Comum & Extraordinário - Capítulo 44

Parte da série Comum & Extraordinário

Boa Tarde...

Então, eu andei lendo os comentários do capítulo passado, e cheguei até mesmo a postar um explicando os móvitos que me fizeram mudar a história de foco, e mais uma vez, eu peço a vocês que confiem em mim.

Eu não posso falar o que fiz, o que planejei para o Jonathan, para o Rodrigo e para os outros personagens, mais saibam que vocês iram ficar satisfeitos com o conjunto, e isso é uma garantia que estou dando, e estou sendo extremamente sincero quando digo que vocês vão gostar.

Sei que alguns torcem por Jonathan e Rodrigo. Sei que alguns torcem para Jonathan e Carlos, assim como também sei que poucos torcem por Jonathan e Caio, mas uma coisa é clara, ainda mais depois de tudo o que se passou, o Jonathan fica com o Rodrigo, e isso não é uma questão de estragar a surpresa, e sim um fato consumado desde o começo.

Sobre a questão de eles terminarem eu tenho algo a dizer, e pode até parecer exagerada a comparação ou afirmação que eu vou fazer, mas levando em consideração todos os contos desse site, em 95% deles, o casal principal se separar por algum motivo qualquer e depois voltam, depois se acertam por um outro motivo qualquer, seja ele qual for, então, fazendo essa pequena análise, não vejo motivo para vocês abandonarem o conto ou ficarem com raiva de mim devido ao rumo que eu dei aos personagens.

Não se preocupem, vocês irão entender toda a história, o porque de eu ter feito o que fiz, e espero que possam relevar, aqueles que no caso não queriam a separação, o que vai acontecer daqui pra frente, porque foi necessário, extremamente necessário. E para aqueles que insistem em não querer a separação, infelizmente não a nada que eu possa fazer. O conto já está escrito e revisado, e se eu alterar algo agora terei que mudar muita coisa ao longo dos capítulos finais, então tenho que deixar do mesmo jeito.

Essa história ainda irá causar emoção, raiva, nojo, felicidade, desgosto e adrenalina, então espero que possam acompanhar até o final, porque o saldo é extremamente positivo.

No mais, espero que todos fiquem bem e que estejam bem.

Um beijão para todos.

PS 01: O capítulo de hoje ficou extenso, mas espero que possam ler até o final.

PS 02: Ocorreu um erro na hora que eu fui enviar esse capítulo, mas antes disso, acidentalmente envie para a Casa sem fazer alterações, então me desculpem caso algo der errado, porque eu editei depois, mas mesmo assim.

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Comum & Extraordinário - Capítulo 44

O dia havia amanhecido com bastante sol, mas não fazia tanto calor assim, graças a Deus.

Meus pais estavam em casa pela manhã, o que era raro de acontecer, mas as vezes ocorria de eles irem trabalhar mais tarde ou precisarem ficar em casa para terminar um caso ou um projeto em atraso.

Minha mãe estava na mesa da cozinha tomando café e com uma pilha de papeis na sua frente. Vou até ela e dou um beijo no seu rosto.

- Bom dia meu filho. Dormiu bem? - Ela pergunta ao colocar sua caneca sobre a bancada.

- Dormi sim mãe, e você?

- Como uma pedra. Peguei um caso que está me consumindo e estou chegando em casa quase morta. - Ela sorri.

- Percebi.

- Abusado! - Ela ri.

- E o pai, está onde?

- Deve estar no escritório terminando a maquete para o novo cinema da cidade.

- Vou lá para ver como está.

- Tudo bem meu filho.

Me sirvo com um pouco de café com leite, pego um pão integral com mel e vou até meu pai. Abro a porta do escritório dele sorrindo e o vejo mexendo no seu projeto com bastante cuidado. Assim que ele me vê parado, sorri, mas continua atento a todos os detalhes da maquete.

- Está bonito? Seja sincero... - Ele me pergunta depois que eu me aproximo.

- Está perfeito. - O projeto realmente estava lindo.

O antigo cinema da cidade fica dentro do único Shopping que temos aqui, mas a prefeitura investiu dinheiro em um novo centro cultural com teatro, cinema e outros espaços dedicados a arte, e a empresa do meu pai acabou pegando o projeto, que foi dividido entre os profissionais de lá. Meu pai ficou com o cinema. Se não me engano, o pai da Carol ficou responsável por trabalhar no teatro, e restante da empresa dividiu os outros pontos que sobraram.

- Tem certeza? Eu já tinha terminado isso na semana passada, mas resolvi aumentar o espaçamento entre as poltronas. As cadeiras do outro cinema são perto de mais umas das outras, fazendo com que pessoas altas não consigam sentar com conforto, então fiz uma mudança de última hora.

- Ficou ótimo, eu gostei. - Eu digo sorrindo.

- Que bom que você gostou. A reunião vai ser daqui a dois dias, e eu espero que tudo corra bem, porque não há homem mais chato que o prefeito. - Ele cruza os braços em cima do peito.

- Ele é um homem complicado.

- Jonathan, ele é um homem chato, fim de conversa. - Ele sorri mais uma vez.

- É verdade.

- Você já jantou com ele, sabe como ele é.

- Sim, ele tem seus momentos, mas é uma ótima pessoa.

- Nisso eu tenho que concordar. Apesar de ele ser enjoado de mais, é um excelente prefeito e uma ótima pessoa quando precisam dele.

- Sim...

- Mas meu filho, como você está? - Ele pergunta olhando para mim, e eu tinha certeza que ele falava sobre Rodrigo e eu.

- Eu estou bem.

- Tem certeza?

- Pai, bem mesmo eu ainda não estou, mas eu vou melhor do que antes. Está ficando mais fácil.

- Entendo. Você sabe que eu estou aqui caso precise. Sei que ando trabalhando muito e mal paro em casa, mas se precisar de qualquer coisa eu largo tudo e venho checar você.

- Eu sei pai, e eu lhe agradeço muito por isso.

- Não quero ser um daqueles pais que só se importam com o emprego...

- Você nunca foi assim. - Eu sorrio.

- Eu te mimei até de mais. - Ele também sorri.

- E eu odiei isso. - Sorrio outra vez e o abraço. - Aqui, eu vou almoçar fora hoje.

- Vai é? - Meu pai me olha.

- Sim. Um amigo me chamou para almoçar com ele.

- Amigo é? - Meu pai ri, suspeito.

- Pai! Ele tem quarenta anos e é policial.

- E qual o problema? - Ele estava me provocando.

- Pai! Não tem nada. - Eu começo a rir.

- Uai, não sei. Do jeito que esses adolescentes estão hoje em dia, nunca se sabe.

- Pai, nada a ver uma coisa com a outra.

- Só não namore com esse ai. Trinta anos até que vai, mas quarenta é diferença de mais. - Ele começa a rir da cara de chocado que eu fiz. - Só use proteção.

