Comum & Extraordinário - Capítulo 38

Parte da série Comum & Extraordinário

Finalmente tudo havia conseguido se acertar entre Rodrigo e eu. Finalmente tudo tinha sido colocado em ordem, e eu não podia pedir por nada melhor do que isso. Depois de nossa conversa na casa do Matheus, sai de lá com ele e fomos conversar um pouco mais, onde ele me contou toda a história de novo, sem pressa, sem esperar por uma resposta minha, e aquilo fez com que eu ficasse ainda mais apaixonado por aquele homem. Saber tudo o que ele viveu, tudo o que ele passou até chegar aqui me mostrou o quão humano e real ele era, e isso era uma característica que poucos na vida possuem, e eu sou extremamente grato por ele ser assim, não poderia desejar algo melhor.

Depois de rever tudo o que havia acontecido nos últimos dias, inclusive o novo relacionamento entre Matheus e Caio, me levanto da cama sorrindo, como se eu tivesse acabado de tomar um remedinho especial, se é que me entendem. Tudo estava indo tão bem, que eu cheguei a suspeitar de que algo estava errado na história toda, mas acabei deixando essa palhaçada de lado, até porque, isso não é um conto ou uma novela cheia de acontecimentos inesperados, e sim a minha vida, e para mim, parecia real, real até de mais para o meu gosto.

Eu já tinha tomado meu banho, me arrumado, tomado um café da manhã reforçado e meus dentes escovados com perfeição. Olho no espelho e vejo que meus cabelos tinham crescido um pouco desde a última vez que eu tinha reparado. Antigamente eu tinha uma mania de ficar cortando eles todo o mês, pelo menos uma vez, ou seja, eles sempre estavam curtinhos, mas de uns tempos para cá eu venho os deixado crescer, e estava gostando do resultado, e o Rodrigo também. Diz ele que é bom para puxar por trás enquanto eu estava de quatro. Eu juro, ele falou nessas exatas palavras, e aquilo me corou na hora, e agora também ao lembrar.

Desço as escadas e dou de cara com meus pais, já saindo. Eles sorriem para mim e me abraçam com força. Faço o mesmo com eles e então saímos para lados diferentes. Carol já estava me esperando ali por perto, sorrindo, o que era de se estranhar, já que pela manhã ela costumava não estar com a cara boa.

- Bom dia flor do dia... - Ela diz ao me abraçar. - Está melhor? - Eu havia contado toda a história para ela depois que o Rodrigo me deixou em casa ontem a noite.

- Bem melhor. Finalmente consegui processar tudo.

- Fico feliz... - Ela sorri ainda mais.

- Você está feliz, em plena seis da manhã... - Olho para ela com a cara estranha. - Está usando drogas agora? - Começo a gargalhar depois de ver a cara de ofendida dela.

- Como ousa ofender uma moça como eu com tamanha injúria? - Então ela ri também. - Mas eu estou feliz por outro motivo.

- E qual seria?

- Adivinha!

- Seu pudesse adivinhar as coisas eu teria me poupado de muita merda. Fala logo, o que é?

- Sem graça... O Felipe falou primeiro!

- Falou o que?

- Que me ama!

- Jura?

- Juro! - Eu então a abraço, sorrindo junto com ela. - E depois eu falei também.

- Que lindo gente...

- Muito lindo. Aquele é pra casar, vou te contar viu.

- Né, depois de ter feito tanta coisa com ele, só lhe resta casar mesmo. - Começo a rir mais uma vez.

- Olha quem fala. A senhora já deve estar fazendo até Borboleta Paraguaia. - Ela ri também.

- Nem sei o que é isso. - Começo a rir também.

- Vou fingir que acredito só para te deixar feliz.

- Palhaça.

- Besta.

Quando chegamos na escola, um pouco atrasados porque a Carol havia esquecido um monte de coisa em casa e tivemos que voltar, entramos depois que as portas já haviam se fechado. Acabamos tendo que ir até a sala do diretor para explicar o que havia acontecido, e como o fator ‘Atraso’ não foi o suficiente, acabamos saindo de lá com um aviso em mãos.

Quando entramos na sala, vejo Matheus sentado no seu lugar, copiando o que estava escrito no quadro. Quando nos nota, sorri e volta a fazer o que estava fazendo. Me sento, pego meus materiais e começo a fazer o mesmo. Eu não gosto muito de química, mas fazer o que se isso faz parte da nossa grade curricular na escola, então teria que me contentar.

