A HISTÓRIA DE NÓS TRÊS - 1X07 - "O ACIDENTE"

Vamos lá turma..... seguindo o bonde, Este conto não acho que não servem para aqueles curtem algo sexual. É um romance, uma história de amor e aprendizado com pitadas de romance gay. É bom relaxarmos e curtimos uma leitura leve. Para entender melhor a história basta clicar no meu nick que está acima e poderá conferir as primeiras partes. Por favor, comentem lá em baixo e dê sua nota aqui em cima. A participação de vocês é essêncial para mim.

Acordei naquela manhã com a ligação do meu amor. Naquele dia completamos três meses de namoro, e também era o último dia de faculdade. Em poucas horas eu seria um publicitário. Desci e minha mãe estava na cozinha conversando com meu irmão.

- Bom dia.

- Oi filho.

- Olha se não é o mais novo publicitário do pedaço. – falou meu irmão me abraçando por trás.

- Comportem-se. – repreendeu minha mãe.

- Mãe, preconceito não né? – falou Paulo. – Eu sou hetero, o meu irmão gay. Ele está namorando, eu namorando a Luciana. – enquanto ele me abraçava.

- E agradeça a mim por você desencalhar. – falei enquanto era abraçado por ele e tentava colocar café no copo.

- Essa doeu. – falou Paulo.

- Gente... Não esqueçam a minha colação de grau é nessa quinta-feira. – informei.

Estava ansioso para receber meu canudo e conseguir um emprego decente. Fui até a casa dos pais de Mauricio e os convidei para a minha colação, eles falaram que a tempo não saiam de casa e por isso não tinham roupas adequadas. Pedi para usar o banheiro e deixei eles na sala. Tudo bem, eu sei que as pessoas vão falar.... Eu menti, não queria ir ao banheiro, na realidade eu fui ao quarto dos deles e mexi no guarda-roupa, peguei papel e caneta e anotei o tamanho da roupa dos dois. Me despedi e quando cheguei no estacionamento encontrei o Márcio.

- Como você consegue? – ele perguntou.

- Consigo o que? – indaguei entrando no carro.

- Consegue namorar alguém pobre, que não tem onde cair morto. Alguém que precisa morar de favor. – disse ele se apoiando na janela do carro.

- Como você consegue? – perguntei enquanto colocava meus óculos de sol.

- O que? – perguntou.

- Se olhar no espelho e perceber o monstro que você se tornou – disse saindo com o carro.

Eu precisava fazer alguma coisa, tirar o Mauricio e os pais dele daquela casa tenebrosa. Fui ao centro da cidade fazer umas compras básicas. Depois dei uma passada na faculdade para assinar alguns papeis até brinquei com a secretaria do lugar que eu estava assinando a minha liberdade. A tarde fui pegar o meu namorado no trabalho e decidimos fazer um programa diferente fomos para um motel. Tivemos uma noite maravilhosa e eu fui até o carro e entreguei dos pacotes grandes para ele.

- O que é isso? – ele perguntou rindo.

- Fui na sua casa hoje e convidei seus pais para a minha colação de grau e eles falaram que não tinham roupas adequadas. Hoje é o meu dia de fada madrinha – respondi enquanto sentava na cama.

O Mauricio deixou gentilmente os pacotes na cama e me abraço.

- Eu te amo. – falou chorando.

- Eu também te amo. E quero que você e sua família façam parte da minha vida. Mauricio acho que está na hora de vocês saírem daquela casa. – falei enxugando as lágrimas do rosto dele.

- Mas para onde eu vou amor? O aluguel está caro. O que eu ganho economizo para comprar uma casa. – ele disse sentando distante de mim.

- Eu posso falar com meu pai e....

- Não amor, não conseguiria. Seu pai vai perder o respeito por mim. Eu dou um jeito. – falou.

- Mauricio para de ser orgulhoso. Meu pai até perguntou se os seus não poderiam trabalhar na empresa. Ele conhece a família do Márcio e sabe como eles são péssimas pessoas. Vai. Cede apenas dessa vez. – falei o abraçando por trás.

