Comum & Extraordinário - Capítulo 32

Parte da série Comum & Extraordinário

Depois de ter tido aquele momento incrível com o Rodrigo, acabamos adormecendo na minha cama. Eu olhava para seu rosto cansado e para seus olhos fechados. Ele era lindo quando dormia. Parecia tão tranquilo e tão pacífico. Era como se nada no mundo o incomodasse, e é o observando que eu me lembro de tudo o que eu havia gravado na delegacia. Me apavoro por um momento, mas aí me lembro que ninguém conseguiria encontrar nada, até porque, ninguém sabia, com exceção do Carlos, mas apesar de estar tranquilo, eu tinha que ir até aquela construção e pegar o Pen drive e o DVD que eu havia jogado lá, e eu ia fazer isso agora.

Eu lentamente me levanto de minha cama e vou até meu guarda roupa, fazendo o mínimo de barulho possível. Visto uma cueca, uma bermuda, uma camisa e calço um tênis. Quando eu estava me preparando para sair do quarto, vejo Rodrigo abrindo os olhos. Ele me observa atentamente, como se esperasse alguma ação minha, e como não faço nada, ele reage.

- O que está fazendo? - Ele pergunta, ainda sonolento.

- Nada, eu só estava... - Como eu iria mentir para ele.

- Só estava o que? - Ele me olha com aquela cara linda e eu morro por aquilo.

- Indo dar uma volta.

- Uma volta onde? Ainda não amanheceu Jonathan, é madrugada...

- Só uma volta... - Ele me encara por alguns segundos, como se soubesse que eu estava escondendo alguma coisa dele.

- Jonathan, isso tem haver com a confusão envolvendo o Delegado e o filho dele? E falando nisso, você não me contou essa história com detalhes, e eu tenho o direito de saber. - Ele agora se senta, ainda nu.

- Rodrigo, isso é desnecessário, eu posso me virar.

- Mas eu não quero que você faça isso. Eu mereço saber o que está acontecendo, e eu quero saber agora. - Sua voz toma um tom mais sério que o de costume, e eu não poderia negar essa informação a ele.

- Meu Deus... - Eu me levanto. - Vista uma roupa e me leve onde eu tenho que ir. No caminho eu te conto.

Deixo Rodrigo se vestindo e vou até a cozinha preparar um pequeno lanche para a gente. Quando abro os armários, opto pelo mais prático e fácil. Pego uma sacola de pão de forma e coloco sobre a bancada. Em seguida vou a geladeira e tiro de lá algumas fatias de presunto e mussarela. Pego também um pote de azeitonas picadas em conserva e algumas folhas de alface que já estavam lavadas. Vou até a bancada com tudo e coloco o presunto e a mussarela dentro de alguns pães de forma e levo ao forno por poucos minutos. Depois disso coloco o restante dos ingredientes e deixo em cima da mesa. Volto a geladeira e pego uma garrafa de iogurte e volto para a bancada novamente, servindo para a gente em um copo grande. Quando Rodrigo aparece, tudo já estava arrumado. Ele sorri, se senta de frente para mim e come junto comigo, me observando. Depois que terminamos, ele se levanta e me puxa para ele, encaixando sua boca na minha de uma maneira demorada e carinhosa. Abraço sua cintura com força e afundo minha cabeça em seu peito, o sentindo respirar, sentindo seu cheiro, aquele cheiro que já estava impregnado em mim há dias, desde que o conheci.

- Eu te amo... - Eu digo ao olhar para ele.

- Eu também te amo Jonathan.

- Não sei o que seria de mim sem você, não agora que eu já me tornei dependente...

- Você nunca vai ter que descobrir como seria...

- Eu sei. - Sorrimos um para o outro.

Quando saio pela porta acompanhado por ele, a tranco com chaves e nos direcionamos para seu carro, que estava estacionado em frente a garagem de minha casa. Quando entro, aquele cheiro incrível de couro meche com meus sentidos. Ele sorri para mim ao perceber minhas intenções, mas nega com a cabeça.