- Meu Deus do céu! - Eu realmente estava chocado. Meus pais sempre foram liberais e direitos, mas depois que eu me assumi, estavam liberais e diretos de mais. - Acabou essa conversa, não quero mais falar sobre isso, agora eu vou me retirar. - Eu estava começando a rir.

- Vai lá é se distrair um pouco meu filho. - Meu pai ri.

- Tá bom pai, eu já ouvi, eu vou. - Eu sorrio também.

Depois de ter tomado um demorado banho e colocado uma roupa mais confortável, pego minha carteira, minhas chaves e vou para o ponto de ônibus. Eu ainda me lembrava onde Carlos morava, então não seria complicado de achar o lugar. Subi então no ônibus que ia até o bairro dele e me sentei lá no fundo, como eu sempre fazia. O caminho não foi longo, durou cerca de meia hora, então quando o ônibus finalmente chegou no ponto mais próximo, eu desci.

Confesso que minha mente criava teorias naquele momento, conspirava e pendia naquele almoço. É coisa da minha cabeça, eu sei, mas por saber que o Carlos é bissexual, eu involuntariamente supus que rolaria alguma coisa. Sei que é palhaçada e não tem nada a ver uma coisa com a outra, mas eu não conseguia evitar. Se eu transaria com ele? Claro que sim. Carlos é um homem bonito, trabalhador, humilde, uma excelente pessoa e um ser amável, mas no momento não era uma boa ideia, para nenhum de nos dois. Meu Deus, o que eu estou pesando. O cara me chamou para almoçar com a mãe dele e eu estou criando motivos e uma lista interminável de razões pelas quais devemos e não devemos nos envolver. Eu realmente não estava pensando coisa com coisa. O meu término com o Rodrigo ainda me abalava de mais.

Como eu nunca achei minhas palmas altas o suficiente para chamar alguém na porta de uma casa, preferi dizer o nome do Carlos um pouco mais alto quando cheguei em frente ao portão. Chamei duas vezes e ele apareceu na porta. Ele vestia uma bermuda jeans comum e uma camisa preta. Sua pele morena reluziu quando ele saiu no sol, e seu sorriso estava lindo, como sempre esteve. Ele abre o portão e me dá um abraço apertado, mas ao mesmo tempo cuidadoso. Ele sabia que era forte e cheio de músculos e que eu era magro, então não me apertou tanto assim.

- Fico feliz que tenha vindo.

- Eu também. - Sorrio para ele, que fazia o mesmo.

- Vem, vamos entrar. Minha mãe acabou de colocar a mesa. Está com fome?

- Sim.

- Ótimo!

Quando entrei na casa, a mãe do Carlos já veio logo me abraçar. Ela era uma senhora super simpática. Devia ter por volta dos setenta anos, mas estava mais lúcida e em pé que muita mulher de quarenta e cinquenta anos. Ela sorria para mim, sendo uma fofa, e pede que eu fique a vontade, mesmo alegando que a casa era do filho, não dela. Eu me sento no sofá sozinho e os dois de frente para mim.

- Meu filho, eu estava com saudades de você. Sei que posso parecer uma velha doida, mas não consigo não te admirar. Vejo uma força incrível em você. - Ela sorri, como se estivesse me contando sobre o último capítulo da novela das nove.

- Mãe, a senhora vai assustar o Jonathan. - Carlos ficou um pouco sem graça.

- Me deixa quieta Carlos. - Ela o repreende.

- Não se assuste Jonathan, ela é assim mesmo. - Carlos ri.

- Assim como? - A mãe dele o olha com cara feia.

- Nada não mãe. - Os dois são uma graça.

- Acho bom mesmo. Você já é homem feito, mas eu ainda posso te dar umas chineladas nessas suas pernas de fora.

- Meu Deus... - Carlos diz e fica vermelho.

- Eu só estava falando que o jovem é forte, não falei nada de mais.

- Tudo bem mãe.

- Então Jonathan, como anda a escola? - Ela me pergunta.

- Está indo bem. É meu último ano, graças a Deus.

- E você vai passar direto?

- Vou sim, é claro. - Eu sorrio.

- Que bom meu filho... - Ela se levanta. - Já podemos comer? Eu ainda tenho que passar na minha irmã antes de ir para a minha casa.

- Mas a senhora não disse que ia ficar aqui a tarde inteira?

- Eu estou velha, não esclerosada. Não esqueci o que eu falei com você, eu apenas decidi que vou à sua tia hoje de uma vez para não ter que sair de casa amanhã.

- Tudo bem. Manda um abraço para ela por mim.

- Eu não. Direto ela vive reclamando que você não pisa na casa dela. - Esses dois eram uma graça.

- Mãe, para com isso. - O Carlos olha para mim.

- O que eu estou fazendo? Por um acaso minha saia está presa na calcinha de novo? Porque aquele dia você não me avisou e eu sai na rua parecendo uma palhaça. - Ela fala brava com o Carlos, que fica vermelho novamente. - Sabia Jonathan? Teve um dia desses que eu vim na casa do meu filho para preparar um frango com quiabo para ele, e o que eu ganho de troco? Saio com a bunda de fora. Vou te contar viu. Eu já estou velha de mais para ficar mostrando coisas impróprias, ainda mais no meio da rua. Onde já se viu uma coisa dessas.

- Mãe, eu não tinha visto.

- Sei. - Ela desliga o fogão e coloca a panela de arroz em cima da mesa. - Agora vamos lavar as mãos para comer.

Depois de nós três termos lavado as mãos, nos sentamos para comer. Fiquei um pouco envergonhado de me servir, porque eu não comia pouco, mas a mãe do Carlos insistiu e disse que eu tinha mão para usar, não para enfeitar meu braço. Eu ri quando ela falou isso e me servi. Ela tinha feito arroz. Um macarrão que cheirava a quarteirões. Tutu com bastante linguiça e ovo, um bife de boi bem passado com bastante cebola, e também havia preparado uma salada de alface com tomate. O almoço estava maravilhoso. Comida simples e caseira era a melhor coisa que tinha nesse mundo. Nunca fui de gostar dessas coisas extravagantes, sempre preferi as coisas mais simples. Houve uma época lá em casa que minha mãe insistia em fazer pratos exóticos, e meu pai e eu acabamos ficando com fome no meio da noite e descendo para ao cozinha para comer alguma coisa. Foi uma época muito engraçada.

A relação entre Carlos e sua mãe era incrível. Eu via minha mãe e eu daqui a alguns anos ali na minha frente. Eles contavam casos um para o outro, riam, comentavam as fofocas da família e se tratavam com carinho. Aquela simples senhora investigou toda a minha vida naquela mesa, e muitas pessoas ficariam com vergonha, mas eu me acostumei com ela bem rápido. Respondi tudo, inclusive quando de uma hora para outra ela perguntou se eu era gay. O Carlos tinha arregalado os olhos, assim como eu, mas ela falou que eu podia falar, que ela era mente aberta, então eu disse que sim, e isso a levou a fazer muito mais perguntas. Com qual idade eu descobri, se meus pais sabiam, se eu tinha um namorado, se eu pretendia ter um namorado, se eu queria adotar filhos, enfim, foi um questionário e tanto, mas eu respondi todas sorrindo para ela, que também não parava de sorrir.

