Comum & Extraordinário - Capítulo 26

Parte da série Comum & Extraordinário

Eu estava acordado há quase vinte minutos, mas ainda não havia criado coragem para levantar da cama. A chuva caia lá fora e eu ainda estava debaixo das minhas cobertas, esperando por algo que eu nem sabia o que era. Meu relógio marcava dez da manhã, e eu sabia, mesmo antes de olhar, que já estava tarde.

Depois de muito relutar comigo mesmo, resolvo levantar da minha cama e me arrumar para sair. Vou até o banheiro e tomo um longo e relaxante banho. Eu ainda podia ver as marcas que o Rodrigo tinha deixado em minha pele, assim como os arranhões e chupões em minhas costas. Minha bunda, que antes era branquinha, estava marcada por dedos. Aquelas marcas acabaram trazendo lembranças, lembranças essas que me deixaram novamente excitado. Rodrigo havia me marcado de propósito, que para quando eu visse, me lembrasse dele dentro de mim, me fodendo com violência. Meu corpo todo se estremece com aquilo, com os tapas que eu dei nele e com a intensidade do sexo que a gente teve nas últimas noites. Eu poderia até me masturbar pensando nele, mas não seria a mesma coisa, a sensação não seria a mesma, então eu iria esperar pela próxima vez e iria aproveitar.

Depois de ter escovado meus dentes e ter me secado no banheiro, volto para meu quarto. Visto uma cueca branca bem justa e coloco uma bermuda jeans na cor verde oliva por cima. Depois de passar um pouco de desodorante, visto uma camisa branca sem estampas. Depois disso, calço meu par de chinelos e coloco minha carteira no bolso de trás de minha bermuda. Pego as chaves do carro na mesinha do computador e desço. Antes de sair, passo na cozinha e como alguma coisa rápida, e assim que eu abro a porta da sala, meu celular vibra em meu bolso. Era o Rodrigo.

- Oi meu bem... - Ele diz.

- Oi... Você acordou agora? - Volto e me sento no sofá.

- Sim. E você?

- Bem, eu acordei há mais de uma hora, mas fiquei um tempo deitado na cama, sem fazer nada.

- Eu queria que você estivesse aqui agora. Meu pau está tão duro...

- Rodrigo... - Só de ouvir suas insinuações eu ficava excitado.

- Eu iria te foder de lado, com muita calma, enquanto abraçava seu peito e te masturbava daquele jeito que você gosta, e quando você gozasse em minha mão, e eu iria me deliciar com seu gosto.

- Eu não consigo mais me masturbar Rodrigo, e você esta tão longe agora...

- Porque você não consegue mais se masturbar?

- Porque gozar não é mais a mesma coisa se eu não estou com você. - Vindo de mim, isso era uma declaração de amor explícita.

- A cada dia que passa, a cada palavra que sai dessa sua boca, mais apaixonado por você eu fico. O que você tem que me deixa dessa maneira?

- Eu que deveria te perguntar o mesmo.

- Eu estou falando sério Jonathan. Eu sou um homem formado, com a cabeça feita, no lugar. Nunca pensei que iria me apaixonar por um rapaz tão mais novo. No começo eu queria negar para mim mesmo. Eu queria negar porque estava com medo das consequências. Eu tenho quase trinta anos e você apenas dezessete, e apesar de você ser mais adulto que muito homem, tive medo de que desse algo errado, ainda mais eu sendo o seu professor.

- Rodrigo, o que sentimos um pelo outro é mais importante. Devemos ser os personagens principais de nossa própria história e esquecer o que os outros tem para dizer. Se haverá julgamentos? Não tenho dúvidas de que isso irá acontecer, mas é a forma como encaramos tudo que irá nos definir. Podemos correr, esquecer o que vivemos pelo simples medo, ou podemos dar a cara a bater e encarar essa deliciosa e delicada relação de frente, como dois homens que somos.

- Mas o que seus pais vão dizer quando descobrirem Jonathan? Eu estou preocupado de que possam dizer algo negativo a respeito disso tudo. - Eu sorrio ao me lembrar que meus pais já sabiam.

- Bem, você pode os contar sobre seus medos quando vier jantar em minha casa.

- Mas não sabemos quando isso irá acontecer.

- Bem, não deve demorar, já que eles querem te conhecer pessoalmente. - Eu seguro um riso.

- Jonathan, isso não tem graça. - Ele estava sério.

- Rodrigo, meus pais já sabem de tudo, não se preocupe.

- De tudo? Mas até ontem eles não sabiam sobre sua sexualidade...

- Ontem, quando cheguei, parece que eles estavam nos espiando pela janela, e o que viram não foi um simples beijo entre nos dois.