Depois de estarmos a dez minutos dentro daquele carro, Rodrigo começa a me cobrar toda a história. Eu tinha medo de contar para ele, confesso. Eu tinha medo de ele achar que eu era frágil e querer me proteger daquilo a todo modo. Em partes eu queria sua proteção, eu precisava dela, mas não nesse caso, não em algo que eu tenho que lutar pessoalmente, e foi no momento em que ele parou, quinze minutos depois na esquina anterior a delegacia, que eu resolvi contar tudo para ele.

- Olha, eu te peço, por favor, não se altere com o que eu vou lhe contar.

- Não me alterar? A situação é mais séria do que eu pensei...

- Então... Desde o primeiro dia de aula o Thallison não foi com minha cara, e eu acho que isso deve ao fato de eu andar com o Matheus, e como o Matheus já rejeitou o Thallison no passado, o motivo de tanto ódio pode ter vindo daí.

- Espera, o Thallison é gay?

- Você nunca suspeitou? - Pergunto, o encarando.

- Bem, suspeitar sim, mas nunca tive uma confirmação.

- Enfim. O Thallison então passou a implicar comigo durante as aulas, nos intervalos, e essa implicação acabou se estendendo aos meus dois amigos também.

- O Matheus e a Carol...

- Sim. Com o tempo, quando ele viu que eu não abaixava a cabeça para ele, quando ele viu que eu não me sentia amedrontado, ele passou e me fazer ameaças, dizendo que iria fazer da minha vida um inferno, que eu iria pagar por tudo, e pelo que parece, ele está cumprindo com o que prometeu.

- Meu Deus Jonathan! - Ele começa a passar a mão nos cabelos em sinal de estresse.

- E não acaba por aí... Uma vez nos encontramos em uma boate que eu fui com o Matheus e com a Carol. Lembro que no dia ele pareceu estar interessando em dois caras que estavam dançando, mas aconteceu de que os dois caras eram um casal, e para provocar, acabei me esbarrando no casal de propósito e ficando com os dois na frente dele.

- O que? - Ele parecia não acreditar.

- Eu sei que foi imprudente de minha parte, mas eu não queria que ele achasse que eu tinha medo dele, porque seria uma forma de ele me ter na palma de sua mão... Mas voltando ao assunto, fiquei com os dois caras, e no final, quando ele me encontrou pelo caminho, me ameaçou outra vez, e outra, e outra, e mais outra, e vem sendo assim desde então.

- Porque você não me disse isso antes? Porra Jonathan!

- Eu sei, me desculpa, mas eu achei que não passaria de uma briga adolescente, por isso não comentei nada com você.

- Eu vou tratar de resolver isso... - Rodrigo diz olhando para o volante.

- Mas não vai mesmo.

- O que? - Ele me encara, mal acreditando.

- Rodrigo, vai por mim, você não vai querer se meter. O Thallison é esperto. Se você se envolver, ele vai acabar juntando dois mais dois e descobrir que eu e você estamos juntos. E em que isso acarretará? Na sua demissão e provavelmente na minha expulsão da escola por me envolver com um professor. Se tratando de uma escola particular, podemos esperar o pior.

- Tá Jonathan, tudo bem, mas isso não explica o ódio do pai dele com você.

- Pois é, outro problema... Não tem aquela vez que você me encontrou saindo do motel? - Eu não queira trazer o assunto de volta, mas era necessário.

- Não gosto nem de lembrar dessa palhaçada sua Jonathan. Aquele cara poderia ser seu pai.

-Bem, levando em consideração todas as situações, você também poderia ser, mas isso não vem ao caso. O importante é que naquele dia eu havia seguido o Thallison até aquele motel. Eu o vi entrar junto com o Carlos, aquele homem que você viu comigo.

- Então você não transou com ele?

- Não Rodrigo, agora deixa eu terminar... Eu consegui entrar dentro do quarto dos dois e coloquei meu celular em um ponto estratégico do quarto e me escondi debaixo da cama. E sabe no que minha pequena experiência como cinegrafista resultou? Nisso. - Eu mostro o vídeo do Thallison com o Carlos para o Rodrigo, e suas feições não poderiam ser melhores. Ele parecia não acreditar no que estava assistindo.

