Felicidade momentânea. Ep. 3

Parte da série O amor da minha vida!

Acordo comuns nostalgia da noite passada, todos acordamos esperando algo bom no dia seguinte, é instantâneo, ninguém prevê catástrofes. Olho pela janela e está chovendo, procuro meu celular e tiro do modo avião, onde eu queria nem ter tirado. Procuro meu carregador no quarto e coloco pra carregar e abro o WhatsApp, quando chegam bastante mensagens de grupos e, uma do Murillo, quando abro estava escrito:

"A vida às vezes nos prega algumas peças escuras, seja forte...". E, em seguida: "Olhe seu snap.".

Abri meu snap, e carrego o do David, quando abri, a foto comigo estava lá mas tinha um snap com a imagem de uma rua com a seguinte frase: "Estou na pista SIM"...

Às vezes você não precisa ouvir nada para se tocar, né? Uma pessoa que não queria mais do que aquilo, não me merecia. Confesso que estava bem encantado com ele, confesso que conversamos muito antes de ficar, confesso que pelo que fato de ser taurino, já me traria um certo complexo de poder sobre ele, na minha mente, certo?

Depois de ter visto o que teria supostamente ficado explícito, o dia passa normalmente, e, nenhuma mensagem de David que só se comprovaria uma coisa: não passei de um ficante.

Vamos falar de David? David é lindo, incrivelmente lindo. Tem 20 anos, é um mesclo de loiro e ruivo natural, causiano branco, sua barba é morena com um tom ruivo, seu sorriso é lindo, David era malhado, não muito definido, mas era visivelmente mais másculo que eu, estuda direito, é bem centrado em tudo que faz, o que acabaria sendo defeito.

Durmo no fim da tarde e acordo às 8 da noite e vejo o celular na esperança de uma mensagem dele, e, tinha uma, perguntando se eu queria sair, e não respondi, acho que às vezes as pessoas têm que se tocar e se dar um valor próprio do que ela vale, eu não me prestaria a um papel de ficante de baladas, meio duro mas eu merecia mais.

E mediante a todos esses acontecimentos, caramba, era vésperas de natal, como o ano voou?

Vamos falar de mim?(~mim~). Bom, antes de conhecer David eu era uma pessoa extremamente fechada, extremamente anti-social, ficava no quarto e minha família já era regulada quanto a mim, a maioria das comidas no quarto, tudo direcionado ao mínimo de contato possível, a faculdade era um tanto pior, todos sabem que na faculdade existem pessoas que querem passar por cima de todos, a grande maioria, quase todos, eu sentava na primeira cadeira da primeira fileira, onde tinha um mínimo contato possível com todos e assim seguia.

Bom, falando das vésperas de Natal, fui surpreendido com a notícia de que não passaríamos o natal em nossa cidade, Manaus, passaríamos em uma chácara em Curitiba, onde eu disse: POR FAVOR, NÃO! Mas meus pais já estavam decididos e pior, passagens compradas. Começo a arrumar minha mala para mais ou menos duas semanas de viagem, e, cadê o David? O aviso e nada de ele responder, tudo bem, não era pra ser, né? Fala isso para um coração encantado, para você ver, é horrível você sentir a sensação de desapego quando você não quer, mas no fim, acaba sendo instantâneo, eu já previa, porque sofreria?

À noite chega, estamos saindo para o aeroporto e decido fazer só uma coisa, enviei um: "Sei que está na pista sim, acharia que você fosse diferente do que me falavam de você mas ciente que não, feliz natal..."

Chego ao aeroporto, faço chek-in e penso o quão eu queria que ele fosse diferente e penso o quanto uma pessoa vale para você para decidir transformá-la em alguém melhor, as instruções são passadas, é hora de partir...