Depois de mais de uma aula copiando tudo o que estava sendo passado no quadro, peço a professora para ir ao banheiro, e assim que ela deixa, saio pela porta balançando as mãos e vou lá para fora, respirar um pouco. Quando tomo um corredor, vejo Rodrigo vindo em minha direção. Olho para trás e noto que não tem ninguém, então assim que ele passa por mim, sorrindo, pego na bunda dele. Olho para trás e o vejo sorrindo. Deixo ele seguir seu caminho e vou até o banheiro. Faço o que tenho que fazer, e quando eu estava de frente para a pia lavando minhas mãos, vejo Thallison entrar e trancar a porta. Mantenho a minha calma, até porque eu estava calmo, e continuo ali, como se nem tivesse notado a presença dele.

- O dia está lindo... - Ele fala, como se conversar comigo fosse a melhor coisa do mundo para ele.

- Poderia ser melhor.

- E o que teria que acontecer para isso se tornar realidade?

- Vejamos... Você sumir?

- Você está muito abusado Jonathan.

- Eu sempre fui abusado Thallison. - Olho para ele através do espelho e sorrio.

- Respeito é bom e conserva os dentes.

- Respeito é bom e eu dou para quem merece. - Seco minhas mãos com o papel toalha e me viro para ele.

- Aposto que está dando para muita gente. - Seu sorriso era pura malícia.

- Não tanto quanto eu gostaria. - Sorrio. - Você deveria tentar dar um pouco, é ótimo... - Sorrio ainda mais e o vejo ficar com raiva. - Estou falando de dar respeito, não ache que é outra coisa.

- Eu não achei que fosse. - Ele se aproxima, mas eu não me movo.

- Quer alguma coisa? - O encaro.

- Bem, eu queria saber qual seria a sua reação se toda a escola soubesse que você dá o cu.

- Está vendo a minha reação agora? - Aponto para a minha cara de pouco interesse. - Essa seria a minha reação. E por favor, você acha que ser gay se resumo a dar o cu?

- É tudo o que vocês sabem fazer. - Ele se aproxima ainda mais.

- Você está querendo me comer senhor Thallison? Está muito próximo de minha pessoa. - Sorrio ainda mais quando ele se afasta.

- Você está achando que eu sou quem? - Ele grita.

- Ninguém... - Levanto minhas mãos até na altura dos meus ombros e tombo minha cabeça para o lado.

- Você é uma puta mesmo, fica se oferecendo para todo mundo. - De onde ele está tirando isso? - Se você se insinuar para mim eu te mato.

- Não precisa se preocupar com isso, porque eu prefiro enfiar um hidrante dentro de mim... Tem noção do quão desconfortável deve ser? Pois é... Agora você quer me explicar o porque se trancou dentro do banheiro comigo? Já sei que você não quer me comer, então...

- Eu vim para te assustar um pouco. - Ele sorri.

- Bem, você não conseguiu.

- Nem se eu fizer isso? - Ele tira um revolver de dentro da calça. Meu corpo todo treme de medo, mas eu não deixo ele perceber isso. - É do meu pai. Ele me deu de presente em meu último aniversário. Serve para eu me livrar da escória da humanidade... Está com medo? - Ele levanta o braço a aponta a arma para mim.

- Não, não estou. - Continuo quieto e não demonstrando.

- E agora? - Ele chega ainda mais perto e coloca a arma na minha cabeça. Se não fosse tão real, eu acharia que estava participando de uma cena de um filme qualquer ou era personagem de algum conto.

- Não. - Olho bem dentro dos seus olhos, não demonstrando medo algum.

- Você está mentindo. - Ele destrava a arma. Eu não sabia mais o que pensar. A situação era completamente doentia.

- Você não vai atirar.

- E como você tem tanta certeza disso?

- Thallison, estou ciente de que você tem alguns problemas mentais, mas eu tenho certeza que você não iria atirar em mim.

- E porque tem tanta certeza disso?

- Porque você não tem coragem. Além do mais, a arma não possui um silenciador como nos filmes, ou seja, se atirar, todo mundo vai ouvir, e quando arrombarem a porta e verem meu corpo no chão, vão saber de tudo.

- Não se eu fugir antes.

