Comum & Extraordinário - Capítulo 15

Parte da série Comum & Extraordinário

Eu não havia contado toda a história para meus pais, e eu fiz isso para não os preocupar, para não os deixar de cabeça quente, e nesse exato momento, eu sabia que eu estava certo. Quando cheguei em casa ontem a tarde, eu apenas contei que tive um pequeno incidente na piscina, que eu estava no fundo, e quando fui subir, bati a cabeça na borda e desmaiei. Eles me deram a maior bronca que já levei em minha vida, mas preferi isso a que contar a respeito de um cara que não gosta de mim e tentou me afogar no clube. É, nesse momento eu fiz a coisa certa, mas chegará o dia em que terei que contar para eles, e não será nada interessante.

Quando eu desci as escadas, meus pais estavam na cozinha, tomando o café da manhã. Minha mãe me olhou com aquela cara mortal de “Você nunca mais vai colocar os pés em uma piscina” e eu simplesmente ignorei sua cara feia para mim. Já meu pai parecia um pouco menos preocupado, já que ele estava ciente de que eu sabia nadar, ou seja, acreditou que foi apenas um acaso de minha má sorte. Me sento junto a eles e logo sou bombardeado de perguntas.

- Como você está? - Pergunta meu pai ao me servir uma caneca de leite com café bem quente.

- Eu estou bem. Meu estômago dói um pouco, mas vou tomar um efervescente antes de ir para a escola.

- As aulas de natação não serviram para nada não? - Pergunta minha mãe ao me encarar.

- Mãe, eu já falei, foi apenas um acidente. Eu só calculei o espaço errado, e por isso bati a cabeça.

- Não quero saber de você entrando na piscina tão cedo, a não ser na nossa presença. - Ela fala.

- O importante é que foi só um susto e que está tudo bem. - Meu pai coloca alguns pães de queijo no meu prato. - Coma, precisar encher o estômago.

- Tudo bem...

Depois que meus pais já haviam saído, resolvo fazer o meu caminho também. Carol já me esperava na porta de minha casa, como sempre. Nos abraçamos e fomos em direção a escola. Em meio as nossas conversas, eu divagava sobre o que eu faria caso batesse de cara com o Thallison na escola, o que não era uma possibilidade e sim uma certeza. Pensava no que eu diria para ele. Falaria que eu sabia? Me fingiria de bobo? O acusaria? E por fim, acho que pensar nisso agora não adianta de muita coisa, porque minha cabeça iria acabar doendo. Na hora eu pensaria em alguma coisa, e disso eu tenho certeza. Minha mente é bem mirabolante e criativa.

Quando chegamos na escola, algumas pessoas já olhavam para mim, e eu entendi o porque. Alguns alunos da escola estavam no clube aquele dia, então já era de se esperar que a notícia tenha se espalhado. Eu não estava incomodando com todos aqueles olhares e atenção, mas eu também não os apreciava. Tudo o que eu podia fazer é ignorar. Depois de alguns minutos que estávamos sentados na escadaria, Matheus aparece todo sorridente. Ele se senta ao nosso lado e já começa a dissertar sobre seus casos.

- Bicha, babado. Não tem aquele negão segurança da boate? Então, saí com ele ontem. - Ele estava todo na expectativa. - Depois que eu deixei vocês em casa e fui para a minha descansar minha beleza, abri meu Facebook e tinha um convite dele completamente explícito para mim, com direito a foto e tudo. Sério, fiquei melada na hora... - Ele começa a se abanar.

- Três em um dia? Nem eu aguento isso tudo. - Carol ri.

- Querida, até cinco, seis, não importa. Eu gosto de sexo a qualquer hora do dia... Mas voltando ao assunto, aceitei o convite dele e marcamos para mais tarde, então fiz o que eu tinha que fazer, o que me recuso a dizer, mas a senhora sabe muito bem o que é, e fui linda para o abate... Meu amor... Voltei mancando para casa e com cheiro de pau na mão. - Ele faz uma pausa e dá uma gargalhada alta. - O negão é bruto e violento. Ele me pegou na esquina da minha casa e me levou para um lugar mais afastado. Me comeu dentro do carro mesmo... Sério, um dos melhores que já tive, sem comparação. Além de foder bem, o cara é dotado, e como sou gulosa, aproveitei cada segundo. O safado ainda gozou na minha cara. Fiquei com a pele toda hidratada... É por isso que estou reluzente hoje.

- Reluzente igual mulher grávida. - Carol debocha e ri.

- Eu devo estar mesmo querida. - Matheus também ri.

