Comum & Extraordinário - Capítulo 60 (Penúltimo)

Parte da série Comum & Extraordinário

Olá pessoas como vão vocês ? Espero que bem... Quem vos fala hoje sou eu Jonathan... Antes de iniciar os capítulos de hoje eu gostaria de agradecer o carinho e a paciência de vocês, sei que o conto pode não agrada-los em todos os aspectos mais é bom saber que a maioria está gostando, obrigado de coração. O conto está na sua reta final e vocês estão perto de saber o final que criamos para cada personagem, então vamos aos comentários!

Jr.kbessao : Obrigado querido, muito gentil você...e que bom que gostou do que aconteceu com o delegado, foi muito bem merecido não acha ? haha abraços!

Luã: Muito obrigado pelo carinho e por acompanhar o conto, e por favor leia o conto do inicio, tenho certeza que você vai amar, abraços e mais uma vez obrigado pelas palavras haha!

Diegocampos: Obrigado, que bom que esteja gostando, as cenas de sexo são as melhores não é ? Adoro muito haha, e sim, infelizmente o conto está no fim, como dizem o que é bom dura pouco hahaha, abraços!

Niss: hahaha que bom que gostou, realmente o delegado sofreu e valeu a pena toda a espera, e não se preocupe em breve vai ter um outro conto pra vocês se deliciarem, abraços!

Itak: Você foi o primeiro que eu vi falando gostar mais da historia em si do que das cenas de sexo...gostei de verdade de saber disso, você é muito gentil, agradeço o carinho. Beijos!

____________________________________________________________________________________________________________________

Comum & Extraordinário - Capítulo 60

Eu tentei ouvir meus pais, meus amigos, eu tentei ouvir o Rodrigo e obedecer as regras e condições que me foram expostas, mas depois de um mês sob cautela de todos, eu decidi que não poderia mais viver as escondidas me preocupando se o Thallison iria ou não aparecer.

Nos primeiros dias eu tive que ficar em casa, e eu realmente queria ficar para organizar tudo, todos os pensamentos e ideias e os colocar no lugar. Eu precisava desse momento só meu para descansar um pouco, para acabar com o estresse acumulado nos últimos dias, e o Rodrigo me ajudou bastante com isso.

Agora que eu tinha idade para ir a motéis, a gente estava aproveitando. Já tínhamos rodado todos os da cidade pelo menos duas vezes cada, e era divertido transar em um local diferente de vez enquanto.

Na segunda semana eu voltei as aulas, mas sempre muito cauteloso. Meu pai me levava e me buscava todos os dias, e o prefeito havia feito questão de colocar um segurança particular atrás de mim, segurança que só ia embora quando eu estava ao lado do Rodrigo, ordens dele, e eu fui levando, sem reclamar porque estava bem e confortável para todo mundo. Tudo estava muito bem, para todos, e meu engano foi acreditar nisso.

Eu acordei em um dia qualquer, pronto para encarar mais um dia de rotina. Eu já havia acabado minhas aulas de legislação, passado na prova e já estava terminando as minhas aulas de direção, sempre muito bem, graças as aulas que meu pai havia me dado no passado juntas ao fato de eu sempre ter dirigido. Como essas aulas eram de manhã, eu estava acordando mais cedo, na verdade uma hora e meia mais cedo para me arrumar, arrumar minhas coisas e descer, porque o instrutor me pegava na porta da minha casa, e quando a aula terminava, eu ficava na escola.

Depois estar pronto e tomar meu café da manhã, eu saio de casa e ele já estava lá, me esperando. Eduardo sempre mantinha um sorriso no rosto, e a gente se dava super bem. Eu vou para o banco do motorista e ele entra pelo carona, colocando o cinto. Faço o mesmo, checo tudo o que tenho que olhar e dou a partida no carro.

Ainda eram seis da manhã, então o tempo estava um pouco escuro, o que era ótimo, porque aos olhos de Eduardo, treinar de manhã assim ou a noite ajuda o motorista a se acostumar, mas mal sabia ele que eu já dirigia há um bom tempo.

- Você vai muito bem Jonathan. - Ele diz, olhando para frente.

- Obrigado. - Eu sorrio.

Na verdade, quando eu comecei as aulas de direção eu tinha uma instrutora, mas como ela estava grávida, não era sempre que estava ao meu lado, me ensinando, ou seja, o Eduardo teve que a substituir algumas vezes, e para falar a verdade, ele era muito mais simpático.

- A Dolores me falou que você nunca encontrou dificuldades nas aulas de direção. Isso é verdade?

- Sim... - Eu começo a sorrir.

- Você já dirigia antes Jonathan?

- Sim... - Eu começo a sorrir novamente.

- Quem te ensinou?

- Eu vou me meter em confusão se eu contar?

- Não.

- Meu pai me ensinou desde cedo, mas não se preocupe, ele sempre me deixou pegar no carro quando estávamos em um campo aberto e pleno.

- Ele te ensinou bem. Você tem muita prática.

- Acho que foi um rito de passagem. Meu pai me disse que meu avô o ensinou a dirigir com doze anos, quando eles moravam na roça, então meu pai quis fazer o mesmo comigo.

- Entendo. Pelo menos você não é um inconsequente que saí com o carro por aí sem carteira.

- É, eu não sou. - Minto.

- Vire a esquerda...

