Reiniciei o foda-se

Conto de Cesar Neto como (Seguir)

Parte da série Um amor que só nós conhecemos

Olar amigos e amigas de todo esse site maravilhoso, cêis tão bem? (por favore, respondam)(eu gosto de um bom papo de comadre). Se você estava esperando o meu retorno só em 2017 queria dizer que você quebrou a cara! hahahahha estou de volta no prazo de uma semana (sim, o fim do mundo está chegando) e venho aqui trazer mais um capítulo da minha série.

Sem mais delongas, pegue seu copo de leite com café, umas bolacha de maizena e vem comigo ler os lindos comentários:

"diegocampos" - Também estou mega feliz por saber que você ficou feliz por eu ter voltado (espero que isso tenha feito sentido) hahaha mas muito obrigado por tudo diegão, seu lindo totoso <3<3<3

"Luã" - Oi amigo Luã! Desde já muito obrigado por acompanhar a série e tal. Passarinhos me contaram que seus contos são incriveis (estarei lendo hehe)... e pelo jeito temos mais um que shippa CEDRIGO (mais um para sofrer horrores hahah) Fico feliz por ter gostado, um grande abraço <3

"Fagner" - MIM BEIJA FAGNER!!! hahhahaha essa série não seria a mesma sem os seus comentários incriveis e cá estão eles! (Cadê Ryan Benson? Um beujo Ryan!) Está desculpado pelo pequeno comentário, mas pode ficar tranquilo que a qui a gente não liga para o tamanho (estou falando de comentários)(ou não) hahahah um beijo seu lindo e muito obrigado por tudo <3

"Pedro Oliveira" - Como assimvocê não gosta de comentar... vem cá que eu te dou um xamiguinho tambem hahahah muito obrigado pedrão, um forte abraço <3<3

"edward" - Awnnnt que lindo *-* desde já seja muito bem vindo seu fofo! Aqui todo mundo tem vontade de me matar #FicaTranquilo... fico muito feliz em saber que você irá me acompanhar, mega obrigado para você e sinta-se com um bello beijo na sua bochecha <3<3<<3

" Felipe Fernandes" - MEU MOSÃO. MEU DEUS. MEU LOUCO. MEU FEITICEIRO. Percebi que você voltou com tudo também hahahaha mas tamô aê e cadê tu que sumiu sua loka? Fiquei preocupadinho com você ]: Mas me manda um email lá (cesar.neto2@outlook.com) e a gente se fala. Até lá um beijo e "ailoviúúú thu" <3<3<3

"Menino Pro Noctem " - Estou aqui pensando, filosofando, estudando, mas infelizmente não achei nenhum motivo para VOCÊ SÓ ESTÁ COMENTANDO AGORA!!! hahahahahaha Grande beijo para aracajú (sempre quis bancar esses apresentadores e mandar beijos para estados)(mim deixe ser esquisito)... adoro uns comentários e saber que eu consegui tocar pelo menos uma pessoa já faz ter valido a pena.... "estou fortinho" hahaha sou só osso hahaha mas poderiamos tar marcando de se beijar mesmo! Até lá fique com meu muitissimo obrigado, seja bem vindo e um beijinho virtual na sua boca <3<3<3

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II- Reiniciei o foda-se

- SEJA BEM VINDO BIXOOO!!!

Um garoto loiro, alto e musculoso que todos chamavam de "Lebre" estendeu uma caneca cheia de cerveja e com um gesto indicador me pediu para virar o copo de 500ml.

Sem ao menos pensar duas vezes, peguei a caneca metálica e comecei beber a cerveja gelada. Para minha sorte, o calor estava de matar e minha sede era tanta que eu virei o copo em uma velocidade impressionte. Para a surpresa de todos os meus veteranos, uns trinta garotos e garotas que estavam no quarto ano de educação fisíca, eu ergui a caneca deles e gritei de volta:

- É SÓ ISSO? Esperava bem mais de vocês!

