Capítulo 2

Parte da série Os Olimpianos

Obrigado ao Garoto Secreto, Henry Thorne, Brulei, Nickkcesar e Hartz pelos comentários ! Isso me incentiva e me da mais prazer em escrever, muito obrigado <3

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A criatura então começou a soltar um som insuportável que fez Tess levar as mãos aos seus ouvidos e tentar se proteger, novamente a criatura veio para cima dele, mas ele conseguiu a segurar, mas ela era forte, e lutava cada vez mais para ataca-lo, até que novamente um brilho azul atingiu a criatura dessa vez ate ofuscando suas vistas. Tess sentiu mãos tentar puxa-lo e num gesto de auto defesa começou a se debater ate escutar uma voz familiar:

- Calma Tess, sou eu, sua mãe – Disse Helena a mãe de Tess tentando acalma-lo

- Mãe ? e você mesmo ? – disse Tess ainda com as vistas meio embaçada tentando focar a visão da sua mãe

- Sim filho, Calma calma, ela já esta morta – disse sua ela, puxando para perto dela e o abraçando

- Ela o que mãe ? eu não to entendendo nada ! – Disse Tess nervoso depois de tudo isso

- Calma filho, tenho muita coisa pra te falar, mas antes precisamos nos organizar pra sair daqui urgentemente – disse ela fitando seus olhos – agora suba lá e pegue apenas o necessário, temos que sair daqui logo

- Mas mãe, eu ... – Tess tentou discutir, mas ele não entendia a gravidade do problema

- Tess, anda logo, por favor meu filho, temos que sair daqui – disse sua mãe firmemente e em tom de suplica

- Ta bom mãe, já vou, já vou – disse ele já se encaminhando em direção as escadas

Tess subiu as escadas correndo, tropeçou em um dos degraus, mas não o suficiente para derruba-lo, chegou no seu quarto e pegou sua mochila escolar, retirou os livros e começou a jogar tudo que via pela frente, quando sua mãe disse para levar o necessário ele simplesmente não tinha a menor noção do que levar, até por que ele não sabia pra onde iria, pegou calças, cuecas, camisas e vestiu sua jaqueta, pegou uma pulseira que sua mãe havia lhe dado ainda quando criança e a colocou no pulso, depois objetos de higiene pessoal e desceu ao encontro da mãe que já havia recolhido todos os tipos de rosas que viu pela casa e reuniu em buquê.

- Mãe, a senhora que mexer com planta agora ? – perguntou ele agoniado

- Tess, anda logo, depois eu te explico tudo, vai entrando no carro, anda – disse ela apontando pra fora da sala – mas antes vem aqui – Tess foi ao seu encontro e num piscar de olhos ela puxou um tufo de cabelos de Tess que soltou um pequeno grito e depois ficou encarando a mãe como se ela fosse uma loca, ela riu e depois jogou os cabelos em cima do sofá, fechou a porta da casa e entraram dentro do carro

- Filho pega meu celular e liga pra Andréia – disse ela ligando o carro e saindo da garagem – rápido, rápido

- Ta bom mãe, calma – disse ele procurando o numero dela na lista de contato e colocando pra chamar, Segundos depois Andréia atendeu:

- Oi

- Oi Andréia – disse a mãe de Tess –aqui e a Helena

- Oi Helena, aconteceu alguma coisa ? – perguntou ela duvidosa

- Sim, aconteceu, e aconteceu agora, estamos indo para ai neste exato momento

- Meu Deus, esta bem, já vou começar a abrir o portal – disse ela meio apressada do outro lado da linha, parecendo também que tinha derrubado alguma coisa

- Tá bom então, chegamos em 5 minutos – respondeu Helena

- Ok, estou aguardando, Tchau

- Tchau – respondeu Helena desligando o telefone, logo depois sendo surpreendida por uma pergunta de Tess

- Abrindo oque ? Portal ? Mãe o que esta acontecendo – disse ela em tom de duvida e surpresa, Helena soltou um breve sorriso e depois começou a falar

- Tess meu filho, escute com atenção, não sei se terei a chance de repetir isso ! Você e filho de um dos maiores deuses do Olimpo: Poseidon – Tess fez uma cara do tipo: “E o que?”, mas não interrompeu sua mãe, deixando ela espaço para continuar – sim meu filho, pode parecer loucura mas é a mais pura verdade. Uma vez por ano os Deuses dessem do Olimpo e na maioria das vezes aproveitam para se deitar com mortais, assim nascem os chamados semideuses que são filhos de Deuses com humanos – ao dizer isso uma forte batida foi dada na traseira do carro, e um forte cheiro de enxofre atravessou as narinas de Tess e sua mãe.

