Comum & Extraordinário - Capítulo 54

Parte da série Comum & Extraordinário

Boa Tarde...

Como sempre, eu queria lhes agradecer por todo o carinho que estão nos dando, e por toda a atenção que estamos recebendo. Eu já disse algumas vezes que eu não me importo com a quantidade de visualizações ou comentários, e ainda me mantenho firme a essa questão, mas é gratificante abrir o capítulo e ver que há vários votos e comentários, o que eu sei que toma algum tempo de vocês, e por isso, eu agradeço por tudo.

Então, no último capítulo foi o Jonathan quem respondeu os comentários, mas hoje sou eu. Rsrsrs. Mas não se preocupem, vou fazer ele responder de novo em breve.

Mudando de assunto, como vocês sabem, eu não ando tendo muito tempo ultimamente, o que me impossibilita de ficar por dentro do que anda acontecendo nos sites (Casa Dos Contos & Romance Gay), mas por um acaso, ontem me deparei com um conto que eu simplesmente amei.

Eu vou muito pelo título da história, que é o que inicialmente me chama a atenção, então quando eu li ‘Corpo de Ninguém’ já fui logo clicando, e em seguida, me deliciando com toda a história. Ainda estou no décimo capítulo, mas recomendo que deem uma lida na história, porque vale realmente a pena. E por favor, não cometam o erro de ler no serviço, porque pode ser constrangedor ter que se levantar. Hahahaha. Sim, o conto é excitante pra caralho. Muito sexo, fetiches, e uma escrita perfeita. Realmente recomendo.

Não vou me estender muito por hoje, apenas vou deixar os agradecimentos a baixo. No mais, fiquem todos bem, e mais uma vez, obrigado.

- diegocampos: Obrigado por sempre comentar em ambos os sites, gosto muito. Rsrsrs. E eu quero muito, muito mesmo, que você leia tudo o que está para acontecer, porque quando eu escrevi foi como se eu estivesse lavando minha alma. Eu praticamente metia o dedo nas tecladas, quase quebrando. Rsrsrsrs... E eu também estou triste, mas fazer o que né, tem que chegar ao fim... No mais, um abração, mais uma vez, e obrigado.

- Jr.kbessao : Eu também amei essa parte. Rsrsrsrs. Me senti bem fazendo com que ele não tivesse tanto medo mais, que ele estava conseguindo superar tudo... E ele já vai lembrar, mas daqui a pouco. E sobre a bicha enrustida, você mal pode esperar pelo que vai acontecer... No mais, um beijão, e obrigado.

- luan silva: Bem, já que está na cara quem foi o autor do estupro e da agressão, provavelmente há, não apenas um dedinho, mas várias partes do corpo da pessoa que fez isso, mas em fim. Quero muito que veja o que vai acontecer com a Rafaela e com os outros dois, porque eu amei escrever sobre isso. Rsrsrsrs... Sim, infelizmente está acabando, mas eu volto com outro conto depois... No mais, obrigado pelo carinho e pelo comentário.

- H.Thaumaturgo: Obrigado. Rsrsrsrs. Pedras? Quero que ele deixe pedras, tijolos, cerâmicas, pias, vasos sanitários, quero tudo. Hahahahaha. No mais, obrigado mesmo pelo carinho e pelos comentários. Um abração.

Obs: Desde o momento em que escrevi esse recado, li mais alguns capítulos de ‘Corpo de Ninguém’... Puta que pariu. Me desculpem, mas não achei melhor frase para descrever. É sexy, excitante, fetichista, sensual, romântico, foda, incrível pra caralho... Tem momentos em que me pego com a mão na boca, não acreditando no que li. Senhor Jesus Cristo. Hahahahahaha.

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Comum & Extraordinário - Capítulo 54

Eu estava dormindo muito pouco desde que acordei, mas não estava me sentindo cansado ou com o corpo pesado. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas eu também não me preocupava.

Meus pais tinham conversado com o médico a respeito de minha falta de sono, mas ele disse que é normal, que bastava meu corpo se acostumar com a rotina em casa novamente que eu iria dormir. Então eu aproveitei esse meio tempo para colocar toda a matéria da escola em dia. Eu havia tirado cópias dos cadernos e de algumas provas que a Carol havia feito e estava copiando tudo, fazendo as atividades e estudando, e não era pouca coisa. Acabei passando o final de semana inteiro dentro de casa colocando tudo em dia.