Eu vou seguindo todas as instruções dele, fazendo passo a passo, como sempre fazia, e eu gostava muito. Fazer aulas de algo que você já sabia como fazer era divertido, e mesmo sabendo que eu já tinha prática, Eduardo cumpria com o contrato e me ensinava todas as regras a medida que o meu tempo diário passava.

Por volta das seis e cinquenta eu estaciono o carro na porta da escola, e então resolvo tentar bancar o cupido entre o Carlos e o Eduardo.

- Então Eduardo, você está solteiro há quanto tempo? - Eu pergunto como se eu fosse um amigo de longa data. É evasivo, eu sei.

- Mas... Que tipo de pergunta é essa?

- Estou tentando bancar o cupido para um amigo meu...

- Entendi... - Ele sorri. - Olha Jonathan, eu lhe agradeço por tentar ajudar, mas meu antigo namorado faleceu há pouco tempo e eu ainda não estou pronto.

- Sinto muito.

- Não tem problema, sério, eu agradeço a sua ajuda...

- Vocês ficaram quanto tempo juntos?

- Cerca de seis anos e meio.

- É muito tempo...

- Sim... - Ele olha para fora por um momento. - Ele morreu em um acidente de carro em fevereiro desse ano, por mais irônico que possa se relacionar a minha profissão.

- Sinto muito...

- Tudo bem. Aos poucos eu vou levando a vida, mas pode deixar que quando eu estiver bem, eu procuro esse amigo seu. Ele é bonito? - Ele ri.

- O Delegado Carlos... - Eu digo sorrindo.

- O... - Ele gagueja. - Aquele homem ainda está solteiro?

- Sim.

- Interessante. - Eduardo sorri.

- Ele perdeu a esposa há alguns meses também, e para falar a verdade, acho que não está pronto para outro relacionamento, mas não me custava nada apresentar vocês dois, ainda mais por achar que se dariam bem juntos.

- Ele é bissexual?

- Sim, e não um daqueles confusos que se assumem bissexuais por medo de carregar o rótulo gay.

- Menos mal.

- Pois é... Qualquer dia desses, quando estiver pronto, me avisa, ou vai até a delegacia se quiser.

- Pode deixar. - Ele começa a rir.

- Agora eu tenho que entrar. Daqui a pouco o sinal toca.

- Vai lá. Até amanhã, no mesmo horário.

- Até amanhã.

Depois que eu desço do carro com a minha mochila nas costas, começo a caminhar para a escola, mas sinto um frio na barriga que me deixa estranho. Continuo caminhando e avisto Carol e Matheus me esperando na porta da escola, e assim que eu piso no primeiro degrau da escola, aquele calafrio volta. Eu tinha três provas hoje, então fui obrigado a ignorar esse calafrio e entrar com os meus amigos, que riam e comentavam sobre algo aleatório.

- Daqui a alguns dias a senhora vai ficar motorizada. - Matheus ri.

- Graças a Deus né. - Carol comenta.

- Vocês não estão sentindo algo estranho não?

- Eu não faço isso, sou uma dama. - Matheus se faz de ofendido e depois começa a rir. Carol faz o mesmo.

- Palhaço! - Eu começo a rir também. - Não estou falando disso, é outra coisa... - Eu começo a olhar para trás.

- Vai ver que é encosto, ou então macumba das recalcadas. - Carol comenta, seguindo onde meu olhar ia. - Viado, não exagera. O Thallison desapareceu do mapa esqueceu, já procuraram por ele em tudo quanto é lugar e nada, então se acalme. A bicha provavelmente está escondida debaixo das pedras com medo de sair e ser espancada na rua.

- Você está tendo um pressentimento ruim? - Matheus pergunta ao parar.

- Sim...

- Então eu vou embora pra minha casa. - Ele realmente considerou isso.

- Vamos parar com isso? Nós temos três provas importantes hoje e não há tempo para pressentimentos. Se as senhoras querem tomar bomba e repetir toda essa merda de novo são umas palhaças

- Eu sei, foi isso que pensei. - Eu digo. - Deve ser coisa da minha cabeça mesmo. - Na verdade eu sabia que não era coisa da minha cabeça.

- Ou uma macumba mesmo, mas nada que uns ‘pai nosso’ ou algumas ‘ave maria’ não resolva a situação. - Carol ri.

Depois de ser convencido por Carol de que tudo era palhaçada, eu entro na sala e me sento em meu lugar. A primeira prova do dia seria logo no primeiro horário, então eu só tinha uma lapiseira, uma caneta e uma borracha em cima da minha mesa. Quando recebo a prova de matemática, não consigo começar a resolver logo de imediato. Minha mente rodava tanto em volta de um nada que eu custei a me concentrar no que eu tinha que fazer. Eu só fui mesmo escrever meu nome quando eu vejo o professor estalando os dedos na minha frente. Além de estar meio atrasado por causa do nervosismo, eu ainda erro meu nome e coloco a letra ‘m’ no final ao invés de ‘n’, mas eu corrijo rapinho e volto minha atenção para as questões.

Eu faço tudo o que posso e respondo o que sei, mas os meus nervos estavam a flor da pele. Eu sentia um receio, um medo que estava fora de cogitação, e eu ainda não havia entendido o que estava acontecendo comigo, mas levando em consideração os meus outros pressentimentos, eu sabia que era alguma coisa ruim.