- O que foi isso ? – Tess gritou

- Calma filho, devem ser fúrias atrás de você, se segura que agora vou ter que pisar fundo – disse ela, acelerando e dando uma forte virada para o lado esquerdo

- O que são fúrias mãe ? – perguntou Tess

- Fúrias são seres das trevas meu filho, muitas das vezes estão a serviço de alguém e são excelentes caçadoras, principalmente de semideuses ! Foi uma fúria que te atacou agora mais cedo, e devem estar nos seguindo ainda pelo seu cheiro, pegue o buquê Tess , rápido – disse ela

- O que tem esse buquê mãe ? – perguntou ele já com o monte de flores na mão

- Criaturas das trevas odeiam cheiros divinos como o cheiro de rosas, Afrodite por exemplos ama rosas, e o cheiro delas ajuda a confundir o seu cheiro

- Mas como você sabe de tudo isso ? – perguntou ele incrédulo

- Seu pai veio até min quando você ainda era uma criança ! Uma certa manhã te deixei brincando na sala de casa, enquanto fazia comida, quando percebi o silêncio fui ver o que tinha acontecido e nada de você aparecer, te gritei, procurei em todos os lugares e quando fui ver, você estava nadando na piscina no fundo da piscina como se fosse um atleta de ginástica rítmica

- Mas mãe isso e normal uai – disse Tess tentando raciocinar a história

- Não Tess, não e normal, não para uma criança de 4 anos – disse ela o encarando, deixando o ainda mais surpreso e encabulado com tudo o que estava acontecendo – Filho preciso te mandar agora pra um lugar seguro, preciso que você escute com atenção tudo o que eu falar – Tess não respondeu apenas acenou com a cabeça e engoliu em seco – Vou te mandar agora pro acampamento meio-sangue, é um lugar onde pessoas iguais a você vão para se proteger e se preparem para os riscos da vida mundana, lá você ira falar com Ruston, um dos lideres do acampamento e entregará essa carta a ele – disse ela retirando um pedaço do bolso da calça e entregando para Tess – Agora está é serio estamos quase chegando preciso que seja forte

- Uai, e antes isso tudo era brincadeira ?! não to gostando disso mãe – disse ele apavorado, fazendo sua mãe sorrir , ainda com um sorriso no rosto ela disse

- Como vou sentir sua falta filho, ate nessas horas você me faz rir – disse ela olhando com ternura e paixão

- Como assim mãe, você não vai comigo ? – perguntou ele desesperado – Sem você eu não vou mãe

- Calma filho, daqui uns dias a gente vai se ver, eu não posso entrar no acampamento, lá e apenas para criaturas magicas e pessoas como você

- Mas mãe, .... – Tess tentou rebater

- Mas nada, estamos quase lá – disse ela firmemente – escute com atenção, quando chegar próxima a ponte sobre o Rio Crust, preciso que você salte e se esconda na beira da estrada, assim que eu sair e os carros que estiverem atrás de min, você descerá ate chegar ao chão e pegará uma estradinha a sua direita, que te levará a um pequeno vilarejo

- O vilarejo Tombrum ? – perguntou ele

- Sim filho este mesmo, quando chegar lá, você continuara em frente, ate chegar numa casinha verde florida próximo ao Rio Crust, lá você vai encontrar Andréia, a ninfa que te mandará para o acampamento

- A oque mãe ? Achei que ninfas fossem não existissem – disse ela surpreso

- Sim filho, elas existem, você vai descobrir mais sobre esse mundo, fique calmo – disse ela sorrindo tentando passar tranquilidade – Estamos chegando Tess, grude nessas rosas e só as solte quando tiver no acampamento, tome muito cuidado meu filho e ande rápido

- Enquanto a você mãe ? vai fazer o que ? – perguntou ele com os olhos cheio de lagrimas

- Calma Tess, eu vou ficar bem, tenho comigo um arco ungido com os cabelos da Deusa Artémis, foi com isso que matei aquela fúria e será com ele que irei te proteger também – disse ela mostrando um pincel que num piscar de olhos se transformou num lindo arco prateado – Eu te amo meu filho, seja forte e nós nos encontraremos em breve, já estamos chegando conte comigo

- 1, 2, 3 ( eu te amo : disseram ambos). Neste momento Helena deu uma forte derrapada, e Tess voou para fora do carro e se escondeu na beirada da estrada, segundos depois passaram 2 carros na mesma direção a qual a mãe de Tess havia seguido, ele se escondeu no meio do mato e começou a fazer o percurso ao qual sua mãe havia dito. Tess desceu ate a estrada e quando estava começando a correr escutou um baralho de uma explosão, seus olhos se encheram de lagrimas que começaram a cair sem controle e Tess ficou caçando a direção ao qual tinha vindo o som, infelizmente ele não poderia voltar e sua única opção era seguir em frente. Corria rapidamente, mas seu pulmão ainda ardia pelas lagrimas que soltara a pouco tempo, Tess chegou ao vilarejo que parecia vazio, respirou fundo e continuo a correr, alguns breves minutos depois ele havia avistado a casa exatamente como sua mãe havia descrito, subiu pela varanda e bateu na porta ate que alguém veio abrir:

- Tess, e você meu rapaz ? – perguntou a moça que supostamente deveria ser Andréia

- Sim sou eu – disse ele dando um sorriso de canto

- Pois entre rápido, rápido, o portal já o espera – disse Andréia o puxando para dentro da sua casa

Continua....