Comum & Extraordinário - Capítulo 55

Parte da série Comum & Extraordinário

Boa Tarde...

Me desculpem caso eu me perca ou fique esclerosado no meio do caminho. Rsrsrs. Eu não tomei uma gota de café hoje, e eu não sou ninguém sem meu pretinho forte, então já estou avisando logo no inicio.

Como eu disse a vocês, chegou o tão esperado capítulo 55 que dá início aos encerramentos e duplos mortais carpados que estão para acontecer. Rsrsrs.

Eu gostei muito de escrever essa parte em especial, porque foi aqui que vimos um outro lado do Jonathan, outro, e eu espero que possam gostar, porque o Jonathan e eu amamos o que aconteceu, e o que vai acontecer no próximo capítulo, então leiam com calma e me digam se gostaram ou não.

No mais, fiquem todos bem, e mais uma vez, obrigado por todo o apoio. Beijão & Abração.

Obs: O capítulo de hoje é, #BocaDeSeFuder. Hahahahahaha. Amo.

- bielpassi: Somos três então, porque o que é meu é meu. Rsrsrs. E sobre a reação da Rafaela, leia o capítulo de hoje. Rsrsrs... E um abração bem forte bem apertado. Rsrsrs. Obrigado.

- Jr.kbessao: Eu espero que você realmente goste, e se não gostar, pode falar também, não tem problema. Rsrsrs. Um abração, e mais uma vez, obrigado.

- diegocampos: Amo o casal também, do fundo do meu coração, assim como amo todos os casais principais dos meus contos, ainda mais o Zero e o Max, mas isso não vem ao caso... E eu amo a amizade dos dois, muito, muito mesmo, e fiquei feliz quando li o conto todo e vi o resultado... E leia mesmo, porque é ótima... Rsrsrs. Um abração.

- Nickkcesar : Você vai ver as tretas agora. Rsrsrsrs. Um beijão, e obrigado.

- luan silva : Eu espero que você realmente ame. Rsrsrsrs. Eu gosto muito desse capítulo, e do próximo também, então... No mais, obrigado pelo comentário e pelo apoio. Um abração.

- BielRock: Não tem problema, sério. Rsrsrs. Obrigado mesmo pelo apoio que tem nos dado, sério, é muito importante para a gente... E não se preocupe, não vai ser o nosso último conto. O Jonathan e eu já estamos conversando a respeito disso. Rsrsrsrs. E pode se deleitar com a treta hoje. Hahahaha. Beijão.

- H.Thaumaturgo: Também amo um barraco, principalmente quando estou de expectador, amo muito. Hahahahaha. E você é um lindo por fazer meu dia feliz com seus comentários, obrigado para sempre. Rsrsrs. E vai ter muita treta, tiro e porrada, vai ter muita, muita mesmo, sério. Hahahaha. Um abração.

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Comum & Extraordinário - Capítulo 55

Sabe aquela sensação de que você não deveria estar em determinado lugar e em determinada hora? Pois é, era assim que eu estava me sentindo naquele momento. Parecia que a tal da Rafaela já havia marcado território aqui e estava dando ordens a torto e a direito nessa casa. Era como se eu sentisse o cheiro dos feromônios animais dela por aqui, e me incomodava. Eu via porta retratos com fotos antigas dela e do Rodrigo. Foto dos dois com o Miguel e em todas as imagens, apenas ela parecia feliz, porque eu sabia o motivo da cara de cu que o Rodrigo tinha, mas nada explicava o descaso de Miguel com a mãe, sinal de que ela realmente não era uma das boas, e muito menos merecia um troféu joínha ou um troféu de ouro de melhor mãe do mundo.

O primeiro morador daquela casa a me ver foi o prefeito, e assim que ele bateu os olhos em mim, veio logo sorrindo para o meu lado. Sentir seu abraço foi uma surpresa, e me surpreendi ainda mais quando ele me apertou contra seu peito, e foi aí que eu me lembrei de que ele sabia do ocorrido comigo. Mas aquele gesto não foi de pena ou algo do tipo, foi de reconhecimento. Ele percebeu que eu estava bem, que eu estava muito melhor depois de tudo e me parabenizou por não ter ficado com medo e baixado minha cabeça diante da situação.