- Jonathan, não brinca comigo. Nos chupamos dentro do meu carro. Eles...

- Bem, essa parte eles falaram que não quiseram ver, então...

- Meu Deus Jonathan... E está tudo bem?

- Sim, está tudo ótimo. Eles me expulsaram do armário ontem quando eu cheguei, e tudo está acertado.

- Eles aceitaram o nosso relacionamento numa boa? Eles... - Eu o interrompo.

- Sim, mesmo depois de eu ter dito a sua idade e contado que é o meu professor. Está tudo bem, não precisa se preocupar.

- Tudo bem, eu confio em você... - Ele diz. - Bem, mudando drasticamente de assunto, eu te liguei para avisar que vou a uma conferência com meu pai hoje e só devo voltar amanhã cedo.

- Tudo bem. - Eu digo e depois sorrio.

- Não vai perguntar onde?

- Bem, como você mesmo disse sobre mim, eu também confio em você.

- Bem, a conferência é em outro estado. Vamos sair daqui a uma hora e voltamos amanhã cedo.

- Eu te amo... - Eu digo e sorrio novamente.

- Meu príncipe, eu também te amo. Desculpa por esse aviso de última hora. Meu pai me avisou ontem a noite. Ele vai precisar de minha ajuda lá, e como não tenho aulas, decidi ir passar um tempo com o velho.

- Seu bobo.

- Vai fazer o que hoje?

- Bem, quando você ligou eu estava saindo de casa. Tenho que procurar uma fantasia para a festa do Matheus.

- Ele me mandou o convite.

- Ele comentou comigo que você iria...

- Bem, eu não sei se eu vou, afinal de contas, eu sou o professor de vocês.

- Verdade. Bem, mas você pode considerar me acompanhar. - Eu sorrio através do telefone.

- Bem, só se você me compensar depois. - Seu sorriso era safado.

- Compensar? O que tem em mente, professor Rodrigo?

- Bem, eu tenho algumas ideias em mente, e todas elas envolvem você pelado, em cima da minha cama.

- Em sua cama? Pensei que sua mente era mais produtiva do que isso.

- Você é muito abusado Jonathan. - Ele sorri.

- Eu sei...

- Bem, agora eu vou deixar você sair. Qualquer coisa me liga ou manda mensagem viu.

- Tudo bem, eu vou.

- Te amo. - Ao ouvir essa palavra, meu coração pulsou rapidamente.

- Também te amo. - Eu digo e depois desligo o telefone.

Depois que desliguei o telefone, fui direito para a garagem pegar o carro. Quando abro a porta do automóvel, aquele cheiro excitante de couro invade meu olfato, fazendo com que eu me lembre instantaneamente do Rodrigo. Me sento, abro o portão da garagem e então saio.

Primeiro eu vou aos shoppings da minha cidade, onde eu achava ser mais fácil encontrar alguma fantasia que me agradasse. Paro no primeiro, desço do carro, ativo o alarme e então vou a procura. Quando chego na primeira loja de fantasias, uma senhora simpática me atente.

- Bom dia. - Ela sorria para mim.

- Bom dia... - Sorri de volta.

- Em que posso te ajudar?

- Bem, eu tenho uma festa a fantasia para ir e vim a procura de alguma coisa que me agrade.

- Você tem alguma ideia do que quer usar?

- Não, eu queria que você me mostrasse algumas para eu poder ter uma ideia.

- Então tudo bem, pode vir comigo que eu vou lhe mostrar algumas.

Antes de sairmos, ela pede para o marido dela ficar no caixa, o que o homem faz. Caminhamos então até o fundo da loja, onde haviam muito mais fantasias que na parte da frente. Ela começa a me mostrar algumas. Tinha de pirata, astronauta, enfermeiro, médico, vampiro, e eu simplesmente não conseguia me identificar com nenhuma delas, até porque, praticamente todas eram sensuais, ou seja, mostravam de mais pro meu gosto. Depois de um tempo ali com ela, a agradeço e me desculpo por eu ter gastado o tempo dela. Ela sorri e me recomenda outra loja no mesmo shopping. Sorrio pra ela em agradecimento e vou a procurar do local.

A segunda loja parecia ser mais ampla. Entro e logo vejo um rapaz de praticamente a minha idade se aproximando aos poucos. Ele sorria para mim a todo o instante, e aquilo me deixou um pouco desconfortável.

- Bom dia. - Ele diz ao colocar as mãos para trás.

- Bom dia... - Sou reticente devido a intensidade com que ele me olhava. - Eu tenho uma festa a fantasia para ir e estava querendo dar uma olhada nas suas.