- Meu Deus... - Foi tudo o que ele conseguiu dizer.

- Então. Depois do fim desse pequeno filme, o Thallison saiu do quarto, deixando o Carlos para trás, que logo tratou de me descobrir debaixo da cama, e foi naquele dia e naquela situação que o conheci. Foi ali que ele me disse que o Thallison o estava chantageando e troco de sexo, e foi naquele dia que vi nele alguém que poderia me ajudar, já que ele trabalha na delegacia.

- Ele é policial?

- Me parece que é um detetive, mas em fim. Daquele dia em diante nos tornamos uma espécie de colegas.

- Mas onde o pai do Thallison entra nisso?

- Ele entra no velório da esposa do Carlos... Eu fui lá para prestar meu apoio e o delegado simplesmente chegou acabando com tudo e destilando comentários desnecessários, mesquinhos e machistas. Aquilo acabou me incomodando, então tive que me pronunciar e pedir para que ele respeitasse a situação como um todo, afinal, estávamos em um velório, e as palavras que saiam da boca dele eram completamente sem noção alguma. Foi nesse dia que ele tomou ódio de mim.

- Isso explica tudo Jonathan, meu Deus...

- Não precisa se preocupar Rodrigo.

- Como? Eu não preciso me preocupar com o fato de você estar sendo ameaçado por dois sociopatas?

- Eu sei como me defender Rodrigo.

- Não interessa. Se você bater de frente com eles vai sair na pior! - Ele grita comigo.

- Eu sei... - Eu mantenho minha voz baixa.

- Pelo amor de Deus Jonathan, você não está me ouvindo caralho? - Ele grita mais uma vez, e aquilo acaba me irritando.

- Porra Rodrigo! Eu não sou burro! Você acha que eu não sei que isso pode feder para o meu lado? Acha que eu sou burro a ponto de enfrentar aqueles dois de frente e sozinho? Eu não sou tapado caralho!

- Mas está parecendo! Você ainda é uma criança Jonathan!

- Criança? É assim que você me vê quando fode meu cu? Foi como criança que eu te fodi hoje? Responde! - Eu grito ainda mais alto que ele.

- Não Jonathan... - Ele abaixa o tom de voz. - Desculpa meu bem, eu só... Eu só estou preocupado... - Ele me encara.

- Eu sei Rodrigo... - Ele pega a minha mão e a beija. - Eu sei que você se preocupa comigo, e essa é uma das coisas que eu amo tanto em você.

- As vezes eu chego a achar que você não precisa de proteção, que você é mais forte e independente do que eu jamais fui.

- Mas eu preciso de você me protegendo mesmo assim. Eu me sinto tão bem quando estou nos seus braços. É como se nada fosse me machucar...

- E eu amo transmitir essa sensação para você. - Ele sorri para mim.

- E eu te amo. - Também sorrio.

- Meu príncipe... - Ele então me beija com ternura e carinho. - Agora me explica, o que viemos fazer aqui.

- Eu vim colher as provas que incriminam o delegado.

- Provas?

- Sim. Quando eu fui preso, arrumei um acordo com o cara que estava na minha cela. Ele acabou detraindo o policial por quase uma hora enquanto eu vasculhava tudo. Acabei encontrando alguns vídeos comprometedores do delegado e de sua corja social.

- E onde esses vídeos estão?

- Naquela construção abandona. - Aponto para frente, no lugar perto da delegacia.

- Vou seguir com o carro um pouco mais e depois descemos.

- Tudo bem.

Rodrigo voltou a ligar seu carro e o estacionou bem mais a frente, passando da construção, mas antes de ir para lá, resolvi ir até o toldo primeiro, que era de mais fácil aceso, e pego o primeiro pen drive. Depois disso, guardo o dispositivo no bolso e caminho com o Rodrigo até o local.