Quando finalmente termino a prova, entrego para o professor e saio da sala para me acalmar um pouco. Minhas mãos suavam, eu tinha palpitações, e era tudo mais intenso do que de todas as últimas vezes. Era um medo irracional que eu não conseguia controlar mais, e só fui me acalmar quando eu liguei para o Rodrigo, porque apenas a voz dele conseguia me deixar calmo e mais tranquilo.

- Oi meu bem. Não está em sala de aula?

- Não... Acabei de fazer uma prova. - Eu tremi um pouco a minha voz.

- Está tudo bem?

- Está sim. - Eu sorrio, mas é mais de nervoso. - Só queria ouvir sua voz, e estou um pouco preocupado com o resultado da prova.

- Você vai se sair bem, eu tenho certeza.

- Obrigado... - Eu estava um pouco mais calmo, mas ainda não era o que eu precisava para me estabilizar outra vez.

- De nada meu bem... Agora eu tenho que voltar para a sala. Tenho que aplicar uma prova.

- Tudo bem. - Eu sorrio.

- Até mais meu bem.

- Até mais...

Depois de rondar a escola um pouco, respirando ar puro, volto para a sala, exatamente a tempo de a próxima aula e a próxima prova começar. Me sento outra vez em minha mesa e espero a professora de português e redação entregar a dela. Recebo os papeis em mãos e começo a ler as questões. Essa prova era mais fácil que a primeira, então eu consegui resolver tudo com mais calma e mais paciência. Fui marcando uma por uma e respondendo o necessário. A última questão foi um pedido de criação de uma pequena história de ficção narrada em terceira pessoa no presente do indicativo. Escrevi sobre um garoto que vivia em um mundo utópico onde monstros e homens coexistiam em harmonia e entreguei a prova em seguida, saindo outra vez da sala. Para você ter uma ideia, até dor de barriga estava me dando de tão nervoso que eu estava, mas eu sempre procurava me acalmar. Talvez seja a pressão de mais, a necessidade de fazer um monte de coisa de uma só vez. Namoro, família, escola, aplicações para faculdade, o projeto que o prefeito havia me envolvido, o cuidado com o Thallison, a autoescola. Era tudo ao mesmo tempo, e eu parecia estar entrando em choque por não dar tempo ao tempo e descansar pelo menos um pouco.

Quando a aula de português acaba, eu volto para a sala e me sento. O nosso intervalo tinha sido alterado por casa das três provas seguidas, então a gente acabaria saindo mais cedo, foi uma escolha nossa, assim não precisávamos esperar o intervalo para iniciar outra. Depois que me sento, recebo a prova de sociologia que foi aplicada por um dos professores do segundo ano que eu não conhecia. Ele parecia nervoso, suava frio, e eu não sabia o por que. Talvez seja pelo fato de ele estar em uma sala diferente, não sei, mas o seu comportamento era suspeito.

Depois que eu comecei a fazer a prova, eu sentia seus olhos em mim, como se me observasse, como se seguisse meus passos, mas novamente, preferi acreditar que era algo impensado e resolvi focar na minha prova. No momento em que faltava apenas duas questões para mim, ele pronuncia o meu nome. Eu tiro os olhos da minha prova e olho para ele, que sorria falsamente.

- Jonathan, me desculpe... - Ele se levanta. - O diretor pediu para eu te passar um recado e acabei esquecendo.

- Qual recado?

- Ele quer conversar com você a respeito de uma possível palestra motivacional sobre superação e abuso sexual.

- O que?

- Ele só me disse isso, não tenho mais informações.

- Tudo bem, obrigado. Eu vou depois que terminar a prova.

- Pode ir, não deve demorar. Quando você voltar termina.

- Acho...

- Pode ir Jonathan.

Eu me levanto de minha mesa com extrema cautela, como se eu estivesse prestes a ser atingido por um míssil localizador. Eu o encaro pela última vez, fixando meus olhos nos seus, e eu juro que vi um olhar de pavor e submissão. Saio da sala com os olhos de Matheus e Carol nas minhas costas, e então fecho a porta. Caminho lentamente até a sala do diretor, passando pelos corredores, e assim que eu viro para finalmente pegar o corredor final, eu sinto uma dor agoniante na minha nuca e minhas vistas simplesmente escurecem, me fazendo ir com tudo ao chão, completamente desacordado.

Quando eu abro os meus olhos, minha visão estava turva e minha cabeça latejava. Minha nuca doía muito e eu estava um pouco sonso. Coloco minhas mãos onde a dor estava e encontro tudo molhado. Quando olho, era sangue, meu sangue. Tento me levantar, mas eu estava fraco de mais, muito fraco. A única coisa que eu conseguia sentir era um cheiro de mofo, cheiro de algo que estava guardado há muito tempo. Tento me situar, me levantando com muito custo, e quando finalmente consigo, vou a procurar de um apagador, já que o local estava com pouca luz e eu não conseguia ver claramente devido a pancada. Quando o encontro e o acendo, logo noto que eu estava na escola ainda por causa de uma placa na minha frente e da janela de vista para uma área externa do local, mas eu estava em uma sala que eu nunca tinha entrado e nem sabia onde era. Olho ao redor, procurando por algo, e quando dou de cara com ele, meu coração começa a acelerar. Ele tinha um sorriso diabólico no rosto e uma arma em mãos.