Algumas horas depois de termos almoçado e arrumado toda a cozinha, porque eu também ajudei, ela foi embora para a casa da irmã dela, deixando apenas Carlos e eu. Estávamos sentados no sofá, um ao lado do outro conversando sobre os acontecimentos dos últimos dias.

- O Thallison me procurou na semana passada, tentando me chantagear novamente. - Carlos começa.

- Nunca vi pessoa pior que aquele cara...

- Nem me fale...

- E o que você fez quando ele te procurou?

- Eu tive que mostrar aquele vídeo que você fez da gente, mas não se preocupe, em todo caso, eu filmei aquilo, você não tem nada a ver com a história.

- E o que ele fez? - Eu estava realmente curioso.

- Ele ficou possesso. Ameaçou me matar, tentou me bater, mas eu acabei estressando e dando um soco nele, não na cara é claro, não quero me expor a esse ponto.

- Pelo que eu conheço dele, ele não deixou por isso mesmo.

- E você está certo. Ele falou que iria contar para o pai dele que eu havia roubado dinheiro das evidências. - Ele havia me contado aquela vez, que tinha pegado uma quantia para pagar o tratamento da esposa, e que não se orgulhava daquilo, mas fez. - Disse que ia acabar com minha carreira, mas eu desci ao nível dele e o ameacei com o vídeo, que se ao acaso ele abrisse a boca, a cidade inteira iria receber aquilo.

- E com isso ele ficou calado. - Eu sorrio.

- Não tenha dúvidas disso. - Carlos também sorri. - Finalmente me livrei daquele cara asqueroso. Eu tinha nojo de ficar com ele, não só por estar traindo a minha esposa na época, mas por ser ele, por ser o Thallison, aquele ser desprezível. Fiquei com nojo de mim mesmo depois de todas as vezes que eu tive que tocar ele, escutar ele gemer... - Realmente não era uma boa lembrança para Carlos.

- Ele anda me ameaçando... - Resolvo confessar para ele.

- Te ameaçando como?

- Me fazendo ameaças, das mais variadas possíveis. Vai me bater, me espancar, me estuprar, me matar, coisas do tipo.

- Aquele filho de uma puta! - Carlos tinha um ódio pelo Thallison que era completamente transparente.

- O problema é que eu não consigo sentir medo, então não me sinto completamente ameaçado por ele.

- Como você não está com medo Jonathan? O filho da puta é doente.

- Eu não sei. Nunca fui de ter medo, desde pequeno, e com o passar dos anos eu não mudei isso em relação a mim.

- Mas você deve ter medo de alguma coisa, todos nós tememos algo.

- Sim, meu único medo é de perder as pessoas que eu amo, que são importantes para mim. Meus amigos, minha família... - Eu quase proferi o nome do Rodrigo, mas me calei.

- Entendo...

- E é por isso que eu não tomei uma atitude em relação a ele e o pai dele ainda.

- Outro que não presta. Não sei como os outros policiais não enxergam o homem sujo que ele é.

- Eu sei, eu tive o desprazer de conhecer tudo a respeito dele, e não foi nada agradável. - Eu viro o rosto e não o olho nos olhos.

- Jonathan, do que é que você está falando?

- Nada... - Eu nego.

- Jonathan, para de palhaçada. O que aconteceu?

- Carlos, você não precisa saber disso.

- Tudo bem, eu posso não precisar, mas eu quero saber, e eu exijo que você me conte, agora. - Ele me puxa pelo braço e me faz olhar em seus olhos. - Agora Jonathan, não temos o dia todo.

- Tudo bem... - Eu ainda não estava preparado para discutir isso com ele. - Mas eu preciso que você fique quieto, que não se pronuncie a respeito de nada do que eu vou te contar agora. Você me promete?

- Jonathan, não tem como eu te prometer sem saber o que é.

- Eu só vou poder te contar quando eu confiar o suficiente em você a ponto de lhe dar essa informação. Jure que não vai comentar nada, que não vai agir de forma estranha ou expor tudo depois que eu te contar isso.

- Jonathan...

- Carlos, o que eu sei não coloca só a mim em risco, mas minha família, meus amigos, o... - Me calo novamente quando quase digo o nome do Rodrigo. Sim, eu ainda o amava, ainda me importava com ele, e seria o meu fim caso acontecesse algo com o homem que eu amo. - Eu não posso simplesmente libertar a caixa de pandora sem esperar retaliação. Jure para mim.

- Jonathan, eu sou um policial, eu não posso acobertar a informação dependendo do conteúdo.

- Carlos, eu vou usar essa informação, mas eu vou precisar de muita ajuda, e eu não posso fazer isso agora. Eu não estou em condições emocionais e psicológicas no momento para isso. Jure.

- Jonathan... - Ele olha bem no fundo dos meus olhos. - Tudo bem, eu juro que não tomarei atitude alguma.

Depois do juramento de Carlos, eu conto tudo a ele. Comento sobre a ajuda dele quando eu estava preso e que foi dessa forma que eu descobri tudo o que sei. Falo sobre os vídeos, sobre o fato de o Delegado e alguns policiais estarem envolvidos. Conto sobre toda a história, sobre o asco que eu sentia dele, sobre o fato de eu o desprezar como ser humano, e no fim, quando eu não tinha mais nada para dizer, Carlos se levanta, completamente furioso.

- E você quer que eu guarde toda essa merda comigo? - Ele pergunta, gritando comigo.

- Você tem que fazer isso.

- Porra Jonathan! Olha a situação em que você me colocou!

- Você jurou que não ia falar nada. - Eu me levanto.

- Eu vou trair meu juramento, meu distintivo por sua culpa!

- Eu não devia ter te contado isso... - Eu já havia me arrependido. - Olha a merda que deu.

- Não devia? Você já devia ter ido com isso a público há muito tempo!

- Ir a público? E depois disso o que? O delegado descobre quem vazou a informação e vem atrás de mim e da minha família? Não, eu não posso fazer isso.

- Aquele desgraçado!

- Carlos, calma... - Eu tento o acalmar, mas é em vão.

- Calma o caralho! Eu devia matar aquele desgraçado!

- Vai lá então, mata ele e vê no que vai dar! - Eu grito também.

- Ele não pode sair impune com isso! Não pode!

- Ele não vai se livrar disso Carlos, eu só preciso de tempo para entregar o que eu tenho! Eu sei que se isso vier a público agora, o Thallison vai vir para cima de mim.

- E como sabe disso?

- Primeiro porque ele não e burro, e segundo, ele sabe que eu não tenho medo de enfrentar ele, de bater de frente, então ele irá vir atrás de mim e perguntar se eu tive alguma coisa a ver com isso, porque vai ser suspeito de mais. É por esse motivo que eu te peço que espere.