Estávamos parados em frente a um lote abandonado, um local sem luz alguma. Depois de analisar as possíveis entradas, tratamos de entrar por debaixo da cerca com arame farpado, e minha visão aos poucos vai se adaptando com o escuro daquele local. Quando chegamos em frente ao muro da construção, percebemos o quão alto ele era.

- Coloque os pés no meu ombro e force as pernas. - Rodrigo diz ao se abaixar.

- O que?

- Só vai ter como um de nós ir, então suba nos meus ombros.

Resolvo fazer o que o Rodrigo me mandou. Coloco meus pés em seu ombro e forço minhas pernas, de modo a as deixar duras. Ele então se levanta como se eu pesasse nada e se coloca de pé. Minha cabeça agora enxergava além daqueles muros. Com meus braços, consigo me apoiar ali e subir meu corpo. Me sento sobre o muro e olho para baixo, enxergando um monte de areia sob mim. Sem ao menos pensar eu pulo, e para confessar, foi até divertido. Nem me dou tempo de pensar e já vou até o local onde eu sabia que estava uma das gravações que eu havia feito. Demoro um pouco para encontrar no escuro, mas acabo achando com o tempo. Depois de achar, volto para o muro e vejo que não vou alcançar o topo dele. Volto na construção e pego três tijolos de barro, daqueles maiores, e os coloco amontoados em cima da areia. Enfio meus dedos em alguns buracos do muro, subo nos tijolos e pulo, fazendo uma força tremenda para levantar meu corpo apenas fazendo força com meus braços, e assim que subo, me sento no muro novamente.

- Pode pular, eu te seguro. - Rodrigo diz e sem ao menos pensar eu pulo, caindo em seus braços. - Eu te falei que iria te segurar... - Ele sorri enquanto desliza meu corpo pelo dele, me colocando no chão.

- Sim... Agora vamos embora antes que alguém nos pegue aqui.

Assim que entramos no carro, tratamos logo de ir para casa. O caminho não foi tão longo, na verdade foi até divertido me sentir um espião do governo internacional. Quando chegamos eu fiquei aliviado de finalmente estar com aquela prova em mãos. Subimos para o meu quarto e eu resolvo mostrar alguns vídeos para o Rodrigo. Ele ficou horrorizado com praticamente todos eles, assim como eu.

- Como alguém pode ser tão ruim assim... - Ele diz.

- Eu já me fiz essa pergunta várias vezes, e até agora não encontrei uma resposta.

- O que vai fazer com esses vídeos?

- Bem, futuramente eu pretendo os entregar para seu pai. Se isso vazar agora, o detetive vai desconfiar, já que eu fui o último que saí de lá, então é melhor esperar.

- E porque irá entregar para o meu pai?

- Porque eu sei que ele irá fazer justiça quanto a isso. Seu pai pode ser grosso e ignorante, mas é justo.

- Sim ele é...

- Agora eu vou guardar essas provas no meu cofre e deixar trancado por enquanto.

- Você tem um cofre? - Rodrigo sorri.

- Mas é claro que eu tenho um cofre. Rodrigo, eu era um adolescente que morria de medo dos pais descobrirem minha sexualidade, então você acha que eu guardava meus filmes pornográficos a onde?

- Safado... - Ele sorri maliciosamente para mim.

- E você ama isso em mim... - Eu sorrio para ele.

Caminho então até meu guarda roupa e o abro. Colo ele era planejado, os espaços eram da forma que eu quis, ou seja, eu sabia onde poderia esconder as coisas nele sem alguém ver. Me abaixo e afasto as minhas calças jeans que estavam penduradas em um cabide próprio e tiro um quadro da minha frente, que estava ali de proposito. Pego a chave que só andava comigo e o abro. Ali dentro estavam alguns filmes adultos que eu havia comprado pela internet e outros itens importantes para mim, como medalhas que eu já havia ganhado e dinheiro que eu havia juntado com os trocos e mesadas que eu recebia. Coloco as gravações bem lá no fundo e fecho a porta, mas sou obrigado a abrir novamente para pegar o dinheiro que eu teria que entregar para o cara que estava na minha cela. Demoro um pouco para contar as cédulas, fecho a porta do cofre com chave, fecho o guarda roupa e me levanto. Rodrigo estava ali em pé, me olhando.