- Se você comentar com alguém, eu nego até a morte e lhe acuso de calúnia, mas eu estava com saudade de ter você por aqui. – Ele sorri em simpatia.

- Eu sempre soube que o senhor vai com a minha cara, mas não se preocupe, seu segredo está guardado comigo. – Eu dou um sorriso.

- Você realmente é alguém de quem se orgulhar.

- Obrigado.

- Não há de que...

- O Rodrigo já chegou?

- Sim, mas está lá em cima dando banho no Miguel.

- Entendi.

- Mas você pode se sentar. Já é de casa mesmo.

- Obrigado... – Antes de eu me sentar eu me volto para ele novamente. – E a Rafaela?

- Gastando o meu dinheiro em alguma loja por aí, mas hoje é seu último dia de regalias.

- O Rodrigo te contou?

- Ele não precisou. O investigador que estava sob os trabalhos dele também estava sob os meus, então eu fui informado de tudo.

- Ela não vai ceder assim tão fácil, você sabe.

- Sim, eu sei, e se ela não ceder e sair da minha casa hoje mesmo por livre e espontânea vontade, eu coloco ela pra fora com a roupa do corpo. Cansei de ver aquela mulherzinha inconveniente zanzando pra lá e pra cá dentro da minha casa. Ela é tão baixa que chega a se insinuar para mim. – Ele tinha mais raiva da Rafaela do que eu.

- Ela não deve arriscar a própria liberdade. Não acho que ela seja burra a esse ponto.

- Eu sei, mas com aquela lá a gente pode esperar de tudo... E Jonathan, você provavelmente vai ser o alvo principal dela, o brinquedinho, então se prepare, porque ela vai te atacar.

- Pode deixar. – Eu sorrio para ele.

- E se ela por um acaso encostar a mão em você, não precisa ser cavalheiro, responda a altura. Aquela para mim não é mulher, é um ser jogado na terra para infernizar a vida dos outros.

- Você quer que eu bata nela? – Eu não tinha acreditado naquilo.

- Se ela te der um tapa, dê um tapa nela, é assim que funciona. Você não pode deixar aquela mulher montar em cima de você e lhe fazer de cavalo selado.

- Pode deixar...

- Um, e dê os parabéns ao seu pai. Os projetos que ele me apresentou ficaram ótimos. Não sou de agradecer aos outros, mas fale com ele que eu lhe disse isso.

- Eu falo. – Eu dou mais um sorriso.

- Agora eu tenho que subir e apressar a Eva. O jantar já está quase pronto e eu acho que ela está pensando que vamos a um museu ou a um jantar elegante no centro da cidade.

O prefeito então sobe as escadas e me deixa sozinho na sala, outra vez. Eu sempre ficava sozinho aqui, e toda vez que isso acontecia, a palhaça da Rafaela aparecia para atazanar minha vida, e dessa vez não foi diferente.

Eu estava sentado no sofá de pernas cruzadas quando ela passou pela porta, cheia de sacolas. Ela era tão estúpida, que estava com um óculos de sol no rosto, e a noite não podia estar mais escura. A vejo jogar as sacolas no chão e chamar por um nome feminino, e então a mesma mulher que me atendeu na porta aparece, de cabeça baixa e logo vai pegar as sacolas. Assim que ela tira os óculos do rosto e olha para mim, eu vejo a sua cara de pena fingida. Ela se aproxima de mim, tentando não rir e se senta na minha frente. Suas pernas pareciam ainda mais grossas do que dá última vez, e seu vestido ainda mais curto e justo. E para falar a verdade, ela estava com uma cara de puta desgraçada, sem ofensas as garotas de programa, mas eu tive vontade de rir também, porque ela estava achando que ainda tinha o Rodrigo, quando na verdade eu sabia que ele era meu.

- Eu fiquei sabendo do que aconteceu... Sinto muito meu bem... – Então ela sabia sobre o que aconteceu comigo.

- Você não precisa fingir que sente pena de mim Rafaela.

- Mas você é digno de pena, quer dizer... – Ela dá uma tossida falsa e finge que engasgou. – Mas não tem como não ter pena de algo tão grave e sério Jonathan. – Eu conseguia a ver segurando o riso, e aquilo não me abalou.

