Capitulo 6

Conto de PedrãoC como (Seguir)

Parte da série O Amor Nunca Morre

Obrigado "Luh Xli", está ai o novo !

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Naquele momento a raiva me subiu de uma forma surpreendente, eu não conseguia nem pensar em nada, parecia que o mundo estava em chamas e eu não estava nem um pouco preocupado. Acordo do transe com a Julia me cutucando :

- Ei, ei, se ta bem ? – disse ela

- Nem um pouco, que ódio senhor – respondi abaixando minha cabeça, enquanto escutava ao fundo o professor selecionando outras duplas.

- Vai ficar tudo bem, fica tranquilo, e só um trabalho bobo – ela falou tentando me tranquilizar

Eu estava rezando pra algum grupo ficar com três pessoas, e que esse grupo fosse o meu, não poderia isso ta acontecendo comigo, logo no primeiro dia, meu Deus, que “sorte”. As duplas foram se formando, no final não teve jeito eu tive que continuar com ele, o Theo iria fazer com a Pietra, uma menina gata que ele já havia pegado, e a Ju iria fazer com um menino chamado Marcelo.

- Esse trabalho sera feito em etapas – disse o professor em alto tom – a primeira sera a fase da pesquisa, onde cada dupla ira montar um projeto a respeito do que irá fazer, procurando por ideias interessantes e dinâmicas. Uma observação a ser feita e que essa primeira etapa servirá como um roteiro e assim como em um filme tudo o que estiver nesse roteiro deverá conter no trabalho, podendo acrescentar coisas a mais, mas não pode faltar nada do que estiver escrito. A segunda será a apresentação desses trabalhos, lembrando que vocês podem usar de qualquer mecanismo necessário para essa apresentação, não colocando fogo na sala está ótimo. A terceira etapa, não e bem uma etapa, mas um incentivo, as duplas que tiverem melhor desempenho viajaram comigo para Taquarucu para atividades como rapel, tirolesa entre outras atividades, isso com tudo pago!

No momento todos ficaram espantados e começaram a vibrar de alegria com a notícia, afinal, Taquarucu era uma cidade muito tranquila, cheia de cachoeiras e alguns hotéis fazenda incríveis, e ainda por cima era pertinho aqui da cidade. Eu ate me animei pra fazer o trabalho, quando me lembro da minha tão “querida” dupla.

- Agora aproveitem esse restinho de aula e se juntem com suas duplas para pensarem um pouco a respeito do trabalho.

Eu fiquei olhando pra todo mundo se movimentando, a Ju apertou minha mão e saiu rumo a carteira da sua parceira, eu fiquei ali o olhando e ele fazendo o mesmo, seus olhos brilhavam como nunca, aquela mistura de azul com verde ou verde com azul que já fizeram muitas se renderem ao seu encanto, ate que ele se levantou e veio caminhando em minha direção. Eu comecei a suar e a ficar nervoso, não sei por que mais quando ele estava próximo a min, aquela raiva parecia se dissipar, era estranho. Ele se sentou na mesa da Julia a minha frente :

- Oi – disse ele

- O-Oi

- É-É como a gente... – ele ia dizendo quando o interrompi

- Se você quiser eu faço tudo sozinho, você não precisa ter trabalho e pode aproveitar a Tatiane a vontade – disse eu olhando em seus olhos, na verdade não sei por que disse esse final de frase, mais já tinha feito.

- O-O que ?! – perguntou ele meio incrédulo

- Eu faço tudo sozinho, não tem problema, a gente não precisa se encontrar nem fazer reunião e eu ainda coloco seu nome no trabalho – eu disse agoniado

- Você e péssimo em exatas – ele disse ironicamente, mas com um tom de sinceridade, eu arregalei meus olhos e bati as mãos na mesa encarando-o – quero dizer que eu quero fazer também – completou ele sem graça

- Tem certeza ? eu peço ajuda pra Julia ou pra outra pessoa – insisti mais uma vez

- Você ta querendo se livrar de min ?! – perguntou ele mordendo os lábios me fazendo corar