- Como está o meu brinquedo preferido? - Thallison se aproxima.

- Thallison? - Eu me afasto até que minhas costas se chocam contra uma parede.

- Pensou que eu desistiria de você? Não... - Ele parecia um psicopata.

- Onde eu...

- Onde você está meu bem? Você está no meu esconderijo... Gostou da decoração?

- Thallison, o que você está fazendo? - Eu realmente estava com medo dessa vez, porque eu sentia que não sairia daqui vivo.

- Eu? Eu não estou fazendo nada meu bem, eu quero apenas ficar com você... - Ele vem caminhando em minha direção, e eu conseguia ver a sua ereção marcando na calça. - Eu quero você Jonathan, muito... - Ele pressiona seu pau em minha cintura, se roçando em mim como um cachorro enquanto apontava a arma para a minha cabeça.

- Eu nunca vou ficar com você Thallison, nunca vamos ter nada... - Eu o empurro, mas ele engatilha a arma.

- Eu sei, e por isso que eu vou comer você pela última vez antes de te matar e acabar com todo esse lugar.

- O que? Você é louco! Me solta! - Ele aperta a arma na minha testa, e eu senti aquele material gelado me marcando.

- Louco? Louco? Eu não sou louco seu desgraçado! - Ele dá um soco muito forte no meu rosto, me fazendo ir ao chão. - Você acabou com minha vida!

- E você acabou com a minha!

- O que? - Ele começa a me arrastar pelos cabelos. - Se eu quisesse acabar com a sua vida, já teria feito.

- Porra nenhuma! Porque você quer me provar de novo! Você mesmo disse seu desgraçado! Seu covarde!

- Eu... - Ele dá um soco no meu estômago e depois me levanta pelos cabelos. - Não... - Ele soca o meu rosto duas vezes. - Sou... - Sinto meu corpo ser arremessando em direção a parede, me fazendo perder o ar. - Covarde. - Quando eu estava deslizando pela parede, ele pega minha cabeça, a segurando, e dá uma joelhada na minha barriga, me fazendo ir ao chão.

- Por... - Eu levo um soco na boca.

- Não adianta pedir, implorar, chorar, porque você não sai daqui vivo.

- Me solta! - Ele me arrasta pelos cabelos outra vez.

- O vídeo seu viado do demônio, você vazou o vídeo... - Eu ouvia o puro ódio saindo de sua voz.

- Você me ameaçou... - Ele se senta sobre minha cintura.

- Sério? - Ele começa a rir como um louco, completamente desestabilizado, e então para, de uma só vez e volta a me olhar com ódio, que logo se torna desejo. - Seu cu era tão apertado, tão gostoso, tão rosado... Mas aposto que agora está um lixo, mas eu gosto de lixo... - Ele se inclina e lambe meus lábios cheios de sangue.

- Você é um filho da puta! - Eu consigo dar um soco na cara dele, mas ele apenas sorri.

- Eu gosto assim, com violência. Bate mais vai, bate... - Ele gemia.

- Desgraçado! - Eu dou mais dois socos, e o sangue que se formou em sua boca foi cuspido na minha cara, e logo em seguida, lambido pelo próprio.

- Que delícia... - Ele começa a alisar meu corpo. Eu tento me levantar, mas eu não conseguia. - Deixa eu te foder de novo deixa? Quero ver o estrago que eu deixei ai... - Ele começa a enfiar a mão dentro da calça, se masturbando.

- Me solta! Me solta! - Eu começo a gritar em desespero, porque eu não tinha forças contra ele, não agora que eu não conseguia organizar meus pensamentos. - Me solta! - Minha cabeça doi pra caralho e eu só consigo ouvir um zumbido. Thallison havia dado uma coronhada na lateral da minha cabeça.

- Ninguém vai te ouvir meu bem. - Sinto sua língua invadir minha boca, a procura da minha, mas eu não consigo me defender daquilo. Meus olhos estavam quase se fechando e eu estava prestes a desmaiar de novo. - Não! - Ele bate na minha cara, me fazendo acordar. - Eu não mandei você dormir meu viadinho gostoso...

- Thallison... - Ele bateu tão forte na minha cabeça que eu acabei perdendo as minhas forças.

- Você dizendo o meu nome... - Ele fecha os olhos. - Quero que você fale quando eu estiver dentro de você, te comendo bem gostoso, do jeito que só eu faço.

- Com esse pau pequeno... - Mesmo estando fraco, eu não cairia na dele.

- Filho da puta! - Ele bate na minha cara. - Eu não mandei você falar!

- Eu não gosto de mulher, eu gosto de homem... - Eu começo a sorrir.

- Eu vou te matar, eu vou!

- Mata, seja homem...

- Quer que eu seja homem é? Eu vou ser muito homem quando matar todo mundo nessa escola.

- É? E como vai fazer isso?

- Colocando fogo em tudo... Vou sentir todo mundo queimar, todo esse bando de viado que ficou rindo de mim, que ficou me chamando de mulherzinha e comentando o meu vídeo nas redes sociais. Eu fui humilhado! Eu fui humilhado por sua causa! Por sua causa!

- Que pena... - Eu tento me levantar, mas eu ainda não conseguia.

- Você me destruiu, acabou com minha família, e eu vou acabar com a sua e com os seus amigos enquanto você queima junto com todo mundo.