Eu conversei com o Rodrigo ao longo das horas, que demoravam a passar sem ele ao meu lado. Ele havia feito uma viagem atrás de algumas provas contra alguma coisa que ele descobriu sobre a Rafaela e não quis me contar. Eu havia entendido que ele precisava disso, mas mesmo assim eu senti muita saudade de estar ao lado dele, de sentir seu corpo, sua pele, de ver seu sorriso e de sentir o gosto dos seus lábios, e só de pensar nele eu me distraio por completo.

A minha vida precisava encontrar seu próprio rumo, e eu comecei a traçar as linhas logo pela segunda de manhã. Meus pais haviam saído de casa para o trabalho e eu fiquei em casa, ainda estudando, mas eu gostava da matéria, então não foi sacrifício nenhum. Algumas coisas ainda demoravam para entrar na minha cabeça, mas como eu tinha tempo de sobra e esforço, estava tudo caminhando perfeitamente bem.

Por volta de meio dia eu resolvi preparar algo para comer. Como no domingo minha mãe havia feito um almoço maravilhoso e ninguém jantou, eu esquentei o que ela tinha preparado e comi no meu quarto mesmo, enquanto folheava livro atrás de livro tentando absorver todas as informações necessárias para a prova que eu iria fazer na escola, prova que provaria ou não se eu ainda era capaz de voltar ao ritmo, mesmo tendo perdido muita coisa, e graças a Carol e suas inúmeras anotações, eu tinha certeza que iria conseguir voltar a sala de aula.

Assim que eu acabei de almoçar, meu celular começa a vibrar em cima da cama. Atendo e era meu pai.

- Boa tarde meu filho. – Ele sorria.

- Boa tarde pai. – Eu dou um sorriso.

- Está tudo bem?

- Sim... – Eu folheio uma página do livro. – Estou estudando para as provas que vou fazer essa semana.

- Está conseguindo? – Ele sabia da minha dificuldade em pegar certas coisas depois de tudo.

- Sim. Tenho algumas dificuldades, mas estou acertando as coisas.

- Que bom meu filho... Mas eu estou te ligando para dizer que eu fiz a sua matrícula na autoescola perto da prefeitura. Acabei de sair de lá.

- Pai, você não tinha que fazer isso agora, você já comprou o celular...

- Meu filho, caso tenha esquecido daquele projeto que eu estava fazendo há um tempo atrás, ele foi aprovado pelo prefeito, ou seja, eu recebi uma boa quantia, então não se preocupe. Além do mais, o nosso trato sempre foi que no dia em que você completasse dezoito, íamos a autoescola fazer a sua matrícula.

- Eu sei pai...

- Então pronto. Está tudo pago. A sua primeira aula de legislação é amanhã as treze da tarde. Se quiser eu posso te levar no meu horário de almoço.

- Não precisa. – Eu sorrio. – Eu vou de ônibus mesmo.

- Tem certeza Jonathan?

- Sim pai, não se preocupe.

- Tudo bem... Agora eu tenho que voltar para uma reunião aqui no escritório. Um beijo meu filho.

- Um beijo pai, e obrigado...

- De nada. – Ele sorri.

Meu pai era o melhor pai do mundo, e isso é fato. Digo isso não pelo fato de ele ficar me comprando as coisas, eu digo realmente por ele ter sido sempre excelente comigo. Brigou quando tinha que brigar, cuidou quando tinha que cuidar, paparicou quando tinha que paparicar e chamou minha atenção quando teve que chamar. Eu apanhei poucas vezes dele ou de minha mãe, e eu podia contar nos dedos de uma mão o número de vezes que isso aconteceu. Eu nunca fui uma criança bagunceira que desrespeitava as regras de casa, muito pelo contrário. Minha mãe também é incrível, apesar de ser mais estressada que meu pai, que ao contrário da minha mãe, era o poço de calmaria. Mas nós três sempre nos demos muito bem em casa, e as brigas eram raras entre nós, a não ser as entre meu pai e minha mãe, que ocorriam pelo menos duas vezes por mês, e sim, eu conto.

Eu então sou distraído dos meus pensamentos com outra ligação. Era o Matheus.

- Boa tarde... – Ele diz. Realmente o ocorrido mexeu muito com ele.

- Boa tarde senhora. – Eu tento descontrair um pouco. – Finalmente conseguiu a cirurgia para mudança de sexo? – Eu começo a rir.

- Palhaço. – Ele ri também.

- O SUS está fazendo de graça, é só entrar na fila.