- Aham, e seria muito melhor se você aceitasse minha proposta – disse levantando minha cara de deboche( que como já disse e incrível)

Ele ficou me analisando, olhando no fundo dos meus olhos, parecendo que lia alguma coisa na minha alma :

- Pois agora eu insisto em fazer – disse ele com um sorriso debochado

- Já que você insisti – disse eu já conseguindo reviver minha raiva

- Me passa seu numero vai – disse ele já pegando o celular pra anotar

- Não por que eu deve... – respondi já me armando

- Calma, calma, isso e so pra gente marcar o trabalho hoje – disse ele rindo do meu papelão, me deixando mega sem graça, passei meu numero para ele e ficamos ali em silencio por um bom tempo.

- Já tem alguma ideia? – perguntou ele quebrando o gelo

- Algumas – respondi secamente

- Pois eu tenho varias, so a gente escolher a melhor – disse ele dando uma leve piscada pra min

- Q-Que bom, eu acho ótimo – disse secamente não podendo evitar a gaguejada

- Ás as 20:00hrs então? – disse ele enquanto digitava alguma coisa no celular

- Pode ser ! Onde? Na sua casa, na minha ? – perguntei demonstrando desanimo

- Na sua e melhor, as 20:00 estou chegando, esteja pronto – disse ele piscando pra min

- Não se atrase, odeio irresponsabilidade – disse ironicamente

- Atrasar pra te ver?! – disse ele sorrindo – jamais

Neste momento chega senti minha garganta secar de tão sem graça que fiquei, o sinal bateu e ele se levantou saindo:

- Ate mais tarde – disse ele acenando pra min

Eu fiquei calado, apenas o observando seguir para sua carteira, Julia chegou e arrumou o material, assim como eu fazia:

- Como foi ?! – perguntou ele já colocando a mochila nas costas

- Intensamente chato – respondi entristecido

- Sinto muito Ca, eu ainda hoje terei que ir pra casa da Pietra pra adiantarmos uma parte do trabalho.

- Não Ju, não me diz isso, eu tava querendo que você fosse la pra casa pra ficar comigo, por favor – disse implorando

- Poxa Ca, hoje não da – disse ela apertando minha bochecha – agora vamos por que tenho que andar rápido.

Estavamos saindo quando notei que Ricardo saia em um ix35, me fazendo lembrar daquela noite quando o carro de Theo foi riscado, me fazendo pensar um pouco e duvidar de algumas coisas. Acabei que por esquecer aquilo, era sem base, ate por que ele mal tinha chegado na cidade, a Ju me deixou em casa, nos despedimos e ela foi embora. Eu estava morto de cansado e ainda teria que fazer um trabalho com aquele idiota mais tarde, eu estava morto de raiva, subi para o meu quarto e fui tomar um banho, desci e no relógio da cozinha marcavam 19:00hrs, aproveitei pra jantar, e felizmente a comida estava divina, a Dona Martha, a secretaria do lar, era muito boa cozinheira, minha segunda mãe, mas como ela ficava apenas meio período eu não havia quando chegava a noite. Terminei de jantar quando o interfone tocou, pela câmera eu já sabia de quem se tratava :

- Quem é ? – perguntei mesmo sabendo a resposta

- Sou eu, abre ae – disse Ricardo do outro lado

- Ainda são 19:30 – disse enquanto olhava no relógio de parede da cozinha

- Uai, algum problema em chegar mais cedo ?! Abre logo ai vai – disse ele impaciente

- Ta bom – respondi apertando o botão que destravava o portão

Corri ate a porta e me arrependi de ter deixado ele entrar, eu estava de toalha ainda, mas agora já era, ele bateu na porta da frente e eu a abri, ele me olhou de cima a baixo, analisando meu corpo, eu sem graça falei :

- Vai ficar ai parado ou vai entrar – respondi demonstrando raiva

- Eu posso me acostumar a te ver desse forma – disse ele sorrindo e mordendo o lábio inferior enquanto passava por min