- Vou pensar amor. – ele disse me beijando.

O dia tão esperado chegou. Tive que ir mais cedo para saber como seria tudo. Eu comecei a ficar preocupado com a demora dos meus familiares e do Mauricio. Mas eles chegam todos juntos, os pais do meu namorado estavam usando as roupas que eu dei de presente, estavam todos lindos. Meu paraninfo foi meu irmão, eu pedi a ele, pois, era como se fosse um ritual de passagem, eu falando para ele que a partir de agora eu seria independente. Quando ele foi me abraçar ao entregar o canudo ele disse.

- Você é perfeito tenho orgulho de poder dizer as pessoas que você é meu irmão. E se você chorar eu te derrubo desse palco.

Estava muito feliz muitos amigos meus já estavam trabalhando na área e eu em breve também começaria a trabalhar, pois, meu pai abriu na empresa o setor de marketing

Após a cerimônia partimos para o local onde seria realizada a formatura.

Durante o jantar aconteceu algo desconfortável, mas que graças a Deus soubemos contornar. Os pais do Mauricio não conseguiam usar os talheres. Eles ficavam olhando um para o outro.

- Gente. Sabe do que eu sinto falta? – indaguei largando o garfo e faca.

- Do que meu filho? – perguntou minha mãe.

- De comer com as mãos. Lembra gente quando nós éramos crianças e disputávamos quem acabava primeiro? – perguntei.

- Ahh não. Quem sempre ganhava era a Priscila. – falou meu irmão.

- Eu topo se vocês toparem. – disse minha irmã, colocando o guardanapo no pescoço.

- Eu quero também. – disse a Luciana prendendo os cabelos.

- Vamos pessoal? Quem terminar primeiro vai... vai... ter o carro lavado pelos outros. – falei.

A disputa estava acirrada, eu, meus irmãos, a Luciana e o Mauricio comíamos como desesperados. Até meus pais e os pais dele entraram no jogo. Mas sabia que o gosto da comida é diferente quando pegamos com as mãos, aquele frango estava excelente. Brindamos muito aquela noite. Pela nossas vidas, os relacionamentos e o futuro. Meus pais levaram o seu Francisco e dona Antônia para casa e nós ficamos curtindo a festa.

Era o primeiro evento que eu ia acompanhado do Mauricio, agíamos como um casal. Nos beijamos durante a festa sem vergonha e nem pudor. Éramos duas pessoas apaixonadas se divertindo. Eu olhei em volta o Paulo estava dançando abraçadinho com a Luciana e minha irmã estava se agarrando com um carinha que eu juro que era meu professor.

- Eu estou muito feliz. – falei dançando com o Mauricio.

- Obrigado... obrigado por fazer parte da minha vida. Eu vi o que você fez pelos meus pais hoje. Já fiquei com pessoas que me esnobaram por eu ter uma família humilde. – falou, olhando nos meus olhos.

- Sorte a minha. Eu te encontrei. Não vou deixar você fugir. Eu te amo. – disse olhando nos olhos dele.

- Eu aceito. Não posso mais ficar naquela casa, o Márcio ele sabe de nós e fica fazendo piadas, eu não quero quebrar aquela cara dele. – disse fechando os olhos e me abraçando forte.

- Amor, você não deve descer ao nível dele. Preciso te confessar uma coisa. Meus pais levaram os seus para conhecer um apartamento...

- O que eu faria sem você? Eu estava perdido antes de te conhecer. – disse me beijando.

Minha cabeça estava doendo, eu tentei levar mais não conseguia, tentei abrir os olhos, mas a luz estava forte demais fiquei ali deitado inerte. De repente escuto um bipe que vai ficando cada vez mais alto. Olho para o lado e o Mauricio estava vestido com o paletó sem gravata e sapatos. Sacudi um pouco e ele acordou. Foi uma sensação indescritível, ele era perfeito. Eu queria que aquele momento durasse para sempre, ele olhando para mim e eu para ele. Mas o maldito bipe tocou novamente e o Mauricio deu um pulo da cama, se despediu e foi para o hospital.