- Esperar por mais quanto tempo? Que merda!

- Não sei, até eu sondar tudo, até eu descobrir quem pode me ajudar, quem pode proteger minha família e meus amigos caso a merda atinja o ventilador e respingue em mim.

- Mas e você? - Ele se vira para mim.

- Não tem “eu” nessa história, meu medo é por eles, não por mim.

- Pelo amor de Deus Jonathan!

- Eu guardei uma cópia do vídeo debaixo da sua mesa... - Resolvo soltar a bomba, receoso.

- Você fez o que? - Ele parecia completamente surpreso.

- Eu fiz quatro cópias dos vídeos que eu achei, e eu escondi uma delas debaixo de sua gaveta. Eu ia pegar depois, arrumar um jeito caso preciso, mas acabei esquecendo. Você não achou?

- Mas é claro que eu não achei essa merda! Se eu tivesse achado eu já teria feito isso vir a público a muito tempo!

- Então fico feliz que não tenha encontrado antes de eu conversar com você.

- Merda Jonathan... E o que quer que eu faça com essa cópia?

- Veja, mas eu vou te alertar, não é nem um pouco agradável. É deplorável, nojento. Tive nojo daqueles homens, principalmente do delegado...

- Outros policiais estão envolvidos, meu Deus... Você se lembra de alguns deles?

- Acho que sim. Um deles, acho que o sargento Dias. Lembro por causa do rosto. Ele estava lá no dia em que eu fui preso.

- O Dias, era de se esperar um porco escroto como ele participar disso, não sei por que estou surpreso... Mais algum?

- Acho que sim, mas o único que eu tenho certeza é ele.

- Merda...

- Carlos, por favor, espera até o meu sinal. Para eu soltar isso, para a gente levar isso a justiça, vamos precisar de gente de cima, de pessoas importantes, e é por isso que eu ando sondando o prefeito, vendo se ele realmente é uma boa pessoa.

- E como está fazendo isso?

- Aí meu Deus... - Eu teria que começar desde o começo. - Eu acabei conhecendo o filho dele em uma festa, e transamos, mas na época eu não sabia quem o cara era. Então ocasionou de o filho dele ser meu professor de física na escola, e continuamos nos vendo mesmo depois disso, e por fim, começamos a namorar. Eu só descobri que ele era filho do prefeito depois, e depois disso eu descobri sobre o vídeo, e assim sucessivamente...

-Parece que minha cabeça vai estoura... Você está namorando o seu professor de física, o filho do prefeito?

- Não mais, ele terminou comigo há umas três semanas.

- Então você se aproximou dele para... - Carlos perecia realmente colocar os tópicos no lugar.

- Não, eu não me aproximei dele por causa disso tudo, apenas coincidiu de ele ser o filho do prefeito. Eu realmente o amo, de verdade, e eu nunca me aproximaria de alguém com esses fins, mesmo a situação exigindo.

- Entendi...

- Então. Eu preciso tomar coragem para conversar com o prefeito, de me sentar com ele e falar tudo, mostrando todas as provas que eu tenho.

- Faz sentido.

- Ele pode me ajudar, me guiar durante tudo isso, além do mais, ele conhece pessoas importantes, então pode se encarregar de colocar toda aquela corja atrás das grades e proteger minha família durante o processo.

- Isso vai ser uma bola de neve Jonathan...

- Se o assunto for tratado com cuidado e com inteligência, não.

- Olha, eu sei que você não tem medo, que tem mais coragem do que muito homem por aí, que é inteligente, mas lidar com tudo isso sozinho é perigoso.

- Mas eu não estou sozinho. Você está dentro do barco agora, e cabe a nós deixar esse barco afundar ou não. Precisamos ser inteligentes, cuidadosos... Eu vou continuar sondando o prefeito, procurando saber de seus contatos, pesquisando por fora o que acontece na cidade, e você vai ficar de olho em tudo o que acontece lá dentro da delegacia. Se já prestava atenção em certos comportamentos suspeitos e em certos assuntos, redobre seus cuidados. Não deixe nada passar despercebido, debaixo do seu nariz. Se a gente conseguir juntar tudo e conseguir mais informações, conseguiremos construir um caso e os deixar presos pelo resto da vida. - Quando eu termino de falar, Carlos me olhava com a boca aberta, surpreso. - O que foi?

- Você já pensou em seguir carreira nessa área? - Ele me pergunta, sorrindo como um bobo.

- Oi? Que área? - Eu não estava entendendo.

- Na minha área Jonathan. Você seria um ótimo policial e um excelente detetive. Você é inteligente, destemido, tem o pulso firme, integridade... É sério, pensa a respeito, porque seu futuro seria brilhante.

- Sério? - Eu realmente nunca havia pensado nisso. Nunca passou pela minha cabeça.

- Sério Jonathan, eu não estou brincando.

- Eu nunca pensei a respeito disso. Meu sonho sempre foi cursar Medicina Veterinária.

- E quem disse que você não pode ser as duas coisas? Pode ser até três ou quatro... Você é novo e tem um futuro brilhante pela frente. Pessoas como você Jonathan, se sobressaem por conta própria, sem precisar dos outros ou de passar em cima dos outros, e eu admiro muito isso em você. Apesar de ainda ser novo, eu vejo que você ainda vai ser alguém muito importante nessa vida.

- Nossa, eu nem sei o que dizer... - Eu estava sem graça.

- Não diga nada, apenas siga os seus sonhos e pense no que eu te falei, porque você tem um futuro brilhante a sua frente, e algum dia eu poderei te ajudar se precisar.

- Obrigado...

- De nada... - Ele olha para mim e eu o encaro.

Carlos e eu estávamos a quase dois metros de distância um do outro, mas os segundos foram passando e esses quase dois metros se tornaram apenas um. Ele estava mais próximo, me encarando, e eu não conseguia não fazer o mesmo. Eu prestava atenção em todo o seu corpo, em todos os seus movimentos, e eu tinha certeza que ele fazia o mesmo comigo. Carlos me olhava, ele não tirava os olhos de mim, e por alguma razão, eu não tirava os olhos dele. Quando dei por mim, eu me encontrava excitado, mas não a ponto de estar completamente duro. Eu estava apenas excitado, meu corpo pedia por algo que eu não tinha no momento, e o mesmo acontecia com ele, e no momento em que estávamos a cinco centímetros um do outro, Carlos roubou um beijo meu. Não chegou a ser propriamente um beijo, já que ele apenas selou seus lábios nos meus.

- Meu Deus, me desculpa Jonathan... - Ele se afasta de mim, lamentando o que tinha feito. - Eu não sei onde eu estava com a cabeça. Eu não transo desde que minha mulher faleceu, eu preciso descarregar tudo o que estou sentindo desde então, e eu não conseguir evitar, não com você...

- Carlos...