- Como ficou sabendo disso?

- As paredes dessa casa têm ouvidos.

- Então a senhora andou escutando atrás da porta... Quando eu achei que não poderia descer mais, você atinge o inferno, mas nem mesmo o Tio Luci deve ter aguentado a sua infeliz presença no submundo das trevas. - Dou um sorriso debochado para ela.

- O meu inferno é você, sua bicha petulante, mas agora você não é páreo para mim. - Ela faltava pouco voar em meu pescoço

- Páreo é sua palavra do dia? – Eu resolvo debochar ainda mais, eu realmente não ia abaixar minha cabeça. - Nunca achei que conseguiria usar tal palavra, ainda mais conjugar uma frase inteira com ela. Meus parabéns. - Bato palmas lentamente, o que a faz ficar ainda mais vermelha.

- O seu erro é achar que eu sou burra.

- E o seu erro é achar que eu estaria quebrado e que eu abaixaria a cabeça para você depois do que aconteceu comigo.

- Eu? Imagina, eu torci pela a sua recuperação. – Ela cruza os dedos na minha frente, nem fazendo questão de esconder.

- Eu sei o quanto você torceu por mim. O Rodrigo estava lá, vinte e quatro horas por dia ao meu lado.

- Eu deixei ele ir querido, porque eu tive pena de que você morresse sozinho, sem ninguém ao seu lado.

- Mas eu não morri.

- Infelizmente não, mas amanhã é outro dia. - Ela sorri, me encarando.

- Rafaela, eu não tenho medo das suas ameaças, até porque, você não é a vilã dessa história, é apenas uma qualquer que está tentando puxar o tapete dos outros. Enquanto você está achando que faz coleção de peças persas, todas as vítimas estão caindo em cima de você e quebrando seus braços com as quedas. E você conseguirá levar esses tapetes com os braços engessados? Não.

- Enquanto você fica aí, fazendo suas analogias baratas, eu fico embaixo do Rodrigo, todas as noites.

- Isso pouco me importa. – Eu resolvo não abrir o jogo de o porquê eu estava aqui.

- Pouco te importa? Você está se corroendo de ciúmes, coitado.

- Eu não vim aqui para correr atrás do Rodrigo.

- Então veio fazer o que aqui?

- O prefeito me convidou. – Eu minto. Ela iria tomar tanto na cara quando descobrisse.

- Então você realmente vai ser empregadinho dele. Os dois pés no saco.

- Não preciso nem perguntar como você sabe disso.

- Eu tenho meus meios.

- Um copo virado de boca para as paredes da casa... Porque você não compra algum aparelho de escuta ou algo do tipo? É muito mais digno...

- Eu não preciso disso... Os empregados me contam as coisas.

- Coisas que eles escutam com a boca de um copo virada para a parede, porque pelo o que e conheço do prefeito, ele não fica comentando sobre suas decisões profissionais com os funcionários de sua casa.

- Pense o que quiser bichinha insignificante... Agora se me der licença, vou tomar meu banho e dar para o Rodrigo debaixo daquele chuveiro maravilho. Fiquei aí com o seu cu estourado e costurado.

Ela sobe as escadas rindo da minha cara, e tudo que eu tinha vontade de fazer era de tirar o meu tênis e jogar bem no meio da cabeça daquela puta e fazer ela cair as escadas, rolando que nem uma bolinha de pingue pongue, mas eu me contive e não perdi o controle.

Cinco minutos depois, quando a Rafaela já estava “Dando” para o Rodrigo, Eva e o prefeito descem as escadas, ambos sorrindo, e assim que ela me vê, vem correndo para me dar um abraço. Percebo que ela estava chorando um pouco, provavelmente por sentir pena de mim depois de tudo o que aconteceu, mas o fato de eu olhar para ela sorrindo a fez ficar mais despreocupada.

- Você está bem... – Era como uma confirmação para ela.

- Sim, eu estou... – Dou um sorriso verdadeiro para ela.

- É tão bom te ver de novo querido. Estou tão feliz que esteja tudo bem! – Ela realmente estava feliz por me ver.

- Eu estou muito feliz por ver a senhora novamente.

- Senhora coisa nenhuma! – Ela dá um leve tapa na minha cabeça, e depois sorri. – Não ouse querido, eu sou uma dama, me respeite.