- Realmente você adora um bem grande... - Eu faço um comentário.

- Adoro... - Ele diz estendendo cada letra da palavra, fazendo com que Carol e eu ríssemos.

Quando o sinal bateu, entramos para a sala de aula. Assim que passei pela porta, vi o Thallison sentado no fundo da sala, conversando com seus amigos e rindo de alguma piada sem graça relacionada à sexualidade alheia. Matheus o olhou como se o quisesse trucidar naquele momento, mas eu sabia que se eu atacasse o Thallison, se eu batesse de frente com ele, toda a situação só iria piorar, então preferi deixar para seguir meus planos, que era esperar um pouco, e se ele realmente quisesse ferrar comigo, eu iria o fazer sumir da face da terra. Eu sou quieto, geralmente deixo os outros abusarem e abusarem de minha boa vontade e bondade, mas quando eu resolvo atacar, é uma só. Não gosto de ficar dando meias voltas, armando e atacando de todos os lados. É como dizem, a vingança é um prato que se come frio. Nunca se deve atacar de imediato. Sim, eu iria esperar, mas quando chegar a minha hora, ninguém me segura.

As três primeiras aulas transcorreram normalmente. Um ou outro professor que fez questão de perguntar se eu estava bem, e de resto, tudo estava correndo como esperado. Eu havia conversado com o Matheus para que ele não acusasse Thallison, porque seria muito pior bater de frente com ele, de por fim, ele acabou concordando, claro, depois de dizer várias vezes que iria arranhar minha cara e me dar uma voadora. Quando nos sentamos na cantina com nossos respectivos lanches, Thallison se aproxima e se senta bem a minha frente. Matheus se prepara para abrir a boca, mas eu aperto a perna dele com força e o faço se calar.

- Eu fiquei sabendo que você se afogou... Que pena... - Eu podia ver o cinismo nos olhos dele, e fui ai que percebi que se ele quisesse me matar, ele teria o feito. Tudo aquilo não passou de um susto, mas se ele estava esperando que eu o iria acusar, estava enganado.

- Thallison, eu sei que você não se importa, então não se dê ao trabalho de vir aqui. - Tomo um gole de suco e olho para ele novamente.

- Nossa, eu só estava tentando ser gentil e cordial... - Seu sorriso era malicioso. - Só queria saber como meu amigo estava.

- Você é engraçado. - Eu digo depois de uma breve gargalhada. - Deveria trabalhar como palhaço. - Ele fecha a cara rapidamente.

- É uma pena que você não tenha passado dessa para melhor.

- O meu santo é forte. Não é qualquer acidente que me derruba não. - Faço questão de dizer que havia sido um acidente. O vejo sorrir vitorioso.

- Você não sabe nadar? - Ele debocha.

- Não, e eu não vejo problema nenhum com isso. - Minto para ele.

- Da próxima vez toma mais cuidado. Seu santo pode não ser tão forte quanto pensa.

- Não... - Eu resolvo não concordar com ele. - Meu santo é forte sim, porque ele sempre sabe o que está para acontecer.

- Cuidado Jonathan... - Ele diz, e de uma hora para outra, saí da mesa.

Quando o intervalo acaba, nos levantamos para voltar para a sala. No meio do caminho, Caio aparece na nossa frente com preocupação nos olhos. Ele olha para nos três.

- Pode vir comigo? - Ele me pergunta.

- Claro...

Deixo Matheus e Carol para trás e o acompanho. Assim que entramos na sala dos professores, Caio tranca a porta e me beija lentamente, segurando meu rosto. Sinto meu corpo caminhar para trás até minhas costas estarem prensadas contra uma mesa. Coloco minhas mãos ali e sinto Caio ir me deitando aos poucos. Seus beijos eram lentos, calmos e suaves, completamente diferente dos beijos de Rodrigo, e novamente eu estava comparando os dois.

Sinto meu corpo ser empurrado ainda mais pela mesa, até minha cabeça finalmente pender. Abro minha boca em prazer quando Caio lambe minha barriga e sobe até meu mamilo direito, e quando finalmente abro meus olhos, vejo Rodrigo a centímetros de mim, sentado perto de onde minha cabeça estava. Ele me encarava intensamente, e pelo que eu pude sentir, ele não havia gostado nem um pouco de toda aquela cena.

- Rodrigo? - Eu digo enquanto aos poucos me levanto. - Eu, eu não sabia... - Eu tento me explicar para ele, mas é em vão.