- Você é menor de idade e eu não devia ter feito isso Jonathan, me perdoa. Eu juro que isso nunca mais vai acontecer. Me desculpa...

- Não.

Quando eu dei por mim, eu estava em seus braços. Carlos me beijava com urgência, com pressa. Suas mãos tocavam cada parte do meu corpo, me apertando contra o seu, me acariciando com fervor. Talvez seja porque eu não transava desde que Rodrigo terminou comigo e Carlos e eu nos encontrávamos na mesma situação, ou talvez seja porque realmente estávamos precisando exorcizar alguns demônios, os demônios da angústia e da tristeza, então acabamos por encontrar isso um no outro. Estávamos ali, apenas isso. Eu não deixaria de sofrer por ter perdido o Rodrigo, assim como Carlos não deixaria de sofrer pela morte da esposa. Nós não queríamos ter algo um com o outro, apenas expurgar todo o sentimento que a gente tinha, e o sexo, no momento, era a única coisa que camuflaria tudo.

- Isso é errado Jonathan. Eu já sou um homem feito e você ainda é uma criança... - Carlos me diz depois que me jogou contra a parede.

- Carlos... - Eu digo ao tentar recuperar meu fôlego. - A gente precisa disso, eu preciso disso, e eu sei que você também precisa... - Eu o encaro. - Eu sinto muita falta dele, eu choro todas as noites, e eu sei que você faz o mesmo... - Eu toco seus braços e aperto, o puxando para mais perto de mim.

- Jonathan... - Ele chupa o meu pescoço, me causando um arrepio incrível.

- Só continua, não para... Eu te imploro, eu preciso disso...

E novamente voltamos a nos beijar. Carlos sabia onde me tocar, como me tocar. Ele provavelmente já teve dezenas de experiências sexuais, enquanto eu tive apenas duas, e talvez seja por isso que meu corpo reagia tão bem ao seu toque, porque eu nunca fora tocado por tantas pessoas diferentes, ou realmente porque o Carlos sabia o que estava fazendo, porque ele era realmente bom naquilo.

Ele me vira de costas depois de tirar a minha camisa e começa a morder meus ombros, e foi uma sensação que eu nunca havia sentido antes. Ele cravava seus dentes em mim, e aquilo era como uma massagem erótica. Sua voz grossa em meu ouvido era transmitida através de gemidos, gemidos que eu também não conseguia segurar. Sou virado de frente de novo e Carlos começa a chupar meus mamilos, com muita força, e apesar de estar doendo, a dor estava extremamente gostosa. Ver aquele homem de joelhos se acabar por mim, apertando o seu pau sobre a bermuda por minha causa era excitante de mais.

Carlos estava desabotoando minha bermuda. Vejo aquele pano verde descer até os meus tornozelos e ele se admirar com o volume dentro da minha cueca branca. O vejo aproximar o rosto com cuidado, como se há anos não soubesse o que era aquilo, e lentamente inspirar o meu cheiro, e depois que ele inspira pela primeira vez, as outras soam completamente prazerosas para ele, e quando ele finalmente tira a minha cueca, meu pau vai todo dentro da sua boca, de uma só vez.

Carlos me chupava com gosto, babava muito o meu pau, e eu via tudo daquela posição privilegiada em que eu meu encontrava. Ele me chupava com tanta vontade que eu via a saliva pingar no chão, muita saliva, e aquilo estava gostoso de mais.

Ele então se levanta, me olhando de cima a baixo e dá aquele sorriso safado.

- Quero a sua boca no meu pau, agora. - E então empurra minha cabeça para baixo, me fazendo ficar de joelhos.

Eu estava me sentindo em um filme pornô, e eu não sabia por quê. Bem, eu estou mentindo, na verdade eu sabia muito bem o motivo de eu estar me sentindo em uma cena da pornográfica. O Carlos me lembrava muito o Lucio Saints, um ator pornô gostoso da produtora Tim Tales que agora criou uma produtora própria auto intitulada. A cor da pele, o cabelo cortado baixo, algumas tatuagens, e claro, o pau. Quando eu tirei a sua bermuda e me deparei com aquilo, minha boca salivou na hora. O pau dele era uma mistura entre o do Lucio Saints e Rafael Alencar, e aquilo fez com que eu piscasse involuntariamente, e eu acho que ele percebeu isso, porque o sorriso que ele deu para mim fez com que eu tirasse sua cueca e rapidamente colocasse seu pau em minha boca.

O gosto era incrível. Sentir o pau dele deslizando na minha boca era incrível. Não conseguia decifrar qual a sensação mais gostosa que eu já tive em minha vida, mas o gosto do seu pau estava dentre as melhores. Ele colocava as mãos em minha cabeça e acompanhava meus movimentos, apenas isso. Carlos me deixava aproveitar cada centímetro daquele pau delicioso que invadia minha boca, e quando eu me acostumei com ele, minha boca passou a ser fodida de verdade. O barulho que aqueles movimentos faziam estavam me deixando todo melado. Eu o chupava olhando para cima, em seus olhos, e ele sorria olhando para mim, como se ele não fizesse isso há anos. Seguro a bunda dele e o forço a se mover mais rápido dentro da minha boca, e assim ele o faz. Carlos fode minha boca por uns dez minutos, e eu não sei como ele aguentou todo esse tempo, ainda mais gemendo tanto. Ele então faz com que eu fique de pé.

- Eu quero muito chupar o seu cu Jonathan... - Ele me beija e vai me empurrando em direção ao sofá. Tiro a bermuda que estava na minha canela e depois minha camisa. - Que delícia... - Ele diz ao ver todo o meu corpo, e isso fez a minha auto estima correr de zero a dez em apenas dois segundos.

Carlos me empurra até o sofá, me fazendo ficar de quatro sobre ele. Minha cabeça estava apoiada no encosto, enquanto minhas pernas estavam arreganhadas, afastadas. Eu me sentia completamente exposto ali, mas eu gostava. Eu gostava de ser observado por ele, que estava de joelhos, olhando para todo o meu corpo.

Sinto suas mãos tocarem minha panturrilha e irem subindo em direção a minha coxa. Deixo um gemido escapar quando ele, com ambas as mãos, bate em minha bunda, com força, e depois me lambe, dando leves mordidas na área vermelha. Aquilo fez meu corpo esquentar, tremer de uma forma incrível. Ele bate outra vez, com um pouco menos de força, e enfia sua cara entre minhas nádegas, chupando meu cu. Deixo um gemido mais alto escapar quando ele faz isso. Sua língua era muito quente, e ele a enfiava dentro de mim praticamente. Carlos me segurava pela cintura enquanto fazia tudo aquilo. Ele não me deixava mover um músculo sequer. Sinto outro tapa, forte dessa vez, e novamente, uma chupada deliciosa no cu que faz com que eu fique fora de órbita. Sua barba grossa roçava ali, naquele lugar tão sensível, e tudo o que eu passei a querer naquele momento era o pau dele dentro de mim.