- Tudo bem. – Eu começo a rir e ela também. O prefeito estava ao lado de Eva, sorrindo.

- Então, você está pronto para tomar o seu lugar que é de direito? – Ela me pergunta.

- Como?

- Com a Rafaela indo embora, você volta a ser o marido oficial do meu filho.

- Mas gente... – Ela era muito apressada, e isso me faz rir ainda mais. – Você gosta de apressar as coisas.

- Apressar? Imagina... – Ela sorri. – Ao contrário da minha filha, que vive perdida pelo mundo a fora, fico feliz que pelo menos o meu filho tenha encontrado alguém descente e de bom coração.

- Obrigado...

- Você vai se dar muito bem com ela. Tem praticamente a mesma idade, a não ser a idade mental, porque ela parece que tem dez, coitada. – Eu morria de rir com ela.

- Eu já a vi uma vez, em uma festa que teve aqui há um tempo. – Foi no dia em que conheci o Rodrigo.

- Teve uma festa aqui? – Ela parecia não saber. – Quer saber, não me conta. Semana que vem eu acerto as contas com aquela moça rebelde.

- Não diga que foi em que te contei.

- Pode deixar querido, seu segredo está guardado comigo. – Quando ela disse, eu olho para o prefeito, e nos três sorrimos.

A gente ficou ali na sala conversando por mais alguns minutos sobre o que eu pretendia fazer agora, já que eu tive que me ausentar da escola, então eu expliquei para eles sobre as provas e que eu iria voltar se eu conseguisse passar nas matérias já dadas, e que eu estava estudando para completar o ensino médio ainda esse ano.

Eu estava comentando sobre o início da minha autoescola quando escuto uma voz fina gritando meu nome. Me viro para trás e vejo o Miguel correndo as escadas em minha direção, se soltando das mãos do Rodrigo, que estava mais lindo do que nunca. Miguel corre até onde eu estava e pula no meu colo, com seu carrinho azul na mão.

- Você voltou para brincar comigo! – Ele estava rindo de canto a canto.

- Eu não falei que eu voltava?

- Falou, mas você demorou... – Ele olha para o meu rosto, que ainda tinha algumas marcas do acontecido. – O que aconteceu com você? – Ele pergunta de forma tão engraçada que eu tive que sorrir.

- Eu sofri um acidente, mas já estou bem.

- É por isso que não veio brincar comigo? – Ele me pergunta e eu olho para o Rodrigo.

- Sim meu bem, eu não pude vir porque estava no hospital.

- Porque você não me falou papai? – Ele briga com o Rodrigo. – Eu queria ir lá ver ele...

- Porque no hospital não é lugar de criança Miguel.

- Entendi... – Ele parecia desapontado. – Mas você está aqui agora. – Seu sorriso era a coisa mais linda.

- Estou.

- Jona... – Ele não termina o meu nome. – A mamãe não gosta de brincar e vive brigando comigo. O papai brinca comigo todo dia... – Ele olha para o Rodrigo e depois olha para mim. – Você quer ser meu segundo pai?

Quando ele me pergunta isso, um nó se forma na minha garganta e eu tenho vontade de chorar. Como uma criança mexe com a gente né. Ele estava ali, sentado no meu colo, me fazendo uma pergunta que ele não fazia ideia do resultado. Eu o encarei por alguns segundo e então olhei para o Rodrigo, que estava com os olhos brilhando. Tudo o que eu consegui fazer foi abraçar a pequena pessoa sentada em cima de mim e derrubar uma lágrima na roupinha dele.

- Aceito sim meu lindo. – Dou um beijo no rosto dele, sorrindo.

- Oba! – Ele pula no meu colo. – Agora eu tenho dois pais para brincar comigo.

Eu fiquei com ele de novo, correndo pela casa a fora enquanto via Eva chorando de emoção e o prefeito com os olhos brilhando. Rodrigo estava da mesma forma, e eu estava me sentindo incrível por fazer parte dessa família linda, que agora também era minha família, mas como nem tudo são flores desabrochando em um campo vasto e límpido lavanda, Rafaela teve que descer as escadas e me pegar com o filho dela no meu colo.