- Mas nem morta que eu faço uma coisa dessas no ‘Seu Último Suspiro’. Eles vão me matar lá dentro, e se bestar, colocar um segundo pau ao invés de uma lida vulva desabrochando em flores. – Ele começa a rir. – Só você mesmo Jonathan...

- Faz parte... Mas está tudo bem?

- Sim, eu acho que sim. O Caio está dormindo aqui comigo enquanto o meu medo de sair passa.

- E seus pais?

- Eles estão bem. Meu pai e o Caio vivem pelos cantos conversando sobre não sei o que. Fico feliz que estejam se dando bem. Mas e o Rodrigo, está aí com você?

- Não, ele viajou tem uns dois dias.

- E seus pais?

- Estão trabalhando... – Eu sabia que ia levar bronca.

- O que? Você é doido Jonathan? Não pode ficar em casa sozinho. E se eles voltarem? – O Matheus ainda estava com muito medo.

- Matheus, eu não posso ter medo o dia inteiro, eu não posso me privar das coisas por causa de um receio de sair de casa, eu não consigo viver assim.

- Mas você tem que estar com alguém do seu lado... Eles podem voltar para terminar o serviço...

- Se eles voltarem, eu não vou estar despreparado, eu prometo.

- E você vai andar com um revolver agora?

- Não, eu não disse isso. Mas agora eu tenho olhos até onde não deveria ter, e vou prestar atenção em tudo a minha volta para não acontecer tudo de novo, porque eu não vou aguentar...

- Jonathan, por favor...

- Matheus, eu não vou ser uma vítima que fica se lamentando pelos cantos por causa do que aconteceu. Eles queriam matar a gente, e isso é fato, e como não conseguiram, querem nos quebrar aos poucos, nos deixar com medo, nos assustar...

- Eles... – Ele fala mais baixo e começa a gaguejar. – Eles estão vigiando você?

- Um carro preto?

- Sim... – Ele tinha muito medo presente na voz.

- Sim, e é isso que eles querem, assustar a gente. Matheus, nós não sabemos quem eles são, então não há motivo para tentarem nos calar. Sim, eles podem tentar de novo, mas você está com o Caio, nada vai acontecer com você.

- Mas e você?

- Eu tenho coisas mais importantes para me preocupar no momento. Tenho que fazer algumas provas para voltar a assistir aula, esperar que a Rafaela desapareça da vida do Rodrigo, e... – Eu me calo quando percebo que ia contar para ela sobre o delegado. – Enfim, eu não vou ficar preso dentro de casa como um bichinho acuado com medo daqueles desgraçados. Eu ainda vou descobrir quem fez isso com a gente, e eu peço a Deus, calma e paciência, porque se eu ver um daqueles filhos de uma puta e saber que, eu mato. – Eu realmente estava morrendo de ódio por tudo o que eles fizeram, principalmente com o Matheus. Eu mesmo me virava comigo.

- Você sempre foi forte...

- E eu vou continuar sendo, para sempre. Que me chamem de desumano, de sangue frio, de corajoso de mais, de clichê ou o que quer que seja, eu não me importo. Nesse mundo os fracos sempre são pisados, e eu nunca vou abaixar a cabeça e deixar que façam o que quiserem de mim, eu não vou deixar isso acontecer de novo. Sabe Matheus, a convivência na terra é como um Reality Show, uma competição, onde aqueles que sabem jogar, aqueles que são fortes e destemidos ganham, e eu não quero ser o primeiro a ser eliminado por causa do que aconteceu.

- Eu queria ser como você. – Eu escuto ele sorrir.

- E eu queria ser como você. As vezes não ter medo não é bom...

- Mas sempre ter medo não é bom também.

- Você vai ter que encontrar um ponto de equilíbrio entre ter medo e ser um pouco corajoso.

- Eu sei, obrigado...

- Mas e você, vai voltar para a escola quando?

- Eu não sei se estou pronto ainda, mas eu peguei as matérias com a Carol também e estou estudando. Minha prova é na sexta feira, mas eu não sei se vou ter coragem de ir.

- As minhas também são na sexta, e não se preocupe, tudo vai dar certo.

- Meus pais e o Caio vivem dizendo isso...

- Sinal de que eles estão certos e nós estamos errados. – Eu dou um sorriso, o fazendo sorrir também.