Eu não parava de rebolar na sua língua, nas suas chupas, nas suas mordidas. Minha pele estava toda arrepiada e meu corpo completamente molhado de suor. O calor havia aumentado desde o almoço e nossos corpos estavam brilhando.

- Você está doido querendo dar pra mim não está? - Ele diz depois de chupar minha orelha. - Seu cu está piscando na minha língua Jonathan, é gostoso pra caralho... - Ele chupa as minhas costas, provavelmente deixando uma marca vermelha. - Quer dar esse cuzinho apertado para mim? - Ele pergunta e novamente bate com força na minha bunda, e de novo, e de novo, e de novo. Sinto aquilo começar a queimar e fico ainda mais excitado.

- Sim... - Eu praticamente imploro.

- Você vai ficar quietinho aí enquanto eu vou buscar a camisinha? - Ele lambe meu pescoço. - Até o gosto do seu suor é uma delícia... - Ele geme em meu ouvido.

- Vou sim...

- Não se mecha, me entendeu?

- Entendi Carlos...

E eu o escuto indo até o quarto e procurando algo nas gavetas. Eu não movi um músculo sequer. Acho que nem cheguei a piscar direito. Estava tão cego pelo tesão que estava sentindo naquele instante que meu corpo não me obedecia mais. Eu não me importava com o fato de eu não ter feito o Enema ou qualquer coisa do tipo. Carlos sabia o que estava fazendo, e eu acredito que ele não iria se importar caso um pequeno acidente ocorresse. Mas apesar de não ter feito a limpeza, eu fui ao banheiro antes de sair de casa, então eu estava meio salvo de uma situação que poderia ser completamente constrangedora para ambos, principalmente para mim.

- Gostei de ver, você não se mexeu...

- Você mandou eu não me mover... - Eu solto outro gemido quando ele toca minhas costas.

- E você obedeceu, gostei disso... Quer que eu chupe mais o seu cu antes de te foder?

- Por favor... - Eu imploro.

Carlos novamente volta a chupar meu cu, só que lentamente dessa vez. Meu pau estava tão duro que chegava a doer. Eu precisava gozar, muito, e se no momento que o Carlos enfiar seu pau todo dentro de mim eu ter um orgasmo, eu não vou me assustar nem um pouco. Fiquei três semanas sem o toque de alguém, sem o toque do Rodrigo, sem sentir prazer, sem ter meu corpo desejado, chupado, tocado. Fiquei tanto tempo sem essa sensação maravilhosa, que eu estava prestes a explodir. As minhas punhetas pensando nele não adiantavam de nada, e eu desisti de fazer isso logo na segunda semana, porque eu sabia que eu precisava de algo real, de pele com pele, porque eu não conseguia ter orgasmos sozinhos, e eu estava feliz que por Carlos estar me dando isso.

O sinto passar algo melado no meu cu logo depois que ele para de me chupar, e eu fiquei ansioso pelo que aconteceria dali para frente. Carlos se coloca de pé e eu escuto o pequeno barulho de ele colocando o preservativo e o lubrificando. Minha cintura então é segurada por suas duas mãos, e segundos depois, sinto seu pau pedindo passagem. A dor é muito grande, já que eu estava desacostumado com aquilo, mas eu relaxo e não faço força para resistir, e com um tempinho, sinto os pelos do Carlos roçarem minha bunda. Eu seguro sua coxa esquerda por um tempo, pedindo para ele esperar, e assim ele o faz. Quando me acostumo com a dor, digo para ele continuar, e em seu primeiro movimento, eu simplesmente gozo. Meu corpo treme e eu sinto Carlos me pegar pelo peito e me puxar em direção ao seu.

- Caralho moleque, já está gozando... - Ele chupa minha orelha enquanto me tremo todo em seus braços. - Goza para mim, assim, que delícia... Seu cu está apertando meu pau Jonathan... - Ele fala bem baixo no meu ouvido. - Está gostoso?

- Muito... - Eu mal conseguia falar de tanto tesão que eu estava sentindo.

- Gosta quando eu faço isso? - Ele enfia seu pau todo dentro de mim de uma só vez, fazendo meu corpo tremer de novo. - É bom não é?

- Sim, é muito gostoso... - Meus olhos já estavam fechados.

- Gosta quando eu faço assim? - Ele segura meu pescoço com ambas as mãos, me sufocando um pouco. Sinto minhas costas se curvarem e seu pau entrar todo em mim novamente.

- Sim... Carlos...

- Você quer que eu te foda com força é? - Ele começa a lamber minha nuca e meu pescoço. -

- Quero...

- Quer que eu faça isso com você? - Ele dá quatro estocadas rápidas dentro de mim, quase me quebrando ao meio. Estava gostoso pra caralho o que ele fazia.

- Sim, por favor... - Eu estava extasiado com aquilo.

- Eu faço isso com uma condição... - Ele esperou eu perguntar qual é. Eu estava amando aquilo.

- Qual... - Não chegou a ser uma pergunta, apenas uma palavra.

- Que você seja meu puto... - Sua língua quente toca minha orelha outra vez. - Que você venha dar esse cu pra mim toda vez que eu te ligar.

- E o que eu ganho com isso? - Dou um sorriso, quase soltando outro gemido.

- Meu pau dentro do seu cu, assim... - Ele me fode com força por uns dez segundos e para, me deixando sem respirar direito. - É o suficiente para você meu puto?

- Sim... - E novamente eu não conseguia falar, apenas gemer.

- É uma delicia comer esse teu cu sabia, ainda mais sem essa palhaçada de ficar limpando tudo... - Ele começa a me foder devagar novamente. - Eu quero você sempre assim, entendeu? Eu gosto do cheiro do sexo assim, natural... - Ele começa a se movimentar lentamente para dentro e fora de mim

- Entendi... - E quando ele fala isso, eu me solto ainda mais, porque a única coisa que estava me segurando era o medo de eu sujar tudo.

- Safado... - Ele sorri perto do meu ouvido. - Você estava se segurando porque não fez a limpeza?

- Sim... - Eu confesso, meio envergonhado.

- Não quero que você faça. Fui claro? - Ele me fode com força outra vez.

- Sim... - Eu estava prestes a gozar de novo.

- Seu corpo está muito sensível Jonathan, tão vermelho... - Ele solta uma de suas mãos do meu pescoço e começa a alisar meu corpo, pegando no meu pau logo em seguida. - Nunca comi um cara que ficou com o pau tão duro assim. Tu realmente gosta de dar esse cu não gosta?

- Muito Carlos... - Eu solto um gemido ainda mais alto quando ele começa a me masturbar.

- Eu sabia Jonathan... - Ele morde minha orelha. - Quer gozar para mim de novo?

- Quero, por favor...

- Então rebola bem gostoso no meu pau...