Um grito de indignação geral ecoou pelo gramado da quadra de futebol da faculdade. "Lebre", o menino responsável até aquele momento por mim, passou um enorme galão de cinco litros de cerveja e puxou um coro com todas as pessoas da roda:

- VIRA! VIRA! - gritavam os veteranos e meus amigos calouros.

Com a coragem de um amador, coloquei a boca na garrafa e comecei a beber toda aquela cerveja. Senti um sabor doce no céu da boca que me fazia beber cada vez mais, o sabor doce descia pela minha garganta e logo eu senti uma queimação no estômago, o sabor de fruta já estava quase voltando para fora quando eu me toquei de um fato importante.

Cerveja não é doce. Cerveja não tem gosto de fruta.

- Que porra é essa? - perguntei ao som de uma risada de desespero.

Tropecei nos meus próprios pés e tentei me apoiar no menino Lebre. Ele tinha um peitoral bem definido, olhos azuis claros feito o céu e um sorriso perfeito.

- Isso é um shoot de cerveja, catuaba e vodka - ele falou como se dissesse "é uma limonada comum".

- E é seguro tomar isso? - perguntei novamente, dessa vez minha mão escorregou sem querer na barriga tanquinho do menino Lebre.

Como resposta ele deu um longo gole no galão e me passou para matar de vez aquela bebida duvidosa. Virei o restante sem pensar duas vezes.

Depois disso eu não me lembrava de mais nada.

Acordei no chão do gramado com uma puta dor de cabeça. O sol nascia e de longe eu escutava o barulho de música alta. A festa dos bixos de biologia estava acontecendo no prédio ao lado e meu amigo Felipe havia me convidado. Pelo meu estado (sem conseguir lembrar até do meu nome do meio) eu prometi que jamais iria em festa alguma. Sabia que iria quebrar essa promessa em menos de alguns minutos, mas fazer esse tipo de promessa ajuda nesses momentos pós-PT (perda total, pros meus migos que não conhecem esse vocabulário)(continuem assim).

"Pelo menos não vomitei", pensei enquanto levantava do chão e limpava a sujeira de grama que ainda estavam na minha roupa. Todos haviam sumido e as únicas coisas que restavam eram latas e garrafas dos mais diversos tipos de bebida alcólica.

- Fauno? É você?

Um menino de cabelos castanhos claros me chamou com um sorriso. Enquanto eu levantava do chão fiquei admirando a sua beleza. Ele era do meu tamanho, um pouquinho mais magro que eu, porém mais "definido". Sua pele branca estava um pouco vermelha, não sei se era por causa do sol ou se era de vergonha. Olhos negros iguais aos meus e os lábios bem rosados se destacavam em seu rosto simétrico.

- Fauno? Você está aí?

A voz aguda dele era bonita, porém no meu estado de dor de cabeça, se ele estivesse me dado um murro doeria menos.

- Eu não sou um Fauno! Meu nome é Cesar... - foi a melhor resposta que eu consegui achar.

- Eu sei Cesar, mas desde ontem você foi batizado como "Fauno".

- Porque? - perguntei coçando a cabeça tentando me lembrar do que houve na última noite.

- Eu não sei o motivo - ele respondeu com um sorriso - e acho bem difícil alguém se lembrar.

- Eu fiz algo de errado ontem? - minha preocupação havia aumentado um pouco.

- Vejamos... - o moço colocou a mão no queixo com formato de "bundinha" tornando-o mais fofo ainda - você ganhou o prêmio de "Bixo mais bêbado do ano", me lembro de você também perdendo a corrida dos pelados em último lugar porque você disse que teria que correr pelas florestas mágicas, deve ser por isso que te chamam de fauno. Mas depois você disse que iria ligar para seu amigo Rodrigo e ninguém mais te viu.

Aquilo me fez ter um mini ataque cardíaco.

- Não sei se você se importa, mas meu nome é Mateus - o menino me estendeu a mão enquanto eu saia do estado de choque - sou seu veterano do segundo ano.