- Bem, você já tem alguma ideia ou quer que eu sugira algo?

- Um ponto de vista diferente sempre é bem vindo. - Sorrio para ele.

- Bem, eu tenho algumas fantasias de super heróis... - Ele começa a me mostrar algumas, e eu simplesmente não conseguia gostar de nenhuma. - Algum com o qual se identifica?

- Bem, eu gosto muito do Arqueiro Verde. - Eu olho mais uma vez a fantasia. - Mas não vai rolar.

- Bem, eu aposto que você vai ficar incrível nela. - Ele coloca a mão direita em meu ombro esquerdo, mas eu me afasto um pouco.

- Eu sou magrinho, e essa fantasia não é recomendada para pessoas como eu, que não pesam nada. - Tento descontrair um pouco, fazer piada, mas ele continuava a olhar para minha boca.

- Vejamos... - Ele volta a procurar por outras. - Que tal a do Mario? Ela é bem divertida...

- Não... Desculpa, é que realmente sou chato na hora de escolher minhas coisas.

- Tudo bem, eu estou aqui para lhe atender... Gostou de alguma? - Ele se aproxima de novo, fazendo com que a distância entre nos dois seja a mínima possível.

- Infelizmente não... - Me afasto outra vez quando ele toca meu ombro.

- Qual é cara, eu sei que você é gay. - Oi? De onde veio isso. - Me dá uma chance, me encontra mais tarde, você não vai se arrepender. - Que cara abusado.

- Não, muito obrigado. - Me afasto novamente.

- Mas você é gay cara. - Ele parecia não estar gostando de ser rejeitado.

- O fato de eu ser gay não quer dizer que eu vou aceitar o convite do primeiro que me aparecer.

- Você não sabe o que está perdendo. - Ele simplesmente pega no pau, no meio da loja, com umas duas ou três pessoas assistindo a cena. Ele acha que está onde?

- Não insiste cara, não vai rolar.

- Você pode me explicar o por quê? - Ele realmente estava com raiva.

- Bem, eu não estou muito a fim, mas vamos lá... Eu tenho namorado.

- Aposto que ele deve ser um caco. Os homens realmente bonitos só querem foder e pronto.

- Meu Deus. - Digo depois de ter dado uma longa risada. - Eu não vou te responder isso ou estender essa conversa. Muito obrigado pela ajuda e passar bem.

Quando eu virei as costas, ele simplesmente bateu na minha bunda, e isso foi o suficiente para fazer meu sangue ferver. Eu me virei para ele, sorri, abri a palma da minha mão esquerda e dei uma na cara dele. O estalo ecoou por toda a loja.

- Qual é o teu problema? - Ele grita, com a mão no rosto.

- Falta de respeito. Você pode ser bonito, tatuado e fortinho, mas eu nunca sairia com um cara sem conteúdo como você. Eu gosto de homens, não de garotos que ainda não aprenderam como a vida funciona. Então fique aí e aproveite a sua demissão, porque o seu gerente está chegando... - Digo ao ver um homem se aproximando a passos pesados, e eu então saio da loja.

Depois de percorrer todo aquele shopping, resolvo ir a outro. Esse era um pouco mais afastado da cidade, e também considerado um local para pessoas com um maior poder de aquisição, ou seja, para pessoas ricas, bem de vida. Estaciono o carro do meu pai em uma das vagas, ativo o alarme mais uma vez e desço. Assim que entro, os esnobes olham para mim como se eu fosse a pessoa mais errada do mundo, e isso era porque eu estava usando apenas uma bermuda jeans, camisa e chinelo. Resolvo os ignorar mostrando o dedo do meio mentalmente para todo mundo e vou a procura do que fazer. Eu avisto a primeira e última loja de fantasias da cidade e vou a luta. Assim que entro, os olhares de desgosto se voltam para mim novamente. Mal sabem eles que meu pai é bem famoso na cidade, mas isso não vem ao caso.

- Bom dia senhor. Em que posso ajudar? - Um homem todo portado se dirige a mim.

- Estou procurando uma fantasia com a qual eu me identifique.

- Quer que eu lhe mostre algumas? - Ele nem sorria.

- Tem como eu apenas dar uma olhada e ver se eu acho alguma coisa de meu interesse? Não quero ocupar seu tempo... - Sorrio para ele, e ele finalmente retribui.

- Pode ficar a vontade. Vou estar no balcão caso precise de mim.

- Obrigado...

Começo a caminhar pela loja a procura de algo que me agrade. Vejo vários personagens que eu gosto, fantasias sensuais, escrotas, ridículas ao extremo, mas nada que realmente me agrade. Vou caminhando até o fim da loja e quando percebo que não gostei de nada, me apavoro um pouco. Volto até o cara que havia me atendido e converso com ele.