Eu começo a rebolar no pau do Carlos enquanto ele estava com a mão em meu membro. Ele nem ao menos se moveu, ficou naquela posição e eu fiz o serviço. Sua mão grande tocava meu pau a medida que eu me fodia nele, e segundos depois disso, eu gozei, outra vez. Carlos sentiu ainda mais tesão me vendo gozar pela segunda vez, e isso foi o ponto de partida para ele realmente começar a me foder. Eu sentia seu pau entrando e saindo de mim com uma força e uma rapidez incrível. O suor de seu corpo pingava nas minhas costas. Sei que para alguns isso é nojento, ainda mais somado ao fato de eu não ter feito o enema, mas para mim estava simplesmente incrível. A maioria dos ativos prefere que o passivo faça a limpeza, mas ele não, ele não gosta. No começo achei estranho, mas depois eu o admirei por isso, porque é sexo, apenas isso. Carlos sabia onde estava enfiando seu pau e sabia o que poderia acontecer, e isso fez com que eu sentisse ainda mais tesão por ele.

Eu estava em uma posição doida agora. Minha cabeça estava no chão, em cima de uma almofada, mas meu corpo ainda estava no sofá, ou seja, minha bunda estava para cima e minhas pernas abertas. Carlos estava encaixado entre elas, com seu pau dentro de mim e seus braços fixos no chão, do lado da minha cabeça. Era como se ele estivesse fazendo uma flexão de braço enquanto me fodia. O contato através do olhar continuava, e ver aquele sorriso puto me deixava febril. Ele me fode por mais alguns minutos assim e mudamos de posição.

Eu estava de pé agora, sem me apoiar em nada, e Carlos estava atrás de mim, me masturbando enquanto provava do meu suor. Eu não era baixo, sabe, eu tinha cerca de um metro e setenta e nove. Rodrigo era mais alto do que eu, por volta de um e oitenta e seis, mas Carlos era muito maior. Acho que ele deveria ter quase dois metros, isso se não for realmente dois metros. Aquela diferença de altura me excitava, ainda mais porque tinha um espelho grande na nossa frente, e eu via que realmente a diferença era de quase vinte centímetros.

Nosso olhar se encontra no reflexo e ele sorri para mim. Sinto um de seus braços laçar meu pescoço e ele colocar seu pau dentro de mim, outra vez. Ele nota minha expressão através do espelho e sorri, vitorioso. Inclino minha cabeça para trás, a encostando em seu peito duro e me deixo levar pelas suas estocadas fundas e violentas. É, eu realmente gostava do sexo mais violento.

Eu estava deitado no chão, com as costas na cerâmica fria, com as pernas para cima, enquanto Carlos engolia meu pau, mas ele só fez isso por poucos segundos e logo depois enfiou seu pau dentro de mim outra vez, com força, me deixando completamente se ar. Ele se debruça sobre mim, com sua testa colada na minha, e passa a me foder. Coloco minhas pernas na sua cintura e o sinto ir fundo, bem fundo dentro de mim, como se cutucasse algo lá dentro, provavelmente minha próstata, que estava sensível de mais.

- Eu quero muito gozar Jonathan, mas eu também quero ver você gozar de novo... - Ele passa a língua em meu pomo de adão e sobe até chegar na minha boca, me dando um beijo incrível. - Quero ver você gozando de novo só com meu pau socando no seu cu...

- Eu quero gozar de novo... - Curvo minhas costas quando ele estoca naquele lugar de novo, e curvo outra vez quando ele repete o movimento.

- Goza bem gostoso pra mim goza, eu quero ver de novo... - Carlos levanta meus braços e inspira fundo em minhas duas axilas, e em seguida ele as lambe, e eu vi que ele gostou muito daquilo. - Até aqui você é cheiroso. Caralho, eu vicio fácil em você moleque...

Enquanto eu não gozava, Carlos passou a lamber lugares que nem todos gostavam, como minhas axilas. Ele cheirava ali e parecia delirar com o sabor e o cheiro do local. Ele fez o mesmo com meus pés. Chupou cada dedo que eu tinha, os colocando na boca e praticamente urrando de tesão. Carlos também lambeu as solas do meu pé, as mordendo com força. Eu senti um pouco de cócegas, mas foi muito bom. Voltei então a laçar minhas pernas em sua cintura, e Carlos levantou seu peito para me ver gozar. Eu não estava me masturbando, mas meu outro orgasmo estava chegando, e bastou ele estocar ainda mais rápido para eu me desmontar pela terceira vez. Eu solto um gemido ainda mais alto quando ele aperta um de meus mamilos com uma de suas mãos e com a outra me sufoca um pouco.

- Isso, goza pra mim... - Ele me olhava como se eu fosse uma das sete maravilhas do mundo. Era incrível me sentir desejado de novo. - Eu vou gozar também...

Carlos tira seu pau de dentro de mim e retira o preservativo. Vejo seu pau se aproximar do meu rosto a medida que ele se masturbava, e em poucos segundos, sinto os jatos atingirem minha cara. A porra dele era muito quente, e cheirava tão bem, que eu fiz algo arriscado. Acabei engolindo as que caíram diretamente em minha boca, e ao fazer aquilo, ele sorriu e me transmitiu completa confiança com apena um olhar, como se eu pudesse ficar sossegado que nada iria acontecer, e assim o fiz. Ele se abaixou e lambeu meu rosto, realmente lambeu a sua porra que estava li e depois cuspiu na minha boca. Não foi um beijo ou algo parecido, ele simplesmente fez com que eu abrisse minha boca e cuspiu lá dentro. Depois disso, ele me beijou de novo e me levantou do chão pegando em minha mão. Assim que me colocou de pé, minhas pernas bambeiam, me fazendo sorrir.

- Foi mal pela canseira. - Ele sorri coçando a cabeça. - Eu não fodia um cara há anos... Teve o Thallison, mas aquilo para mim não valeu... - Ele sorri outra vez. - Tinha me esquecido do quão gostoso era.

- Tinha é? Sua lembrança era tão boa assim? - Também sorrio.

- Não tanto, mas você... - Ele me puxa contra sua muralha de músculos. - Você é uma delícia Jonathan.

- Você acabou comigo... - Eu digo, ainda sorrindo. Eu não conseguia parar de sorrir.

- Eu sei, e vai ser assim todas as vezes que eu te foder.

- Ainda bem. - Ele sorri.

- Então você gosta de violência?

- Um pouco...

- Um pouco?

- Muito. - Eu confesso depois de dar uma risada.

- Bom saber... - Ele dá um tapa na minha bunda. - Agora vamos tomar um banho. Estou pregando de suor já.

- Está sim... - Eu passo a minha língua em seu peito, sentindo o gosto salgado e delicioso do seu suor.

- Safado... - Ele segura o meu pescoço, mas não com força. - Você tem hora para ir embora?

- Não... - Dou um sorriso safado e sugestivo. - Porque a pergunta? - Eu já sabia a resposta.

