrar a sede ?!

- Eu te garanto Tessandro, você vai saber quando a ver – disse ele sorrindo e andando na direção oposta

Peguei minha mochila, e vesti meu casaco, apesar de ter sangrado na noite do “leve” combate com o ciclope, minhas roupas estavam limpas e cheirosas, exalando um perfume de rosas, iguais as que minha mãe costumava usar nas minhas roupas, ao lembrar disso me entristeci, mas eu tinha que continuar e descobrir cada vez mais sobre minha verdadeira história, me endireitei e sai da tenda. Quando sai da tenda me deparei com o mais incrível acampamento do mundo, eu estava no alto de um pequeno morro, onde atrás de min se estendia por uns 40 ou 50 metros a enfermaria, logo abaixo de min, descendo uma pequena rampa havia uma grande quadra de vôlei, e por mais que não conhece o lugar, já sabia que iria gostar, a direita da quadra de vôlei havia um grande e majestoso pinheiro, e um cheiro forte e bom saia dele, um pouco mais a frente da quadra, havia uma enorme casa, ela tinha mais ou menos uns quatro andares, era feita grande parte de madeira e o telhado parecia ser de palha, era linda, havia uma movimentação muito constante dentro dela, a todo momento via pessoas e, talvez eu estivesse alucinando, mas pareciam uma espécie homens-cabras saindo e entrando dela. Creio que Phill estivesse se referindo a sede como a aquele prédio, pela movimentação das pessoas e pela localização do prédio praticamente no centro do acampamento, provavelmente seria lá que eu encontraria o tal do Ruston. Enquanto caminhava em direção a suposta sede percebi que algumas pessoas passavam cochichando algo sobre um suposto ataque próximo ao pinheiro, creio que estavam se referindo a min, mas não dei muita bola, percebi que a esquerda da sede havia lindos campos de morangos, acima deles, algo parecido com um estábulo, um pouco mais acima tinha uma grande arena, pelos menos era o que parecia visto de fora, e próxima a ela uma casa de dois andares que no inicio não percebi o que era ate ver alguns jovens saindo de lá armados com espadas, escudos, lanças, arcos e etc, então devia se tratar de um arsenal ou alguma coisa do tipo. Já na varanda da casa vi que logo abaixo tinham cerca de 12 chalés, alguns lindos, outros nem tanto, mas estavam um próximo ao outro em uma espécie de “U” invertido. Acima dos chalés, um pavilhão enorme como um templo grego, cheio de mesas de refeitório ou alguma coisa assim, não dava pra enxergar muita coisa de onde eu estava, ao lado direito do pavilhão uma enorme parede de escalada estava posta, e por incrível que pareça, ela parecia se mexer e alguma coisa quente caia em direção a jovens malucos que se aventuravam ao escala-la, descendo em direção a sede, um lindo anfiteatro de pedras brancas e reluzentes, próximo a sede tinha mais um prédio, era pequeno e tinha alguma coisa escrita em grego que por incrível que pareça eu consegui ler, se eu não estiver enganado algo sobre Artes e ofícios estava escrito. Finalmente estava na varanda da tal sede, neste momento parecia não haver ninguém, mas logo que subi as escadas que vi lá dentro um homem sentado numa cadeira de rodas, conversando com ele havia uma menina e um garoto que logo percebi que era o mesmo que havia me salvado na noite anterior. Tentei entrar me aproximar da porta sem fazer muito barulho, mas quando ia bater na porta os três notaram minha presença, o senhor da cadeira disse alguma coisa ao garoto que veio em minha direção feito uma bala, topou em min e saiu em direção a enfermaria com alguns cortes no corpo, não pediu desculpas e nem mesmo olhou para trás, não entendi nada do comportamento desse garoto, mas não tive tempo de reclamar de nada pois logo na porta a menina se levantara pra falar comigo:

- Não esquenta não, filhos de Ares, muito temperamentais – na hora a colocação de filho de Ares me deu um leve nó na cabeça, mas ela não percebeu e continuou a falar – Prazer, meu nome e Leia Marv – disse ela abrindo um lindo sorriso para min

- Prazer – disse eu meio sem jeito – meu nome é...

- Tessandro Drivast – completou ela, me deixando perplexo – eu sei, não precisa se assustar, Ruston já me falou um pouco sobre você – disse ela dando um leve sorriso

- Venha cá meu jovem sente-se, vamos conversar – disse o senhor que provavelmente deveria ser Ruston – Leia minha cara, te vejo mais tarde – a garota acenou com a cabeça e saiu dando espaço para minha entrada

- Então o incrível Tessandro Drivast já está entre nós – disse ele sorrindo felizmente para min

- Incrível ? – questionei

- Tess, Tess, você não imagina o que te espera daqui pra frente – disse ele sorrindo – Seja bem vindo, ao acampamento meio-sangue

Comentários

Há 1 comentários.

Por Garoto Secreto em 2016-07-09 10:55:00
Amei o capítulo, posta logo por favor...