- Seu viadinho! Coloca meu filho no chão! Tira as mãos dele! – Ela grita, descendo as escadas, então coloco o Miguel em pé, e logo ele corre para os braços da avó.

- Mãe, tira o Miguel daqui, agora! – Rodrigo grita, e eu senti a raiva em sua voz. Eva então vai com o Miguel para cima, acompanhada do prefeito, que olha para mim antes de subir.

- Me devolve o meu filho Rodrigo! – Ela grita.

- Seu filho! Você nem cuida do menino!

- Eu cuido sim! Eu sempre cuidei dele, ao contrário de você, que o viu pela primeira vez quando eu entrei nessa casa!

- Eu não o vi por sua culpa sua desgraçada! Você o tirou de mim!

- Se você realmente o quisesse, tinha vindo comigo!

- Você é uma piranha mesmo não é Rafaela! O menino chegou aqui praticamente desnutrido! Você não cuidava dele porra nenhuma!

- Ele está vivo não está! Então cala a sua boca seu viado de merda! – Ela finalmente estava mostrando as garras.

- Viado de merda? – Rodrigo sorri. – Antes viado que uma puta de quinta categoria que não consegue ao menos fazer chantagem corretamente!

- Eu separei vocês dois não foi? Quem é a idiota nessa história?

- Você mesma!

- Eu ainda tenho o vídeo daquele putinho chupando você! Eu posso vazar ele a qualquer momento!

- Faça! – Eu grito com ela, e eu me sinto bem fazendo isso. – Vaze o vídeo sua cadela! Fique a vontade! Sabe o que vai acontecer quando esse vídeo vier a público? Nada! Nada! Porque todo mundo sabe do que aconteceu comigo! E você sabe o que eles vão fazer e o que ele vão falar? Porra nenhuma! Porque vai estar todo mundo preocupado com o meu bem estar que eles vão estar pouco se importando com uma merda de vídeo!

- Você que pensa seu putinho desgraçado! Todo mundo vai falar! – Nem mesmo ela tinha certeza do que dizia.

- Vá em frente, vaze a porra do vídeo! Todo mundo vai falar “Tadinho, ele sofreu muito, vamos deixar isso pra lá”, ou melhor... - Faço toda uma dramatização. - “Quem foi a pessoa desumana que fez isso? Ele acabou de passar um mal momento na vida e alguém apronta uma dessas. Que vergonha.” É isso que eles vão falar. Todo mundo vai me olhar com pena, se indagando, e sabe o que eu vou fazer? Me fingir de coitadinho e andar triste por aí, e quando me perguntarem quem foi o monstro que fez isso, eu vou dizer que foi você, aí eu quero ver o que você vai fazer quando as pessoas começarem a te olhar com cara feia e jogar pedra nessa tua cara de puta desqualificada, de puta barata!

- Seu desgraçado! – Ela vem mais rápido do que eu e do que Rodrigo e me dá um tapa na cara, e isso faz com que eu perca por completo as minhas estribeiras, então eu dou um tapa na cara dela também, ainda mais forte. Eu ri por dentro.

- Não é só porque você tem buceta que eu vou aceitar apanhar de você! - Eu grito enquanto o Rodrigo segurava ela pela cintura com força, a impedindo de avançar em mim outra vez.

- Eu vou acabar com você sua bichinha desgraçada! Sua mulherzinha! Eu vou te matar!

- Vem pra cima de mim então sua vagabunda! Cansei de ficar de boca fechada e me fazer de calmo! Quer me bater? Seja mulher o suficiente e faça!

- Desgraçado! – Ela grita e Rodrigo e empurra, fazendo com que ela caia.

- Puta! Piranha! Vadia! Quenga! Meretriz! Sua desgraçada! – Eu começo a gritar.

- Cala a boca Jonathan! Não piora a situação! – Ele me segura quando eu estava prestes a avançar em cima dela.

- Eu não vou abaixar a cabeça para ninguém Rodrigo! Eu cansei! Vou devolver na mesma moeda! – Eu tento me soltar dele. Eu realmente havia perdido o controle. - Me solta! Eu vou encher a cara dessa piranha de tapa! Eu não sou mulher para ela? Então é tapa mesmo que eu vou dar na cara dessa desgraçada! Me solta! - Eu começo a me debater, mas o Rodrigo é mais forte que eu.