- Porque eu quero te foder de novo, e de novo... - Ele me pressiona contra a parede. - Quero muito foder esse teu cu ao menos umas três vezes hoje. Vai aguentar?

- Se for com você, eu aguento até cinco.

- Olha que vai ter que aguentar, e eu nem sempre pego leve.

- Então quer dizer que o que rolou aqui foi só uma amostra grátis do produto? - Aperto sua bunda com força, o fazendo gemer.

- Sim, e se você ficar, vai poder experimentar o produto de verdade, e eu vou te falar uma coisa, ele vai te deixar louco...

Carlos começa a me beijar outra vez. Ele me tira do chão e eu coloco minhas pernas em sua cintura. Caminhamos para o banheiro assim, trombando pelas paredes.

Depois de termos fodido outra vez no banheiro, acabamos fodendo outras duas vezes, totalizando quatro no dia. Carlos acabou tendo que me levar para casa as dez da noite, e eu nem ao menos me importei com o horário, porque além de ele ter fodido bem pra caralho todas as quatro vezes, nos intervalos de tempo ele se mostrou uma pessoas ainda mais incrível do que eu pensava.

Quando ele estaciona o carro na porta da minha casa e ele olha para mim, um pouco mais sério, sinto que ele queria conversar comigo sobre algo. Tiro meu cinto e me viro para ele, dando atenção ao que ele queria falar.

- Olha Jonathan, sobre hoje... - Sinto que ele tinha vergonha de falar.

- Você ainda não está pronto para estar com outra pessoa. - Eu digo sorrindo para ele.

- Não estou...

- Eu também não. - Arranco um sorriso dele. - Eu não me apaixono tão fácil assim Carlos, não fique se achando. - Ele sorri ainda mais.

- É um fato óbvio Jonathan... - Ele começa a rir.

- Palhaço... - Eu começo a rir.

- Podemos manter nossa relação baseada nisso? Apenas na amizade e no sexo?

- Para mim está ótimo. Não precisamos de mais do que isso.

- Fico mais aliviado em saber. Ainda não me sinto preparado para me envolver com alguém, não depois de tudo. Eu ainda amo a minha esposa, e vai demorar um tempo até ela ser apenas uma boa lembrança.

- Eu sei... - Assumo um tom um pouco mais sério. - Apesar de eu vive me negando isso, eu ainda amo o Rodrigo, mas eu não posso ficar preso a isso se ele não me ama mais, então tenho que seguir com minha vida. Mesmo eu achando que possa ter acontecido algo, ele não quer me contar, então não posso me prender a uma Utopia idealizada de que tudo vai dar certo, tenho que seguir com minha vida.

- Você está certo. Não sei o que deu na cabeça dele para te largar. Você é bonito, inteligente, carismático, uma excelente pessoa, uma companhia muito agradável, ouvinte, conselheiro, forte, e ainda por cima, gostoso pra caralho. Se eu fosse uns quinze anos mais novo Jonathan, você ia penar na minha mão. - Ele sorri para mim.

- Bem, se eu fosse uns quinze anos mais velho, não ia deixar um coroa que nem você solto por ai.

- Coroa? - Ele sorri.

- Um coroa muito gostoso que fode bem pra caralho. - Começo a rir outra vez.

- Obrigado pelo elogio. - Ele começa a rir também.

- Só estou dizendo a verdade. Sua esposa era uma mulher de sorte.

- Eu também fui um homem de sorte. - Ele pareceu se lembrar do passado.

- Eu sei que foi... - Dou um sorriso para ele, que o faz sorrir novamente.

- Bem, eu tenho que tratar de ser feliz não é, porque eu mereço. Alias, nós dois merecemos, e enquanto não encontramos alguém, vamos curtir o que está rolando, e aproveitar bastante.

- Pode apostar que sim.

- Agora eu vou deixar você ir. - Começamos a nos despedir.

- Obrigado por tudo Carlos.

- Eu que tenho que agradecer Jonathan. Você está me ajudando a superar tudo, fico muito grato por isso.

- Estou aqui para isso, para servir as suas vontades e necessidades. - Abro a porta do carro e saio.

- Eu vou cobrar isso hein.

- E eu vou amar pagar... - Fecho a porta. - Vá com Deus Carlos, e durma bem.

- Você também Jonathan, até mais...

Vejo seu caro desaparecer na rua e entro para casa. Meus pais provavelmente já estavam dormindo, e como eu já havia tomado um outro banho antes de sair da casa do Carlos, não teria que tomar outro, mas se meus pais tivessem acordados, teria que pelo menos entrar no banheiro e ligar o chuveiro, para disfarçar um pouco, já que eu saí de casa as onze da manhã e passei o dia inteiro fora.

Depois de ter tirado minha roupa e ficado apenas de cueca, liguei o ar condicionado por causa do calor e me deitei na cama programando o alarme do meu celular. Mandei algumas mensagens de boa noite, mas eu não sei se iria conseguir esperar as respostas, já que eu estava morto e puído, morrendo de cansado e todo dolorido por causa do Carlos, mas eu estava feliz, porque era disso que eu precisava. Eu tinha que tirar minha mente de tudo, e ele estava me ajudando a fazer isso, e eu fazia o mesmo, porque ele também precisava seguir com a vida dele, e juntos, a gente iria fazer isso até chegar o momento de parar, e para ser sincero, espero que não seja tão cedo, porque foi bom de mais e merece ser repetido milhares de vezes, e foi me lembrando de tudo que aconteceu hoje que eu acabei dormindo sem responder as três mensagens que haviam chegado. Eu iria descansar e me preparar para um novo dia, que seria melhor que ontem, mas não melhor do que o dia de hoje.

Comentários

Há 5 comentários.

Por Niss em 2015-09-17 01:01:34
Minianaaaaa que safadoooooos. Gente fiquei sem ar agora kkkkkk #AdoreiEAmei hahaha, adrei a senhora ela é bem engraçada. Como ja falei anteriormente eu confio e admiro muito o trabalho de vcs. Kisses, Niss. Até sexta...
Por Jr.kbessao em 2015-09-16 19:40:02
Adoreiiiiii..... cara essa sua história e mais que perfeita. O Jonathan merecia se sentir desejado por alguém de novo!
Por diegocampos em 2015-09-16 19:16:30
Apesar de eu gostar do Jonathan eo Rodrigo gostei de ver ele é o Carlos juntos, eu já havia visto seu comentário lá na casa dos contos e confio muito na história que você escreveu e fico mas aliviado em saber que o Jonathan vai terminar com o Rodrigo ansioso para o próximo capítulo
Por bielpassi em 2015-09-16 19:13:22
Ótimo posta logo o próximo!
Por luan silva em 2015-09-16 18:57:17
como diz o niss minha nossa senhora do sexo, haha amei o capitulo e gostei do jonathan ter ficado com Carlos.. enfim confio em vcs e sei que concerteza vcs nos surpreenderam no final da serie assim como todos os capitulos aqui postados.. muito ansioso pelo proximo.