- Bem, acho que é isso que acontece quando se fode um adolescente inexperiente. Ele vai procurar o pau de outro. - Ele tira os óculos de grau de seu rosto e se levanta da cadeira. - Mas como era o nosso acordo Jonathan, faça o que quiser. - Rodrigo começa a juntar alguns papeis e os guarda dentro de sua pasta.

- Rodrigo, me desculpa. - Porque eu estava pedindo desculpas para ele?

- Você não me deve explicação alguma. - Ele olha para o Caio e depois para mim. - Isso foi completamente proposital Jonathan, caso queira saber. O seu amigo Personal estava nessa mesma sala há minutos atrás me olhando com cara feia. Você foi uma tentativa estúpida de me fazer sentir ciúmes e me causar raiva. Saiba onde está se metendo, ou no caso, quem está metendo em você.

Rodrigo sai sem dizer mais uma única palavra. Assim que ele passa pelo Caio, faz questão de bater seu ombro direito no ombro dele, que se move. Quando Rodrigo abre a porta e sai por ela, olho para Caio, que sorria em vitória.

- Você fez isso de propósito? - Pergunto, querendo não acreditar.

- E porque não? Ele acha que você é só dele, mas não é... - Caio se aproxima de mim e me puxa para perto de seu corpo. - Estou morrendo de vontade de comer seu cu de novo. Que delícia... - Caio passa a deslizar suas mãos até chegar em minha bunda.

- Caio, por favor... - Eu tento me soltar dele.

- Não irá entrar ninguém aqui Jonathan, ninguém... - Caio vai até a porta e a fecha com chave novamente. - Você é meu agora.

Caio me tira da mesa e me coloca de pé, fazendo com que meu peito permaneça naquela superfície de madeira. Ele abre minhas pernas e lentamente desce minha calça e minha cueca, me deixando a mostra. Sinto sua língua em meu cu, e quando ele passa a me lamber, passo a realmente sentir prazer. Ele a todo momento mordia minha bunda e falava coisas obscenas comigo. Fecho meus olhos e apenas aproveito tudo o que estava acontecendo. Ele novamente me vira de frente e me beija. Sinto sua língua dançando em minha boca e meu corpo se arrepia por completo.

Caio me chupava agora. Eu estava novamente deitado sobre a mesa, só que completamente pelado. Ele estava ajoelhado entre minhas pernas, que estavam em seus ombros. Ele engolia todo o meu pau e voltava, o sugando com força, fazendo com que minhas costas se curvem a todo o momento. Eu fazia o impossível para controlar meus gemidos, e até agora eu estava conseguindo. Ele então se coloca de pé sobre a mesa. Encaro todo o seu corpo e eu sabia o que ele queria. Me ponho de joelhos a sua frente e coloco aos poucos, seu pau em minha boca. Deslizo seu membro lentamente para dentro minha boca, me deliciando com o gosto de suor e urina que ele tinha. Aquele leve salgado acabava comigo. Eu gostava do cheiro de homem, do gosto de homem, da testosterona, dos pelos em meus lábios, tudo era tão excitante. Depois que eu o chupo por alguns minutos, Caio volta a me colocar de quatro, só que dessa vez ele cuspia muito em meu cu, o deixando molhado, melado de saliva. O escuto abrir alguma coisa, e presumi que fosse um preservativo. Me preparo para ele, abrindo um pouco mais minhas pernas, e então finalmente sinto o Caio entrar em mim, me dilacerando, me abrindo, me dando prazer. Quando seus pelos encostam em minha bunda, ele para um pouco, mas logo passa a entrar e sair de dentro de mim.

- Só temos quinze minutos, então é melhor a gente aproveitar... - Caio disse quando mudamos de posição. - Quero que cavalgue em mim, bem gostoso...

Ele estava deitado sobre a mesa agora. Eu lentamente me sentava em seu pau, o sentindo entrar em mim, me alargando. Olhar para o Caio enquanto eu fazia isso era a única coisa que me fazia esquecer o desconforto do momento. Quando o sinto todo dentro de mim, começo a cavalgar lentamente. No começo meu pau estava meia bomba devido ao mínimo desconforto, mas aos poucos ele foi recuperando a ereção até estar completamente duro. Caio apertava meus mamilos e gemia baixo enquanto eu pulava sobre ele, como um puto. Eu rebolava em seu colo com seu pau dentro de mim, e eu podia sentir que seu pau estava batendo em minha próstata, eu podia realmente sentir.