- Desculpa Mateus... - falei com um sorriso. Eu deveria esquecer de vez o Rodrigo. - É que eu me perdi aqui com essa sua beleza.

Foi um tanto arriscado (e um tanto bosta também), porém foi o suficiente para ele sorrir, colocar a mão no bolso e se aproximar de mim com a mão cheia de glitter. Fiquei excitado e puto da vida quando ele puxou a minha calça e apalpou um pouco meu amiguinho para depois jogar um monte de glitter na minha cueca.

- Seja bem vindo bixo! - ele disse virando as costas e partindo.

...

"CESAR NETO, MENINO DOS CABELOS PRETOS BAGUNÇADOS, PELE BRONZEADA, OLHOS NEGROS, VOLUME CONSIDERÁVEL E SORRISO BOBO NO ROSTO... O QUE EU TENHO QUE FAZER PARA SABOREAR O MEL DA SUA BOCA?"

O nome disso é "Spotted" e é um meio de mandarem mensagens secretas para a pessoa que você está afim ou até encontrar alguém que você não lembra o nome. É muito popular na minha faculdade e eu já havia recebido meia dúzia deles já no primeiro dia de aula.

O primeiro dia de "aula" foi apenas uma apresentação da universidade para logo a noite começar as festa de recepção. Já no segundo dia de aula eu nem apareci porque estava morrendo de ressaca e só teríamos uma aula magna bem porre.

Agora eu estava preparado para o terceiro.

Na parte da manhã eu conheci de fato a minha turma. Ao todo eram quarenta alunos cursando educação física e todos eles estavam olhando para mim e fazendo piadas sobre as coisas que eu fiz na festa. Normalmente eu não me importaria, mas sem ter nenhum amigo para me apoiar fiquei até um pouco envergonhado (coisa rara de se ver).

Na parte da tarde tivemos mais atividades de recepção. "Futebol de sabão" era o que me aguardava a tarde inteira. Tudo regado a muita cerveja e som alto. "Tenho que me esforçar para fazer algum tipo de amigo", pensei enquanto caminhava sozinho pelos corredores do prédio.

- Ei Fauno! - escutei alguém me chamando - até que enfim te achei, chega mais aqui!

Lebre, o loiro delícia, me puxou pelos braços enquanto ia falando rápido algumas coisas sobre a festa de segunda.

- Você vai jogar futebol de sabão no meu time! - ele falou - se nosso time perder a gente terá que pagar as brejas para a festa de hoje e eu não estou afim de gastar minhas dilmas não.

- Sei não... - falei desanimado - eu me dou melhor com vôlei. Tem alguma atividade com vôlei?

Lebre me olhou dos pés a cabeça, pelo jeito eu tinha falado algo que não devia.

- Como seu veterano pai cabe a mim te explicar algumas coisas. Não que eu queira te ordenar nem nada, receba isso como um alerta. O time de vôlei do departamento de educação física não é o melhor ambiente para a maioria dos estudantes. Pra jogar a real, estamos lutando para bani-lo de vez.

- Mas por que? - perguntei indignado. Vôlei era meu esporte preferido.

- Eles são um tanto antiquados. Desde quatro anos atrás o time recebe verbas de empresas como patrocínio e acabaram elitizando o time. Eles são bem escrotinhos, já foram intimados por várias acusações de machismo, racismo e principalmente homofobia.

Ouvir aquilo me deixou completamente desiludido. Disse para o Lebre que eu iria encontrar um amigo, porém eu apenas fugi daquele lugar o mais rápido possível para esconder minha decepção.

"O time de vôlei é escroto", essa informação ecoava na minha mente enquanto eu caminhava sem rumo. A única coisa em que eu era bom de verdade não iria me aceitar. Ou se me aceitassem eu seria um hipócrita sendo tachado de machista, racista e homofóbico.