- Tem mais alguma que você pode me mostrar?

- Sim, eu tenho uma sessão especial de fantasias importadas, mas os preços são pouco acessíveis e não fazemos o aluguel delas, apenas vendemos.

- Tudo bem. Pode me mostrar algumas?

- Claro, venha comigo.

Eu o sigo até o segundo andar da luxuosa loja. As fantasias ali eram completamente diferentes. Podia-se ver que o trabalho na customização era superior as outras. Naquele lugar eu encontrei várias que eu poderia usar, mas foi uma que me chamou atenção. Era uma fantasia de tributo. Caso não saibam, é aquela malha cinza e preta apertada que os personagens de Jogos Vorazes usam quando vão competir. Ela era exatamente igual a do filme, sem tirar nem por, e eu simplesmente fiquei apaixonado.

- Posso experimentar? - Pergunto ao me aproximar da roupa.

- Claro que sim... - Ele olha para mim, parecia me examinar. - Acho que o tamanho P/M irá servir. Aguarde um momento. - Ele sai a procura da fantasia e rapidamente volta. - Pode experimentar.

Ele me entrega a roupa e eu entro no provador. Depois que fico apenas de cueca, começo a me vestir, e a cada segundo que eu fazia aquilo, mas eu amava a fantasia. Era extremamente confortável, e fresca, e eu amei o fato de eu não ter que transpirar usando aquilo. Depois de ter vestido por completo, me olho no espelho e quase morro do coração. Eu havia ficado igual um dos tributos do filme. A roupa se colou toda ao meu corpo, modelando minha cintura, minhas pernas, meu peito e minha bunda, e não é querendo me achar ou coisa do tipo, mas eu fiquei muito gostoso naquilo. Não era uma fantasia propriamente sexy, mas a forma como ela ficou no meu corpo fez com que eu me sentisse incrível.

Depois de analisar um pouco mais, tiro a fantasia e visto a minha roupa novamente.

- Qual o valor da fantasia? - Pergunto depois que saio do provador.

- Ela está no valor de mil e novecentos. - Ele me olhava.

- Bem... - Eu pensei comigo mesmo, eu nunca exijo nada de meus pais ou cobro presentes e coisas luxuosas, então tenho o direito de esbanjar pelo menos uma vez na vida. - Eu vou levar.

- Venha até o caixa comigo. - Ele sorri e me olha.

Depois que descemos, voltamos até o balcão que ele estava, e lá ele faz um pequeno embrulho da fantasia. Depois de tudo pronto, eu entrego o cartão para ele.

- Crédito ou débito?

- Débito.

Depois que ele passou o cartão e eu digitei minha senha, recebi um aperto de mão dele e um obrigado. Saí da loja completamente feliz por finalmente ter encontrado algo que eu realmente havia gostado, mas como nem toda felicidade é para sempre, no momento em que viro um dos espaços do Shopping, dou de cara com o Thallison e alguns de seus amigos. Tento achar outro caminho para evitar atrito, mas eles me olham e sorriem. Fico parado esperando que eles cheguem até mim e também sorrio, genuinamente. Eu iria amar aquilo.

- Olha o que temos aqui... - Ele já chega olhando para a sacola em minha mão esquerda. - Vip Costumes... Vai de Princesa para a festa? - Ele e seus amigos riem.

- Infelizmente a loja não tinha o meu tamanho. Tentei experimentar a da Malévola, mas chifres não combinam comigo.

- Seu viado. - Um dos seus amigos se dirige a mim.

- Que lindo, até quando vão achar que me chamar de viado é uma ofensa? Isso é tão começo do século vinte e um. - Eu cruzo os braços.

- Você é muito debochado. - Thallison praticamente me peita.

- Gente, por favor. Isso tudo é porque não foram convidados para a festa? Não se preocupem, porque apenas pessoas decentes foram convidadas. Culpem seus pais pela educação falha que receberam, porque eu não tenho nada a ver com isso. - Sorrio, o que gera um ódio geral entre eles.

- Quem você pensa que é? - Thallison estava praticamente me beijando.

- Agora? Agora eu não penso nada, mas eu vou ser a princesa mais bonita da festa. - Levanto minha sacola, o que faz com que ele fica ainda mais vermelho. - Thallison, se quer me beijar, ao menos escove os dentes primeiro... Quem em sã consciência come camarão de manhã cedo?

- Eu vou acabar com sua raça seu desgraçado... - Ele arma um soco na esperança de que eu ficasse com medo, mas eu não me afasto.