- Eu vou te confessar uma coisa... – Ele sorri de sua própria confissão. – Eu nunca tive um amigo de verdade. As pessoas sempre se aproximavam de mim por interesse, porque meus pais são médicos, por eles terem dinheiro, mas quando viam o viadinho, quando ficavam perto de mais, iam embora e nunca mais olhavam na minha cara. A escola foi um inferno...

- Querida, eu sou rica também, não preciso de me aproximar da senhora por dinheiro. - Começo a rir, o fazendo rir também. - Mas é sério, eles são uns idiotas por não verem o quão especial você é... E sabe, eu nunca tiver amigos homens, e Carol sempre foi minha única amiga.

- Bem, você continua sem ter um amigo homem. – Ele finalmente dá uma gargalhada. – Mas falando sério agora, e o Caio?

- Bem, eu sempre o vi como um irmão, não como amigo. Ele sempre cuidou de mim e essas coisas, e como ele é mais velho, eu sempre me espelhei nele.

- Que lindo, mas o macho é meu. – Ele dá outra gargalhada.

- Eu vou deixar o incesto para a BelAmi.

- Depois de ter provado a fruta que a senhora diz isso, sem vergonha. – Ele ri.

- Idem querida.

- Eu me decidi... Eu vou voltar para a escola no dia em que você voltar. Pode ser? – Ele parecia cauteloso.

- Claro.

- Promete que vai andar comigo e que vai me levar para o mesmo box caso queira usar o banheiro?

- A senhora quer me ver nua? – Eu começo a rir.

- Palhaça. – Ele ri também. – Eu tampo os olhos.

- Tudo bem, eu te levo para o mesmo box.

- Obrigado... Agora eu vou ter que desligar. Tenho que terminar de estudar... – Ele para de falar por alguns segundos. – O Caio mandou um beijo para você.

- Manda outro para ele... Até mais Matheus.

- Até mais Rainha Australiana.

Quando terminei minha conversa com o Matheus, resolvi ligar para o Rodrigo, para ver o que estava acontecendo. O telefone chamou uma, duas e três vezes, mas ele não atendeu, então eu deixei para lá e esperei ele me ligar. Eu desci então para a cozinha e lavei meu prato, o que eu sujei na hora do almoço. Quando abri a geladeira, eu tentei resistir a ele, mas não consegui. Acabei surrupiando metade do pote de açaí que meu pai havia comprado, porque assim como eu, ele ama açaí, e minha mãe nem tanto, então sempre sobra para nós dois. Enchi um pequeno copo, na verdade um grande copo e subi para o meu quarto, voltando a estudar. Eu estava finalmente finalizando toda a matéria de Geografia e repassando tudo na minha cabeça quando o Rodrigo me liga. Ele parecia extremamente feliz.

- Desculpa meu bem, eu estava longe do telefone.

- Tudo bem. – Eu começo a sorrir. – O que está fazendo?

- Nesse momento eu acabei de sair de uma conversa com um investigador particular.

- Conseguiu alguma coisa contra a Rafaela?

- Alguma coisa? Aquela mulher é um caminho de boletins de ocorrência. A desgraçada estava usando documentos falsos para abrir contas em lojas, e depois que comprava, sumia do mapa.

- Mas ela fez isso aqui?

- Não, aqui ela ainda não chegou a esse ponto, mas anda chantageando bastante gente. Parece que o hobbie dela é fazer vídeos caseiros de pessoas importantes em situações constrangedoras.

- Mas como ela conseguiu fazer tudo isso? Ela não conhece a cidade direito...

- Ela já morou aqui meu bem. Se lembra da história que eu te contei? – Eu fiz um grande esforço na verdade, mas consegui me lembrar de uma conversa que tivemos quando eu descobri que ele era casado e tinha um filho.

- Sim, eu me lembro, desculpa...

- Tudo bem meu príncipe... Então, ela conhece muita gente por aqui, e me parece que está se juntando as más influências do passado para aplicar pequenos golpes. Ela estava sob investigação nos últimos dois meses, e agora eu acabo com ela e consumo com aquela mulherzinha das nossas vidas.

- Sério? – Eu pergunto praticamente gritando de felicidade.

- Sim, e eu tenho uma outra coisa para te contar...

- O que é?

- Sua mãe já preparou os papeis de divórcio e de guarda definitiva do Miguel. Ele vai ficar comigo, e se ela não aceitar minhas condições, vai passar um bom tempo na cadeia.

- Meu Deus! – Eu começo a rir. – Minha mãe não me contou nada...

- Eu pedi para que ela não contasse... Queria te contar isso pessoalmente, mas eu estou com tanta saudade de você, que no momento em que ouvi sua voz, saiu tudo.