- Bem, você poderia fugir, mas saiu da sala logo depois de mim, e as pessoas vão comentar a respeito disso.

- Meu pai irá conduzir a investigação, então eu tenho certeza de que tudo correrá bem.

- Bem, seu pai é corrupto, então...

- O que você disse? - Ele empurra a arma na minha cabeça, fazendo com que meu corpo se incline sobre a pia.

- Estou mentindo? Toda a cidade sabe, mas ninguém fala nada por medo de sofrer represália.

- Meu pai não é corrupto!

- Continue contando essa mentira para mim todos os dias, quem sabe assim eu acabe acreditando.

- Eu vou te matar Jonathan!

- Que mate. Vamos acabar nos encontrando no limbo, onde nossas almas irão perambular para sempre.

- Você é doido... - Ele aperta ainda mais a arma contra minha cabeça.

- O roto falando do esfarrapado. Eu posso ter um pequeno problema de cabeça, mas ele não é nada se comparado a sua sociopatia.

- Você ainda vai sofrer muito em minhas mãos.

- Sério? O que pretende fazer comigo? Me matar de tédio? - Eu sorrio para ele.

- Primeiro eu iria encurralar você em um lugar escuro, e uma rua bem deserta depois de ter te seguido por horas. Depois eu iria te espancar, esmagar você como ninguém. Iria acabar com sua raça, quebrar sua cara, fazer você sangrar. Vou adorar ver o viadinho pedindo por misericórdia, mas é algo que eu não vou te dar. Vou fazer com você o que todos os viados merecem, que é te destruir, fazer com que você fique com tanto medo a ponto de nunca mais querer sair de casa... E sabe o que eu vou fazer depois de te espancar?

- Não. - Respondo depois de perceber que não era uma pergunta retórica.

- Eu vou te estuprar... - Seu olhar se torna ainda mais estranho. - Não pense que eu vou te dar o prazer de ter meu pau estourando seu cu. Eu nunca tocaria em uma raça tão asquerosa como a sua, me dá nojo só de pensar... Eu poderia enfiar isso dentro de você... - Ele tira a arma da minha cabeça e olha para ela. - Tirar e colocar ela lá dentro, até você sangrar ainda mais. Ou eu poderia optar por uma coisa maior, como um cassetete ou um taco de basebol, e sabe o que é mais incrível? Eu tenho os dois lá em casa. Quem sabe eu não faça um combo, uma super promoção para você... - Ele volta a colocar a arma na minha cabeça. - Vou dilacerar o que te dá tanto prazer Jonathan. Você nunca mais será o mesmo. Vou te arregaçar a ponto de você não conseguir sentar, de você sentir nojo de tudo o que aconteceu e nunca mais querer tocar um homem em toda a sua vida. Vou destruir sua vida, te deixar irreconhecível. Seus amigos e sua família tentaram ao máximo te ajudar, mas você estará vegetando dentro da sua própria cabeça, se lembrando de mim, dos meus punhos em sua cara ensanguentada, dos meus pés chutando seu estômago, te deixando sem ar. Vai se lembrar da dor agoniante que sentiu quando eu estuprei você e te deixei inutilizável para qualquer outro homem que sequer pensasse em comer esse teu cu bichado. E depois disso tudo, eu vou rir, eu vou gargalhar como nunca ao me lembrar do que eu fiz. Vou abrir um enorme sorriso todos os dias ao acordar e saber que tem mais um viado nesse mundo que não vai mais conseguir seguir em frente. Eu vou poder assistir você atingir o fundo do poço, quem sabe desenvolver um problema com álcool e drogas, estou torcendo por isso. E no fim, quando seus amigos não conseguirem te salvar da degradação, vou ver de camarote você finalmente se matando, da maneira mais cinematográfica possível, pulando de uma ponte talvez, cortando os pulsos, saltando na frente de um trem, ou até mesmo tomando veneno, e mais uma vez, eu vou sorrir.