Voltei para casa mais cedo naquele dia. Subi pelo elevador que me levava até o apartamento que eu dividia com o meu melhor amigo Felipe. Por cursar biologia, que era um curso noturno, Felipe e eu raramente se esbarrávamos. Além disso o campus da sua faculdade ficava em outros prédios distante dos meus.

- Hey Cesinha! Isso é hora de voltar para casa? - ele perguntou ao me ver entrando pela porta e passando pela pequena sala.

- Estou bem - menti - só voltei porque tenho que pegar uns documentos para acertar umas coisas.

- Ok! - Felipe ao contrário de mim estava mega animado - estou indo mais cedo para jantar com uns amigos. Talvez eu fique para uma festa hoje, então não me espere acordado.

E então ele saiu e eu fiquei sozinho mais uma vez.

Meu celular vibrou e eu recebi uma notificação do facebook. Era mais um spotted perguntando "CESAR NETO BEIJA MENINOS OU MENINAS?". Sem muita paciência eu publiquei que era um fauno e só beijava seres da minha espécie

Não podia negar. A faculdade estava me decepcionando um pouco. Comecei a me perguntar se teria valido a pena vir para cá e largar tudo. Eu larguei o amor da minha vida para estar aqui, pensei nele novamente e logo me arrependi. Eu já deveria tê-lo esquecido nessa altura do campeonato.

Meu celular vibrou novamente e eu já estava disposto a mandar o próximo spotter ir tomar no meio do cu.

Ao invés disso minha respiração parou quando eu li "SEU AMIGO RODRIGO MARCOU UMA RECORDAÇÃO COM VOCÊ". Abri o face e vi a foto de dois anos atrás. Rodrigo havia postado uma foto da quadra de vôlei e colocado na legenda "testes para o time de vôlei #sorte #garra #NOPAINNOGAIN"... Nos comentários ele havia me marcado "Um dos melhores dias da minha vida, graças a você Cesar, obrigado".

Comentei em sua foto "NO PAIN NO GAIN? Desde sempre você gostava de passar vergonha né? HAHAHA Saudades irmão <3"

Uma lembrança nostálgica me fez ir para o banheiro e tomar um bom banho. Lembrei-me do dia em que eu abracei o Rodrigo e nem me importei com o que as pessoas iriam pensar. Isso já fazia dois anos e o que eu havia aprendido com isso?

Terminei meu banho. Vesti minha camisa com estampa de marinheiro (adoro uns navio) e fui disposto a voltar para aquela faculdade para esmagar qualquer time de vôlei estupidamente homofóbico, para mostrar o que é um verdadeiro fauno é capaz de fazer, para me convencer de vez que eu ainda conseguia beijar umas bocas e para provar que Cesar Fredifauno Neto não mudou nadica de nada.

E esse foi o dia em que eu reiniciei o foda-se.

...

- Acho que estou perdido! Não faço ideia de quem é Rodrigo, não faço ideia de onde você veio e se você estava reiniciando o foda-se, não é melhor contar a história desde o começo?? ESTOU BOIANDO AQUI

Alexandre era um carinha bem estressadinho, mas eu não tinha tanta opção. Ainda estava chovendo e eu não sairia daquele ponto de ônibus tão cedo. Respirei fundo e com toda a paciência do mundo eu falei:

- Eu já escrevi a minha história inteira! Um dia eu te dou para ler, mas agora eu preciso contar a partir desse ponto.

- Mas eu ainda continuo não te entendendo! Você foi fazer faculdade, largou um menino que você gostava chamado Rodrigo e decidiu reiniciar esse seu "estilo de vida" que, me perdoe, é bem estúpido e contraditório...

- Ei!! Você vai me deixar contar a história pelo menos? - perguntei impaciente.

Alexandre deu um sorriso rebelde e disse com sarcasmo:

- Manda ver! Pode botar essa máquina de ligar o foda-se para funcionar!

...