- Rodrigo... – Ele estava tão fofo comigo, e eu estava amando.

- Eu fiz isso por você meu bem, porque eu quero passar o resto dos meus dias ao seu lado, e nós vamos fazer tudo o que planejamos, pode ter certeza.

- Obrigado por sempre estar ao meu lado meu loiro. – Eu sorrio.

- Eu que lhe agradeço meu bem. Depois de tudo o que eu te fiz, você ainda me aceitou de volta...

- Foi por uma boa causa.

- Eu não queria que você fosse rebaixado e ficasse falado nessa cidade. Você sabe como as pessoas daqui são. No começo da cidade a pessoa sofreu um mal estar, mas no final dela, essa mesma pessoa teve um grave problema de saúde que resultou na falência múltipla dos órgãos vitais e acabou vindo a óbito.

- É assim mesmo. – Eu começo a rir da analogia dele. – Obrigado por me proteger... Eu tenho algo para te contar também. – Eu fico mais sério.

- Aconteceu alguma coisa? Está tudo bem?

- Está sim, é que... Você promete que não vai brigar comigo?

- Jonathan, o que é?

- Promete primeiro e depois eu te conto.

- Tudo bem, eu prometo...

- Eu assisti as fitas de segurança...

- Você fez o que?

- E antes que comece a falar, eu te peço desculpas, te peço perdão por ter feito isso sem lhe avisar, mas eu não queria que você assistisse as imagens.

- Jonathan...

- Rodrigo, eu estou bem, eu juro. O Carlos assistiu comigo, e eu me lembrei do que aconteceu...

- O Carlos é? – Ele tosse, fingindo que não estava com ciúmes.

- Sim meu bem, o policial Carlos. – Faço questão de dar ênfase na sua profissão e de que aquilo foi o mais profissional possível. – Ele também não queria me mostrar... – Rodrigo me corta.

- Mas como você é teimoso de mais e não ouve o que os outros falam com você... – Ele sorri.

- Isso mesmo, e por esse motivo eu assisti tudo, mas eu juro que está tudo bem.

- Tem certeza?

- Absoluta.

- Fico feliz... Meu bem...

- Oi.

- Eu chego em casa hoje a tarde, por volta das seis, e eu já vou retornar com tudo em mãos para tirar aquela mulher lá de casa, e por isso, quero que você esteja ao meu lado. Pode fazer isso por mim?

- Mas é claro que sim meu bem.

- Ótimo. Vou deixar você estudando ai e mais tarde a gente se vê.

- Como sabe que eu estou estudando?

- Eu te conheço Jonathan. Você provavelmente está afobado com o tanto de matéria que tem que colocar em dia antes de sua prova na sexta feira.

- É verdade... – Eu sorrio e Rodrigo faz o mesmo.

- Agora eu tenho que pegar o avião e voltar para casa. Te amo meu bem.

- Também te amo.

Eu fiquei mais um bom tempo ali naquele tapete do meu quarto com o chão cheio de papeis e fazendo minhas próprias anotações. Eu estava conseguindo aprender tudo sem travar e sem garrar em nada, e eu estava muito feliz por isso.

Finalizei toda a matéria de Geografia e de História. Refiz todos os trabalhos da Carol depois que estudei e fui conferir as minhas respostas, e eu me saí bem, porque acertei 85% delas, me fazendo ficar ainda mais feliz.

O tempo passou tão rápido depois que conversei com o Rodrigo que eu nem vi as horas passando. Foi a chegada dos meus pais que me alertou do horário. Eu desci correndo as escadas para conversar com eles e avisar que iria sair. A minha alternativa, já que eu não queria sair sozinho a noite era chamar um táxi, mas meu pai insistiu que me levaria, então não reclamei e aceitei de bom grado.

Eu subi correndo para o meu quarto, já que era quase sete da noite e tomei um banho correndo. Depois de sair do banheiro, corri até o meu guarda roupa e escolhi uma de minhas melhores roupas e vesti. Coloquei uma calça jeans escura, uma camisa de manga comprida azul celeste com botões na frente e com pequenas bolinhas pretas por todo o tecido e calcei um tênis esporte fino, mais neutro. No caso do perfume, tive que passar um mais fraco, porque meu sistema olfativo ainda estava sensível, então tive que maneirar. Quando desci as escadas, meu pai já estava me esperando sentado no sofá. Me despeço da minha mãe e saio com ele. Assim que passo pela porta, discretamente olho em volta para ver se aquele carro preto estava por perto, e como não o vi, fiquei mais despreocupado. Entrei no carro depois do meu pai, colocamos o cinto e fomos até a casa do Rodrigo.