Depois de tudo o que Thallison me disse, ele simplesmente saí do banheiro, me deixando sozinho ali, pensando em tudo o que eu acabara de ouvir. Eu ainda estava tentando processar todas aquelas palavras. Revi uma por uma e cheguei a conclusão de que eu realmente tinha algum problema, porque eu não senti medo. Nunca fui uma criança de se esconder debaixo dos lençóis, de dormir com a luz acessa por medo do bicho papão. Nunca fui uma criança de correr para a cama dos pais sempre que ouvia um barulho diferente ou quando chovia. Nunca tive medo de enfrentar as coisas, de olhar por cima e descobrir o que estava acontecendo. Desde muito novo eu fui assim. Não tive medo quando fui assaltado pela primeira vez aos meus quatorze anos e também não tive medo na segunda, aos meus dezesseis, quando apontaram uma arma na minha cabeça e levaram tudo o que eu tinha dentro da minha mochila. Talvez eu tivesse realmente um problema, ou não. Percebo nesse exato momento que eu realmente deveria ter sentindo medo depois de tudo o que eu ouvi, porque eu sabia que tudo o que ele me disse era amedrontador e angustiante. Um problema psicológico talvez, ou um pequeno distúrbio mental. Não sei ao certo o que eu tinha, mas com certeza não era normal.

Depois de lavar meu rosto, volto para a sala, e lá estava ele, como se nada tivesse acontecido. Matheus e Carol me encaram com questionamentos, mas eu apenas sorrio, como se nem tivesse visto o Thallison. Eu não queria envolver os dois em todos os problemas da minha vida. Sei que é para isso que servem os amigos, para compartilhar tudo, mas eu não via necessidade de os preocupar com isso, e eu não iria. Quando o sinal bate, todos saem da sala para irem ao intervalo. Fico por último para esperar a Carol que ainda estava copiando algo, e então saímos os três juntos.

- O Thallison fez alguma coisa com você? - Matheus já vai logo me perguntando?

- Não, porque? - Minto para ele.

- Ele saiu logo depois de você. Fiquei preocupado.

- Ele chegou a pedir a professora se podia ir ao banheiro, mas você e o Thallison já tinham saído, então ela não deixou.

- Eu nem vi ele. - Minto mais uma vez, olhando para os dois.

- Que bom. Fiquei com medo de ele ter te ameaçado ou coisa do tipo. - Mateus diz ao se sentar.

E era por isso que eu não queria contar o que havia acontecido. Se eu comentasse alguma coisa, eles iriam ter muito mais com o que se preocupar, e eu poderia acabar os envolvendo no que estava acontecendo, então eu iria ficar com a boca fechada e não comentar a respeito da cena no banheiro.

- Então, como está a vida de moça compromissada? - Pergunto ao Matheus, que sorri.

- Está ótima querida. Finalmente tenho um macho para chamar de meu.

- Finalmente mesmo. Já tinha passado da hora de sossegar o facho.

- Nunca é hora de sossegar querida. Mas eu realmente estava precisando arrumar alguém para me tirar desse lamaçal de pecado e luxúria.

- A qual a senhora odiava. - Carol diz e sorri.

- Com certeza! Sou uma completa Carola.

- Não sei a onde. - Começo a rir também.

- Seus palhaços. Vocês têm é inveja da minha pessoa porque estou indo dormir feliz todas as noites.

- Mas é bom ter alguém do lado... - Carol fala, mas Matheus a corta.

- Quem está falando disso querida? Estou falando de dormir com o rabo quente toda noite.

- Que horror! - Eu falo. - Você dá todo dia?

- Não. Tem dia que eu como também, a gente sempre reveza. - Matheus diz e Carol o olha com espanto. - Que preconceito é esse querida? Só porque não sou machão quer dizer que eu sou apenas passivo? Eu amo um cu minha querida diva do espaço sideral, e quanto mais dura for a bunda, melhor, o que é o caso do seu lindo e totoso irmão Caio.

- Socorro, apaga essa imagem do Caio da minha cabeça! - Carol coloca sua mão esquerda nos olhos e abana a direita. - Não quero imaginar meu irmão fazendo essas coisas.

- A senhora tem sorte, porque tem irmãos que fazem essas coisas, juntos... - Matheus começa a rir quando Carol olha para ele. - Uma vez eu peguei irmãos gêmeos... - Matheus chega mais perto e fala.

- Mentira! - Carol fala.

- Até parece... - Eu falo, achando que isso era só coisa da BelAmi com seus Peters Twins.

- Juro pela minha mãe. - Então a coisa era séria.

- Gente... - Me interesso pelo assunto no mesmo momento.