Naquela noite a festa seria na vivência da faculdade. A vivência era um lugar cheio de cantinas, mesas, sinucas, pimbolins e várias outras coisas onde os alunos iam para descansar e descontrair.

A festa já havia começado e a galera estava loucamente dançando. Meninas e meninos rebolavam em cima da mesa, veteranos serviam os mais diferentes tipos de shoots e de longe eu vi o meu "pai" Lebre dando um beijo triplo com algumas garotas.

- Ei Fauno! - uma menina ruiva se aproximou de mim - minha amiga lá atrás perguntou se você está afim de beija-la?

- Não precisa nem pedir - respondi com um sorriso - pode chegar que o beijo na boca é certeiro.

- Está fácil assim então? - a ruiva perguntou.

- Odeio coisas difíceis - respondi pegando na mão dela e ela me levou para dançar.

- Minha amiga também é bem fácil - ela insistiu em vender o seu peixe.

- Se ela fosse assim tão fácil ela estaria aqui me beijando sem nem pedir permissão. - respondi com um sorriso.

- Tem razão Fauno! - ela já estava agarrada em mim - gostei da sua ousadia.

- Imagina quando você experimentar meu beijo então?

E assim eu beijei a ruiva. Fazia meses que eu não beijava uma boca e felizmente a minha mais nova amiga tinha uma pegada perfeita. Sentia saudades dos beijos héteros, mas não se comparava ao beijo de um menino.

- Está ótimo Fauno - ela me terminou o beijo com um selinho - vou avisar a minha amiga que eu estava experimentando o prato para ver se valia a pena come-lo. Até mais.

- Ei!! - eu a chamei de volta - e esse prato aqui vale a pena?

- Vale sim! - ela respondeu com um sorriso - mas eu curto comer a mesma coisa que você. Então terei que deixar para minha amiga mesmo. Meu nome é Maria, sou da sua turma Fauno, a gente se vê!

E quando eu pensei que ela iria embora, Maria retorna com seus cabelos ruivos me agarrando para mais um beijo. Logo após a menina sumiu de vez.

- Pensei que seria eu o primeiro a te beijar!

Olhei para trás e vi o menino Mateus atrás de mim. Ele estava mais bonito do que na terça de manhã, vestindo uma camisa com estampas floridas e um shorts caqui.

- Não foi dessa vez! - respondi sorrindo.

- Lebre me contou que você estava afim de jogar vôlei!

- Eu ainda estou! - respondi - vou atrás me inscrever amanhã mesmo!

- Se precisar de qualquer ajuda, pode contar comigo! Eu fui expulso o ano passado do time porque eu sou gay, mas fique a vontade - Mateus disse com um soquinho no meu peito - a não ser que você vire um escroto igual ao restante do time, eles são muito bons e já venceram vários campeonatos importantes. Vale a pena entrar para tornar-se um bom jogador, mas saiba que vão te considerar um babaca.

- Não fala assim, você nem me conhece. - disse me fazendo de vitima.

- Por favor Fauno se apresente para mim então! - ele falou para me provocar

- Eu odiei esse apelido de Fauno - resmunguei.

Mateus sorriu. Quando ele sorria as covinhas da sua bochecha apareciam o deixando muito fofo.

- Esse lance de apelido vai por água abaixo daqui uns dias. Mas pode deixar que eu te chamarei sempre de Cesinhu.

"Cesinhu". Aquilo parecia bom. Mateus me tratava de um jeito bem infantil e eu estava gostando até de ser visto como um pirralho.

- Muito obrigado Teteus - falei dando um apelidinho fofo para ele também.

- Queria te fazer uma pergunta - ele falou se aproximando um pouco mais que o necessário - você beija meninos também?

Ele me tratou feito um pirralho, mas agora era a hora de mostrar que eu não era tão ingênuo assim:

- Você quer uma resposta teórica ou uma resposta prática? - perguntei com um sorriso.

- Gosto de coisas práticas - ele respondeu.