No caminho, conversamos sobre os presentes que eu havia ganhado. Meu pai queria porque queria saber se eu realmente tinha gostado do celular novo, e eu disse que sim, que tinha amado. Ele então sorriu e começamos a conversar sobre a autoescola. Diz ele que eu poderia passar o dia inteiro fazendo aulas para adiantar o meu lado, já que eu estava atoa, e eu concordei. Como meu pai já tinha me explicado muita lei de trânsito e me ensinado um monte de coisa quando me ensinou a dirigir, eu sabia que não seria tão complicado para mim, e ele também achava isso.

Quando ele me deixa no portão da casa do Rodrigo, esperou até que eu tocasse o interfone e o portão abrisse. Meu pai só deu partida no carro quando eu estava praticamente na porta de entrada da casa, sendo recebido por uma senhora que parecia trabalhar lá, já que usava um uniforme formal e tinha um sorriso no rosto.

Eu finalmente entro, com muita calma e paciência, porque o que quer que aconteça aqui hoje, eu tinha certeza que a Rafaela iria tentar me atingir, mas eu estava forte de novo, eu não ia cair na dela, e se ela tentasse alguma coisa, eu ia brigar a altura, não iria abaixar a cabeça para aquele ser, ainda mais depois de saber que foi ela quem tentou separar Rodrigo e eu. Se era guerra que ela queria, era guerra que ela iria ter.

Enquanto ela viesse com revolveres e arma de fogo, eu iria com bazucas e tanques de guerra, porque ninguém tenta tomar o que é meu e fica por isso mesmo.

PS: Vocês irão amar os dois próximos capítulos. Vão amar muito, tipo, MUITO mesmo, MUITO. Rsrsrsrs.

Comentários

Há 8 comentários.

Por H.Thaumaturgo em 2015-10-08 11:28:09
E eu quero ver muuuiiitttaaaa treta com porrada, tiro e bomba. Quero ver essa puta chamada Rafaela no canto chorando e se lamentando por ter nascido e muito mais por ter interferido na vida do Rodrigo e do Jonathan. E eu já ia esquecendo dnv kkkkk. Abrçs Heitor 😘😘
Por H.Thaumaturgo em 2015-10-08 11:23:50
Aaaaaahhhhh meu ammoooorrrrrr haha hr haha haha haha adorooo essas partes de treta de cobra e leão 😂😂😂😂😂 amo vcs Matheus e Jonathan por ter criado essa história e vcs são uns lindos por fazer meus dias mais felizes ❤💙💛💓💕💖💗💚💟💞💝💘💜
Por BielRock em 2015-10-08 00:57:44
Aí, desculpas não ter comentado no capítulo anterior, estava mega louco naquele dia e com bas tante preguiça hahahahaha. O capítulo como sempre, impecável. O trabalho de vocês é muito foda, eu adoro tudo isso. Espero que esse não seja apenas o primeiro e último conto que vocês fazem em dupla ou sozinhos. Parabéns. Enfim, esperando a treta começar né ? Hahaha. Continua seus fofos, beijos 😘🌹
Por luan silva em 2015-10-07 22:21:25
achava q ja ia ter treta nesse capitulo... se vc diz q vamos amar entao tenho certeza q realmente vamos amar e ate ja imagino mais ou menos o q vai acontecer hehehe, agora tô muito ansioso pelos proximos..
Por Nickkcesar em 2015-10-07 19:37:42
Ai égua kkkk queria ver as tretas aki e vc deixa esse vácuo kkkkk
Por diegocampos em 2015-10-07 19:09:54
Amei esse capítulo acho muito fofo o Rodrigo e o Jonathan são um dos melhores casais, também gosto muito da amizade do Jonathan com o matheus e uma amizade muito bonita . Eu vou começar a ler essa história lá no cdc estou muito ansioso para os próximos .
Por Jr.kbessao em 2015-10-07 19:07:12
Me deixou com água na boca kkkkk Tenho certeza que vou amar o próximo capítulo. E estou louco pela nova história. Vc's arrasam!
Por bielpassi em 2015-10-07 18:05:10
Sou tipo o Jho não divido o que e meu e aí a Rafaela, qual será a reação dela? Amei o capítulo como todos!!!