- Bem, eu já lhe disse uma vez na escola e vou repetir... Se for para me espancar, me mate de uma vez, porque se eu continuar respirando eu vou foder com sua vida e não vai sobrar pedacinho algum para você juntar e colocar em seu potinho de porcelana. O seu telhado é de vidro Thallison, então toma cuidado ao ameaçar os outros, ainda mais aqueles que você pensa que conhece.

- Eu te conheço muito bem seu filho de uma puta! - Ele grita e algumas pessoas olham para a gente.

- Bem, não queira que eu lhe prove o contrário.

- Seu viado, você não passa de uma baratinha amedrontada que se passa por forte.

- Baratas podem sobreviver meses sem se alimentar e se adaptam rapidamente a diversas condições, sem contar que são resistentes a radiação, então muito obrigado pela comparação senhor Thallison, agora, se me der licença, tenho mais o que fazer. Não quero perder meu tempo com gente imprestável. Passar bem.

Eu simplesmente saio da frente deles, os deixando sem saber o que fazer. Caminho sem olhar para trás e vou até o estacionamento. Entro no carro e logo dou a partida, indo em direção a minha casa. Assim que chego, meu telefone vai logo tocando.

- Oi bicha! - Era o Matheus, divertido como sempre.

- Fala impura. - Eu também sorrio.

- Liguei para saber se a senhora já comprou a fantasia para minha festa.

- Acabei de comprar.

- E o que é?

- Só vai saber no dia.

- Senhor Jesus Cristo. Só me dá uma dica, por favor...

- Ela é toda colada no corpo.

- Arrasou viado! - Ele começa a rir, o que me faz rir também.

- Falando em viado, eu encontrei com o Thallison hoje.

- O que aquela travesti encubada queria?

- Me amedrontar, mas eu não me assusto fácil...

- Bicha, toma cuidado com aquela cria de satanás, porque a quenga é perigosa.

- Eu sei, eu vou tomar...

- Bem, eu só liguei para te perguntar mesmo. Agora eu me vou, tenho coisas a fazer ainda. Estou me sentindo uma vítima de atropelamento...

- Descansa um pouco.

- Não posso, tenho que trabalhar e trabalhar e trabalhar se eu quero que essa festa ocorra.

- Tudo bem, eu vou deixar você trabalhar. Mal posso esperar para estar aí.

- E eu mal posso esperar para que chegue logo. Beijão querida.

- Beijão.

Depois que eu havia chegado em casa, resolvi dar uma geral em tudo. Tirei poeira, passei pano, lustrei os móveis, lavei vasilha, coloquei as roupas sujas na máquina, e isso acabou ocupando todo o meu dia.

De noite, antes de dormir, ligo para a Carol apenas para saber como ela estava. Acabamos ficando pendurados na linha por uns vinte minutos, ate que ela desliga e eu ligo para o Rodrigo. Conversamos bastante dessa vez, sobre a vida e sobre amenidades, e quando deu meia noite, nos despedimos e fomos dormir, mas antes de pegar realmente no sono, pensei na festa que já estava chegando, e eu mal podia esperar pela hora.

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Boa Tarde...

Primeiro eu queria agradecer a todos vocês pelos comentários quem tem deixado em meu conto. Fico muito feliz quando vejo o que escrevem para mim, mesmo. Esse retorno que o Jonathan e eu temos recebido está fazendo a gente sorrir, e é incrível.

Eu queria me desculpar por não estar dando tanta atenção a vocês. Não ando tento um tempo de sobra para responder comentários e e-mails, então já viram né. Sem contar que passei a me preparar fisicamente caso eu passe na prova da Policia Militar, porque dependendo do resultado, tenho que enfrentar os testes físicos, então quando chego em casa apenas troco de roupa e vou correr, e quando volto, chego cansado de mais para fazer alguma coisa, então...

No mais é isso. Espero que todos vocês estejam bem e que estejam gostando da história.

Um beijão e um abração para todos.

E-mail para contato: matheusn1992@hotmail.com

Comentários

Há 2 comentários.

Por Niss em 2015-08-11 22:56:07
Genteeee Jon arrazou com a Thallissatanás, sambou de salto 15 hahahaha, acho é pouco. Estou louco pra ver o que o Rod vai achar dessa fantasia sexy do Jon >:) uahauhu Espero pelo proximo capitulo, Kisses, Niss.
Por luan silva em 2015-08-11 13:27:52
ok a história ta perfeita e to mega ansioso por essa festa e pelos proximos capitulos. BOA SORTE na prova espero realmente q vc passe (y) enfim so nao abandona a serie pf..