- Foi o que eu disse. No começo, quando eu comecei a flertar com o Diego, não sabia que ele tinha um irmão, ainda mais gêmeo. Ficamos por um tempo, cerca de duas semanas. Conversamos sobre muitas coisas, sobre nossos fetiches, nossos pecados e sobre as nossas passagens canceladas para o céu. Falei para ele tudo o que eu já tinha feito e ele me contou tudo. Imagine a minha cara de perplexa quando ele me disse que dividiu um cara com o irmão dele... Fiquei pretérita na hora, ainda mais depois que ele me falou que era um irmão gêmeo. E sabe o que ele falou comigo depois?

- Não! - Carol diz, como se soubesse a resposta.

- Ele disse que mal via a hora de me dividir com o irmão, mas antes me perguntou se eu achava estranho, se eu era uma daquelas pessoas de mente fechada, e tudo o que eu conseguir fazer foi perguntar se podia ser naquela hora.

- Abusada. - Eu digo, sorrindo.

- Pois é. Nos marcamos para o dia seguinte, na minha casa. Eu estava pouco me fodendo com as consequências, porque aquilo tudo bem que poderia ser uma armação e eles levarem tudo, mas eu nem liguei. Fiquei surpreso quando os dois chegaram juntos.

- E o que aconteceu? - Carol pergunta, completamente fixada na história.

- Nos subimos para o meu quarto e assim que eu tranquei a porta, um deles me jogou na cama e veio para cima de mim, me beijando. O outro ficou assistindo por um tempo, passando a mão em cima da calça, nos olhando, e depois veio para a cama também, então o primeiro saiu e ele começou a me beijar. Eu estava quase morrendo de tesão na hora, e de repente os dois ficam de joelhos na minha frente e tiram a camisa, e eu fiquei completamente molhada, ao estilo cachoeira mesmo, quando os dois começaram a se pegar. Tipo. Eu não acreditei na hora, tanto é que eu fiquei olhando de boca aberta, até um deles perguntar se eu não ia fazer nada, e depois disso o pecado rolou no meu quarto. Eles se beijaram, se chuparam, se comeram, me comeram, me beijaram, eu chupei um de cada vez, os dois ao mesmo tempo, fizeram DP em mim... Foi uma loucura.

- Estou pretérita do indicativo mais do que perfeita. - Carol estava com a mão na boca, chocada, assim como eu.

- E depois? - Eu pergunto, curioso.

- Depois rolou mais algumas vezes até que eu me mudei de estado e perdi o contato com eles, mas ainda me lembro de cada detalhe das jambrolhas... Diego e Diogo... - Matheus suspira.

- Impura Incestuosa! - Carol fala e ri.

- Incestuosa nada, quem cometeu o incesto foram eles querida, eu só aproveitei. Ninguém mandou a BelAmi me tentar com Taboo. Nunca mais fui o mesmo depois daquele filme. - Ele começa a rir. - Mas foi uma ótima experiência, e quem tirar a cabeça do próprio rabo e parar de ver pecado em tudo, pode desfrutar dos mais intensos prazeres que a vida tem a nos oferecer. Eu fiz isso, e não me arrependo.

- Vão falar que você vai para o inferno. - Eu comento, rindo.

- E eu vou feliz querida, porque se o Silas Malafaia e sua corja realmente forem para o céu, quero distância daquele lugar. É como a frase que uma bee do meu Facebook postou, ‘Garotos bonzinhos vão para o céu, já os malvados vão para onde quiser’.

- Nossa, fui atingida lá no fundo. - Carol sorri.

- Mas é a verdade. Ficamos tão presos nessa concepção distorcida do certo e errado que acabamos por não viver. Prefiro ir para o inferno a que habitar um lugar que ficaria cheio de gente desse tipo. Se realmente Deus for injusto a esse ponto, sinto muito, mas não quero nem saber de lá.

- Pois é. Se formos viver conforme tudo o que nos é ditado, acabamos por nos esconder dentro de nós mesmos, deixando de aproveitar a vida. As vezes eu acho que é por isso que o Diabo foi criado. Ele acabou sendo uma imagem que figura medo, obrigando as pessoas a caminharem com passos certos, longe do que os outros consideram ou não pecado e errado.

- Por favor, vamos parar com isso, porque estou me sentindo burra e avulsa na conversa. - Carol nos encara. - As senhoras estão cultas e intelectuais hoje, estou surpresa.