- Jonathan! Se acalma! Porra!

- Calma porra nenhuma! Essa vadia separou a gente! Ela fez você ser cruel comigo!

- Jonathan!

- Se ela não tivesse separado a gente, eu não tinha sido estuprado e espancado! Nada disso teria acontecido comigo se ela não tivesse feito você ficar longe de mim! - Eu nem sabia mais o que estava falando.

- Jonathan, por favor! – Eu estava quase me soltando dele e pronto para partir para cima dela, e pelo olhar daquela mulher, ela estava querendo que eu fizesse isso.

- Me solta Rodrigo! É culpa dela!

- Chega! – Ele começa a me sacudir com muita força, me fazendo o olhar dentro dos olhos, e então, aos poucos, eu vou me acalmando. – Não é culpa dela meu bem. A culpa é daqueles desgraçados que fizeram isso com você, mas um dia eles vão pagar...

- Rodrigo... – Eu começo a chorar.

- Eu estou aqui meu bem, eu vou sempre estar... – Ele me dá um selinho, um demorado selinho, e então olha para a Rafaela.

- Você vai me dar o divórcio, a guarda total do Miguel e vai sumir da minha vida!

- Mas nem morta! Você acha que eu sou palhaça? Acha que eu sou burra? - Ela ri.

- Não, mas você é uma vagabunda da pior espécie possível! Eu sei de tudo Rafaela! Eu sei dos seus golpes, dos seus documentos falsos, eu sei de tudo sua desgraçada!

- Eu não sei do que você está falando... – Ela sabia, estava estampado na cara dela.

- Não sabe! Olha aquele envelope em cima da mesa!

Rafaela, mesmo contra o seu orgulho, vai até em cima da mesa e abre um envelope parto que estava cheio de papeis e com alguns DVD’s. Ela começa a ler tudo e eu vejo suas mãos tremerem. A cada página passada ela ficava ainda mais nervosa e com medo. Ela tira mais algumas coisas de dentro do envelope e eu consigo ver alguns passaportes e algumas identidades nas mãos dela.

- Eu investiguei tudo sua cachorra! Eu sei de tudo! Nesses DVD’s estão os vídeos de segurança das lojas que você roubou, todas elas!

- Você está blefando... – A voz dela tinha até diminuído.

- Blefando! Eu não sou homem de blefar seu pedaço de merda! Você acha que eu iria vir aqui de mãos vazias e lhe enfrentar sem provas? O palhaço aqui não sou eu!

- Você... Você... – Ela ainda estava lendo os papeis.

- Eu... Eu... Não consegue formar uma frase completa? Perdeu a fala?

- Seu desgraçado! – Ela começa a rasgar todos os papeis e a quebrar todos os discos que estavam dentro do envelope.

- Meu Deus! São as únicas cópias que eu tenho! – Rodrigo debocha. – Por favor, Rafaela, não seja estúpida!

- Desgraçado! Seu viado desgraçado! – Ela grita muito alto.

- Sabe o que você vai fazer? Assinar os papeis que estão naquele outro envelope, pegar suas coisas e sumir daqui!

- Eu não vou fazer porra nenhuma!

- Ótimo! – Rodrigo pega o telefone. – Minha advogada vai adorar saber que você não quis assinar. Se prepare para passar vinte anos na cadeia.

- Vinte anos? – Ela arregala os olhos.

- É pouco, eu sei, mas foi o que eu consegui. – Rodrigo sorri.

- Vinte anos...

- Vinte anos sem seus perfumes, sem suas roupas, sem seus machos... Vai ficar velha e acabada dentro daquela penitenciária feminina, provavelmente sendo piranha de uma mulher mais corajosa do que você!

- Eu não posso ir embora de mãos abanando! Eu me recuso!

- Por mais que me doeu fazer isso, eu tive pena de você... – Ele sorria, e o ver daquela forma estava me dando um tesão incrível, e foi a primeira vez que senti isso desde o acontecido. – Tem vinte mil em dinheiro dentro do envelope, e se dê por satisfeita. Fiz isso apenas por você ser mãe do Miguel, mãe do meu filho, porque se fosse uma qualquer, sairia daqui com uma mão na frente e outra atrás.