E não precisou mais do que isso para eu me agarrar nele e começar o que seria um dos melhores beijos da minha vida. Teteus tinha um beijo lento e devagar que eu jamais tinha experimentado, sua língua passeava devagar pela minha boca e vez ou outra eu mordia seus lábios levemente. Seu cheiro era doce e leve, me senti confortável com ele em meus braços.

Terminei de beija-lo e sorri dando leves soquinhos sobre seu peito enquanto ele olhava fixamente nos meus olhos.

- Você é especial sabia? - ele disse.

- Acho que "nós" somos especiais! - respondi antes de ele me beijar novamente.

Do nosso lado, várias pessoas assistiam aquela cena. Umas observavam e outras continuavam a dançar normalmente. Era a primeira vez que eu beijava um menino em público e uma preocupação tomou conta de mim.

"Mas caralho, eu estou muito feliz e ele também está feliz", pensei. Porque me preocupar com os outros então? Eu só queria que aquilo durasse para sempre e então eu reiniciei o foda-se e continuei com ele em meus braços.

...

- Espera só um pouquinho... - Alexandre pensava enquanto eu acabava de falar - você se apaixonou por esse menino aí, o Teteus?

- Sim! - respondi - no outro diaba gente...

- Calma aê! - o garoto insistia em me cortar - agora eu fiquei curioso sobre o outro menino o... como é o nome dele mesmo?

- Prefiro não falar sobre ele - fui sincero, porém Alexandre não deu a miníma.

- Rodrigo né? O que aconteceu com ele?

"O que havia acontecido?", isso era o que eu me perguntava a noite toda. No começo do dia eu estava tão animado para revê-lo, para dizer tudo o que ficou preso em minha garganta por seis meses, para beija-lo e me reconfortar em seus olhos verdes... porém eu só acabei indo parar em um maldito ponto de ônibus e lá ficaria até o amanhecer.

- Não aconteceu nada - respondi secamente - tivemos um namorico no ensino médio, mas agora eu estou na faculdade e ele está no terceiro ano...

- Na escola Danúbio Fontes? Foi lá que você estudou? Você é o tal Cesar Neto mesmo? - Alexandre perguntava animado.

- Sim, porque? - tentei entender a agitação dele.

- Eu estudo na mesma sala que os gêmeos Ana e Zé, eles vivem falando de você e te chamam até de imperador!

Isso era verdade. Lembrar de Ana e Zé, o casal de gêmeos que eu adotara como irmãos mais novos e que continuaram o meu trabalho com o time de vôlei na escola, me fez sentir uma puta saudade.

- Eu odeio esses dois! - disse Alexandre com raiva - espero que esse time de vôlei acabe de vez esse ano!

- Mas o que??? - minha irritação aumentou drasticamente.

- Eu me mudei para cá no começo do ano - Alê se explicou - o time de vôlei foi responsável por cancelar todas as atividades artísticas dessa escola e por ter feito eu perder o amor da minha vida, tudo por causa de um esporte idiota. Odeio todos eles Ana, Zé, Paula, Rodrigo...

- Você conheceu meu ex-namorado?

- Não é só isso - Alexandre acrescentou pulsando de raiva - eu vim parar aqui nesse ponto por causa desse maldito Rodrigo!

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Então é isso. Espero que vocês tenham gostado, se tudo der certo semana que vem (ou antes) tem mais.

Comentem, opinem, reclamem, desabafem, o espaço dos comentários está ai e se vocês quiserem mandar até uma letra de música (um funk ostentação por exemplo) o lugar é esse.

Ao tempo atrás eu disse que iria criar um grupo do whatsapp com a galera que curti ler uns contos e tal... com os correria do ano passado foi impossível, mas quem ainda estiver a fim é só deixar o número aqui embaixo (ou no whattpad, ou no meu e-mail) CesarFNeto... cesar.neto2@outlook.com...

Beijo amigos e fiquem com a sinopse do próximo capítulo...