- Você está falando do seu papai estuprador? - Recebo outro soco na cara.

- Cala a boca!

- Ele estuprou você também? Que pena da mocinha que gosta de usar calcinha, que pena... Quer um conjuntinho novo? - Eu iria morrer ali de qualquer forma, então foda-se tudo, eu já havia me conformado.

- Que merda! Que ódio! Tudo por sua culpa! - Ele se levanta de cima de mim e começa a jogar tudo no chão. - Você vai ver, eu vou ser muito homem agora, eu vou ser homem igual o meu pai, e vou matar todo mundo, tudo mundo! - Ele pega o telefone e disca um número. - Agora! Queima tudo agora! - Ele para de falar por poucos segundos. - Não me interessa! Se não me obedecer, eu vou foder com você, vou acabar com a sua vida e com a da sua família! Me obedece agora! Agora! - Ele começa a gritar muito alto, praticamente me deixando surdo. - Agora eu quero ver meu gostoso... - Ele se deita sobre mim, lambendo minha boca e roçando o seu pau no meu.

- Que nojo, porco... - Foda-se.

- Eu fui o último homem que comeu você, e serei o último a comer outra vez.

- Primeiramente... - Eu cuspi um pouco do sangue de minha boca no chão. - Quem disse que você foi o último? E segundo, quem disse que você é homem? - Foda-se.

- O que? Repete seu merdinha... - Ele aperta a minha boca outra vez.

- Eu dei muito depois que você me estuprou, e dei gostoso. Rebolei num cacete grosso, grande e delicioso, mil vezes melhor que essa varinha que você tem no meio das pernas. Você é patético! Patético! - Eu começo a me descontrolar e quase consigo sair debaixo dele, mas é em vão.

- Quem foi? Me fala agora! Me fala!

- Foi um macho de verdade, um homem que sabe foder e que sabe me fazer gemer gostoso... Aposto que você adoraria ouvir meus gemidos... - Eu então passo a gemer para ele, de olhos fechados, o provocando, falando o nome de vários homens que vinha a minha cabeça.

- Seu puto do caralho! Seu desgraçado! - Ele me bate outra vez, e eu não sabia como ainda estava aguentando tudo aquilo.

- Você é...

Eu simplesmente calo a minha boca quando começo a sentir cheiro de queimado e gritos. Começo a me apavorar, a me debater sobre ele. Olho para a janela ao meu lado e eu consigo ver uma fumaça preta subindo. Começo a me desesperar de verdade dessa vez.

- O que você fez? O que você fez? - Eu começo a gritar com ele.

- Eu falei que iria matar seus amiguinhos. Essa escola é um nojo, um nojo! Todo mundo que riu de mim que riu do vídeo merece morrer!

- Thallison! Para com isso! Você vai matar todo mundo! Você colocou fogo na escola! Você é louco! - Eu começo a gritar.

- Você ainda não viu nada meu gostoso, nada...

Thallison começa a me arrastar pelos cabelos outra vez, e eu não tinha forças para lutar. Sentia meu couro cabeludo coçar, o sentia queimar. Ele então me levanta pelo pescoço, me fazendo olhar pela janela, e tudo o que eu conseguia enxergar era fogo. Várias pessoas estavam correndo em desespero, clamando por suas vidas, e todas elas ao longe, e foi então que eu percebi que estava no depósito desativado da escola, um pouco depois do campo gramado.

Meu corpo é arremessado ao chão outra vez, e eu não consigo me levantar.

- Como você fez isso? - Eu começo a gritar.

- Eu só incendiei os três laboratórios de química, e os compostos explosivos se encarregaram de fazer o resto.

- Você é doente! Seu nojento!

- Jonathan... - Ele se aproxima de mim, sorrindo. - É tudo a sua culpa, ninguém mandou ser tão gostoso assim... - Ele tira a minha camisa. - Olha só, que delícia...

- Me solta!

- Soltar? Você acha mesmo que vai sair daqui com vida? Eu vou fazer o que tenho que fazer com você, sair desse lugar em chamas e depois matar o restante da sua família, por tudo o que você fez com a minha! - Ele grita outra vez.

- Eu fiz e faria de novo! - Eu grito também. - Seu pai deve ter virado puta dentro da cadeia, deve estar usando calcinha que nem o filho! As duas putas arrombadas!

- Cala a boca!

- Estou torcendo para que um negão com o pau enorme e grosso arrombe o rabo daquele desgraçado do seu pai! Que estoure ele!

- Que nem eu fiz com você? - Ele começa a rir.

- Não, mil vezes pior! - Eu cuspo na cara dele. - Quero que seu pai vire putinha dentro da cadeira, que converse que nem moça, que fique gemendo que nem uma mulher com a voz bem fina, bem submissa e passiva, que nem a filhinha dele! A mocinha que ele colocou no mundo! Igual a você!

- Meu pai é macho! Ele não vai aceitar que isso aconteça!

- Se seu pai for tão macho quanto você, eu aposto toda a minha herança que ele já está grávido! - Eu começo a rir, debochando do Thallison, que me olhava com raiva.

- Desgraçado! - Eu recebo soco atrás de soco, mas como da outra vez, eu não tinha mais espaço para a dor.

- Só de imaginar seu pai sendo estourado dentro daquela cadeia, um sorriso se forma em meu rosto... Consegue ver? - Eu aponto para o sorriso.