- É pouco! – Ela grita ao pegar o envelope e ver um bolo de notas. – Eu não vivo duas semanas com isso!

- Se virá! Vai fazer programa, conseguir um emprego, que seja! Eu não dou a mínima! Agora assine a porra dos papeis, e com o seu nome verdadeiro!

- Desgraçado!

Rafaela estava uma pilha de nervos com aqueles papeis nas mãos. Ela olhava tudo, lia tudo, e parecia não estar muito disposta a ceder, mas ela não tinha opção, ela não tinha saída, ela teria que assinar e abrir mão de tudo o que havia conseguido até aqui.

- O que me garante que se eu assinar os papeis você não me entregará para a policia?

- Nada te garante, mas entre o saber e o não saber... – Rodrigo sorria, vitorioso.

- Rodrigo! – Ela grita, em pavor.

- Assine a porra dos papeis Rafaela, agora!

Eu finalmente a vejo colocar os papeis sobre a mesa e se sentar em uma das cadeiras, de frente para a gente. Com calma e com lágrima nos olhos, lágrimas de ódio, ela assina todos os papeis que estavam naquele envelope, e enquanto ela se corroía de ódio por dentro, Rodrigo e eu tínhamos um sorriso vitorioso no rosto, porque finalmente estávamos nos livrando daquela mulherzinha, para sempre.

Assim que ela assina tudo, Rodrigo vai até a mesa e confere assinatura por assinatura, se certificando de que estava tudo certo.

- Agora some da minha casa sua vagabunda! Desaparece!

- E minhas coisas! – Ela grita.

- Eu mando entregar na casa da sua mãe, que é outra piranha que vive fazendo as mesmas coisas que você! Acho que você teve a quem puxar!

- Seu desgraçado! Isso ainda não acabou!

Rafaela começa a caminha até a porta, olhando para os lados, e assim que ela avançou em um artefato de ouro sobre uma mesa de canto, Rodrigo foi para cima dela e a empurrou porta a fora. Quando ela passou pela superfície de madeira, havia dois seguranças do lado de fora, que começaram a carregar seu corpo se debatendo para fora da mansão, sem nada nas mãos. Eu assistia tudo aquilo rindo, vitorioso, enquanto recebia beijos na nuca e carinhos nos cabelos. Rodrigo e eu finalmente poderíamos respirar aliviados, e eu estava completamente feliz por isso ter acontecido, e tudo o que eu queria era o ter novamente, poder sentir cada parte do seu corpo, nem que tenhamos que virar toda a noite.

Comentários

Há 6 comentários.

Por BielRock em 2015-10-10 01:02:24
Meu Deeeeeeeeus, que perfeito esse capítulo, foi foda demais, queria que o Jonathan batesse mais nela. Ela merecia. Hahahahaha. Finalmente eles vão viver as vidas deles e vão ser felizes (espero). Esperando anisoso para o próximo capítulo. Beijos 😘🌹
Por luan silva em 2015-10-09 20:52:47
amei hehe cara o miguel é muito fofinho da vontade de apertar <3 a puta da rafaela só teve o que merecia e espero q o proximo capitulo seja ele acabando com o delegado e o desgraçado do seu filho ainda acho a ideia de uma vingaça estilo doce vingança hehe... ansioso para o proximo.
Por Jr.kbessao em 2015-10-09 19:44:05
Risadas eternas da puta mor de todas. Kkkkkkkkk Simplesmente amei. Tava esperando tanto por isso!!!!!!!!
Por Nickkcesar em 2015-10-09 19:16:25
Gente essa puta se fudeu kkkkkk , mas duvido que ela termina por aki ... E eu to quase soltando fogos de artifícios aki kkkkkk
Por bielpassi em 2015-10-09 17:45:15
Adorei! Rafaela e pra ter uma morte q nem a de Jesabel kkk Valeu pelo o abraço queria um pessoalmente mas....
Por diegocampos em 2015-10-09 17:41:37
Amei o capítulo, muito bom ver a Rafaela pagando por tudo que ela fez finalmente ela vi sair da vida do Rodrigo e do Jonathan agora só falta ele se vingar do delegado e do thalison aí tudo fica ótimo ansioso para o próximo