"Manual de como esquecer um amor" - Justo quando Alexandre está vivendo um dos melhores dias de sua vida, sua mãe traz a notícia que eles irão mudar de estado. Alê irá passar por grandes dificuldades para se adaptar na nova escola e esquecer de vez o seu primeiro amor.

Comentários

Há 9 comentários.

Por Dougglas em 2016-01-12 10:11:53
Aeeeeeeeeeeeeeeee(pera, tem mais)eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee. Por enquanto tá bom. Cara, até que enfim eu consegui ler todos os capítulos e enfim comentar. Na verdade, eu não quis comentar nos outros capítulos porque, enfim, já tinham sido postados há mais de um ano, então não teria tanta graça como comentar agora e quem sabe, ser respondido no próximo capítulo. Mas enfim, eu só tenho até elogiar, e no caso, eu só vim mesmo comentar um geral aqui. Tenho 3 temporadas de comentários acumulados porque senão eu vou acabar sendo processado por excesso de caracteres no RG. Entaaaaaaaaao, eu vou falar tudo por email e, se der tempo, seria legal ver a resposta dele rsrsrs. Mas você me prendeu e vem me prendendo nessa história, tem um talento simples e incrível, e eu fico bastante feliz por ter encontrado o teu conto. Eu vou correr agora pra escrever o texto, porque tô prevendo passar o resto da manhã nele kkkkkkkkkkkkkk. Um abraço kra.
Por edward em 2016-01-10 08:28:52
E esse beijo na bochecha,não poderia ser na boca não?
Por edward em 2016-01-09 17:15:06
Tentei mandar meu número pelo e-mail mas deu erro então vai por aqui mesmo : 075999093106
Por edward em 2016-01-09 17:10:42
Simplesmente incrível,acho que o César estar se assumindo aos poucos
Por Felipe Fernandes em 2016-01-09 01:26:39
Esqueci de postar o numero no comentario kkkkkkkk foi mal kkkkk. (91) 98748-9806 kkkkkkk enfim posta logo kct. #alzheimer kkkkk esquecidemandaronunero.com.ber u.u chauuu
Por Klaus em 2016-01-07 17:25:07
Já estou gostando muito dessa continuação, mas sou suspeito em relação à isso. Enfim, um abraço senhor César.
Por Felipe Fernandes em 2016-01-06 17:50:54
Cesar. Mozãoo cara eu to chocado ainda com esse coiso ae do alexandre estar fdd ae contigo e ta qui meu numero e manda mensagem la que converso com vc direito kkkk Parabens pelo capitulo e pelo que o fagner falou aqui embaixo vc vai ser mesmo um dos indicados a maior escritor desse ano. Mas a concorrencia é grande e espero estar no meio kkkkkkkkkkkkk enfim ow diferentona ailoviú e não demora a postar kct. Até Breve.
Por Fagner em 2016-01-05 17:26:28
Puta merda César, você acaba comigo. Vamos falar do final para o começo. Primeiramente, Oi? Como? Onde? Alexandre? Meu Deus. Isso foi real? Alexandre conheceu mesmo Rodrigo e toda a turma? Sim Fagner, foi real, está escrito bem ali 👆. Enfim, eu nunca imaginaria que Alexandre pudesse conhecer os amigos e o grande amor de Cesar, saber que o rapaz do ponto de ônibus que está falando com Cesar, viveu um certo tempo com os amigos do mesmo, me deixou um tanto sem reação. Por um instante único pensei que Alexandre seria apenas um porta ouvidos, que estaria ali somente para ouvir a historia de Cesar e compartilhar a dele um pouco. Porem, mais uma vez eu errei, as histórias de ambos estão ligadas de uma certa forma. Forma essa que se chama "Rodrigo". Nunca pensei que o destino pudesse intercalar as duas histórias e juntá-las num momento diferente como esse. Agora eu estou ansioso para saber o porquê do sofrimento do Alexandre e como essa história começou. Uma dúvida cruel me consome nesse exato momento. Acho que não só a mim, mas