- Eu vou te matar Jonathan! Eu vou! - Ele só me ameaçava.

- Vai? Porque se fosse macho o suficiente, já teria cumprido com suas ameaças! Aposto que é uma moça medrosa que nem o pai! Aposto que fica latindo, mas não dá uma mordida sequer! Sua putinha arrombada! Puta! Puta! Puta! Puta! Puta! Puta! - Eu começo a gritar com ele. Eu estava fazendo de propósito, sendo ainda mais louco e descontrolado do que ele, porque só assim ele ficaria de cabeça quente. - Putinha! Você é uma putinha arrombada! Aposto que fica enfiando esse revolver no cu, porque não larga a mão dele... - Eu começo a rir histericamente, e eu sabia que estava conseguindo o desestabilizar.

- Cala a boca! Cala! Cala agora!

- Se não o que? Vai me fazer usar calcinha também? - Eu começo a rir ainda mais alto.

- Viado de merda! Viadinho! - Ele bate na minha cara outras vezes.

- Que medo que eu tenho de você Thallison, que medo! - Eu começo a debochar da cara dele, e aos poucos eu o vejo se quebrar, e era assim que eu faria, combatendo loucura com loucura e o fazendo se perder. - Quer me comer de novo? Quer? Eu facilito para você... - Eu começo tirando o meu cinto e abrindo a minha calça. - Quer ver meu pau? Eu te mostro. Olha aqui que grande e bonito olha, olha! - Eu começo a gritar com ele, a o perturbar, e ele ficou sem saber o que fazer. - Pode colocar a mão... - Eu abaixo meu tom de voz, quase sussurrando. - Eu não vou contar para ninguém, vai ser nosso segredinho... Quer que eu pegue no seu? - Eu levo a mão até o seu pau, mas ele me bate de novo.

- Para! Para de falar! - Ele realmente estava transtornado, perturbado.

- Não Thallison, eu não quero, eu quero pegar no seu, deixa... Quero colocar ele todo na boca, quero chupar tudo... Você deixa? - Faço voz de criança, o deixando ainda mais em conflito. Se era para ser um jogo psicológico, eu iria ganhar.

- Cala a boca desgraça dos infernos! - Ele me bate outra vez.

- Bate mais vai, me faz sua putinha, sua cachorra, vai... - Eu começo a me mexer debaixo dele, me insinuando... - Me come vai, eu quero seu pau no meu cu, ele todo, me rasgando, me fazendo sangrar... Enfia vai, estou com tanto tesão meu macho, me fode gostoso... - Eu começo a rir muito, e depois dessa, se eu não ganhasse um Oscar e um Emmy, pode saber que foi armação. Meryl Streep e Viola Davis não eram ninguém perto de mim agora.

- Você é louco! - Ele começa a gritar comigo.

- Não meu bem, eu só quero dar para você antes de morrer, vem me comer vem... Por favor Thallison... Dá seu pau grande e grosso pra mim, quero mamar ele todo... - Imito uma voz de criança outra vez, me fezendo de inocente, e por mais doentia que a situação fosse, estava dando certo. - Quero mamar, me dá leitinho... - Começo a chorar então como um bebê, e até mesmo eu achei a situação completamente bizarra, mas eu prossegui com minha atuação digna de prêmios.

- Eu mandei calar a boca! - Ele se levanta e começa a me dar chutes no estômago. Perco completamente o ar por vários segundos, mas assim que o recupero, eu me levanto, sorrindo, quase não tendo mais forças.

- Estou cheio de tesão Thallison... - Eu começo a rir para ele, e então passo a chorar, e eu mal acreditei que eu podia ser tão bom assim. - Você disse que me queria, você disse... - Eu me ajoelho e começo a andar até ele assim, mas ele aponta a arma para mim outra vez.

- Saí de perto de mim!

Quando ele engatilha a arma, eu sinto o calor me rodear. O fogo havia se espalhado e já estava ao nosso redor, apenas bloqueado pelo cômodo em que estávamos. Vejo Thallison começar a rodar a procura de uma saída, mas não havia. Tudo estava bloqueado pelo fogo a nossa volta. Ele gritava coisas desconexas enquanto se movia pelo local, e eu retornei ao meu eu normal e fiquei completamente apavorado com a situação. Eu iria morrer aqui, hoje, junto com esse homem asqueroso, e seria a pior morte que eu poderia pensar.

- É sua culpa! - Ele começa a balançar o revolver, o apontando para mim.

- É sua culpa! Sua! Foi você quem começou tudo, e agora vai morrer junto comigo!

- Não! Não! Eu não vou morrer!

- Vai sim! Vai morrer queimado! Nós dois vamos!

- Seu desgraçado!

Quando ele dá o último grito e se prepara para atirar em mim, eu pulo em cima dele, segurando sua mão que empenhava a arma. Ele aperta o gatilho uma vez e dá o primeiro tiro, que acerta no teto, e eu então lhe dou uma rasteira, indo para o chão junto com ele, ainda com força o suficiente para não o deixar acertar em mim, e ele dá outro tiro, acertando na porta de entrada. Comecei a me embolar com ele ali naquele chão sujo de poeira e sangue, mas minhas forças estavam se acabando. Quando eu consigo socar seu rosto duas vezes, eu me levanto, tentando correr, mas ele se levanta outra vez e aponta a arma para mim, mirando em minha testa. Ele ria, debochava da minha cara enquanto o sangue escorria de seus lábios, só que ele não esperava por alguém entrando no deposito.