Eu já estava sem graça e procurava um lugar pra enfiar minha cara

- Você sabe onde fica a sala de jantar, so vou vestir uma roupa e já desco – disse secamente

- Você fica bem melhor assim – disse ele me dando uma piscadinha

Eu parei já no inicio da escada e fiquei olhando aquela cara dele, não sabia de sentia raiva ou se me deixava levar por aquela onda de calor que passava por min, ate ensaiei uma resposta, mas apenas me calei e subi pro meu quarto correndo. Vesti uma bermuda curta preta e uma regata branca, passei um desodorante, e outro desodorante corporal( que parece um perfume) e desci. Ele estava sentado na cadeira olhando o cômodo de cima a baixo, ele estava na ponta da mesa, usava uma bermuda jens branca, uma camisa azul escura que deixava seus olhos parecendo faróis e seu cabelo aparentava estar molhado, como a casa possuía ar-condicionado em quase todos os cômodos eu já me apressei e liguei o da sala de jantar pra poder amenizar o calor, me sentei do seu lado direito e ficamos ali em silencio por um tempo :

- Você ta cheiroso – ele disse marotamente

Eu cerrei meus olhos e balancei a cabeça negativamente, ele deu de ombros e começou a rir

- Eu já separei umas coisas aqui pro trabalho, algumas ideias – eu disse já introduzindo no assunto

- Eu também trouxe – disse ele enquanto retirava o notebook da bolsa que estava no pé da mesa

A partir dali começamos a debater ideias e formas de como montar o projeto e admito que isso me fez ate criar um certo interesse na matéria e desarmar um pouco em relação a Ricardo. Já se passavam das 22:00hrs, o tempo parecia ter voado, mais pelo menos decidimos quase tudo, eu estava morrendo e decidi comer :

- Eu to morrendo de fome, você aceita alguma coisa ?

Ele ficou me olhando, eu sem entender nada fiquei olhando pra ele também esperando uma resposta, ele sorriu e acenou que sim com a cabeça. Nos dirigimos pra cozinha e ele se sentou na cadeira do balcão de mármore, enquanto eu pegava as coisas pra montar um sanduiche, ficamos ali em silencio enquanto eu anda de um lado pro outro montando o sanduiche, mas de vez em quando percebia pelo canto do olho que ele me encarava . Terminei o sanduiche e servi dois copos de laranja e levei-os para o balcão. Puxei uma cadeira e me sentei do lado esquerdo ao dele:

- Eai, como está sua mãe? – perguntei pra quebrar o gelo mais também pra poder me informar

- Ela ta bem graças a Deus, ela ta pro sudeste resolvendo uns casos de uns famosos por la – disse ele serenamente – E a sua como que ta ?

- Não tenho falado com ela desde domingo quando ela me mandou uma mensagem me desejando boa sorte no período letivo – respondi

O silencio voltou a se formar, já tínhamos terminado de comer e eu guardava algumas coisas que tinha usado :

- Carlos – ele me chamou

- Oi – respondi ainda de costas pra ele

- Temos que resolver algumas coisas – disse ele

- Já terminamos a parte inicial do trabalho acho que por hoje já ta ótimo – eu disse enquanto saia e me dirigia pra sala de jantar onde estava nossas coisas

- Eu não to falando disso – disse ele vindo atrás de min

- Eu não quero falar sobre isso – eu disse enquanto arrumava minhas coisas

- Mas a gente precisa, eu preciso te falar a verdade – ele respondeu agoniado

Eu arrumei minhas coisas e sai andando em direção as escadas com o intuito de fugir

- Carlos – ele gritou vindo atrás de min, eu já estava me aproximando da escadas, quando ele me puxa pelo braço e me imprensa na parede – A gente precisa conversar e tem que ser agora – nesse momento eu não conseguia mais me segurar, e lagrimas já tomavam conta do meu rosto.

Continua...

Comentários

Há 1 comentários.

Por LuhXli em 2016-03-08 01:44:10
Aí, Pedrão, que malvado vc! Como acaba o capítulo bem nesse ponto!? Agora vai ter que postar o próximo ligo para comprar! Hahahaha 😜