a todos que leram. Porquê o Alexandre culpou Rodrigo por estar naquele ponto de Ônibus? Eu tentei ligar uns pontinhos e criar uma explicação lógica para isso, mas da minha cabeça não saiu nada aproveitável. Realmente estou boquiaberto com esse capítulo. Então te parabenizo mais uma vez. Agora vamos falar do Cesar na faculdade. Essa coisa de "ligar o foda-se", eu consegui adaptá-la em meus momentos chatos e estressantes. Mas as vezes eu consigo ultrapassar os limites. Pensei que o mesmo acontecera com Cesar, mas não. Ele é mestre nisso, ou finge muito bem. Rsrs. Logo de cara leio a palavra "Cerveja", então rapidamente veio uns pensamentos do tipo "Isso vai dar merda." Por um lado ele voltou a ativa e se lembrou que beber demais, nunca será bom, mas por outro lado, ele acabou bebendo muito e falou algumas coisas que não devia. Exemplo disso foi ler a cena em que Matheus chega e explica a situação pra ele, na qual o mesmo diz que Cesar tinha saído pra correr na floresta "mágica" e citou o nome de Rodrigo. O que mais ele poderia ter dito? Vi que isso não foi muito do agrado de Cesar, pois logo ele reclama. Voltando a bebedeira, Cesar está se saindo um "bom" calouro. Está fazendo quase tudo que os Veteranos pedem. Mas é como ele disse, se ele não tem nenhum amigo para enfrentar isso juntos, é melhor deixar a água correr. Quanto as mensagens sacanas que ele recebe, acho que ele pode ter falado demais depois de perder a sobriedade. "Cesar Neto beija meninos ou meninas?" Isso chega a ser cruel rsrs, mas logo ele resolveu isso, usando mais uma vez o "foda-se". Chegou na festa já decidido a "arrasar", e até que arrasou, beijou duas bocas, sendo uma de um garoto. E ele nem se importou com a presença de outras pessoas. Mas, só acho que isso pode trazer complicações para ele na hora de tentar entrar na equipe de vôlei. Pois como Matheus e o "Lebre" disseram, os integrantes da equipe de voleibol, são arrogantes, homofobicos, machistas e insuportáveis. (Eu exagerei nessa parte). Talvez esses beijos na festa, possam fazer uma reviravolta. De uma certa forma sim, pois não é do agrado de Cesar levar desaforo pra casa... E se por um acaso a equipe de vôlei o tratar com diferença, putz, quero nem ver os socos.. Rsrs Deixando um pouco isso de lado, vou falar do modo como escreveu esse capítulo. Simplesmente incrível... Me vi num filme daqueles onde só tem o narrador contando a história para outra pessoa aí do nada essa outra pessoa atrapalha, faz alguma pergunta e tals... Muito bom esse clima cortante (no bom sentido). Cortante porque você dava ênfase numa cena, aí para não ficarmos perdidos, você volta para o presente e nos explica que tudo não passa da lembrança de Cesar. Lembrança saindo pela boca do mesmo e entrando nos ouvidos do Alexandre. Resumindo, adorei o modo como escreveu esse capítulo e fora bem merecido o título de "Melhor escritor do RG 2015." Já não tenho dúvidas que se houver uma indicação para 2016 em 2017, você estará entre os melhores. Parabéns mais uma vez. Sinto saudades do Felipe na série, e do Rodrigo também. Isso porque só foram publicados dois capítulos hein.. Hehehehe Enfim, agradeço por ter voltado e agradeço mais ainda por não estar demorando tanto para postar.😌. Quanto ao grupo, add aí 62 9522-2464. Um abraço Cesar, volte logo. Fique bem!!
Por diegocampos em 2016-01-05 16:35:02
Adorei o capítulo estou muito feliz de ver a vida do cesar na faculdade eu gostei um pouco do Teteus mas ainda prefiro o cesar com o Rodrigo. Muito ansioso para o próximo.