Ele apertava minhas coxas, minha bunda, me masturbava, olhava para mim enquanto me tinha sobre ele, o dominando, o dando prazer. Caio fechava os olhos, lambia os lábios e voltava a me olhar com intensidade. Aumento a velocidade do que eu estava fazendo e passo a sentir meu orgasmo chegando, mas Caio goza antes de mim. O vejo estremecer um pouco, se contorcer e escuto seus gemidos um pouco mais altos, e depois disso foi questão de segundos para eu gozar depois que passei a me masturbar. Sujei todo o seu peito, assim como seu rosto. Cavalgo nele mais um pouco até meu corpo parar de tremer e eu conseguir abrir meus olhos. O encaro com um sorriso no rosto, e ele fazia o mesmo. Me levanto de seu colo e aos poucos sinto seu pau sair de dentro de mim. O preservativo estava um pouco sujo, mas eu nem dei importância. Consequência do sexo anal repentino e inesperado.

- Vamos nos limpar. Temos cinco minutos.

Caio se levanta da mesa, seguido por mim. Seco meu suor com uma toalha que ele havia me entregado e visto minhas roupas, calçando meu tênis logo em seguida. Caio seca meu esperma de seu corpo e enrola o preservativo usado em um enorme pedaço de papel, o jogando bem no fundo da lixeira. Ele limpa seu pau com a toalha que havia me dado e rapidamente veste a sua roupa.

- Valeu pela foda. - Caio bate na minha bunda e saí pela porta como se nada tivesse acontecido, me deixando ali, com cara de tacho.

Resolvo realmente me recompor e saio da sala. Graças a Deus não tinha ninguém no corredor. Olho o relógio e ainda faltavam vinte minutos para a aula acabar, então resolvo me sentar perto de minha sala e esperar, que era a única coisa que eu poderia fazer. Senti um pequeno desconforto quando estiquei minhas pernas depois que eu havia sentado, mas eu tenho certeza que foi por causa do sexo, então me despreocupei um pouco.

Quando a quarta aula acabou e o professor de Geografia saiu da sala, eu entrei rapidamente. Matheus e Carol olhavam para mim e sorriam como se soubessem o que eu havia acabado de fazer. Antes de me sentar, procurei por Thallison, mas ele ainda não havia chegado, o que eu estranhei. Me sentei e aproveitei o restante das aulas ainda sentindo o cheiro de Caio impregnado em mim, me rondando, fazendo minha mente se lembrar a todo o momento o que havia acabado de acontecer. Apesar de ter sido proposital da parte dele envolver o Rodrigo na história, o fazer ver, eu gostei de ter transado com o Caio de novo, e eu faria novamente sem dúvida alguma. O Rodrigo não queria nada comigo além de sexo, e confesso que eu também não queria nada com ele, então só me resta aproveitar minha adolescência enquanto é tempo, porque daqui a pouco ela vai embora.

Não vou me preocupar com relacionamentos no momento, e na verdade eu não quero. Vou aproveitar as oportunidades que a vida me dá, como eu já disse anteriormente. Que se dane se o Rodrigo achou ruim. Ele não é nada meu para ficar me criticando, me julgando pelo fato de eu ter transado com outro homem além dele. Até parece que ele é o único homem do mundo. Só porque ele faz eu me esquecer de tudo não quer dizer que eu esteja apaixonado por ele. Que palhaçada. Sinceramente. Eu, me apaixonar pelo meu professor de física? Que absurdo sem tamanho.

_____________________________________________________________________________________________________________________

Bem, eu sei que ando ausente, e não é de agora, então peço que me perdoem por isso. Tive algumas ideias para escrever algo no final do capítulo sobre um filme que vi, mas ainda não encontrei tempo de preparar, mas vou escrever quando puder, é que realmente meus dias andam cheios de mais, e como no meu serviço não tem internet, fica difícil pesquisar o que preciso...

Então, espero que tenham gostado do capítulo de hoje e da armação do Caio, a qual eu particularmente amei. Rsrsrsrsrs. E claro, vocês podem acompanhar o quanto Jonathan nega o que sente, porque cá entre nós, todo mundo aqui já sabe o que vai acontecer, então...

No mais, espero que fiquem bem e que tenham uma ótima quarta feira, porque daqui a pouco vou trabalhar, e na hora do meu almoço não tem como eu postar, por isso enviei o capítulo agora.

Fique bem. Um beijão e um abração para todos.

E-mail para contato: matheusn1992@hotmail.com

Comentários

Há 2 comentários.

Por diegocampos em 2015-07-23 03:40:08
Amo esse série o thalisson e isssuportavel só serve pra encher .
Por Niss em 2015-07-22 23:14:37
O filho de Lucifer Thalisson, tenho certeza q esse demonho filmou a merda da armação do Caio... Mass, vamos ver no que vai dar. Kisses, Niss.