- Eu sempre fui culta e intelectual querida. - Matheus olha para ela com ar de deboche e então ri.

- Culta e pecaminosa, isso sim.

- Vivo no lamaçal do pecado querida, com muito orgulho. Vou pecar até os últimos dias da minha vida, e no fim, eu tenho certeza de que eu irei para o céu, não aquele bando de falsos profetas.

- Isso mesmo querida. Vamos arrasar no branco. - Carol estala os dedos no alto, fazendo com que todo mundo ria.

O dia de aula havia chegado ao fim. Depois de enfrentar cem minutos de aula de matemática, finalmente eu pude ir embora para minha casa. Quando cheguei, tratei logo de almoça e tomar meu banho. Me sentei em frente ao computador para terminar alguns trabalhos, e assim que me deitei na cama, depois de acabar todos, meu celular chama. Era o Rodrigo.

- Oi meu bem... - Ele diz. Eu pude sentir seu sorriso.

- Oi... Ainda está na escola?

- Sim. Vou ficar até mais tarde hoje. Tive que substituir o professor de química da parte da tarde. Devo sair por volta das seis.

- Vai ficar muito cansado. - Eu sorrio, com malícia.

- É? Você acha que eu vou ficar cansado?

- Não sei, vai depender as sua disposição para hoje a noite.

- Eu sempre tenho disposição para você Jonathan, e mal vejo a hora de te foder de novo.

- E eu mal vejo a hora de poder gemer com você me comendo bem gostoso.

- Seu puto. - Ele sorri.

- Com você dentro de mim não tem como não ser. - Sorrio.

- Mas mudando de assunto, porque eu vou acabar não podendo me levantar dessa mesa, topa ir jantar lá em casa hoje?

- A Rafaela vai estar lá?

- Sim, e esse é o propósito. Quero que ela saiba que eu estou com você.

- Quer me esfregar na cara dela?

- Eu quero esfregar algo na sua cara, mas isso a gente faz depois do jantar, na minha cama.

- Assim eu vou ter que aceitar o convite. - Eu digo sorrindo.

- Ótimo. Esteja lá as oito.

- Pode deixar.

- Agora eu vou ter que voltar para a sala. Deixei os meninos copiando uma fórmula no quadro e eles já devem ter acabado. A noite a gente se vê. Te amo.

- Também te amo.

Depois que desligo o telefone, vou até a cozinha para lavar toda a louça suja. Quando termino dou uma arrumada na sala e na copa, voltando para o meu quarto logo em seguida. Acabo deitando na cama para descansar um pouco, já que a noite de hoje prometia ser longa e cansativa, porque eu tenho a impressão de que a Rafaela não é um ser fácil, não mesmo.

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Boa noite...

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje e conhecer mais um pouco da coragem do Jonathan, apesar de alguns acharem que pode ser burrice ele ter se comportado dessa forma com o Thallison, mas em fim. Espero que estejam bem, e me perdoem por alguns erros no texto, porque não tive muito tempo para dar uma última olhada e estou com muita dor de cabeça.

Um abração e um beijão para todos, e mais uma vez, obrigado pela oportunidade.

E-mail para contato: matheusn1992@hotmail.com

Comentários

Há 4 comentários.

Por diegocampos em 2015-09-05 01:56:02
Gostei muito do Jonathan não ter mostrado medo para o thalisson, capítulo muito foda ansioso para saber o que vai acontecer nesse jantar
Por Jr.kbessao em 2015-09-04 22:56:14
Ja quero o próximo..... comecei a ler a pouco tempo e ja estou viciado!!!!!
Por luan silva em 2015-09-04 20:41:07
eu amo o jonathan cara se ele demonstrar medo aquele filhotinho de lucifer ia se aproveitar e humilhar ele eu ñ acho q seja burrise talvez uma coragem exessiva, mas enfim nao vejo a hora do jonathan derrubar o delegado e seu filho e tô muito ansioso pelo proximo.
Por Niss em 2015-09-04 20:26:01
Aaaaameeeeeeiiiiii o jeito que ele sambou na cara borrada do Thallisatanás. -O Matheus e seus comentários sobre a vida sempre me matam hahaha. Que bom que agr as coisas voltaram ao normal. Espero que ele humilhe essa tal Rafael a nesse jantar. Espero pelo próximo. Kisses, Niss.