Foi todo muito rápido que eu nem cheguei a perceber que o Rodrigo havia entrado ali pela porta em chamas. Ele logo voou em cima do Thallison, tentando o imobilizar, e estava conseguindo. Aconteceu o mesmo que aconteceu comigo, os tiros começaram a sair do revolver enquanto o Rodrigo segurava seu braço para fora da briga. Me aproximo dos dois para ajudar, mas o Thallison atira outra vez, e o tiro acaba pegando minha costela de raspão. Sinto uma dor horrível quando a bala raspa meu osso, mas não entra em meu corpo. Grito de dor e vou ao chão, enquanto o escuto rir do que aconteceu e lutar contra o Rodrigo ao mesmo tempo, só que essa luta estava prestes a ter um fim.

Alguns segundos depois, quando estava tentando me levantar outra vez, escuto outro tiro. Olho para os dois e eu não conseguia ter a visão da arma, mas o meu coração simplesmente apertou e uma vontade enorme de gritar se apossou de mim. Eu ainda tinha esperanças de tudo estar ao meu favor, mas eu surtei quando vi o Thallison empurrando o Rodrigo de cima de seu corpo e se levantando, ainda com a arma apontada para mim. Ele havia levado um tiro, Rodrigo havia sido atingido na barriga e mal respirava. Ele parecia desesperado, cheio de dor, e tudo o que eu consegui fazer antes de o fogo começar a entrar no local foi correr até ele, abraçando seu corpo quase sem vida.

- Rodrigo! Rodrigo! Rodrigo! - Eu começo a sacudir seu corpo, mas não tinha resposta. - Não me deixa, por favor! - Eu começo a chorar muito, sentindo uma agonia horrível se formar em meu peito. - Foi você! - Eu olho para o Thallison.

- Vocês dois vão morrer! - Ele aponta a arma para mim e aperta o gatilho, mas não havia mais balas, não haviam mais, e ele então arremessou o revolver em mim, acertando a minha cabeça, fazendo com que eu caísse para trás, e no momento que ele vinha para cima de mim, eu escuto vozes vindas do lado de fora. - Eu vou te matar desgraçado! - Ele então some no fogo, correndo.

Eu estava com o Rodrigo em meus braços, com sua cabeça em meu colo tentando estancar o sangue que saia da ferida de bala, mas eu não estava conseguido, O desespero já havia tomado conta de mim, mas eu não conseguia o deixar, e a medida que o fogo tomava conta do lugar, eu deixei de me importar. Eu ainda conseguia sentir seus batimentos, sua pulsação, mas não haveria salvação, e foi o que continuei pensando até que quatro bombeiros apareceram na porta, com um extintor em mãos, eliminando o fogo do caminho até chegarem onde eu estava.

- Graças a Deus! Graças a Deus! - Eu chorei com ainda mais força quando os vi.

- Vamos garoto, vamos sair daqui! - Um deles começa a me puxar, se esquecendo do Rodrigo.

- Eu não vou sair sem ele! Eu não vou!

- Ele já está morto! Vamos! - Ele grita outra vez.

- Não! Não! Não! - Eu começo a entrar em desespero outra vez. - Ele não está morto! Ele ainda está respirando!

- Vamos embora! - Outro bombeiro se aproxima, me puxando, me obrigando a abandonar o corpo do Rodrigo.

- Não! - Eu começo a me debater e me solto, indo até o Rodrigo, checando sua pulsação. - Ele ainda está vivo! Olha aqui! Ele está vivo! - O bombeiro então se aproxima, e quando constata que Rodrigo ainda respirava, o levanta do chão como se ele não pesasse nada. - Vamos!

Quando saímos correndo do lugar, foi o tempo correto até o fogo consumir tudo. Eu olhava em volta a medida que corria atrás dos bombeiros, e a escola estava completamente destruída, e eu entrei em estado de choque quando vi alguns corpos queimados perto do gramado, e foi então que eu percebi que tudo foi sério de mais, que tudo tomou proporções catastróficas. Eu começo a desviar dos pequenos obstáculos a minha frente, como pequenas formações de fogo.

Quando começo a ver a saída, passo a chorar, mas um choro de alívio, de puro alívio.

O lado de fora da escola estava lotado, completamente cheio de alunos desesperados, carros de polícia e várias ambulâncias. Vejo o grupo de bombeiros colocar Rodrigo em uma maca e eu dou graças a Deus por ter conseguido, só que algo chama a minha atenção. Eu vejo o Thallison de joelhos no chão, com o Carlos atrás dele, o imobilizando, e assim que essa cena entra em minha retina, eu me aproximo aos poucos, sem eles notarem a minha presença e saco a arma de um policial que estava perto de mim, a pegando sem ele ao menos perceber, e então miro no Thallison, miro com gosto, porque ele não passava de hoje. Paro a uma boa distância, e assim que Carlos me nota, ele grita meu nome e um policial vai até mim e me atrapalha, fazendo com que o tiro, que era para acertar a cabeça, acabe acertando a perna direita daquele desgraçado filho de uma puta, que grita de dor.