Estava suado e colocando livros em caixas havia algumas horas. O amor transforma as pessoas, estávamos eu , meu irmão e o Mauricio guardando os objetos dele para a mudança. Decidi levar mais uma caixa para o caminhão e fui surpreendido pelo Márcio.

- Oi belezinha. Então vai levar mesmo os pobretões daqui? – falou enquanto eu colocava a caixa no caminhão.

- Márcio volta para o armário. Caramba andou bebendo né? Sinto o cheio de álcool daqui. – enquanto voltava para a casa do Mauricio.

- Vem cá que não acabamos não. – disse ele me puxando com violência.

- Mas que diabos...

- Escuta aqui, você não vai levar o meu macho embora. Eu te mato antes que você possa dizer qualquer coisa. – disse ele me dando um soco.

Meu irmão e Mauricio ouvindo meu grito correram para ver o que estava acontecendo. Expliquei o que havia acontecido e meu irmão voou para cima do Márcio, enquanto o Mauricio me examinava. Paulo retribuiu o soco no rosto do Márcio e ele saiu correndo gritando que todos iriamos pagar. Fiquei realmente assustado e confuso. “Como assim o Mauricio era o macho do Márcio?”. Terminamos de empacotar as coisas e saímos daquela casa maldita. Eu e o Mauricio no caminhão que era da empresa do meu pai e o meu irmão nos seguia no carro.

Seguimos viajem normalmente. Quando um carro preto se aproxima do caminhão e bate do nosso lado. Mauricio reconheceu o carro e disse ser do Márcio. Ele realmente estava furioso com a mudança do Mauricio. Fomos perseguidos por muito tempo e meu irmão tentou tirar ele do caminho. Liguei para o Paulo e expliquei de quem era o carro e meu irmão falou que não era para pararmos, quando estávamos chegando próximo ao apartamento, o louco começou a bater mais forte no caminhão, tentava desesperadamente nos fazer bater. Eu fiquei nervoso e liguei para a policia.

Meu irmão se aproximou do carro do Márcio e começou a bater na traseira dele. Ele conseguiu desviar e meu irmão perdeu o controle bateu e capotou várias vezes. No susto o Mauricio tentou dobrar e acabamos virando na rua. Acordei e estávamos de cabeça para baixo, eu pude ver perfeitamente o Márcio levantando o vidro do carro e dando um sorriso. Me soltei do cinto de segurança e depois tirei o Mauricio, ele perguntou o que aconteceu e eu não expliquei saí do caminhão e vi aquela multidão em volta do carro do Paulo. Corri em direção ao carro, mas parecia que estava em câmera lenta, vi alguns policiais e bombeiros que já estavam no local.

Fiquei chocado com a cena, meu irmão coberto de sangue tentava sair do carro. Pedi para ele ter calma e gritei pelo Mauricio que correu para uma ambulância que havia acabado de chegar. Os olhos do meu irmão estavam em pânico, eu tentava me manter forte, mas as lágrimas caiam naturalmente. Seus olhos castanhos se destacavam em meio ao sangue. Mauricio me tirou do caminho e começou a fazer o atendimento ao meu irmão ali mesmo no meio da rua. A policia nos afastou do carro com medo que pudesse explodir, pois, o cheiro de gasolina estava forte. Paulo tentou me dizer algumas palavras e apontava para o carro. Consegui ouvir Luciana e celular.

Fui até o carro quando cheguei próximo senti um baque, uma força me jogou longe e um calor me tomou a face. Cai e vi umas luzes azuis e vermelhas se misturando com a escuridão e vozes, que foram se misturando e quando abri os olhos uma luz forte e clara quase me cegou... demorei para me acostumar, senti uma forte brisa bater no meu rosto e um cheiro agradável no ar, percebi que estava numa praia.

“O que aconteceu? Onde eu estou? Quem é você?”

*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.

Se tiver dúvidas ou comentários podem enviar para o email:

contosaki@hotmail.com

Comentários

Há 1 comentários.

Por em 2013-05-26 19:39:41
-- grape 5s http://grape5s.n.nu