- Você tem um futuro promissor como investigador senhor Jonathan. - Ele me olha e caminha até mim. - Já pensou a respeito?

- Não... Mas eu sou muito bom nisso não sou? - Sorrio ainda mais.

- Convencido. - Ele dá um tapa na minha bunda e gargalha. - Para que esse dinheiro?

- Bem, favores dentro da delegacia não são de graça. Esses cinco mil são para o meu companheiro de cela. Tenho que entregar para ele amanhã... Companheiro de cela... É engraçado dizer isso. - Eu rio de mim mesmo.

- Ele não é perigoso não?

- Tenho certeza que sim, mas eu vou entregar o dinheiro para ele em um espaço aberto. Você pode ir comigo e ficar vigiando se quiser.

- Eu quero.

- Então tudo bem... - Sinto Rodrigo me agarrar de novo, e eu ainda estava me devendo um banho. - Para Rodrigo, eu tenho que tomar banho...

- Mas seu cheiro está uma delícia. Meu sujinho... - Ele cheira meu pescoço...

- Eu preciso de um banho Rodrigo... - Eu tento me soltar de seus braços, mas é impossível.

- Não precisa... - Ele volta a me agarrar quando eu escuto meu celular chamar sobre a cama.

- Rodrigo, eu preciso atender...

- Não... - Ele mordia meu pescoço.

- Se você me soltar, eu te convido para o banho e deixo você me foder debaixo do chuveiro, com força, do jeito que você gosta... - Eu aperto seu pau duro por cima da calça. - Bem forte... - Aperto mais forte ainda, o fazendo gemer.

- Não tem como argumentar contra isso. - Ele me solta e depois sorri.

Corro até minha cama e pego o telefone. No visor indicava que era o Matheus que estava me ligando, e eu não pude tirar o sorriso do rosto. Estava morrendo de vontade de saber o que havia acontecido entre ele e o Caio, mas não tive a oportunidade para perguntar. Assim que atendo, já vou logo começando.

- Pode me contar, agora. - Eu já começo rindo.

- Oi Presidiária. Que curiosidade é essa? - Ele também ri.

- Anda, desembucha, pode falar tudo. - Rodrigo se deita ao meu lado, me olhando.

- Ai viado, eu estava morrendo de vontade de te contar! - Eu podia sentir que ele estava pulando de alegria. - Foi ótimo, muito bom. Sabe quando alguém fala que foi a melhor foda da vida? Então, até antes do Caio era um negão que eu havia pegado, mas agora... Senhor me crucifica.

- Foi tão bom assim?

-Bom? Foi maravilhoso! A forma como a gente se conectou na hora do sexo... Me dá calor só de lembrar.

- Mas gente...

- Pois é. Acho que é o ativo mais atencioso que eu já peguei, sério. Esses ativos metidos a machão hoje em dia não estão com nada. Só querem saber de te foder de quatro e pronto, mas o Caio não, ele é diferente. Ele me chupou, ele me beijou, ele me lambeu, ele me fodeu em todas as posições que você pode imaginar, e o melhor, olhando dentro dos meus olhos. Perdi a conta de quantos orgasmos eu tive, porque eu não gozei apenas, eu entrei em um transe do caralho com ele. E os tapas na cara? É pedir pra morrer de tesão.

- Mas que absurdo. - Eu começo a rir.

- Eu estou todo marcado. O filho da puta marcou território... Eu amo ficar marcado... - Ele parecia estar sentindo tudo de novo.

- Mas como está a situação de vocês?

- E eu lá quero saber. A única coisa que eu quero no momento é que ele me foda de novo, e de novo, e de novo, até eu ficar com as pernas bambas e não conseguir ficar em pé por um bom tempo.

- Matheus! - Eu começo a rir de novo.