- Foi ele que colocou fogo na escola! Foi esse desgraçado! Me solta! - Eu me solto do policial, que já havia pegado a arma de minhas mãos. - Foi ele! - Eu começo a gritar para todo mundo, e isso gera revolta.

Os gritos começam. Todos queriam ir para cima do Thallison, e foi necessária uma barreira policial para o tirar dali com vida. O desgraçado ainda ria de tudo, como se estivesse achando o máximo. Vejo um dos professores conseguir socar o rosto dele, que vai ao chão, e me sinto vitorioso, mesmo ele não estando morto, porque agora ele passaria o resto de seus dias na cadeia por várias acusações.

Assim que volto a meu estado normal, me lembro do Rodrigo. Corro até a maca onde ele estava, e levanto minhas mãos para o céu quando o vejo de olhos abertos, com uma mascara de oxigênio no rosto. Ele tenta sorrir ao me ver, mas desiste quando começa a sentir dor. Vejo ele sendo carregado para dentro de uma das ambulâncias e os curativos, que já estavam cheios de sangue serem trocados. Olho para os lados, a procura de meus amigos, e assim que os avisto em um canto, salvos e vivos, eu sorrio para eles, e então me preparo para entrar na ambulância, mas sou impedido.

- Apenas parentes podem acompanhar. - O enfermeiro disse.

- Eu sou família... - Eu digo quando sou barrado.

- Você é apenas um aluno garoto. - Ele debocha.

- Eu sou o namorado dele e vou entrar na porra dessa ambulância! - Eu grito, e um monte de gente olha para mim.

- Garoto... - Ele ri da minha cara.

- Sai da minha frente! - Eu o empurro, quase o derrubando no chão e entro, ignorando seus palavrões.

Me sento em lado do Rodrigo, que respirava pouco, e apesar de ele ainda estar de olhos abertos, eu temia o perder, e isso não podia acontecer, não hoje, nem nunca. Rodrigo não podia me deixar, ele não podia. Ainda tínhamos muitos planos pela frente. Tínhamos que cuidar do Miguel, viajar pela Europa. Tínhamos ainda que nos casar, que comprar a nossa casa. A gente tinha que fazer tanta coisa que seria a morte perder aquele homem, e se ele fosse tirado de mim, eu iria junto, e disso eu tinha certeza.

Quando as portas da ambulância se abrem novamente e o mesmo enfermeiro entra, me fulminando com os olhos, Rodrigo começa a se debater, se engasgando com o próprio sangue, e a partir daí, minha vida se tornou um inferno em terra, porque eu estava prestes a o perder e não podia fazer nada a respeito, a não ser rezar e pedir a Deus que tudo se acerte e que ele volte para mim, para que possamos viver felizes para sempre.

Comentários

Há 7 comentários.

Por Niss em 2015-10-20 01:58:42
Naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaoooooooooooooooooooooooooooooooooo!!!!!! Como assim cara?????????? Não faz isso por favor!! Eles? Logo eles? Não acredito gente.... Tava tudo dando certo! Fim de temporada!! E esse demonio tinha que fuder com tudo! Não, não, não, não! Rodrigoooo não deixa o Jooon...... pfv... Pelo amor dos bons fins de romances gays!
Por H.Thaumaturgo em 2015-10-20 00:58:35
Aaaah não vcs não podem ter feito isso, mdddddssssss eu estou aki chorando com toda essa situação e de raiva e vcs terminam com o capitulo assim ?????? 💔💔💔💔💔💔💔💔💔 vcs são mt maldosos e fora que esse é o penúltimo capitulo ou seja só tem mais 1. Só mais 1 kct 😭, vcs são uns sacanas. Acabando com amizades 😢😢😢😢😢
Por luan silva em 2015-10-20 00:29:43
Ok comentando o capitulo anterior: eu amei, amei, amei e amei o a queda do delegado, o jonatham como sempre sendo fod*, muito fod* e foi perfeito... Capitulo atual: se vcs matarem o rodrigo eu mato vcs... (estou puto aqui), mas eu sei q vcs nao permitiram isso (espero)... Ai q odio desse demonio, desse monstro (mata ele ao inves do rodrigo) tipo to puta ansioso para o proximo q infelizmente é o ultimo (jonatham e rodrigo vão fazer muita falta ;-()
Por Nickkcesar em 2015-10-19 21:24:54
Ai viadooooooo , se o Rodrigo morrer eu te matooooooo , te enforco e coloco fogo no seu cabelo ( exagerado né ) kkkkkkkk , não faz isso pfv .... Pleeeeeese
Por Nickkcesar em 2015-10-19 21:24:31
Ai viadooooooo , se o Rodrigo morrer eu te matooooooo , te enforco e coloco fofo no seu cabelo ( exagerado né ) kkkkkkkk , não faz isso pfv .... Pleeeeeese
Por Jr.kbessao em 2015-10-19 20:27:15
Nossa que horror. Só falta a bicha morrer no ultimo capitulo kkkkk Vc 's não vão fazer isso né?! Se não vou dar uma de Thallison com vc's kkkk Brincadeiras a parte, otimo capitulo como sempre. Ansioso pelo ultimo capitulo já!!!!!!!
Por diegocampos em 2015-10-19 17:57:24
Nossa espero que o Rodrigo fique bem, o thalison e um desgraçado muito ansioso para o próximo