- Mas é verdade. Se o Caio não quiser nada sério tudo bem, eu aceito de boa, desde que continuamos a foder, mas se ele quiser algo sério, estou topando também, tudo para ter aquele homem só pra mim.

- Eu estou muito feliz! - Eu começo a rir de novo.

- Eu sei, e eu também. Finalmente encontrei um a minha altura.

- Finalmente! - Eu falo, feliz.

- Mas bicha, eu não te liguei para fazer fofoca da minha vida.

- Então pra que?

- Para chamar você e seu macho para irem à fazenda da minha família. Será mais um encontro entre casais mesmo. O Caio vai comigo, é claro, e eu já chamei a Carol e o macho dela também. Eu ia te ligar mais cedo, mas preferi deixar você curtir seu homem primeiro.

- Palhaço. - Eu sorrio. - Mas quando a gente vai?

- Amanhã cedo. Vamos sair da minha casa por volta das oito, então esteja aqui antes para sair todo mundo junto.

- Espera aí, vou olhar com o Rodrigo. - Eu tampo o telefone com minha mão e me viro para ele. - O Matheus chamou a gente para ir em uma fazenda amanhã cedo. Quer ir?

- Mas é claro meu bem, com você eu vou a qualquer lugar... - Ele beija minha boca.

- Bobo... - Digo para ele então volto a prestar atenção na ligação. - Matheus, nós vamos sim... Mas quem mais vai estar nesse sítio?

- Apenas nos seis mesmo.

- Sim, pensei que iriam mais pessoas...

- Querida, a fazenda é dos meus pais. Não vai ter avulso lá. - Ele ri.

- Menos mal.

- Bem, agora eu vou desligar. O Caio está vindo para dormir comigo, então você já sabe né, é correr para o banheiro e fazer por merecer o meu diploma de passiva. - Ele começa a rir, o que me faz rir também. - Vou desligar querida. Um beijão no seu grelo e até amanhã.

- Beijo.

Quando desligo o telefone, me deito na cama e olho para o Rodrigo, que sorri novamente para mim. Ele me beija por alguns minutos e se senta na cama.

- Eu tenho que ir em casa arrumar minhas coisas para a viagem, mas antes, você está me devendo algo...

- Estou é? - Eu me levanto e lentamente tiro minha camisa. - Não estou me lembrando...

Lentamente vou caminhando até o banheiro, deixando minha roupa para trás. Rodrigo vinha atrás de mim, cheirando cada peça de roupa que eu estava usando, principalmente minha cueca. Chego ao banheiro e deixo a porta aberta. Me viro para a porta, completamente nu, e o pego me olhando com os olhos ardendo. Caminho até o box, ligo o chuveiro e me enfio debaixo da água morna. Viro para ele lentamente e sorrio, me virando outra vez. Apoio minhas mãos na parede, afasto minhas pernas e me abro todo para ele. Em menos de dez segundos, Rodrigo já estava completamente nu dentro do box, chupando meu cu com força, enfiando a língua dentro de mim, para depois disso me foder com força, do jeito que nos dois adoramos fazer.

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Boa Tarde...

Espero que tenham gostado do capítulo de hoje. Rsrsrsrs.

No mais, fiquem bem, e obrigado a todos por ainda estarem acompanhando o conto. Estou muito feliz com o retorno... Um abração para todos vocês.

E-mail para contato: matheusn1992@hotmail.com

Comentários

Há 3 comentários.

Por Niss em 2015-08-23 22:57:43
Nossa, adorei esse capitulo kkk maravilhoso ver esses dois se completando, o Rod e o Jon foram feitos um pro outro, amo esses...
Por diegocampos em 2015-08-23 17:48:23
Concordo com o luan o Jonathan da para trabalhar como espião, capítulo muito bom adoro ver o Rodrigo tratando o Jonathan com carinho, mas também amo quando ele é selvagem .
Por luan silva em 2015-08-23 14:01:50
perfeito como todos os outros capitulos de boa o jonathan da pra trabalhar como espiao kk to muito ansioso pelos proximos.